2. A importância da consulta oftalmológica
D e forma geral, a visão é o sentido mais valorizado pelas pessoas. Em uma socie-
dade cheia de apelos visuais, em que o contato com o mundo se faz inicialmente
por meio dos olhos – seja presencialmente ou alcançando distâncias enormes, que
nos chegam por meio da internet – é fácil entender isso.
Ficar cego é apontado pelas pes-
soas como um dos maiores me-
dos. Se outrora a cegueira era
uma fatalidade, hoje, na maioria
dos casos, ela pode ser evitada
graças aos avanços científicos e
tecnológicos da Oftalmologia –
a especialidade médica que se
dedica aos cuidados com a visão.
Este folheto, que você tem em
mãos, foi elaborado para que
você possa conhecer um pouco
mais sobre sua visão, e sobre a
importância de manter seus o-
lhos sob os cuidados de um médi-
co, que dedicou pelo menos nove
anos de sua formação – entre os
seis anos da faculdade de Me-
dicina e os três da especialização
– para cuidar dos seus olhos: seu
Oftalmologista.
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3. Conhecendo o olho humano
Nossos olhos são formados por estruturas bem pequenas e delicadas
Na sua parte anterior, temos a córnea, que é um tecido transparente que reco-
bre a porção colorida dos olhos (denominada íris).
Pupila é o nome dado ao orifício da íris (conhecida como “menina dos olhos”).
O cristalino é uma lente natural que possuímos dentro dos nossos olhos, situa-
do atrás da íris.
Banhando estas estruturas, há um líquido denominado humor aquoso.
A porção posterior do olho é constituída basicamente pela retina, que é um
tecido que abriga as células responsáveis pela visão e o nervo óptico, que con-
duz as informações visuais para serem interpretadas no cérebro.
Esta porção posterior é preenchida por outro líquido, gelatinoso, chamado hu-
mor vítreo.
O tecido branco que envolve todo o globo ocular é chamado esclera.
Retina
Humor
Aquoso
Córnea Cristalino
Pupila
Nervo
Óptico
Esclera
Humor
Vítreo 3
4. Quando olhamos na direção de algum objeto,
a imagem atravessa a córnea e chega à íris, que
regula a quantidade de luz recebida por meio
da pupila. Passada a pupila, a imagem chega ao
cristalino e é focada sobre a retina. Na retina,
mais de cem milhões de células transformam as
ondas luminosas em impulsos elétricos, que são
decodificados pelo cérebro.
As pequenas dimensões dos olhos – e de toda a estrutura responsável pela visão – são
inversamente proporcionais à sua complexidade. Uma série de problemas e doenças,
que afetam não só os olhos como todo o corpo, pode interferir em nosso contato com
o mundo por meio da visão. O Oftalmologista, antes de se especializar nos cuidados
com os olhos, cursou Medicina. Por isso, é o único profissional da saúde capacitado a
identificar se as causas de uma queixa comum, como a visão embaçada, estão em uma
presbiopia (vista cansada), ou em uma doença sistêmica, como o diabetes.
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5. Erros de Refração
Os defeitos visuais mais conhecidos são:
miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
Quem tem miopia vê as imagens
embaçadas (principalmente o que
está longe), porque seu globo ocu-
lar é maior que o normal e as ima-
gens são formadas antes da retina.
Quem tem hipermetropia também
vê as imagens desfocalizadas, mas,
neste caso, porque seus olhos são
menores que o normal e as imagens
são formadas atrás da retina, e não
sobre ela como seria o normal.
Quem tem astigmatismo apresenta
um defeito na curvatura da córnea, o
que gera uma imagem distorcida.
A presbiopia, também conheci-
da como “vista cansada”, é um
defeito visual que surge com
o envelhecimento e causa
dificuldade para a visão de
perto (leitura, trabalhos
manuais, etc.).
Todos estes defeitos visuais são facilmente corrigidos com lentes (óculos ou
lentes de contato) ou em alguns casos com cirurgias. Mas, para estabelecer
qual a melhor solução para cada paciente, é fundamental a avaliação crite-
riosa do médico oftalmologista.
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6. Cuidados com a saúde ocular ao longo da vida
Em cada fase da vida, os cuidados com a saúde ocular e o atendimento por
um médico oftalmologista são importantes como forma de proteger a visão.
Rubéola e toxoplasmose O Teste do Olhinho é O bebê que lacrimejar
podem causar cegueira capaz de detectar, entre muito, tiver mancha
e problemas outros problemas, branca na menina dos
neurológicos na criança. catarata congênita, olhos, olhos
glaucoma congênito e anormalmente
retinoblastoma. grandes, ou ainda que
não suportem
claridade, deve ser
levado ao
oftalmologista.
A visão se desenvolve Com o início da vida Durante a
até por volta dos cinco escolar, também é adolescência e a
anos de idade. Por isso, possível perceber a puberdade, com
é muito importante presença de frequência são
que problemas de visão problemas refrativos diagnosticados os
sejam tratados o que podem problemas refrativos
quanto antes. prejudicar o (miopia, astigmatismo
aprendizado. e hipermetropia).
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7. Queixas, como Os sintomas do Aproximadamente 85%
sensação de vista glaucoma costumam das cataratas são
cansada, coceira nos aparecer em fase classificadas como
olhos, dificuldade para avançada. Se a doença senis, com maior
focalizar imagens e não for tratada, pode incidência na
lacrimejamento, levar à cegueira. Por população acima de 50
isso, o exame anos.
são as mais comuns
oftalmológico anual,
em adultos que preventivo,
procuram o é fundamental para
atendimento detecção e tratamento
oftalmológico. precoce.
As pessoas, que têm A DMRI causa baixa
diabetes, apresentam visão central
um risco de perder a dificultando
visão 25 vezes maior principalmente a
do que as demais. leitura. Os danos
Para manter a visão, à visão central são
diabéticos devem irreversíveis, mas a
passar rotineiramente detecção precoce e
por uma consulta os cuidados podem
oftalmológica. ajudar a controlar
alguns dos efeitos da
doença.
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8. Seus olhos em boas mãos
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é a principal
entidade que reúne e representa os oftalmologistas bra-
sileiros. Zela pela qualidade na formação dos residentes
em Oftalmologia, avalia nacionalmente
aqueles que terão o seu Título de Espe-
cialista, estimula o aprimoramento técni-
co, científico e ético, que faz da Oftalmo-
logia brasileira uma das mais avançadas
internacionalmente. Ainda, como nesta
publicação que lhe oferecemos, o CBO
está preocupado com a saúde ocular de
nossa população, conscientizando e pro-
movendo a prevenção.
Para conhecer mais sobre o Conselho
Brasileiro de Oftalmologia e sobre cuida-
dos com a visão, acesse: www.cbo.com.br
www.cbo.com.br
Rua Casa do Ator, 1.117 - Cj. 21
São Paulo - SP - CEP: 04546-004
Fone: 55 11 3266-4000 Fax: 55 11 3171-0953
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