O documento apresenta os resultados de um estudo sobre os formadores de professores na área das TIC em Portugal. Os principais achados são: (1) Os formadores têm competência técnica com as TIC, mas falta-lhes especialização em áreas específicas; (2) Há carência de formadores TIC em certas disciplinas; (3) A formação é insuficiente para integrar as TIC no currículo de forma pedagógica.

1. II Encontro Internacional TIC e Educação
Lisboa – 30 nov. – 02 dez.
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
E A INTEGRAÇÃO DAS TIC NO CURRICULO:
COM QUE FORMADORES?
Maria Helena Vieira Felizardo
Fernando Albuquerque Costa
Estudo realizado no âmbito da Dissertação de Mestrado em Educação,
na especialidade de TIC e Educação, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

2. INTRODUÇÃO
Na formação contínua de professores na área das TIC, em Portugal, de que modo
contribuem os formadores para o objetivo da integração curricular das TIC?
O que sabem
O que fazem
O que pensam
Os formadores da formação contínua de
professores na área das TIC?
Felizardo & Costa (2012)
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A INTEGRAÇÃO DAS TIC NO CURRICULO: COM QUE FORMADORES?

3. METODOLOGIA
Inquérito por questionário através limesurvey
Pedido de colaboração
CFAE aos Diretores de 77 CFAE
345 respostas obtidas
108 respostas eliminadas
237 respostas válidas
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4. METODOLOGIA
1ª parte 2ª parte
Recolher as perspetivas dos Questionário Recolher dados pessoais e
formadores profissionais dos formadores
4 Escalas de likert de 7 pontos, Escalas nominais/ Escalas de intervalo
num total de 76 itens (questões fechadas)
4 Dimensões:
• Fatores que influenciam a integração curricular das TIC;
• Organização da formação;
• Perfil de competências do formador;
CARACTERIZAÇÃO DOS
• Avaliação da formação desenvolvida em Portugal pelos CFAE. FORMADORES
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5. RESULTADOS
Região de residência dos formadores (N=222)
Região Nº Resp. %
Norte 59 26,6
Centro 60 27 Género dos formadores (N=221)
Lisboa e Vale do Tejo 59 26,6
Alentejo 9 4,2
81
Algarve 16 7,2 140 37%
63%
Ilhas 19 8,5
Total 222 100
Feminino
Masculino
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6. Grupos de docência Código Nº resp. % Grupos de docência (N=222)
Educação Pré-escolar 100 4 1,8%
1º Ciclo do Ensino Básico 110 18 8,1%
Português e Ciências Sociais 200 2 0,9%
Português e Francês 210 4 1,8%
Português e Inglês 220 2 0,9%
Matemática e Ciências da Natureza 230 5 2,3%
Educação Visual e Tecnológica 240 8 3,6%
Educação Musical 250 1 0,5%
Educação Moral e Religiosa 290 1 0,5%
Português 300 11 5,0%
Inglês 330 6 2,7%
93
História 400 6 2,7%
129 41.9%
Filosofia 410 1 0,5% 58.1%
Geografia 420 3 1,4%
Matemática 500 20 9,0%
Físico-Química 510 11 5,0%
Educação Tecnológica 530 8 3,6%
Grupo 550 - Informática
Eletrotécnica 540 2 0,9%
Outros grupos de docência
Informática 550 93 41,9%
Artes Visuais 600 3 1,4%
Educação Física 620 9 4,1%
Educação Especial 910 2 0,9%
Ensino Superior --- 2 0,9%
Total 222 100,0%
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7. RESULTADOS
Licenciaturas dos formadores (N=169)
Área de formação Nº de resp. %
Informática/engenharias/tecnologias 77 45,6
Ciências exatas e da natureza 36 21,3 54.4% 45.6%
Línguas e literaturas 17 10,1
Expressões 14 8,3
Ciências sociais 11 6,5 Inform./eng./tecnologias
Administração e gestão escolar 5 3,0 Outras áreas
Ensino Básico 1 ciclo 7 4,1
Educação pré-escolar 2 1,2
Total 169 100
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8. RESULTADOS
Formadores com Pós-graduação (N=237)
Formadores com formação Pós-graduada
123 114
52% 48% Não responderam
Estudos Pós-graduados dos formadores (N=114)
40.0 Outras áreas
33.3 33,3%
Tecnologias
30.0
20.0 13.2 14,9%
10.0 3.5 1,8%
0.0
PG Mestrado Doutoramento
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9. RESULTADOS
Número de horas de formação em TIC frequentada (N=222)
Horas de formação Nº resp. % % acumul.
até 150 79 35,6 35,6
de 151 a 300 74 33,3 68,9
de 301 a 500 37 16,7 85,6
de 501 a 800 22 9,9 95,5
> a 800 10 4,5 100
Total 222 100 ---
Número de horas de formação de formadores recebidas
Nº resp. % Média Desvio-padrão Percentil 25 Percentil 75 Moda
133 60% 149,35 H 201,442 H 50 H 177,50 H 100 H
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10. RESULTADOS
Formadores acreditados pelo CCPFC em áreas TIC (N=175)
40
23% Áreas das tecnologias Nota:
38% destes formadores possui
Outras áreas
acreditação nas didáticas específicas
135
(C05).
77%
Áreas/domínios relacionados com tecnologias (N=135)
80.0% 71.9%
70.0%
60.0% Legenda das áreas:
50.0%
A – Ciências da especialidade
40.0%
B – Ciências da Educação
30.0%
20.0% 12.6% C – Prática e investigação pedagógica e didática
11.1%
10.0% 1.5% 2.2%
0.7%
0.0%
A40 B15 C14 C15 C16 C17
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11. RESULTADOS
Experiência como formador (N=221) Tempo Nº resp. % % acum.
< 5 anos 65 29,4 29,4
5 a 9 anos 64 29 58,4
10 a 15 anos 59 26,7 85,1
16 a 20 anos 20 9 94,1
21 a 25 anos 6 2,7 96,8
> 25 anos 7 3,2 100
Total 221 100 ---
Horas de formação Nº resp. % % acum. Número de horas
até 150 64 29,1 29 de formação dinamizada (N=220)
de 151 a 300 38 17,3 46,4
de 301 a 500 40 18,2 64,6
de 501 a 800 25 11,4 76
de 801 a 1500 19 8,6 84,6
> a 1500 34 15,4 100
Total 220 100 ---
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12. RESULTADOS
Âmbito da formação TIC realizada (N=217)
93
Didáticas gerais 43% 124
Didáticas específicas 57%
Didáticas específicas Nº resp. % Áreas específicas das didáticas em que
Ciências exatas e da natureza 31 33,3
incidiu a formação realizada em TIC
Informática 30 32,3
(N=93)
Ciências sociais 7 7,5
1º CEB /Pré-Escolar 5 5,4
Expressões 6 6,5
Línguas 14 15
Total 93 100
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13. REFLEXÃO SOBRE OS RESULTADOS
DESTAQUES
 Prevalência da componente técnica / Enfoque na competência técnica;
 Carência de formadores TIC em determinadas áreas de ensino;
 Formação específica insuficiente / Formadores pouco especializados;
 Experiência de formação de professores reduzida.
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14. CONCLUSÕES
Na formação contínua de professores na área das TIC,
em Portugal, de que modo contribuem os formadores
para o objetivo da integração curricular das TIC?
• Existem evidências estatísticas que nos permitem pensar que os
formadores têm as condições necessárias para contribuir para o
desenvolvimento das competências dos professores relativamente à
utilização das TIC, no que diz respeito à competência técnica.
• No entanto, não podemos afirmar que contribuam efetivamente para a
integração pedagógica das tecnologias no currículo.
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