3. A gripe é uma doença contagiosa
resultante da infecção pelo vírus
influenza. O vírus influenza infecta o
tacto respiratório (nariz, garganta,
pulmões, etc.) podendo atingir
diferentes espécies. Existe uma
variação do vírus para cada espécie,
isto é, o vírus que infectam as aves só
raramente infectam humanos. No
entanto, os vírus específicos de uma
espécie podem sofrer uma mutação
que lhes confere capacidade de
infectar outra espécie.
4. • Gênero da família Orthomyxoviridae, também conhecida como Myxovirus.
Vírus de RNA fita simples – polaridade negativa.
5 tipos distintos:
Influenzavirus A: capaz de infectar aves e mamíferos ;
Influenzavirus B: capaz de infectar apenas humanos e focas;
Influenzavirus C: capaz de infectar apenas humanos e porcos;
Thogotovirus: transmitido por carrapatos;
Isavirus: doença do “Salmão do Atlântico”.
5. Influenzavirus A
Existem dezesseis subtipos de
NA(neuraminidase) e nove HA(hemaglutinina)
atualmente conhecidos. Desses, seis subtipos
de HA (H1, H2, H3, H5, H7 e H9) e três de NA
(N1, N2 e N7) foram identificadas em cepas do
vírus da gripe humana causando infecção.
A presença dessas glicoproteínas determina a
sub-tipagem dos vírus.
6. Influenzavirus A
Composição básica:
-envelope;
-glicoproteínas de superfície: hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA), que
atuam no reconhecimento e infecção da célula;
-matriz: M1 (subjacente ao invólucro - confere rigidez) e M2 (canal de prótons);
-ribonucleoproteínas: RNP (divididas em 4 tipos, a NP, a qual está ligada ao
RNA e PB1, PB2 e PA, as quais constituem as polimerases virais P);
-proteínas não estruturais: NS1, NS2 (relacionadas com replicação e expressão
viral).
-8 fitas de ssRNA de tamanhos diferentes.
7. Replicação:
Entrada do vírus na célula hospedeira:
mecanismo de endocitose mediado por receptores
(ligação da HA aos receptores da membrana plasmática
da célula).
A replicação e transcrição necessárias à síntese do
RNA dos vírus influenza ocorrem no núcleo da célula
hospedeira.
RNA viral mRNAs proteínas estruturais e não estruturais
Núcleo Citoplasma
Os viriões saem da célula hospedeira por um processo
de"budding” (brotamento).
9. Transmição
• A transmissão de ambas as gripes ocorrem de
forma muito semelhantes se tratando de
humanos para humanos.
• A Gripe Suína é geralmente Transmitida para
pessoas com interação frequente com esses
animais, ou comendo carne infectada mas o
risco de pegar o vírus pela carne é
baixíssima.
• O vírus da gripe aviaria também é pego ao
contato com esses animais e não há infecção
pela carne.
10. Sintomas
Os três tipos de gripe tem sintomas muito
semelhantes, embora haja uma alteração de vírus
para vírus na proporção, intensidade e força com
que esses sintomas venham , os sintomas mais
frequentes são:
• Dores musculares;
• Febre;
• Tosses;
• Diarreia;
• Vomitos;
• Dor na garganta;
• Podendo se agravar ocaso a uma pneumonia ou
hemorragia pulmonar causando falta de ar;
• Em alguns casos é tão grave q leva a morte do
paciente;
12. Nova cepa encontrada em humanos?
SIM
NÃO
Presente em animais?
SIM
Ocorre transmissão humano-humano?
SIM
NÃO
Ocorre transmissão
para humano?
Pequenos focos
Focos maiores, mas ainda localizados
PANDEMIA
13. Epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população de
uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente,
ou mesmo o planeta.
Pandemia de influenza inicia-se
quando uma das muitas variantes da influenza
que circulam entre animais selvagens ou
domesticados, transforma-se numa forma que
também infecta as pessoas (novo, agressivo e
altamente contagioso).
O risco de uma nova pandemia levou a
OMS a criar uma classificação em 6 fases para
avaliar a evolução do vírus influenza.
Gripe asiática
(1957)
Gripe
Espanhola
1918
H1N1
Gripe
Asiática
1957
H2N2
Gripe de
Hong Kong
1968
H3N2
14. O vírus H5N1 não ultrapassou a fase 3 (não
transmissível entre humanos).
Planejamento estratégico
. Vigilância epidemiológica
. Desenvolvimento de vacinas
. Medidas de contenção
. Desenvolvimento de anti-virais
15. Vigilância
. 1ª fase de defesa capacidade de prevê-las
. Agências internacionais responsáveis pelo
rastreamento do vírus: Organização Mundial da Saúde
(OMS); A Organização Mundial de Saúde Animal
(OMSA) e a Organização de Alimentação e Agricultura
(FAO)
. Detecção precoce
. Monitorar a disseminação de cada surto e a
evolução das habilidades do vírus, que determinam a
fase do ciclo pandêmico em que o mundo está
16. Vacinas
. Ameaça de pandemia impulso no financiamento de
pesquisas nessa área
. Novas vacinas (mais
compatíveis com o vírus, e
portanto, maior eficiência do
sistema imunológico contra
ele)
. Novas tecnologias: vacinação em massa através de
aerossóis e da água utilizada para consumo
17. Medidas de contenção
Devido aos avanços na vigilância da doença e nas
drogas anti-virais, a OMS identifica um período no
início da pandemia em que um vírus prestes a se
espalhar pelo mundo pode ser contido
Medidas que possibilitam essa
contenção:
. eliminação de aves infectadas,
.quarentena de humanos infectados,
.uso de máscaras cirúrgicas,
.durante o período de risco: evitar
locais com aglomeração de pessoas, não
compartilhar alimentos e objetos
pessoais, lavar as mãos frequentemente,
etc
18. Drogas anti-virais
Medicamentos anti-virais licenciados para profilaxia e
tratamento da gripe:
. Bloqueadores de canais M2 o qual é canal de prótons
fundamental para a replicação (derivados do adamantane, alta
resistência viral)
-Amantadina
-Rimantadina
. Inibidores de Neuraminidase, que impedem a liberação dos vírus
recém-produzidos pela célula hospedeira (menor resistência):
-Oseltamivir
-Zanamivir
. Anti-virais em desenvolvimento:
-Novo inibidor da neuramidase (ex: Peramivir);
-Classes de anti-virais com novos alvos moleculares (ex: inibidor da
RNA polimerase).