1) O documento descreve a mensagem do Espírito Z para Allan Kardec sobre sua obra O Livro dos Espíritos, encorajando-o a continuar seu trabalho mas sem excessos.
2) Detalha o lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos em 18 de abril de 1857 e o início da "Era Espírita".
3) Relata o desenvolvimento subsequente da Doutrina Espírita com a publicação de outros livros e periódicos por Allan Kardec.
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A MENSAGEM DO ESPÍRITO Z OU ZÉFIRO
Em janeiro de 1857, quando já havia enviado para a editora imprimir O
Livro dos Espíritos, o Espírito Z havia prometido escrever-lhe uma carta
por ocasião do Ano Novo. Nesse dia, na casa do Sr. Baudin, Z tinha algo
de particular a dizer-lhe. Eis o que escreveu pela médium Srta. Baudin,
na intimidade, para o agora Allan Kardec:
“Caro amigo, não quis te escrever, na última terça-feira, diante de todo o
mundo, porque há certas coisas que não se podem dizer senão entre nós.
Queria primeiro te falar de tua obra, a que fazes imprimir (O Livro dos
Espíritos estava no prelo.)
3. Não te canses tanto noite e dia; terás mais resultado, e a obra não perderá
por esperar. Segundo o que vejo, és muito capaz de levar a bom termo a
tua empresa e tens que fazer grandes coisas. Nada, porém, de exagero em
coisa alguma. Observa e aprecia tudo judiciosa e friamente. Não te
deixes arrastar pelos entusiastas, nem pelos muito apressados. Mede
todos os teus passos, a fim de chegares ao fim com segurança. Não creias
em mais do que aquilo que vejas; não desvies a atenção de tudo o que te
pareça incompreensível; virás a saber a respeito mais do que qualquer
outro, porque os assuntos de estudo serão postos sob as tuas vistas. Mas,
ai! a verdade não será ainda conhecida, nem acreditada, por todos, antes
de muito tempo!
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4. Não verás, nesta existência, senão a aurora do sucesso de tua obra; será
necessário que retornes, reencarnado num outro corpo, para completar o
que tiveres começado, e, então, terás a satisfação de ver, em plena
frutificação, a semente que tiveres difundido sobre a Terra. Terás
invejosos e ciumentos que procurarão te denegrir e contrariar; não te
desencorajes; não te inquietes com o que se dirá ou se fará contra ti;
prossegue tua obra; trabalha sempre pelo progresso da Humanidade, e
serás sustentado pelos bons Espíritos, enquanto perseverares no bom
caminho. Lembra-te de que, há um ano, prometi a minha amizade
àqueles que, durante o ano, fossem convenientes em toda a sua conduta?
Pois bem! anuncio-te que és um daqueles que escolhi entre todos.
Teu amigo que te ama e te protege, Z.”
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O ESPÍRITO Z SEGUNDO KARDEC
Como vimos, Rivail havia dito que Z não era um Espírito superior, mas
muito bom e benevolente. Diz Allan Kardec sobre ele: “Talvez fosse
mais avançado do que o nome que tomou poderia fazer supor; pode-se
supô-lo a julgar pelo caráter sério e a sabedoria de suas comunicações,
segundo as circunstâncias. Em favor de seu nome, poderia se permitir
uma linguagem familiar, própria ao meio onde se manifestava, e dizer, o
que lhe acontecia frequentemente, duras verdades sob a forma alegórica
do epigrama (pequeno poema satírico). Seja como for, sempre conservei
dele uma boa lembrança e o reconhecimento pelos bons conselhos que
me deu e a amizade que me testemunhou. Desapareceu com a dispersão
da família Baudin, dizendo que logo deveria reencarnar.
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A Galeria D'Orleans foi local da Livraria Dentu
e do lançamento de O Livro dos Espíritos.
LANÇAMENTO DE OLIVRO DOS ESPÍRITOS
Em 18 de abril de 1857, na Galeria D'Orleans, local da Livraria Dentu,
era lançado ao público a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Que
trazia em seu frontispício os seguintes dizeres: “O Livro dos Espíritos,
contendo os princípios da doutrina espírita acerca da natureza,
manifestação e relações dos espíritos com os homens; das leis morais; da
vida presente, vida futura e porvir da humanidade. Escrito e publicado
conforme o ditado e a ordem de espíritos superiores por Allan Kardec.”
7. Escreveu Allan Kardec na Revista Espírita de janeiro de 1858:
"...declaramos desde o princípio, e temos a satisfação de reafirmar agora,
jamais pensamos em fazer de O Livro dos Espíritos objeto de
especulação: Seu produto será aplicado nas coisas de utilidade geral."
Assim em 18 de abril de 1857 raiou para a humanidade a "Era Espírita",
ao surgirem nas prateleiras das livrarias os primeiros volumes de “O
Livro dos Espíritos”.
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SEGUNDA EDIÇÃO DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Em março de 1860, quando do lançamento da segunda edição, através da
Revista Espírita de nº. 3 desse ano, escreveu Allan Kardec sobre esta
nova edição: “Inteiramente refundida e consideravelmente aumentada.
Na primeira edição desta obra, anunciamos uma parte suplementar.
Devia compor-se de todas as questões que ali não puderam entrar, ou que
circunstâncias ulteriores e novos estudos deveriam originar. Mas como
todas se referem a alguma das partes já tratadas, e das quais são o
desenvolvimento, sua publicação isolada não teria apresentado nenhuma
continuidade. Preferimos aguardar a reimpressão do livro para incorporar
todo o conjunto, e aproveitamos para dar à distribuição das matérias uma
ordem muito mais metódica, suprimindo ao mesmo tempo tudo quanto
tivesse duplo sentido.
9. Esta reimpressão pode, pois, ser considerada como obra nova, embora
não tenham os princípios sofrido nenhuma alteração, salvo pouquíssimas
exceções, que são antes complementos e esclarecimentos do que
verdadeiras modificações. Esta conformidade com os princípios
emitidos, malgrado a diversidade das fontes em que foram hauridos, é
um fato importante para o estabelecimento da ciência espírita. Prova
nossa própria correspondência que comunicações em tudo idênticas, se
não quanto à forma, ao menos quanto ao fundo, foram obtidas em
diferentes localidades, e isso muito antes da publicação do nosso livro, o
que veio confirmá-las e dar-lhes um corpo regular. Por seu lado, a
História atesta que a maioria desses princípios tem sido professada pelos
homens mais eminentes, dos tempos antigos e modernos, assim trazendo
a sua sanção.”
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DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Em 1° de janeiro de 1858 circula o primeiro número da "Revue Espirite"
(Revista Espírita), editada em Paris por Allan Kardec; no mesmo ano foi
publicado o livro "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas",
e, ainda nesse profícuo 1858, exatamente a 1° de abril, é fundada a
"Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".
Em 1859 surge o livro "O que é o Espiritismo". A 16 de setembro de
1860 A. Kardec publica a "Carta sobre o Espiritismo", em resposta a um
artigo publicado na "Gazette de Lyon". No mês de janeiro de 1861, Allan
Kardec lança a público "O Livro dos Médiuns" e, ainda nesse ano, no dia
9 de outubro às 10:30 horas da manhã, em Barcelona, Espanha, são
queimados num auto de fé trezentos volumes e brochuras sobre
Espiritismo, entre eles "O Livro dos Espíritos".
11. Em fevereiro de 1862, Kardec publica "O Espiritismo na sua Expressão
mais Simples", e também neste mesmo ano, "Viagem Espírita em 1862".
Em 1864 são editadas as seguintes obras: "Resumo da Lei dos
Fenômenos Espíritas" ou "Primeira Iniciação" e "Imitação do Evangelho
Segundo o Espiritismo", chamado posteriormente de "O Evangelho
Segundo o Espiritismo".
No dia 1º de agosto de 1865 é publicado o livro "O Céu e o Inferno", ou
a "Justiça Divina Segundo o Espiritismo". No ano de 1866 surge a
"Coleção de Preces Espíritas", um extrato do livro "O Evangelho
Segundo o Espiritismo".
Em 1867 vem a público "Estudo a cerca da Poesia Medianímica" e, em
1868, Kardec lança "A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo", e o livro "Caracteres da Revelação Espírita".
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ORDEM NO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Kardec aconselhou aos que desejassem adquirir noções preliminares do
Espiritismo, pela leitura das obras já existentes, sugerindo que as lessem
na seguinte ordem:
1º - O que é o Espiritismo? Esta brochura, de uma centena de páginas
somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita,
um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto
dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o
objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso,
respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem
naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco
tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais
aprofundado.
13. 2º - O Livro dos Espíritos. Contém a doutrina completa, como a ditaram
os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas
consequências morais. E a revelação do destino do homem, a iniciação
no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de
além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim
sério, que não constitui frívolo passatempo.
3º - O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se
à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios
próprios para se comunicarem com os Espíritos. E um guia, tanto para os
médiuns, como para os evocadores, é o complemento de O Livro dos
Espíritos.
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14. 4º - A Revue Spirite. Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e
de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras
precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode
fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa
será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos
Espíritos.
LIBERDADE NO ESTUDO E AS ESCOLHAS POR COMPARAÇÃO
NO O Livro dos Médiuns, Kardec aconselhou o seguinte: Os que
desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o
que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de
principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o
contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas,
a fim de poderem julgar por comparação.
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15. Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não
querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa
formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não
nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o
único distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o
verdadeiro do falso.
Em 1869, um pouco antes da sua morte em o Catálogo Racional das
Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita escreveu Kardec o
seguinte: Proibir um livro é dar mostras de que o tememos. O
Espiritismo, longe de temer a divulgação dos escritos publicados contra
ele e interditar sua leitura aos adeptos, chama a atenção destes e do
público para tais obras, a fim de que possam julgar por comparação.
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RETORNO A PÁTRIA ESPIRITUAL
Depois deste grandioso trabalho, no dia 31 de março de 1869, com 65
anos de idade, em Paris, vítima da ruptura de um aneurisma, Allan
Kardec retorna à Pátria Espiritual. Sua missão se completa, no entanto,
somente no ano de 1890, quando é editado o livro "Obras Póstumas",
reunindo os últimos escritos do grande Codificador.
LEIA KARDEC!
ESTUDE, PRATIQUE, DIVULGUE!