Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)
1. Nos dias de hoje, os educadores, mais especificamente do Ensino em
Química, estão buscando novas metodologias para melhorar a assimilação dos
conteúdos pelos estudantes da educação básica. Uma alternativa encontrada é a
contextualização, pois percebe-se que há um grande desinteresse pela aprendizagem dos
conteúdos por parte dos discentes, também pelo fato de alguns ainda considerarem que a
Química é pura memorização (MARTINS, 2003). Contextualizando os assuntos
discutidos na sala de aula, os alunos percebem a relação com a sociedade em que vivem
além de ser uma ótima forma de entender o que está sendo transmitido pelo professor
(SOUZA, 2010).
A concepção de contextualização apareceu com a reestruturação do ensino
médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB-9.394/97) que conduz a
compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Originou-se nas diretrizes que
estão definidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os quais visam um
ensino de química centrado na conexão entre informação científica e contexto social.
Contextualizar a química não é promover uma ligação artificial entre o conhecimento e
o cotidiano do aluno. Não é citar exemplos como ilustração ao final de algum conteúdo,
mas que contextualizar é propor “situações problemáticas reais e buscar o conhecimento
necessário para entendê-las e procurar solucioná-las” (PCN+, p.93).
Contextualização significa que os conceitos e conteúdos que estão sendo
repassados não são estudados em vão, há uma série de aplicações nas nossas vidas
cotidianas e que o próprio aluno pode se instigar a conhecer mais, a se aprofundar em
um determinado assunto, sendo o principal agente do seu conhecimento (RICARDO,
2005).
“Se não contextualizamos os conteúdos e simplesmente ensinarmos fórmulas
e símbolos, não daremos ao aluno a chance de pensar. Não podemos esperar
que nossos jovens sejam capazes de receber conhecimentos fragmentados e
contextualizá-los, de forma a entender os processos que nos cercam. Os
conhecimentos, quando fragmentados, só servem para usos técnicos, e não
para uma re-leitura do mundo”. (FRANÇA, 2005)
Um dos objetivos fundamentais da química é fazer com que o jovem
reconheça a importância da ciência na busca do conhecimento da realidade e insiram no
seu cotidiano. Para atingir este objetivo é necessário trabalhar e valorizar contextos que
tenham significado para o discente e possam levá-los a aprender, num processo ativo,
2. pois acredita-se que o mesmo tenha um envolvimento tanto intelectual como afetivo. De
acordo com as novas propostas curriculares (PCNs), seria educar para a vida.
"Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro
lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e
objeto (...). O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a
escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo" (Brasil,
1998).
"A contextualização visa dar significado ao que se pretende ensinar para o
aluno (...), auxilia na problematização dos saberes a ensinar, fazendo comque
o aluno sinta a necessidade de adquirir um conhecimento que ainda não tem"
(RICARDO, 2003, v. 4, p. 11).
A escola assume um papel muito importante na formação do educando,
sendo assim, é necessário que a mesma seja um lugar de descobertas e de reflexão,
possibilitando ao educando ter condições para uma compreensão mais crítica sobre a
realidade da vida. Os professores devem procurar sempre que possível saber como anda
a aprendizagem dos seus alunos, observar se aquele assunto que está sendo transmitido
de forma clara e se está sendo bem absorvido pelos estudantes, além de incentivar a
curiosidade dos discentes. Mas, percebe-se de modo geral, que há uma desmotivação de
ambas as partes, aqueles profissionais que buscam se aperfeiçoarem e desenvolverem
coisas novas alcançam resultados positivos.
"A motivação desempenha um papel central na aprendizagem. (...) Um
professor que consegue manter seus alunos motivados temganha metade da
batalha" (MAMEDE-NEVES, 1999).
Pensando nessas novas metodologias de ensino e no que estar acontecendo
no mundo atualmente no que diz respeito ao meio ambiente, a horta escolar se apresenta
como uma excelente oportunidade de contextualização, pois além de diminuir os
impactos ambientais causados pelo lixo, permite ao professor explorar de varias formas
os conteúdos de química abordados em sala.
A relação que existe entre a educação ambiental e o ensino da química
possibilita ao estudante observar as transformações que ocorrem no ambiente
proporcionando uma melhor assimilação dos conteúdos. No entanto é preciso que o
docente trabalhe de forma contextualizada os diferentes conteúdos, uma das diversas
maneiras viáveis de trabalhar a química na horta é através do processo de compostagem,
onde a mesma se utilizada de forma adequada pelos educadores torna-se um excelente
laboratório vivo interdisciplinar (SOUSA, 2011).
3. A horta inserida no ambiente escolar pode ser um laboratório vivo que
possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em
educação ambiental e alimentar unindo teoria e prática de forma
contextualizada, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e
estreitando relações através da promoção do trabalho coletivo e cooperado
entre os agentes sociais envolvidos. (MORGADO, 2006, p. 1).
Os conteúdos de química podem ser trabalhados com diferentes
metodologias, uma delas é observando que durante o processo de compostagem,
ocorrem varias reações químicas, a importância dos nutrientes para o solo e para o
crescimento das plantas entre outras. Segundo Beltran (2010), o conteúdo de Química é
extenso, podendo ser abordado de diversas formas, portanto, cabe ao professor fazer a
escolha do que vai trabalhar com seus alunos, mas com cuidado para não prejudicar a
clareza dos conceitos, nem confundir suas conexões.