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Diz uma antiga lenda budista que um Rei andava pelos campos com o príncipe
herdeiro, então uma criança de 10 anos de idade. Mostrava a ele todo o reino.
Este, encantado com tanta coisa, pergunta ao pai:
- Pai, tudo isso é seu?
O Rei então responde – Não filho, só peguei emprestado de você.
Vivemos em um mundo movido pelo dinheiro. A maior aspiração da
humanidade é ficar extremamente rica, e de preferência, rapidamente, com o
menor esforço possível. Ao longo dessa caminhada, nem sempre muito ética,
vamos deixando pra trás valores simples e saudáveis e nos apegando a coisas
supérfluas, que nos afastam do nosso verdadeiro destino e, pior, nos fazem
perder a saúde física e mental.
O homem luta para obter os bens que vai acumulando ao longo do caminho;
pensando, sempre, em aumentá-los, para deixar para seus herdeiros. Muitas
vezes, esses bens se transformam em verdadeiros fardos.
Dizia, Sócrates:
“Todo homem que ama a riqueza não ama a si mesmo, nem ao que é seu; ama
a uma coisa que lhe é ainda estranha do que o que lhe pertence”.
O fundo do pensamento do célebre filósofo grego expressa uma insofismável
realidade; o que de fato é inalienavelmente nosso, é o que nos é dado levar
deste mundo, quando daqui sairmos. Afinal, o que na realidade nos pertence?
O Espiritismo nos explica que a nossa verdadeira propriedade está nos nossos
conhecimentos, nos sentimentos vivenciados e situações experimentadas.
Se refletirmos um pouco chegaremos rapidamente a algumas conclusões:
Verdadeiramente, não possuímos nada neste mundo. Os bens da Terra não nos
pertencem de fato. Nosso carro, nossa casa, e até o nosso corpo, porque, mais
cedo ou mais tarde, teremos que deixá-lo. Essas posses terrenas são sempre
passageiras. O trânsito dos bens terrenos pelas mãos humanas é testado pela
velocidade da posse. Vejamos, quantas fortunas foram dilapidadas, quantas
famílias milionárias perderam tudo, num piscar de olhos? A propriedade é
sempre referencial, nunca de estrutura real. Tanto isso é verdade que, ao
desencarnar, a criatura deixa tudo aqui no plano terrestre. Ela apenas teve o
direito de uso, enquanto encarnada.
Jesus nos disse que a verdadeira propriedade é aquela que os ladrões não
roubam e as traças não comem.
Refletindo sobre isso, chegamos à conclusão de que a única propriedade
verdadeira é aquela que não enxergamos. Tudo que for palpável, não pode ser
uma propriedade eterna; simplesmente, a criatura a está usando
temporariamente. Agora, nossos sentimentos, esses sim, nós os carregamos e
eles são nossos. O prazer em conversar com um amigo; o amor pelos entes
queridos; a alegria de poder ajudar ao próximo. Bens de verdade são aqueles
que se incorporam à vida, na qualidade de valores que permanecem no
comportamento da criatura. Os de origem terrena, face a sua constituição,
transferem-se de possuidor; desgastam-se, desaparecem.
O que o homem encontra ao chegar à Terra e deixa ao partir dela, ele só
aproveita enquanto aqui permanecer. Forçado que é a abandonar tudo isso, não
tem de seus bens a posse real; mas, simplesmente, usufruto. Ele não possui
nada do que é de uso do corpo; só possui o que é de uso do espírito:
inteligência, qualidades morais, conhecimentos. Tudo isso ele traz e leva
consigo, e que ninguém lhe pode arrebatar.
A compreensão real dessa mensagem é mais clara, mais compreensível, para
aqueles que têm o entendimento trazido pelo Espiritismo, de que a nossa vida
tem uma duração muito maior do que apenas uma existência. Assim sendo,
uma criatura que hoje seja possuidora de alguns bens não se torna diferente,
em termos de presença na Humanidade, daquele que está despojado desses
mesmos bens, porque, esse que hoje os possui está, de alguma forma, ...
Compromissado a fazer deles uso para a sua evolução moral. Da mesma
forma, aquele que vive na pobreza também está com a mesma incumbência.
Ser proprietário de um bem não é a mesma coisa que ter a posse desse bem.
Logo, os bens materiais que por ventura a criatura esteja usufruindo aqui na
Terra, são bens temporários, são bens que ela só tem a posse. Na chegada
dessa criatura ao mundo espiritual, que surpresa, o seu lugar está subordinado
ao que tem realmente. Todavia, não serão computados o seu ouro, os seus
títulos, mas a soma das virtudes que possua. Tudo aquilo que possuía na Terra
não vai lhe ser útil. A esse respeito, uma criatura sem bens materiais (pobre)
poderá ser mais rico do que aquele que viveu na riqueza.
Como já foi dito, os bens que as criaturas possuem aqui na Terra, são apenas
para usufruto delas. Na verdade, esses bens materiais são oportunidades que
elas têm para adquirirem bens morais. Quando alguém que é detentor de
grande soma de dinheiro, detentor de vários imóveis, e proporciona àqueles
necessitados a oportunidade de ter uma vida um pouco melhor, está
ingressando no caminho da prática caritativa. Ao mesmo tempo em que está
diminuindo um pouco a sua riqueza material, em contrapartida, está
aumentando a sua riqueza moral.
Talvez, essa mensagem do Evangelho possa perturbar a muitos à primeira
vista, como a mensagem de Jesus perturbou Zaqueu, o detestado cobrador de
impostos.
Entretanto, essa mesma mensagem que o perturbou o transformou. Para que o
homem possa adquirir bens na vida futura, ele terá que fazer a sua parte nessa
existência. Transformando-se, servindo, buscando as ferramentas apropriadas
para usufruir dessa benesse. Por isso, vale a pena refletir sobre o que realmente
tem valor duradouro e efetivo, considerando que somos seres imortais,
herdeiros de nós mesmos, cujos atos teremos que prestar contas às nossas
próprias consciências.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo
o Espiritismo. Nova página: Espiritismo com humor.

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A verdadeira propriedade

  • 1.
  • 2. Diz uma antiga lenda budista que um Rei andava pelos campos com o príncipe herdeiro, então uma criança de 10 anos de idade. Mostrava a ele todo o reino. Este, encantado com tanta coisa, pergunta ao pai: - Pai, tudo isso é seu? O Rei então responde – Não filho, só peguei emprestado de você. Vivemos em um mundo movido pelo dinheiro. A maior aspiração da humanidade é ficar extremamente rica, e de preferência, rapidamente, com o menor esforço possível. Ao longo dessa caminhada, nem sempre muito ética, vamos deixando pra trás valores simples e saudáveis e nos apegando a coisas supérfluas, que nos afastam do nosso verdadeiro destino e, pior, nos fazem perder a saúde física e mental.
  • 3. O homem luta para obter os bens que vai acumulando ao longo do caminho; pensando, sempre, em aumentá-los, para deixar para seus herdeiros. Muitas vezes, esses bens se transformam em verdadeiros fardos. Dizia, Sócrates: “Todo homem que ama a riqueza não ama a si mesmo, nem ao que é seu; ama a uma coisa que lhe é ainda estranha do que o que lhe pertence”. O fundo do pensamento do célebre filósofo grego expressa uma insofismável realidade; o que de fato é inalienavelmente nosso, é o que nos é dado levar deste mundo, quando daqui sairmos. Afinal, o que na realidade nos pertence? O Espiritismo nos explica que a nossa verdadeira propriedade está nos nossos conhecimentos, nos sentimentos vivenciados e situações experimentadas.
  • 4. Se refletirmos um pouco chegaremos rapidamente a algumas conclusões: Verdadeiramente, não possuímos nada neste mundo. Os bens da Terra não nos pertencem de fato. Nosso carro, nossa casa, e até o nosso corpo, porque, mais cedo ou mais tarde, teremos que deixá-lo. Essas posses terrenas são sempre passageiras. O trânsito dos bens terrenos pelas mãos humanas é testado pela velocidade da posse. Vejamos, quantas fortunas foram dilapidadas, quantas famílias milionárias perderam tudo, num piscar de olhos? A propriedade é sempre referencial, nunca de estrutura real. Tanto isso é verdade que, ao desencarnar, a criatura deixa tudo aqui no plano terrestre. Ela apenas teve o direito de uso, enquanto encarnada.
  • 5. Jesus nos disse que a verdadeira propriedade é aquela que os ladrões não roubam e as traças não comem. Refletindo sobre isso, chegamos à conclusão de que a única propriedade verdadeira é aquela que não enxergamos. Tudo que for palpável, não pode ser uma propriedade eterna; simplesmente, a criatura a está usando temporariamente. Agora, nossos sentimentos, esses sim, nós os carregamos e eles são nossos. O prazer em conversar com um amigo; o amor pelos entes queridos; a alegria de poder ajudar ao próximo. Bens de verdade são aqueles que se incorporam à vida, na qualidade de valores que permanecem no comportamento da criatura. Os de origem terrena, face a sua constituição, transferem-se de possuidor; desgastam-se, desaparecem.
  • 6. O que o homem encontra ao chegar à Terra e deixa ao partir dela, ele só aproveita enquanto aqui permanecer. Forçado que é a abandonar tudo isso, não tem de seus bens a posse real; mas, simplesmente, usufruto. Ele não possui nada do que é de uso do corpo; só possui o que é de uso do espírito: inteligência, qualidades morais, conhecimentos. Tudo isso ele traz e leva consigo, e que ninguém lhe pode arrebatar. A compreensão real dessa mensagem é mais clara, mais compreensível, para aqueles que têm o entendimento trazido pelo Espiritismo, de que a nossa vida tem uma duração muito maior do que apenas uma existência. Assim sendo, uma criatura que hoje seja possuidora de alguns bens não se torna diferente, em termos de presença na Humanidade, daquele que está despojado desses mesmos bens, porque, esse que hoje os possui está, de alguma forma, ...
  • 7. Compromissado a fazer deles uso para a sua evolução moral. Da mesma forma, aquele que vive na pobreza também está com a mesma incumbência. Ser proprietário de um bem não é a mesma coisa que ter a posse desse bem. Logo, os bens materiais que por ventura a criatura esteja usufruindo aqui na Terra, são bens temporários, são bens que ela só tem a posse. Na chegada dessa criatura ao mundo espiritual, que surpresa, o seu lugar está subordinado ao que tem realmente. Todavia, não serão computados o seu ouro, os seus títulos, mas a soma das virtudes que possua. Tudo aquilo que possuía na Terra não vai lhe ser útil. A esse respeito, uma criatura sem bens materiais (pobre) poderá ser mais rico do que aquele que viveu na riqueza.
  • 8. Como já foi dito, os bens que as criaturas possuem aqui na Terra, são apenas para usufruto delas. Na verdade, esses bens materiais são oportunidades que elas têm para adquirirem bens morais. Quando alguém que é detentor de grande soma de dinheiro, detentor de vários imóveis, e proporciona àqueles necessitados a oportunidade de ter uma vida um pouco melhor, está ingressando no caminho da prática caritativa. Ao mesmo tempo em que está diminuindo um pouco a sua riqueza material, em contrapartida, está aumentando a sua riqueza moral. Talvez, essa mensagem do Evangelho possa perturbar a muitos à primeira vista, como a mensagem de Jesus perturbou Zaqueu, o detestado cobrador de impostos.
  • 9. Entretanto, essa mesma mensagem que o perturbou o transformou. Para que o homem possa adquirir bens na vida futura, ele terá que fazer a sua parte nessa existência. Transformando-se, servindo, buscando as ferramentas apropriadas para usufruir dessa benesse. Por isso, vale a pena refletir sobre o que realmente tem valor duradouro e efetivo, considerando que somos seres imortais, herdeiros de nós mesmos, cujos atos teremos que prestar contas às nossas próprias consciências. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nova página: Espiritismo com humor.