O documento discute:
1) A necessidade de formação inicial e continuada para funcionários da educação em Mato Grosso e os desafios dos cursos oferecidos;
2) O histórico da luta por valorização dos funcionários no estado, incluindo a unificação sindical e a inclusão na carreira docente;
3) Os avanços na legislação que reconheceu os funcionários como profissionais da educação, mas também os desafios permanecentes como a precariedade das condições de trabalho.
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Aula inaugural profuncionário 03022015
1. Algumas reflexões
Em busca da visibilidade
...acredito que socializar as ideias e conhecimentos nos auxilia a ter
outros olhares, enxergar outros significados e possibilidades de
transformação (Maria Abadia da Silva – módulo Educadores e educandos).
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2. “Cinquenta milhões de alunos são
educados pelos professores e
funcionários das escolas públicas na
educação básica”
João Monlevade
“Naquela tarde, nada aprendi de educação na
escola, senão o que eram a corrupção e a
delação”
Machado de Assis
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3. Regulamenta a oferta de cursos pelos CEJAS;
Será estruturado de acordo com o calendário
letivo;
Certificação – responsabilidade do CEJAS;
Tempo formação – 2 anos organizado em 6
módulos;
Carga horária – 9 presencial e 6 on-line;
Frequência – 75%;
Licença maternidade – 90 dias;
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Portaria nº.319/2014/GS/SEDUC/MT
4. Continuando...
Atestado médico justifica as faltas, mas não
abonam – não serão computadas para
reprovação;
Aluna na impossibilidade de apresentar
atestado médico de licença maternidade
terá igual valor a Certidão de Nascimento;
A conclusão / aprovação está condicionada
a entrega do memorial descritivo.
O memorial descritivo poderá ser realizada
individualmente ou em duplas
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5. Orientações de estudo:
Ser organizado com os materiais de estudo;
Saber estudar de forma independente e
autônoma;
Ser curioso e saber pesquisar informações;
Saber transformar as informações em
conhecimento;
Ter iniciativa própria para apresentar ideias;
Usufrua das novas tecnologias -
indispensáveis;
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6. Blog Profuncionários - hedergeo.zip.net
Avaliação – é
inclusiva e
diagnóstica,
pautada na
construção,
promovendo a
liberdade, a
autonomia, a
segurança, a
espontaneidade,
numa travessia
permanente, em
busca do melhor
de cada um. A
avaliação será no
processo e tem o
objetivo da
promoção.
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MATRIZ CURRICULAR CH ETAPA 1º ANO
OFERTA DE CURSO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO TÉCNICO
PROFISSIONALIZANTE PROFUNCIONÁRIO - CH ETAPA
TÉCNICO EM MULTIMEIO ESCOLAR
EIXOS DE
FORMAÇÃO
MÓDULOS
1º E 2º ANO DE EXCUÇÃO
CH/ETAPA
ALUNO -
TOTAL
C.H
PRESEN
CIAL.
C.H
AULAS
ONLINE
CH SEMANAL -
NPROFESSOR
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INTRODUTÓRIO
1 - INFORMÁTICA BÁSICA. (específico)
CH/ETAPA
ALUNO -
TOTAL
65 h
C.H
PRESENCIA
L.
3 h
C.H AULAS ONLINE
2 h
CH SEMANAL
PROFESSOR
5 h
TOTAL 65 h 3h 2 h 5 h
PEDAGÓGICO
2 - FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS: CIDADÃOS,
EDUCADORES, PROFISSIONAIS E GESTORES. (áreas
/ domínio)
65 h 3 h 2 h 5 h
3 - EDUCADORES E EDUCANDOS: TEMPOS
65 h 3 h 2 h 5 h
H ISTÓRICOS. (Humanas)
TOTAL 1º MÓDULO TRIMESTRAL - 65 DIAS T - 130 h 6 h 4 h 10 h
4 – HOMEM, PENSAMENTO E CULTURA:
ABORDAGEM FILOSÓFICA E ANTROPOLÓGICA.
(Humanas)
65 h 3 h 2 h 5 h
5 – RELAÇÕES INTERPESSOAIS: ABORDAGEM
PSICOLÓGICA. . (áreas / domínio)
65 h 3 h 2 h 5 h
6 – EDUCAÇÃO SOCIEDADE E TRABALHO:
ABORDAGEM SOCIOLÓGICA DA EDUCAÇÃO.
(Humanas)
65 h 3 h 2 h 5 h
TOTAL 2º MÓDULO TRIMESTRAL - 65 DIAS T - 195 h 9 h 6 h 15 h
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GERAL
7 – GESTÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR. (áreas /
domínio)
65 h 3 h 2 h 5 h
8– PRODUÇÃO TEXTUAL NA EDUCAÇÃO
ESCOLAR. (Linguagem)
65 h 3 h 2 h 5 h
9 – DIREITO ADMINISTRATIVO E DO TRABALHO.
65 h 3 h 2 h 5 h
(específico)
TOTAL 3º MÓDULO TRIMESTRAL - 65 DIAS T - 195 h 9 h 6 h 15 h
11. Identidade
É o conjunto de caracteres próprios e
exclusivos com os quais se podem
diferenciar pessoas, animais, plantas e
objetos inanimados uns dos outros, quer
diante do conjunto das diversidades, quer
ante seus semelhantes.
Identidade ainda pode ser uma contituição
legal, e portanto traduzida em sinais e
documentos, que acompanham o
indivíduo.
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12. Continuando...
Para a Sociologia, Identidade é o compartilhar de várias
ideias e ideais de um determinado grupo. Alguns autores,
como Karl Mannheim, elaboram um conceito em que o
indivíduo forma sua personalidade, mas também a recebe
do meio, onde realiza sua interação social.
Para a Antropologia, Identidade consiste na soma nunca
concluída de um aglomerado de signos, referências e
influências que definem o entendimento relacional de
determinada entidade, humana ou não-humana, percebida
por contraste, ou seja, pela diferença ante as outras, por si
ou por outrem. Portanto, Identidade está sempre
relacionada a idéia de alteridade, ou seja, é necessário
existir o outro e seus caracteres para definir por
comparação e diferença com os caracteres pelos
quais me identifico.
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13. O artigo indica:
Os avanços no processo educacional das experiências de
Mato Grosso (MT), evidenciando as legislações que
legitimaram os direitos,
A necessidade da formação inicial e continuada de
funcionários(as) e problematiza os cursos que vão se
conformar no perfil do profissional e seus responsáveis
(critica aos módulos específicos).
Jocilene e Guelda
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14. Em construção do PNE
Esta formação está sendo reivindicada há mais
de duas décadas por toda a categoria e por
aqueles que entendem a educação no sentido
macro.
Há uma visão conservadora, fruto de uma
concepção empirista, segundo a qual para ser
funcionário de escola basta limpar bem,
cozinhar bem, datilografar bem ou, ainda, ser
amigo do prefeito da cidade.
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15. A deficiência que
a escola tem em
se articular para
as diferentes
situações pode
ser atribuída,
também, à
ausência de
profissionalização
adequada aos
atores em
questão.
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16. Grande conquista...
Lei nº 12.014 (BRASIL, 2009), que dispõe sobre
o reconhecimento dos(as) funcionários(as)
como ‘’profissionais da educação’’.
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17. Hoje, com a progressiva expansão da escolarização,
percebe-se que, mais do que ser instruída por professores,
a população precisa ser educada por educadores,
compreendendo-se que todos os que têm presença
permanente no ambiente escolar, em contato com os
estudantes, são educadores, independentemente da função
que exerçam. (pág. 15)
Nesse cenário, merendeiras precisam, também, cuidar da
educação alimentar, bibliotecários, ajudar na
construção do hábito da leitura e da educação literária,
secretários devem colaborar com o processo avaliativo
do ensino e da aprendizagem, configurando-se a
instituição de novas identidades funcionais. (pág. 15)
Livro - Por uma política de valorização dos trabalhadores em educação. Em
cena, os funcionários de escola
Função educadora...
18. Juntos, mas carente de vivências
Em Mato Grosso, o processo de unificação
sindical aconteceu antecipadamente, pois no III
Congresso da entidade, em 1986 a Associação
Matogrossense de Professores (AMP) acolheu
os funcionários de escola, após incansável
trabalho de convencimento desses junto aos
congressistas, passando a denominar-se
Associação Matogrossense dos Profissionais da
Educação (AMPE), que em 1988 transformou-se
no Sindicato dos Trabalhadores do Ensino
Público de Mato Grosso (Sintep/MT).
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19. Começa a valorização...
Em meio a essa luta, outra bandeira ganhou
expressividade – a valorização dos funcionários
da educação, que, segundo Monlevade (2001),
delineou os seguintes avanços: a valorização dos
funcionários como cidadãos pela escolarização
básica e superior, como trabalhador assalariado
com a inserção nos planos de carreira, e a
valorização como educador através dos cursos
de profissionalização.
Inicia o retorno aos bancos escolares.
Só pelo aumento salarial???
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20. Surge então os cursos técnicos:
Técnico em Administração Escolar
Técnico em Multimeios Didáticos
Técnico em Alimentação Escolar
Técnico em Manutenção de Infraestrutura
Escolar .
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21. Organização
Com o objetivo principal de imprimir
nesses profissionais o perfil de
educadores, a proposta de formação
profissional, segundo Monlevade (2001),
incluiu um bloco de disciplinas de
educação geral, outro de disciplinas
técnicas-específicas de cada categoria
(identidade) e o bloco de disciplinas
pedagógicas.
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22. REFLEXÃO....
Com a sanção da Lei Complementar nº 050, 1998 MT
reconhece oficialmente o caráter de profissionais da
educação dos quatro cursos técnicos.
Enfim, após a unificação sindical, chegou também a
unificação na carreira.
Ao mesmo tempo em que os funcionários foram incluídos
na Carreira dos Profissionais da Educação Básica, foram
também contemplados ao lado dos segmentos
professores, pais e alunos, como integrantes do
CDCE, regulamentados através da Lei nº 7.040, de 1998, de
Gestão Democrática do Ensino Público Estadual de Mato
Grosso que prevê ainda que os funcionários de escola
devidamente profissionalizados também possam concorrer
à função de diretor de escola, que constitui cargo
eletivo.
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23. Desafios:
Profissionalização total dos profissionais;
Oferta das diferentes formações aqueles
interessados na qualificação e efetivação
através de concursos;
Fim do “benefícios” aos professores
quanto a eleição para diretores;
Transparência na divulgação de dados de
forma real do quadro de funcionários
(Municípios e estado);
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24. Desafios:
Precariedade nas condições de trabalho;
Qualidade no curso ofertado (principalmente
os módulos específicos);
Ineficiência em alguns CDCEs;
Ineficiência da gestão por parte de algumas
escolas;
ESCOLA: espaço políticos onde a maioria não
são vistos como sujeitos;
Eficiência na formação continuada;
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25. Reflexão:
A primeira vez que os funcionários de escola foram
lembrados em um Seminário de Formação, pensando
a formação continuada para a Área 21, foi no mês de
julho de 2009. Nessa formação já estavam presentes
os formadores da Área 21 que iriam atuar nos
Cefapros, até então entendidos como Centros de
Formação dos Professores, com o intuito de atender
todos os profissionais da educação, já que o Projeto
Sala de Professor, de formação continuada
direcionado pelos Cefapros, não atendia a demanda
dos profissionais da educação na íntegra, por isso a
nova nomenclatura: SALA DO EDUCADOR
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27. Blog Profuncionários - hedergeo.zip.net
“Acredito que
socializar as idéias e
conhecimentos nos
auxilia a ter outros
olhares, enxergar
outros significados e
outras possibilidades
de transformação.Ao
longo do módulo,
vamos nos conhecer
melhor”.
28. Em estudo:
Unidade 1 – Para que estudar e
compreender a educação por meio da
história?
Unidade 2 – Educação construída pelos
padres da Companhia de Jesus
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29. Introdução...
A sociedade brasileira vive processos
rápidos de mudanças, e as escolas cada vez
mais têm de acompanhar, participar e
formar cidadãos para lidarem com
mudanças, continuidades e rupturas. De nós
todos, exigem-se novas maneiras de
atuarmos como profissionais da educação e,
nesta tarefa, sermos educadores e gestores
num palco em que tudo acontece muito
rápido, a escola.
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30. Continuando...
Nesse sentido, é necessário saber que espaço é a
escola?
Como os funcionários das escolas podem ser
educadores?
Como se educa em outros espaços dentro da
escola?
Como se ensina e como se aprende em outros
espaços da escola?
Por que a escola é diferente de outras instituições
sociais?
Por que os funcionários das escolas necessitam de
formação profissional?
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31. Continuando...
Somos senhores de nossa história. No
entanto, o desenvolvimento cultural
permitiu aos homens e às mulheres
construírem e modificarem a sua história e
as suas formas de educação e organização
econômica, política e social.
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32. Continuando...
Hoje em dia, aqueles que estão trabalhando
deparam-se com novos desafios, exigem-se
deles outras atitudes e posturas.
- Como tomar decisões coletivas nesse
contexto?
- Como agir dentro da escola, de modo a
torná-la mais democrática?
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33. Continuando... Desafio...
Na realidade, sabemos que, de maneira geral,
aos funcionários das escolas públicas, depois de
seu ingresso, pouco foi oferecido para a
formação continuada e para a compreensão do
significado do trabalho na instituição escolar
formal. Tampouco, foram propiciadas condições
objetivas que contribuíssem para que o seu
fazer profissional se transformasse numa tarefa
educativa, de respeito, compartilhamento,
cooperação e aprendizagem coletiva e social.
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34. Continuando...
O ingresso na escola é o primeiro passo
do funcionário, que deve ser seguido de
outros, visto que a escola é um espaço de
formação, criação, invenção, inovação,
socialização, transmissão e apropriação de
valores, princípios e sentimentos.
Não podemos ficar isolados, temos
sempre algo ainda a apreender. Isolados
não crescemos; quando partilhamos
saberes, aprendemos.
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35. Continuando...
A sociedade brasileira torna-se cada vez
mais complexa, plural, dinâmica e repleta de
diversidades e diferenças.
Para compreender a sociedade brasileira é
preciso conhecer a história dos homens e
das mulheres que, como sujeitos,
construíram esta história. E, assim, é
fundamental compreender a importância da
ação de cada um e de todos nesse
processo.
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37. Continuando...
Em todo o país, as escolas públicas vivem
momentos de ressignificação de suas
funções sociais, políticas e pedagógicas. É
cada vez maior a responsabilidade das
escolas públicas com a formação integral
dos estudantes de todas as classes sociais,
para que saibam participar com autonomia
nas decisões da comunidade.
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38. Continuando...
A escola é o lugar para onde enviamos
nossas crianças e adolescentes, a fim de que
aprendam a cultura já produzida, aprendam
a conviver com o outro e possam também
criar e inventar objetos, vivenciar valores,
sentimentos e sonhos.
Será que as instituições escolares, ao
longo da história, têm cumprido esse
papel?
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39. Continuando...
Nossas crianças e adolescentes cada vez
mais necessitam de orientações, estímulos,
vivências de cooperação e de solidariedade,
de responsabilidade e de cidadania, que nos
fazem humanos, solidários e autônomos.
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40. Continuando...
Ensino escolar significa uma atividade ofertada
numa escola credenciada pelos órgãos
competentes, na qual se vivencia e se partilha
saberes e conheci mentos, numa relação entre
professor e alunos, de maneira intencional,
organizada e sistemática, com a finalidade de
possibilitar aos estudantes conhecerem e
apropriarem da cultura produzida, além de
criarem, inventarem, inovarem e participarem
das decisões. E os funcionários?
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41. Continuando...
A educação pode ocorrer em todos os
lugares: nos hospitais, no estádio de futebol,
no Palácio da Justiça, nas associações de
bairros, nas igrejas, no trânsito, nas viagens, nos
meios de comunicação, nos conselhos de sua
cidade ou estado, nas marchas, nas passeatas,
nos sindicatos, nas greves, nos partidos
políticos, na floresta, nos parques da cidade, no
supermercado, no consultório médico, nas
escolas e em outros lugares em que você
mora.
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42. Continuando...
Nós somos seres históricos, produzimos
nossa história, memória, cultura, valores,
crenças, sonhos e utopias.
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43. Continuando...
Todos nós nos educamos,
coletivamente, por meio de ações,
atitudes, vivências, programas, projetos,
propagandas, exposições, livros, filmes,
marchas, passeatas, viagens, teatro, festas
juninas, rituais religiosos, comícios,
excursões, palestras e outras tantas
maneiras de apropriar-se daquilo que
homens e mulheres produzem e sonham.
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44. Continuando...
E para que estudar e compreender a
educação e a história na sociedade
brasileira? Através da história podemos
enxergar nossas raízes e compreender por
que as civilizações, os povos, se organizaram
de determinada maneira, o que foram e
como se transformaram naquilo que são.
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45. Continuando...
E como vamos estudar e compreender a
organização da educação e da escola no
Brasil?
O que os funcionários das escolas precisam
saber sobre a educação?
Como os funcionários não-docentes, em
efetivo exercício nas escolas, podem ser
educadores? Como transformar nossas
rotinas em processos educativos?
Estas questões são fundamentais, e vamos
durante este curso ajudar você a
compreendê-las.
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47. Educação no período dos Jesuítas
Quando os colonizadores ocuparam essas
terras, já habitadas pelos povos nativos, vieram
com eles os padres da Companhia de Jesus e
os padres das outras ordens religiosas:
dominicanos, beneditinos, agostinianos,
franciscanos, carmelitanos e capuchinhos, com
os seguintes objetivos: evangelizar os nativos,
catequizar, propagar a fé cristã, difundir valores,
dogmas e princípios cristãos, introduzir o
princípio do trabalho como instrumento de
dignificação do homem e contribuir com a
Coroa Portuguesa no processo de colonização
e de exploração das terras.
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48. Educação no período dos Jesuítas
A ideia de que todos os homens devem
trabalhar para o seu sustento e o de sua
família, serviu aos interesses dos padres
jesuítas, que incutiam nos homens a
obrigação de trabalhar duramente e
produzir a riqueza e serviu também aos
colonizadores que aproveitaram para
disciplinar os homens, as mulheres e as
crianças, de acordo com as premissas do
modo de produção capitalista.
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50. Educação no período dos Jesuítas
A educação formal no Brasil começa em 1549, com
a chegada dos padres da Companhia de Jesus. Esses
padres, no litoral brasileiro, criaram dezessete
colégios, seminários e internatos e ofereceram
quatro cursos: Elementar, Humanidades, Artes ou
Ciências e Teologia e Filosofia, destinados à educação
das elites, aos filhos de portugueses nascidos aqui,
aos filhos dos fazendeiros e aos filhos dos senhores
de engenho. A educação ensinada formava novos
padres para continuarem os trabalhos missionários
ou servia para preparar administradores locais. Eles
aprendiam nos cursos de latim, de gramática
portuguesa, de retórica e de filosofia, conteúdos
humanísticos.
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51. Educação no período dos Jesuítas
Os jesuítas criaram também os aldeamentos
e os recolhimentos destinados à catequese,
à evangelização e à preparação de mão-de-
obra, civilizando as tribos indígenas para que
colaborassem na exploração da riqueza das
terras. Por ordem da Coroa Portuguesa, os
jesuítas celebravam os rituais religiosos nas
aldeias, batizavam os nativos, ensinavam a
estes a língua portuguesa, os bons costumes
e o catecismo, além de forçá-los ao trabalho.
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52. Educação no período dos Jesuítas
A corte portuguesa permitia que os
indígenas hostis e rebeldes fosse
aprisionados pelos portugueses. Os
próprios soldados ficavam com boa parte
deles, pondo-os ao seu serviço ou
vendendo-os aos fazendeiros do Pará e do
Maranhão, onde era crônica a falta de
braços, ou seja, de mão-de-obra para o
trabalho.
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53. Educação no período dos Jesuítas
O projeto de colonização dos portugueses
centrava-se nas capitanias hereditárias, nas
sesmarias, nas grandes propriedades rurais, na
utilização da mão-de-obra dos nativos e dos
escravos e na exploração e apropriação dos
bens naturais. Entretanto, um outro aspecto do
projeto de colonização tratava de ideias, de
valores morais e éticos, de comportamento
adequado e de verdades a serem difundidas
por meio da estrutura social e da política
transplantada de Portugal para a colônia.
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54. Educação no período dos Jesuítas
Os colonizadores portugueses, auxiliados pelos
padres jesuítas e pelas ordens religiosas,
edificaram aqui uma sociedade hierarquizada e
autoritária, em que o poder de mandar
centrava-se no monarca e nas autoridades
católicas. Para executar um plano econômico
de exploração, os portugueses impuseram os
padrões da cultura europeia e trataram de
desprezar o modo de vida dos povos nativos.
Com isso, ao mesmo tempo, introduziram
hábitos de trabalho e noções de valor
comercial aos objetos e produtos.
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55. Educação no período dos Jesuítas
Havia muitas diferenças entre a cultura dos
portugueses, dos africanos escravizados e a dos
nativos. Conflitos, divergências e contestações foram
inevitáveis. Tribos indígenas inteiras foram dizimadas,
outras se rebelaram e resistiram, e outras se
aculturaram. Os portugueses posicionaram-se como
seres superiores, senhores que sabiam a forma
correta de se viver e de organização social e política.
Era preciso mudar os hábitos e fazer com que os
nativos assumissem comportamentos de civilizados.
Logo, trataram de conhecer a língua das tribos
indígenas para, em seguida, impor a língua
portuguesa como oficial, moldar condutas, negar as
suas formas de organização, tradições, rituais e
prazeres. Enfim, negar toda a sua cultura.
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56. Educação no período dos Jesuítas
Os colonizadores não só desprezaram a
maneira que os nativos educaram seus
descendentes, como ocultaram os seus
direitos e negaram as suas identidades.
A partir de 1550, os negros da África foram
trazidos para o trabalho nos canaviais, na
mineração e nos engenhos. As formas de
resistência tanto dos índios como dos
negros africanos foram duramente
reprimidas.
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57. Educação no período dos Jesuítas
Portanto, os processos de socialização e as
práticas sociais decorrentes da colonização
portuguesa, incluindo a institucionalização
da escola, tinham como princípios: a
transmissão dos valores, a transplantação da
cultura e da visão de mundo dos europeus e
a doutrinação e evangelização católica dos
povos conquistados.
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58. Educação no período dos Jesuítas
Nesse cenário, a escola era necessária
somente para alguns, uma vez que a
intenção dos colonizadores eram a
dominação e a ocupação das terras sem
despesas para a Coroa. Os colégios, os
seminários e os conventos criados pelos
religiosos foram as primeiras escolas
destinadas apenas a alguns.
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59. Educação no período dos Jesuítas
Dentro dos colégios havia uma hierarquia
das tarefas. Uns religiosos exerciam o
ministério do sacerdócio, outros, irmãos
missionários que fizeram os votos,
dedicavam-se às tarefas nos teares, na
agricultura, nas hortaliças e na pecuária. E, à
medida que o patrimônio da Companhia
crescia, foram agre gados os indígenas e, em
seguida, os africanos como trabalhadores
braçais nos afazeres domésticos e na rotina
dos trabalhos no campo.
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60. Educação no período dos Jesuítas
Os padres da Companhia de Jesus
introduziram, na colônia, uma concepção de
educação voltada para a manutenção das
estruturas hierárquicas e de privilégios para
alguns, acompanhada da disseminação de
formas de exploração e de comportamentos a
serem assumidos por aqueles que realizavam
tarefas e trabalhos com as mãos. Uma
educação para perpetuar as desigualdades
sociais e de classe e consolidar as estruturas de
privilégios e enriquecimento dos dominantes.
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