O documento discute sistemas integrados de tratamento de águas residuais em comunidades. Ele apresenta princípios como tratar os recursos naturais como parte de ciclos e não como resíduos, descentralizar sistemas para aproveitar a energia localmente, e reciclar nutrientes. Também descreve elementos de um caso de estudo no Brasil que trata e reúsa as águas de 550 pessoas de forma sustentável com baixo custo.
8. Olho no olho - paradigmas
• Água como meio de vida – não como condutora ou recipiente de
despejos;
• Recursos naturais (TODOS) tem energia incorporada;
• Nossos recursos DEVEM ser reintegrados em ciclos naturais,
tomando máximo proveito da energia disponível no ambiente e nos
recursos do entorno;
9. As regras do jogo
Fatores importantes:
. Saúde dos habitantes e dos ecossistemas
. Fertilidade do solo
. Disponibilidade de recursos ($, M.O., água)
. Contexto sócio-ambiental
. etcetcetc
Tratamento de esgoto vs. reciclagem de
nutrientes
. Tratamento localizado apropriado ao contexto
. Água melhora de qualidade ao longo do
processo – a casa como “produtora” de água
pura
. Reciclagem de nutrientes e produção de
biomassa
10. BSI Alto do Caxixe
Venda Nova do Imigrante/ES
Centralizar vs. descentralizar
ETE Barueri
São Paulo/SP
18. Fezes humanas
65% proteína
22,5% carboidrato
12,5% gordura
O que é esgoto?
99% água
1% matéria orgânica &
microorganismos
Na raíz!
19.
20. Equipo de trabajo
Bacterias
Unicelulares
2 m
10.000 espécies
Catalizam a
maioria das
reações no
tratamento de
águas.
Algas
Unicelulares
50 100 m
10.000 espécies
Carregados
eletricamente
Acumulam
C, N, P e metais
Protozoários
Multi celulares
200 m
Filtram organismos
com tamanho até
25 m
(bacterias e algas)
Servem de comida
para peixes
Micro fauna
Rotíferos, Daphnia
200 m – 1mm
Organismos de vida
livre, fixos
Filtram algas e
Bacterias
Michael Shaw
The Ecovillage Institute
26. Projeto Cuidágua (Ubatuba/SP)
• Escola municipal de educação
infantil;
• Pia externa posicionada ao
lado do mictório;
• Grande consumo de água na
pia;
• Torneira constantemente
aberta no mictório
27. Reuso direto para irrigação
frutíferas
bananeiras
Fonte: Oasis Design
39. Integração do Biossistema
Biodigestor
Biofiltro
Zona de raízes
Tq. aguapés
Tq peixes
Tq macrófitas
Fertirrigação
Composteira
Comunidadebiogás
lodo
Talos e
folhas
Plantas
Animais
mortos
Plantas
Composto
Frutos,
alimentos e
lenha
Plantas
Viveiro
$
Recuperacao
de areas
degradadas
Mudas
…
Peixes,
patos e
ovos
40. Pré-tratamento
Biofiltro
Tanques de macrófitas
Biodigestores
Zona de Raízes
Tanque de peixes
Tanque de Algas
A ETE CAXIXE
Composteira
Lançamento final
Capacidade: 1.000 habitantes
População atual = 302 habitantes
Q atual = 0,58 l/s
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Ambientais da FAESA
BIOSSISTEMAS INTEGRADOS - OIA
Partida da ETE : 27/10/2005
41. Parâmetros de Controle
Temperatura do ar
Temperatura da água
Oxigênio Dissolvido
Cor verdadeira
pH
Turbidez
DBO5
DQO
DQO filtrada
Alcalinidade
Óleos e graxas
Coliformes termotolerantes
Ovos de helmintos
Sólidos totais
Sólidos suspensos
Sólidos sedimentáveis
Sólidos dissolvidos
Sólidos voláteis
Nitrogênio Kjeldhal
Nitrogênio amoniacal
Nitrato
Nitrito
Fósforo total
Ortofosfato
Efluentes Líquidos
Matéria Orgânica:
responsável pelo
consumo de oxigênio
dissolvido na água
Sólidos : formam
depósitos no fundo
dos córregos
Nutrientes : quando
em elevadas
concentrações
podem conduzir a
eutrofização
Organismos Patogênicos :
quando presentes podem causar
doenças de veiculação hídrica
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Am
42. REÚSO
EFLUENTE
TRATADO
pH 7,2 --
Turbidez (UT) 15 --
Sólidos Totais (mg/L)
287
--
Sólidos Suspensos
Totais (mg/L) 53
--
DBO5 (mg de O2/L) 13 --
DQO (mg/L) 92 --
Óleos e Graxas
(mg/L)
9,3 --
NTK (mg/L) 18,9 --
Fósforo Total (mg/L) 3,1 --
Coliformes
Termotolerantes
(NMP)
7,99x102 < 1000
Helmintos (ovo/L) Ausente < 1
Parâmetro Efluente final BSI OMS*
* Organização
Mundial de Saúde
(1989): Diretrizes
para o Reúso
Agrícola
Irrigação de culturas a
serem ingeridas cruas,
campos esportivos,
parques públicos
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Ambientais da FAESA
43. RESULTADOS Efluentes Líquidos
Maior remoção
biodigestor
DBO 5 mgO2/L
n 20 20 20 19 19 19 19 19
media 385 380 198 186 87 72 42 17
desvpad 195 137 114 102 30 28 23 15
DBO
Eficiência (%)
95,5
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Am
44. SST
Maior remoção
biodigestor
Falta de manutenção
no biodigestor e no
filtro anaeróbio
Influência da algas
No tanque de peixes
(lagoa de polimento)
Sólidos Suspensos
Totais
mg/L
n 24 24 24 23 23 23 23 24
media 308 378 177 202 87 84 120 47
desvpad 179 297 69 114 52 58 138 45
Eficiência (%)
84,8
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Ambientais da FAESA
45. Pt
Maiores remoções
no tanque de peixes
pela assimilação
das algas e no
tanque de macrófitas
Perda do lodo
retido no leito
filtrante por falta
de manutenção
Fósforo total mgP/L
n 19 19 19 19 19 19 19 19
media 6,9 6,7 6,3 7,0 6,0 6,1 5,1 4,2
desvpad 2,5 1,9 1,6 2,0 1,2 1,5 1,9 1,4
Eficiência (%)
38,4
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Am
46. CT
Maiores remoções
no tanque de peixes
e no tanque de
macrófitas
Coliformes
termotolerantes
NMP/100ml
n 18 17 16 17 17 16 17 17
media 1,05E+07 5,33E+06 2,94E+06 8,85E+05 1,63E+06 1,62E+06 7,29E+03 6,97E+02
desvpad 1,70E+07 7,92E+06 4,15E+06 7,83E+05 3,76E+06 3,87E+06 6,28E+03 8,57E+02
Eficiência (%)
99,993
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Am
47. Ovos de Helmintos
PontoColeta Ovos de Helmintos (ovo/L)
A 17
B 5
D 0
H 0
É possível observar que a maior parte dos ovos fica retida no biodigestor, e
não são mais observados na saída do biofiltro
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Am
Prof. Felipe Morais Addum
Biólogo – Esp. em Gestão e Educação Ambiental
48. RESULTADOS
Produção média diária = 6 a 8 m³
NPA/FAESA – Núcleo de Pesquisas Am
Prof. D. Rodrigo Dias - Físico
André Labanca – Eng. Ambiental
Felipe Labanca – Eng. Ambiental
49. Resultados
+ ~550 pessoas
+ área total: 5.000m2
+ área útil (elementos de projeto): 2.500m2 (~5 m2/pessoa)
+ produção:
biogás: 10m3/dia (15 a 20 kwh/d)
peixes: 1 ton/ano
composto: 500 kg/ano
volume diário de efluentes tratados: 40m3
produção de mudas: 1.000/mes para projetos de reflorestamento locais usando
composto
alevinos triplicam de tamanho em um mês quando alimentados com algas
frutas: 1 ton/ano de bananas e laranjas
madeira: 600 ml/ano
+ custo de construção: R$110,000 (R$200/pessoa)
+ custo de operação anual: R$38/pessoa/ano
www.oia.org.br
50. Resultados
+ ZERO consumo ou geração de produtos tóxicos / químicos
+ ZERO consumo de energia elétrica
+ Ambiente saneado
+ Rio limpo
+ Comunidade envolvida e empoderada
+ Criação de área verde de uso comum
+ Sala de aula ao ar livre
www.oia.org.br
54. Descentralização vs. Centralização
• Resolução no lote vs. resolução em área
pública;
• Recursos, velocidade e responsabilidade;
• Criação de aparato legal que gere exigência
aos proprietários vs. busca de recursos
56. Os Comitês de Bacia Hidrográfica são organismos colegiados
que fazem parte do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos e existem no Brasil desde 1988.
As principais competências do Comitê são: aprovar o Plano de
Recursos Hídricos da Bacia; arbitrar conflitos pelo uso da
água, em primeira instância administrativa; estabelecer
mecanismos e sugerir os valores da cobrança pelo uso da
água; direciona recursos para áreas prioritárias segundo seu
Plano, fazendo chamamento público de projetos.
Comitê de Bacia do Alto Tocantins?
Comitê de Bacia Hidrográfica
57. Plano Municipal de Saneamento
Instrumento de planejamento que estabelece diretrizes para a prestação dos serviços públicos de
saneamento, conforme determinações da Lei Federal 11.445/07.
• Prevê a elaboração dos diagnósticos Físico e Social do Município, bem como diagnósticos da
situação atual para cada setor do saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos)
• Prognóstico futuro, entendido no Plano de Saneamento como Cenários das situações possíveis
para o saneamento futuro, considerando a tendência, uma situação possível e a
desejável(universalização dos serviços).
• Após a elaboração o Plano é encaminhado para a Câmara de Vereadores através de Projeto de Lei
para aprovação. A Lei Federal ainda prevê também uma revisões do Plano em um prazo máximo de
4 anos.
Programa de Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento – PLANSEG - AGM
Elaboração Simultânea dos Planos de Saneamento e de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos
1. Apoio técnico (rede de apoio)
2. Capacitação de técnicos locais
58. Recursos do Governo Federal
• Para os municípios de menor porte, com população inferior a 50 mil
habitantes, a SNSA só atua por meio de financiamento com
recursos onerosos para as modalidades de abastecimento de água
e esgotamento sanitário.
• Para os municípios com população de até 50 mil habitantes, o
atendimento com recursos não onerosos, ou seja, pelo Orçamento
Geral da União (OGU), é realizado pelo Ministério da Saúde, por
meio da Fundação Nacional de Saúde – Funasa. Particularmente,
com relação ao componente manejo de águas pluviais urbanas,
verifica-se a competência compartilhada entre Ministério das
Cidades e Ministério da Integração Nacional, além de intervenções
da Funasa em áreas com forte incidência de malária.
59. Ministério das Cidades
• PLANSAB elaborado pela Secretaria Nacional
de Saneamento Ambiental (SNSA): 508
bilhões, 20 anos
– Aprovado pelo CNRH
– Em aprovação pelo CNS (Conselho Nacional de
Saúde)
– Em aprovação pelo CONAMA
– Decreto presidencial
60. FUNASA (Min. Saúde) < 50.000 pessoas
• Convênio:
– apresentação de pleito à Presidência
– Contrapartida de 2 a 4% (ou menor com condicionantes)
• Programas
– Programa Engenharia de Saúde Pública (abastecimento, esgoto e resíduos
sólidos)
• Saneamento para Promoção da Saúde
• Sistema de Abastecimento de Água
• Cooperação Técnica
• Sistema de Esgotamento Sanitário
• Melhorias Sanitárias Domiciliares em municípios de pequeno porte localizados em
bolsões de pobreza, em comunidade rurais, tradicionais e especiais (quilombolas,
assentamentos da reforma agrária, dentre outras)
• Resíduos Sólidos
• Saneamento Rural
• Editais
– Chamamentos: Educação Ambiental, Pesquisa, Resíduos Sólidos
66. Programa Saneamento para Todos – Foco Urbano
Recursos do FGTS + contrapartida (para setor público mínimo 5%, abastecimento 10%)
Abastecimento de água
- Aumento da cobertura ou da capacidade de produção
Esgotamento sanitário
- Aumento da cobertura dos sistemas ou da capacidade de tratamento e destinação final adequada.
Saneamento integrado
- População de baixa renda: Abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais, manejo de
resíduos sólidos, implantação de unidades sanitárias domiciliares, educação ambiental, com promoção da
participação comunitária e, quando for o caso, ao trabalho social destinado à inclusão social de catadores e
aproveitamento econômico de material reciclável, visando a sustentabilidade sócio-econômica e ambiental dos
empreendimentos.
Manejo de águas pluviais
Manejo de resíduos sólidos
Manejo de resíduos da construção e demolição
Preservação e recuperação de mananciais
Estudos e projetos
Carência: Execução + 4 meses (máx. 48 meses)
Amortização: 60 meses para estudos e projetos, até 240 meses para abastecimento, esgotamento, águas pluviais e
saneamento integrado
Juros: 5% a.a.
Procedimento: Carta consulta no Ministério das Cidades
Caixa Econômica Federal
67. FINEP
Programa Brasil Sustentável
• Mobilidade e transportes urbanos sustentáveis;
• Combate aos efeito das das mudanças climáticas, do efeito estufa ou de poluentes;
• Produção sustentável (P+L, ecodesign, etc.);
• Reciclagem de resíduos e saneamento ambiental;
• Construções e infraestrutura urbana sustentável;
• Tecnologias sociais.
Condições
• encargos financeiros equivalentes a uma taxa de até 5% ao ano;
• prazos de carência de até 42 meses;
• prazos de amortização de até 120 meses;
• participação FINEP no valor total do projeto de até 90%.
Procedimento
• Consulta prévia
O que apoia
• Produtos serviços e processos, Incubação de empresas, parques tecnológicos, desenvolvimento de
mercados