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Perspectivas Sociocognitivas na
Representação
Hamilton Tabosa

Lucas Serafim
Marina Mendonça

Disciplina: Protocolo Verbal: método e técnica de pesquisa qualitativa
Professora: Dulce Amélia Brito
Introdução
Qualidade da Recuperação:
Organização Cognitiva ⇔Estrutura Representacional

Perspectiva (Sócio)Cognitiva: deveria evitar o que é
único e idiossincrático e se concentrar nos fundamentos
sociais do conhecimento.

Social > Individual
Cognição
“Proporciona a descoberta, a compreensão, ou o
entendimento, em outras palavras, a consciência
da informação”. (GUILFORD, 1960).
“Todas as faculdades ou funções do cérebro que
percebem, gravam, processam e/ou manipulam
a informação para produzir um comportamento
inteligente”. (LYCAN, 1990).
Psicologia Cognitiva
Estudo de processos cognitivos que ocorrem no
cérebro, ou seja, como os indivíduos processam
informação.
Desejável diálogo entre a
CI e a Psicologia Cognitiva
Cognição e Ciência da Informação
Críticas às pesquisas cognitivas em CI:
1 - usuário x sistemas
2 - ênfase no usuário individual
3 - ênfase na última etapa do processo de recuperação
Shera
Natureza de estruturas de conhecimento compartilhadas
(representação/recuperação)
Frohmann
A perspectiva cognitiva resulta no “apagamento do
social”
Representação
– É tanto o processo/atividade como produto desse
processo/atividade de representar;
– Estabelece correspondência entre um domínio alvo e um domínio
modelo:

• Utiliza-se o domínio modelo para “re-apresentar” objetos no
domínio alvo;

• Em ambos os domínios, os objetos possuem equivalência
representacional (propriedade de tomar lugar, substituir o
objeto correspondido);
Representação
–

É objeto de estudo da ciência cognitiva (ciência da
representação), cuja preocupação básica é combinar os diferentes
tipos de representação.

– Fundamenta-se na linguagem, mediante um sistema de conceitos
ou categorias existentes no domínio-modelo do usuário (que
processa a informação) e no domínio-modelo do sistema de
recuperação da informação (SRI).
– Como relacioná-los efetivamente?
• Tal problemática torna-se mais complexa na medida em
que se apresentam outras dimensões representacionais
envolvidas:
• Tal complexidade inibe o desenvolvimento de dispositivos
auxiliares às existentes e tradicionais linguagens
representacionais
– Que falham em conectar representacionalmente o conteúdo do texto e a
necessidade de informação do usuário no SRI;

• No entanto, o problema da representação necessita ser
apreciado, e a proposta da abordagem
teórica do
processamento da informação De Mey (1982) mostra-se, na
atual conjuntura, útil.
• No perspectiva cognitivo de representação, almeja-se a
criação de um sistema de recuperação
integrativo/sociocognitivo da informação:
– Atenta para processos de representação centrados nas expectativas
cognitivas do indivíduo, associadas às estruturas de conhecimento
internas de cada um que participa do processo de interpretação;
– Isto é, atenta para a necessidade de análise das estruturas de
conhecimento contidas no domínio do discurso do indivíduo.
Categorização
• Processo cognitivo de dividir o mundo em entidades ou
categorias de modo a ordenar o mundo físico e social no qual
os indivíduos estão inseridos;
• Simplifica a interação do indivíduo com o ambiente e é
essencial para a produção de novo conhecimento;
• Não é simplesmente um processo cognitivo individual, mas
um processo de construção da realidade, determinado
socialmente e culturalmente.
Categorização
• É essencial para o processo de representação, no qual
deve ser considerado o contexto individual, situacional e
físico.
• Não considerar o contexto limita drasticamente a
efetividade do processo de categorização
Modelos Mentais
Construtos cognitivos para representação de domínios,
eventos, fenômenos, etc.
• Estruturas cognitivas internas que o indivíduo constrói, de forma
explícita ou implícita, para representação de um domínio alvo em
particular, como por exemplo, um evento, uma atividade, um
objeto ou um assunto.
•

Incluem as noções
molduras/estruturas.

de

scripts

(roteiros),

schemata

e
Modelos Mentais
• A experiência anterior e a visão de mundo para a compreensão
dos modelos mentais.
• Estão constantemente em processo de transformação, pois
interagem com o mundo ao redor deles.
• Não é
necessário os modelos mentais serem precisos, e sim
funcionais.
Necessidade de avaliação das percepções
do usuário
• Uma crítica: a necessidade de avaliação das percepções do usuário e a
ênfase na avaliação de estilos físicos de indexação.

• A formação da categoria e a indexação, bem como os aspectos da
experiência do indexador afetam o processo de indexação e seus produtos.
• A ênfase da pesquisa deve mudar da preocupação com o formato físico do
produto final para a compreensão da centralidade dos fundamentos
sociocognitivos da linguagem de indexação e, mais importante, das
atividades cognitivas do indexador.
Experiência com protocolo verbal
• A indexação pode também ser afetada por restrições externas.
• Livonen (1990 apud JACOB, SHAW, 1998, p. 165) identifica causas primárias de
inconsistência, incluindo a antecipação do indexador de como clientes iriam solicitar textos e a
influência da linguagem de indexação usada pelos indexadores em seu ambiente de trabalho.
• O artigo de David et al. adota uma perspectiva mais cognitiva na investigação do problema de
consistência entre indexadores. Além da análise do produto de indexação, os pesquisadores
usaram três abordagens metodológicas na sua investigação:
1- relato verbal simultâneo ou protocolos verbais pensar alto;
2- verbalização retrospectiva pelo sujeito;
3- entrevista focada na avaliação dos pares.
Concluíram que a variação em descritores designados é um resultado de diferenças em modelos
individuais do que constitui a boa indexação.
Considerações finais
• O desenvolvimento de sistemas eficazes de recuperação dependerá da investigação dos
padrões cognitivos de representação compartilhados por comunidades de usuários do sistema.
• Ao investigar não apenas o(s) processo(s) cognitivo(s) envolvido(s) nas atividades
representacionais, mas também o impacto do modelo mental do indexador de uma boa
representação sobre o produto final pode ser possível suprir os futuros indexadores de
estruturas pragmáticas eficazes que irão aumentar a consistência da representação.
• A pesquisa sociocognitiva em CI irá apoiar o objetivo que está por vir, da recuperação eficiente
e eficaz facilitando o desenvolvimento de linguagens de representação e estruturas de
organização que reflitam as necessidades de jogos de linguagem específicos ou de domínios
de conhecimento específico ou comunidades linguísticas. Para tal, será necessário investigar
aspectos linguísticos, comunicativos e organizacionais da representação a partir de uma
multiplicidade de perspectivas sociocognitivas e dentro de uma classe/área completa de
domínios discursivos e comunidades de conhecimento.
Referência
JACOB, Elin K.; SHAW, Debora. Sociocognitive
perspectives on representation. In: Annual Review of
Information Science and Technology (ARIST), v. 33, p.
131-185, 1998.

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Perspectivas Sociocognitivas na Representação

  • 1. Perspectivas Sociocognitivas na Representação Hamilton Tabosa Lucas Serafim Marina Mendonça Disciplina: Protocolo Verbal: método e técnica de pesquisa qualitativa Professora: Dulce Amélia Brito
  • 2. Introdução Qualidade da Recuperação: Organização Cognitiva ⇔Estrutura Representacional Perspectiva (Sócio)Cognitiva: deveria evitar o que é único e idiossincrático e se concentrar nos fundamentos sociais do conhecimento. Social > Individual
  • 3. Cognição “Proporciona a descoberta, a compreensão, ou o entendimento, em outras palavras, a consciência da informação”. (GUILFORD, 1960). “Todas as faculdades ou funções do cérebro que percebem, gravam, processam e/ou manipulam a informação para produzir um comportamento inteligente”. (LYCAN, 1990).
  • 4. Psicologia Cognitiva Estudo de processos cognitivos que ocorrem no cérebro, ou seja, como os indivíduos processam informação. Desejável diálogo entre a CI e a Psicologia Cognitiva
  • 5. Cognição e Ciência da Informação Críticas às pesquisas cognitivas em CI: 1 - usuário x sistemas 2 - ênfase no usuário individual 3 - ênfase na última etapa do processo de recuperação Shera Natureza de estruturas de conhecimento compartilhadas (representação/recuperação) Frohmann A perspectiva cognitiva resulta no “apagamento do social”
  • 6. Representação – É tanto o processo/atividade como produto desse processo/atividade de representar; – Estabelece correspondência entre um domínio alvo e um domínio modelo: • Utiliza-se o domínio modelo para “re-apresentar” objetos no domínio alvo; • Em ambos os domínios, os objetos possuem equivalência representacional (propriedade de tomar lugar, substituir o objeto correspondido);
  • 7. Representação – É objeto de estudo da ciência cognitiva (ciência da representação), cuja preocupação básica é combinar os diferentes tipos de representação. – Fundamenta-se na linguagem, mediante um sistema de conceitos ou categorias existentes no domínio-modelo do usuário (que processa a informação) e no domínio-modelo do sistema de recuperação da informação (SRI). – Como relacioná-los efetivamente?
  • 8. • Tal problemática torna-se mais complexa na medida em que se apresentam outras dimensões representacionais envolvidas:
  • 9. • Tal complexidade inibe o desenvolvimento de dispositivos auxiliares às existentes e tradicionais linguagens representacionais – Que falham em conectar representacionalmente o conteúdo do texto e a necessidade de informação do usuário no SRI; • No entanto, o problema da representação necessita ser apreciado, e a proposta da abordagem teórica do processamento da informação De Mey (1982) mostra-se, na atual conjuntura, útil.
  • 10. • No perspectiva cognitivo de representação, almeja-se a criação de um sistema de recuperação integrativo/sociocognitivo da informação: – Atenta para processos de representação centrados nas expectativas cognitivas do indivíduo, associadas às estruturas de conhecimento internas de cada um que participa do processo de interpretação; – Isto é, atenta para a necessidade de análise das estruturas de conhecimento contidas no domínio do discurso do indivíduo.
  • 11. Categorização • Processo cognitivo de dividir o mundo em entidades ou categorias de modo a ordenar o mundo físico e social no qual os indivíduos estão inseridos; • Simplifica a interação do indivíduo com o ambiente e é essencial para a produção de novo conhecimento; • Não é simplesmente um processo cognitivo individual, mas um processo de construção da realidade, determinado socialmente e culturalmente.
  • 12. Categorização • É essencial para o processo de representação, no qual deve ser considerado o contexto individual, situacional e físico. • Não considerar o contexto limita drasticamente a efetividade do processo de categorização
  • 13. Modelos Mentais Construtos cognitivos para representação de domínios, eventos, fenômenos, etc. • Estruturas cognitivas internas que o indivíduo constrói, de forma explícita ou implícita, para representação de um domínio alvo em particular, como por exemplo, um evento, uma atividade, um objeto ou um assunto. • Incluem as noções molduras/estruturas. de scripts (roteiros), schemata e
  • 14. Modelos Mentais • A experiência anterior e a visão de mundo para a compreensão dos modelos mentais. • Estão constantemente em processo de transformação, pois interagem com o mundo ao redor deles. • Não é necessário os modelos mentais serem precisos, e sim funcionais.
  • 15. Necessidade de avaliação das percepções do usuário • Uma crítica: a necessidade de avaliação das percepções do usuário e a ênfase na avaliação de estilos físicos de indexação. • A formação da categoria e a indexação, bem como os aspectos da experiência do indexador afetam o processo de indexação e seus produtos. • A ênfase da pesquisa deve mudar da preocupação com o formato físico do produto final para a compreensão da centralidade dos fundamentos sociocognitivos da linguagem de indexação e, mais importante, das atividades cognitivas do indexador.
  • 16. Experiência com protocolo verbal • A indexação pode também ser afetada por restrições externas. • Livonen (1990 apud JACOB, SHAW, 1998, p. 165) identifica causas primárias de inconsistência, incluindo a antecipação do indexador de como clientes iriam solicitar textos e a influência da linguagem de indexação usada pelos indexadores em seu ambiente de trabalho. • O artigo de David et al. adota uma perspectiva mais cognitiva na investigação do problema de consistência entre indexadores. Além da análise do produto de indexação, os pesquisadores usaram três abordagens metodológicas na sua investigação: 1- relato verbal simultâneo ou protocolos verbais pensar alto; 2- verbalização retrospectiva pelo sujeito; 3- entrevista focada na avaliação dos pares. Concluíram que a variação em descritores designados é um resultado de diferenças em modelos individuais do que constitui a boa indexação.
  • 17. Considerações finais • O desenvolvimento de sistemas eficazes de recuperação dependerá da investigação dos padrões cognitivos de representação compartilhados por comunidades de usuários do sistema. • Ao investigar não apenas o(s) processo(s) cognitivo(s) envolvido(s) nas atividades representacionais, mas também o impacto do modelo mental do indexador de uma boa representação sobre o produto final pode ser possível suprir os futuros indexadores de estruturas pragmáticas eficazes que irão aumentar a consistência da representação. • A pesquisa sociocognitiva em CI irá apoiar o objetivo que está por vir, da recuperação eficiente e eficaz facilitando o desenvolvimento de linguagens de representação e estruturas de organização que reflitam as necessidades de jogos de linguagem específicos ou de domínios de conhecimento específico ou comunidades linguísticas. Para tal, será necessário investigar aspectos linguísticos, comunicativos e organizacionais da representação a partir de uma multiplicidade de perspectivas sociocognitivas e dentro de uma classe/área completa de domínios discursivos e comunidades de conhecimento.
  • 18. Referência JACOB, Elin K.; SHAW, Debora. Sociocognitive perspectives on representation. In: Annual Review of Information Science and Technology (ARIST), v. 33, p. 131-185, 1998.