Este relatório descreve uma atividade experimental para extrair DNA da cavidade bucal humana através de uma solução salina, detergente e álcool. O procedimento resultou na ascensão de uma camada gelatinosa de DNA que permitiu observar e estudar a estrutura e comportamento desta molécula.
3. 2
Objetivos
Esta atividade experimental tem como objetivos extrair o DNA das
células da cavidade bucal humana, observar proximamente o material
genético e o seu comportamento quando em contacto com proteínas e
lípidos, e também observar o comportamento das moléculas de DNA
quando em contacto com materiais de maior e/ou menor densidades.
4. 3
Introdução
O DNA é uma molécula muito grande que se encontra densamente
compactada dentro do núcleo das células, que é relativamente pequeno.
Toda a informação necessária para a criação e funcionamento de um
organismo encontra-se no DNA. Esta molécula é utilizada para fornecer
informações para milhões de processos celulares que ocorrem
constantemente. Para conseguir estudar melhor o funcionamento do DNA,
os cientistas isolaram a molécula, procedendo de maneira semelhante a
esta atividade experimental.
Para isolar o DNA é necessário separá-lo dos outros componentes
celulares, fragmentando as membranas celulares e as membranas
nucleares, fazendo assim com que o DNA se separe das membranas e
organitos celulares.
A extração do DNA permite uma observação próxima da molécula
sob a forma de filamentos brancos, bem como um estudo mais facilitado
do comportamento da molécula, sendo assim mais fácil observar como se
comporta o DNA quando em contacto com lípidos e proteínas, entre
outros.
Figura 1 – dupla hélice, molécula de DNA
5. 4
Material e Procedimento
Experimental
Material
Álcool frio
Sal de cozinha
Copo de plástico
Bata de laboratório
Detergente líquido para a loiça
Funil
Gobelés de 250 mL
Provetas de 100 ou 50 mL
Corante alimentar
Procedimento Experimental
1. Preparar uma solução salina muito concentrada no copo de
plástico.
Figuras 2 e 3 – preparação de u ma solução salina
muito concentrada
6. 2. Colocar uma porção da solução salina na boca e bochechar
5
vigorosamente durante alguns minutos.
3. Colocar o obtido novamente no copo.
4. Adicionar uma a duas gotas de detergente para a loiça.
5. Adicionar algumas gotas de corante alimentar (quanto mais
corante for adicionado, melhor será o resultado final).
Figura 4 – resultado após adicionar detergente e
corante alimentar
6. Colocar 20mL do obtido numa proveta e adicionar lenta e
cuidadosamente 30 mL de álcool frio.
7. Deixar repousar até se observar a ascensão de uma camada
gelatinosa de cor esbranquiçada.
7. 6
Resultados
Após a realização da atividade experimental, seguindo corretamente
o protocolo, apresentam-se os seguintes resultados:
Após alguns segundos, verificou-se a ascensão de uma camada
gelatinosa esbranquiçada.
Figuras 5, 6, 7 e 8 – resultados da atividade experimental
8. 7
Discussão
Ao analisar os resultados desta atividade experimental pode-se
justificar a utilização de certos materiais no procedimento experimental.
O detergente permitiu uma emulsificação, ou seja, este penetra na
estrutura das membranas e separa as grandes moléculas de fosfolípidos,
provocando assim a destruição das membranas. Como consequência, o
conteúdo nuclear dispersa-se na solução.
O sal proporcionou ao DNA um ambiente favorável, contribuindo
com iões positivos que neutralizam a carga negativa do DNA, assim
estabilizando-o. Adicionalmente, as moléculas de DNA agregam-se,
formando filamentos espessos e compridos, de constituição gelatinosa e
cor esbranquiçada.
O álcool etílico foi utilizado a temperaturas baixas porque desta
forma o DNA não se dissolve nele. Como resultado, o DNA precipitou-se e
separou-se da solução, tornado assim possível a sua visualização e recolha.
O álcool torna-se o fluido sobrenadante porque é menos denso que a água,
ficando assim a flutuar sobre esta. Já o DNA flutua na superfície do álcool
porque é menos denso que a água.
Apesar do DNA ser a maior molécula de uma célula, a sua estrutura
não pode ser observada a olho nu, uma vez que tem um tamanho
microscópico. Tal como não podemos observar a maior parte das células a
olho nu mas conseguimos observar um organismo composto por milhões
de células, também não podemos observar uma molécula de DNA mas sim
milhões de cadeias de DNA aglomeradas, como foi verificado nesta
experiência.
9. 8
Conclusão
Tendo em conta os objetivos definidos para esta atividade
experimental, conclui-se que todos os objetivos foram concretizados.
Foi possível extrair de forma correta o DNA da cavidade bucal,
tornando assim possível observar o material genético e a sua constituição.
Através do isolamento desta molécula é possível estudar e analisar o seu
comportamento.
De uma forma geral, a atividade experimental decorreu de forma
positiva, uma vez que todos os objetivos foram concretizados e os
resultados foram satisfatórios.
10. 9
Bibliografia
Imagens
Figura 1:
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hs=zo6&rls=org.mozilla%3Apt-
PT%3Aofficial&channel=fflb&tbm=isch&q=dna%203d&revid=126343
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Figuras 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8: retiradas com o telemóvel da autora do
relatório no momento da execução da atividade experimental.
Informação
CARRAJOLA, Cristina; CASTRO, Maria José; HILÁRIO, Teresa. Planeta
Com Vida Biologia (Volume 1). Carnaxide: Santillana, 2008.