SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  28
Avaliação Laboratorial do Indivíduos
     com Doença Renal Crônica
       Helivelton Rocha Azevedo
Conceito
• Lesão progressiva e irreversível dos rins
  (glomerular, tubular e endócrina)
  – Na prática:
     • alteração da taxa de filtração glomerular
     • presença de lesão parenquimatosa
Estadiamento
 Tabela 1. Estadiamento da DRC Proposta pelo KDOQI e Atualizado pelo National
                   Collaborating Centre for Chronic Condition)
Estágio da   TFG (mL/min./1,73²)       Proteinúria       Sintomas Mais Comuns
   DRC
    0               ≥90                 Ausente              Fatores de Risco
    1               ≥90                 Presente              Anemia; HAS
    2              60-89                Presente              Anemia; HAS
   3A              45-59           Presente ou Ausente        Anemia; HAS
   3B              30-44           Presente ou Ausente      Anemia; HAS; ↑P
    4              15-29           Presente ou Ausente   Anemia; HAS; Sd Urêmica
    5               <15            Presente ou Ausente   Anemia; HAS; Sd Urêmica
Diagnóstico Precoce
• Elevado grau de suspeição do clínico
   – Hipertensão Arterial
   – Diabetes Mellitus                 Alto Risco
   – História Familiar de DRC

   –   Enfermidades Sistêmicas
   –   ITU de Repetição
   –   Litíase Urinária de Repetição
   –   Uropatias                       Médio Risco
   –   Crianças < 5 anos
   –   Adultos > 60 anos
   –   Mulheres Grávidas
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Funcional (TFG)
  – Idealmente por medição de substâncias exógenas
    livremente filtradas : inulina (D), iotolamato-
    I125,EDTA(C), ioexol (B)
     • Alto custo, uso em pesquisas


  – Clearance de Uréia           Desuso
     •   Dieta
     •   Hemólise, destruição tecidual e hemorragia GI
     •   Corticoesteróides
     •   40-50% reabsorvida
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Funcional (TFG)
  – Creatinina
     • Ruim isoladamente para estimativa da TFG (III,B)
     • Secretada pelos túbulos
     • Variação diária individual de até 25% em pacientes não
       internados
     • Alteração dos valores com a ingestão de carne e
       suplementos
     • Alteração tardia quanto à destruição dos néfrons
     • Dependente da massa magra – difícil padronização da
       interpretação do exame
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Funcional (TFG)
  – Depuração de Creatinina (urina 24h/creatinina sérica)
     • TFG > 60 mL/min; mesmo nível de confiança que as
       equações padronizadas (III,B)
        –   Extremos de idade e de tamanho corporal
        –   Desnutrição grave
        –   Obesidade
        –   Doença do Aparelho Musculoesquelético
        –   Paraplegia ou Quadriplegia
        –   Dieta Vegetariana
        –   Função Renal com Alterações Rápidas
        –   Cálculo de doses de Medicamentos Nefrotóxicos
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Funcional (TFG)
  – Clearence de Creatinina
     • Estimativa por fórmulas – tentativa de padronização
     • Equação de Cockcroft e Gault (III,B)
        – Superestima as TFG
     • MDRD (III,B)
        – Excelente para TFG < 60 mL/min.
        – Padronizada nas tabelas de consulta rápida da atenção
          primária
        – Má performance nas TFG > 60 mL/min
     • CKD-EPI
        – Modificação da MDRD
        – Melhor para a Previsão de Risco
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Estrutural
   – Proteinúria (C)
      • Urina 24 h: < 150 mg; até 300 mg a depender do método
      • Amostra isolada: abaixo de 200 mg de proteínas/ 1 g de
        creatinina urinária; coleta de 3 amostrasda primeira urina do
        dia em dias alternados       melhora da performance do teste
   – Albuminúria (C)
      • Unina 24h: abaixo de 30 mg; entre 30-300 =
        microalbuminúria
      • Amostra isolada: abaixo de 30 mg/g creatinina; 30-300 mg/g
        creatinina = microalbuminúria
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Estrutural
  – Fitas Regentes para Proteínas (C)
     • Positividade quando houver reatividade
     • Quando negativa, proteína ≤ 10 mg/dL de urina
     • Não detecta microalbuminúria
     • Necessita de método quantitativo complementar
       quando positivo
     • Não ideal isoladamente para acompanhamento dos
       pacientes de alto risco para DRC
Diagnóstico Laboratorial
• Critério Estrutural (Sedimento Urinário) (C)
  – Diferenciação diagnóstica de doenças renais
     •   Hemácias
     •   Leucócitos
     •   Nitrito
     •   Cilindros
Diagnóstico Laboratorial
Avaliação Laboratorial
• Creatinina Sérica
  – Deve ser solicitada anualmente para pacientes classe
    funcional 1, 2 ou 3
  – Solicitada a cada 3 meses para pacientes com queda
    maior que 4mL/min ou classe funcional 4 ou 5
  – Paciente com proteinúria progressiva a despeito do
    tratamento clínico

• Dosagem de Proteinúria
  – Deve acompanhar a investigação da TFG pela
    dosagem de creatinina sérica
  – Mesmas indicações
Avaliação Laboratorial
• Bicarbonato, K, Na
  – Acidose Metabólica
     • Resistência à insulina e perda de massa muscular
     • Reduz ação do Fator de Crescimento Insulina-Símile 1
     • Reduz função tireóidea (↑TSH ↓T4 e T3
  – Hipercalemia
     • Aumento compensatório da secreção de Aldosterona
  – Hipernatremia
     •   Redução da TFG
     •   Ativação do SRAA + SNS
     •   Retenção de Na
     •   Hipertensão
Avaliação Laboratorial
• Bicarbonato, K, Na
  – Indicações
     • Anual para pacientes classe funcional 4 (D)
     • Sempre que necessário para classe funcional 5 (D)
     • Demais avaliações são necessárias a depender do
       estado clínico do indivíduo
Avaliação Laboratorial
• Dosagem Sérica de Ca, P, PTH e Vitamina D
  – Deve ser feita anualmente para pacientes classe
    funcional 3B (B)
Avaliação Laboratorial
• Dosagem Sérica de Ca, P, PTH e Vitamina D
Avaliação Laboratorial
• Dosagem Sérica de Ca, P, PTH e Vitamina D
Avaliação Laboratorial
• Dosagem de Uréia
  – Proporcional aos níveis séricos de metábolitos que
    se correlacionam com
     • Danos neurológicos (Guanidina)
     • Lesão Renal Progressina (Triptofano Indoxil Sulfato)
  – Recomenda-se a Dosagem da Uréia
     • Sérica
     • Urinária em 24h, se a sérica e o volume de água
       corpórea estáveis
Avaliação Laboratorial
• Eritrograma
  – Anemia normocrômica e normocítica
     •   4% dos pacientes em estágio 1 e 2
     •   7% dos pacientes na fase 3
     •   29% dos pacientes na fase 4
     •   69% dos pacientes na fase 5
  – Decorre da redução da eritropoetina por
    ineficiência do aparelho justaglomerular

  – Agravamento de doenças cardiovasculares e
    efeitos negativos na qualidade de vida
Avaliação Laboratorial
• Eritrograma
  – Indicações
     • Todo paciente classe funcional 3,4 ou 5 (A)
     • Avaliação pelo menos anual dos pacientes que não
       preenchem critérios para uso de Estimulantes da
       Eritropoetina (EEA) (A)
     • Avaliação mais próxima dos pacientes em uso de EEA (C)
Avaliação Laboratorial
• Perfil Lipídico Periódico (I,A)
  – Elevação dos níveis de VLDL, IDL, RLP, Apo CIII,
    Apo E, Apo (a), triglicérides
  – Elevação do LDL na Sd. Nefrótica
  – Redução do HDL

  – Risco Cardiovascular semelhante ao de pacientes
    com insuficiência coronária conhecida (Grau A,
    Nível I)
     • Risco de evento coronariano maior de 20% em 10 anos
     • Manter LDL ≤ 100 mg/dL
Avaliação Laboratorial
• Glicemia de Jejum e Hb1c (II,A)
  – Pacientes diabéticos
     • Controle da glicemia entre 90-120 mg/dL
     • Risco de hipoglicemia pelo uso de hipoglicemiantes
  – Doença renal avançada e risco para DM 2
     • Estado de resistência à insulina


• Dosagem Sérica de Ácido Úrico (III,B)
  – Pacientes sintomáticos para indicação de
    tratamento clínico com Allopurinol
Propedêutica
• Ultrassonografia de trato urinário
  –   Obstrução do trato urinário
  –   Alterações do trofismo renal
  –   Alterações do tamanho e do sistema pielocalicial
  –   Suspeita de doenças de depósito

• Estudos adicionais como cintigrafia de vias
  urinárias pode ser necessários, sobretudo em
  crianças com sintomas urinários frequentes

• Eletroneuromiografia na neuropatia periférica
  urêmica (V,D)
Acompanhamento Clínico
• Deve-se aconselhar
  – Interrupção do tabagismo
     • Associado a piora da função renal (fatores pró-
       inflamatórios, aumento da atividade do SNS, contrição
       arteriolar renal)
  – Dieta hipossódica, hipofosfórica, hipoproteica (0,5
    a 1 g/Kg.dia), hipocálica, hipolipídica e com
    restrição hídrica
     • A ingestão diária deve ser proporcional à capacidade
       renal de excreção desses compostos
  – Atividade física
     • Reduzir os componentes da síndrome metabólica
Acompanhamento Clínico
• Encaminhamento ao nefrologista (B)
  – Todos os indivíduos classe funcional 3B
  – Declínio maior que 4 mL/min da TFG
  – Proteínúria maior ou igual a 1g/dia
1.
                                       Referências
      ABENSUR, H. Anemia da Doença Renal Crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago.
      2004.
2.    ALVES, MAR. Diagnóstico da Doença Renal Crônica: Avaliação de Proteinúria e Sedimento Urinário.
      Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
3.    BASTOS, MG; KIRSZTAJN, GM. Doença Renal Crônica: Importância do Diagnóstico Precoce,
      Encaminhamento Imediato e Abordagem Interdisciplinar Estrtuturada para Melhora do Desfecho em
      Pacientes ainda não Submetidos à Diálise. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 33, n. 1, p. 93-108, 2011.
4.    BATISTA, M; RODRIGUES, CJO. Alterações Metabólicas. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl.
      1, Ago. 2004.
5.    BERGMAN, R. Prevenção da Progressão da Doença Renal Crônica (DRC). Jornal Brasileiro de
      Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
6.    CANZIANI, MEF. Doenças Cardiovasculares na Doença Renal Crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v.
      26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
7.    ELIAS, RN. Distúrbios do Sistema Nervosa Central e Periférico. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n.
      3, supl. 1, Ago. 2004.
8.    HELOU, CMB. Potássio e Bicarbonato. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
9.    MITCH, WE. Doença Renal Crônica. In: GOLDMAN, L; AUSIELLO, D (Eds.). Cecil Medicina. Rio de
      Janeiro: Elsevier Editora, 2009, p. 1063-73.
10.   OLIVEIRA, MB. Recomendações para Diminuir o Risco de Adudização da DRC. Jornal Brasileiro de
      Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
11.   PECOITS-FILHO, R. Diagnóstico da Doença Renal Crônica: Avaliação da Função Renal. Jornal Brasileiro
      de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
12.   ROMÃO-JR.,JE. Doença Renal Crônica: Definição, Epidemiologia e Classificação. Jornal Brasileiro de
      Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.
OBRIGADO

Contenu connexe

Tendances

Uric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. Gawad
Uric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. GawadUric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. Gawad
Uric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. GawadNephroTube - Dr.Gawad
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaJucie Vasconcelos
 
ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)
ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)
ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)www.tipfakultesi. org
 
CKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. Gawad
CKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. GawadCKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. Gawad
CKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. GawadNephroTube - Dr.Gawad
 
Fisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renalFisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renalx.x Costa
 
Insuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónicaInsuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónicaLénise Parreira
 
Empagliflozin in acute myocardial infarction.pptx
Empagliflozin in acute myocardial infarction.pptxEmpagliflozin in acute myocardial infarction.pptx
Empagliflozin in acute myocardial infarction.pptxpurraSameer
 
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiEduarda Gobbi
 
diabetik hastaya yaklaşım
diabetik hastaya yaklaşımdiabetik hastaya yaklaşım
diabetik hastaya yaklaşımAytaç Candemir
 
Ins renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônicaIns renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônicapauloalambert
 
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal AgudaInsuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal AgudaSonynhaRegis
 
Hepatorenal syndrome
Hepatorenal syndromeHepatorenal syndrome
Hepatorenal syndromeAhad Lodhi
 
The aging kidney and what we should (not?) do about it
The aging kidney and what we should (not?) do about itThe aging kidney and what we should (not?) do about it
The aging kidney and what we should (not?) do about itChristos Argyropoulos
 

Tendances (20)

Uric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. Gawad
Uric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. GawadUric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. Gawad
Uric acid and CKD (Consequences, Management and Evidence) - Dr. Gawad
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 
ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)
ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)
ÇOCUKLARDA SOLUKLUK YAKLAŞIM (fazlası için www.tipfakultesi.org)
 
CKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. Gawad
CKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. GawadCKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. Gawad
CKD Progression (Pharmacological Approach) - Dr. Gawad
 
Fisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renalFisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renal
 
Insuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónicaInsuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónica
 
Diabetic kidney disease 2021
Diabetic kidney disease 2021Diabetic kidney disease 2021
Diabetic kidney disease 2021
 
Empagliflozin in acute myocardial infarction.pptx
Empagliflozin in acute myocardial infarction.pptxEmpagliflozin in acute myocardial infarction.pptx
Empagliflozin in acute myocardial infarction.pptx
 
Diabetic kidney disease 2021
Diabetic kidney disease 2021 Diabetic kidney disease 2021
Diabetic kidney disease 2021
 
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
 
Diabetic nephropathy v7
Diabetic nephropathy v7Diabetic nephropathy v7
Diabetic nephropathy v7
 
diabetik hastaya yaklaşım
diabetik hastaya yaklaşımdiabetik hastaya yaklaşım
diabetik hastaya yaklaşım
 
Ins renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônicaIns renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônica
 
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal AgudaInsuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal Aguda
 
Curso 50 c
Curso 50 cCurso 50 c
Curso 50 c
 
Aula Litíase Renal
Aula Litíase Renal Aula Litíase Renal
Aula Litíase Renal
 
Hepatorenal syndrome
Hepatorenal syndromeHepatorenal syndrome
Hepatorenal syndrome
 
The aging kidney and what we should (not?) do about it
The aging kidney and what we should (not?) do about itThe aging kidney and what we should (not?) do about it
The aging kidney and what we should (not?) do about it
 
Experimental models of glomerulonephritis
Experimental models of glomerulonephritisExperimental models of glomerulonephritis
Experimental models of glomerulonephritis
 
Anemias carenciais
Anemias carenciaisAnemias carenciais
Anemias carenciais
 

En vedette

Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) cuidadoaoadulto
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem Cleiton Ribeiro Alves
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaJucie Vasconcelos
 
Doença Renal Crônica: Um Problema de Saúde Pública
Doença Renal Crônica: Um Problema de Saúde PúblicaDoença Renal Crônica: Um Problema de Saúde Pública
Doença Renal Crônica: Um Problema de Saúde Públicaguest422f98
 
Doença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro hemeDoença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro hemeMichael Collan
 
Doenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnostico
Doenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnosticoDoenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnostico
Doenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnosticoArquivo-FClinico
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoCíntia Costa
 
Nefrologia Principais Patologias Causadoras de IRA e IRC
Nefrologia   Principais Patologias Causadoras de IRA e IRCNefrologia   Principais Patologias Causadoras de IRA e IRC
Nefrologia Principais Patologias Causadoras de IRA e IRCHamilton Nobrega
 
Sessão 2014.09.06 jose carlos
Sessão 2014.09.06 jose carlosSessão 2014.09.06 jose carlos
Sessão 2014.09.06 jose carlosJanine Magalhaes
 
Manejo do paciente portador de doença renal crônica
Manejo do paciente portador de doença renal crônica Manejo do paciente portador de doença renal crônica
Manejo do paciente portador de doença renal crônica Icaro Soares
 
Tabela de Preços Provet 2013
Tabela de Preços Provet 2013Tabela de Preços Provet 2013
Tabela de Preços Provet 2013Fausto Zion
 
Aula 2 fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)
Aula 2  fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)Aula 2  fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)
Aula 2 fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)Helimarcos Nunes Pereira
 
Aula 1 Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1
Aula 1   Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1Aula 1   Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1
Aula 1 Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1Vitor Obara
 
Jfp noticias 524
Jfp noticias 524Jfp noticias 524
Jfp noticias 524jfpnoticias
 

En vedette (20)

Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
 
Doença Renal Crônica: Um Problema de Saúde Pública
Doença Renal Crônica: Um Problema de Saúde PúblicaDoença Renal Crônica: Um Problema de Saúde Pública
Doença Renal Crônica: Um Problema de Saúde Pública
 
Doença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro hemeDoença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro heme
 
Doença Renal Crônica
Doença Renal CrônicaDoença Renal Crônica
Doença Renal Crônica
 
Doenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnostico
Doenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnosticoDoenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnostico
Doenca renal cronica_pre_terapia_renal_substitutiva_diagnostico
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
Apresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônicaApresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônica
 
Nefrologia Principais Patologias Causadoras de IRA e IRC
Nefrologia   Principais Patologias Causadoras de IRA e IRCNefrologia   Principais Patologias Causadoras de IRA e IRC
Nefrologia Principais Patologias Causadoras de IRA e IRC
 
Sessão 2014.09.06 jose carlos
Sessão 2014.09.06 jose carlosSessão 2014.09.06 jose carlos
Sessão 2014.09.06 jose carlos
 
Apostila+pratica -- (2)
Apostila+pratica -- (2)Apostila+pratica -- (2)
Apostila+pratica -- (2)
 
Manejo do paciente portador de doença renal crônica
Manejo do paciente portador de doença renal crônica Manejo do paciente portador de doença renal crônica
Manejo do paciente portador de doença renal crônica
 
Tabela de Preços Provet 2013
Tabela de Preços Provet 2013Tabela de Preços Provet 2013
Tabela de Preços Provet 2013
 
rim e função renal
rim e função renalrim e função renal
rim e função renal
 
Doenças renais.
Doenças renais.Doenças renais.
Doenças renais.
 
Aula 2 fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)
Aula 2  fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)Aula 2  fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)
Aula 2 fluxograma dos diferentes exames laboratoriais (setor de hematologia)
 
Aula 1 Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1
Aula 1   Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1Aula 1   Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1
Aula 1 Visão Geral e Técnicas Hematológicas 1
 
Minas Pecuária
Minas PecuáriaMinas Pecuária
Minas Pecuária
 
Jfp noticias 524
Jfp noticias 524Jfp noticias 524
Jfp noticias 524
 

Similaire à Avaliação Laboratorial DRC

Similaire à Avaliação Laboratorial DRC (20)

Aula Exames Complementares em Nefrologia.ppt
Aula Exames Complementares em Nefrologia.pptAula Exames Complementares em Nefrologia.ppt
Aula Exames Complementares em Nefrologia.ppt
 
DRC na APS
DRC na APSDRC na APS
DRC na APS
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Shr jornada hbdf
Shr jornada hbdfShr jornada hbdf
Shr jornada hbdf
 
SHR jornada hbdf
SHR jornada hbdfSHR jornada hbdf
SHR jornada hbdf
 
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptxInjuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
Injuria Renal Aguda -_HMIB 2022.pptx
 
1 exames complementares em gastroenterologia
1   exames complementares em gastroenterologia1   exames complementares em gastroenterologia
1 exames complementares em gastroenterologia
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite
 
Cirrosis
CirrosisCirrosis
Cirrosis
 
Artigo 1
Artigo 1Artigo 1
Artigo 1
 
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptxCFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
 
SÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENALSÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENAL
 
Transplante Cardíaco
Transplante CardíacoTransplante Cardíaco
Transplante Cardíaco
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxWebpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
 
Patologia obstetricia 2016
Patologia obstetricia  2016Patologia obstetricia  2016
Patologia obstetricia 2016
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Apresentacao tcc
Apresentacao tccApresentacao tcc
Apresentacao tcc
 
5. Função Renal.pptx
5. Função Renal.pptx5. Função Renal.pptx
5. Função Renal.pptx
 
Diabetesinsipido
DiabetesinsipidoDiabetesinsipido
Diabetesinsipido
 

Dernier

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 

Dernier (8)

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 

Avaliação Laboratorial DRC

  • 1. Avaliação Laboratorial do Indivíduos com Doença Renal Crônica Helivelton Rocha Azevedo
  • 2. Conceito • Lesão progressiva e irreversível dos rins (glomerular, tubular e endócrina) – Na prática: • alteração da taxa de filtração glomerular • presença de lesão parenquimatosa
  • 3. Estadiamento Tabela 1. Estadiamento da DRC Proposta pelo KDOQI e Atualizado pelo National Collaborating Centre for Chronic Condition) Estágio da TFG (mL/min./1,73²) Proteinúria Sintomas Mais Comuns DRC 0 ≥90 Ausente Fatores de Risco 1 ≥90 Presente Anemia; HAS 2 60-89 Presente Anemia; HAS 3A 45-59 Presente ou Ausente Anemia; HAS 3B 30-44 Presente ou Ausente Anemia; HAS; ↑P 4 15-29 Presente ou Ausente Anemia; HAS; Sd Urêmica 5 <15 Presente ou Ausente Anemia; HAS; Sd Urêmica
  • 4. Diagnóstico Precoce • Elevado grau de suspeição do clínico – Hipertensão Arterial – Diabetes Mellitus Alto Risco – História Familiar de DRC – Enfermidades Sistêmicas – ITU de Repetição – Litíase Urinária de Repetição – Uropatias Médio Risco – Crianças < 5 anos – Adultos > 60 anos – Mulheres Grávidas
  • 5. Diagnóstico Laboratorial • Critério Funcional (TFG) – Idealmente por medição de substâncias exógenas livremente filtradas : inulina (D), iotolamato- I125,EDTA(C), ioexol (B) • Alto custo, uso em pesquisas – Clearance de Uréia Desuso • Dieta • Hemólise, destruição tecidual e hemorragia GI • Corticoesteróides • 40-50% reabsorvida
  • 6. Diagnóstico Laboratorial • Critério Funcional (TFG) – Creatinina • Ruim isoladamente para estimativa da TFG (III,B) • Secretada pelos túbulos • Variação diária individual de até 25% em pacientes não internados • Alteração dos valores com a ingestão de carne e suplementos • Alteração tardia quanto à destruição dos néfrons • Dependente da massa magra – difícil padronização da interpretação do exame
  • 7. Diagnóstico Laboratorial • Critério Funcional (TFG) – Depuração de Creatinina (urina 24h/creatinina sérica) • TFG > 60 mL/min; mesmo nível de confiança que as equações padronizadas (III,B) – Extremos de idade e de tamanho corporal – Desnutrição grave – Obesidade – Doença do Aparelho Musculoesquelético – Paraplegia ou Quadriplegia – Dieta Vegetariana – Função Renal com Alterações Rápidas – Cálculo de doses de Medicamentos Nefrotóxicos
  • 8. Diagnóstico Laboratorial • Critério Funcional (TFG) – Clearence de Creatinina • Estimativa por fórmulas – tentativa de padronização • Equação de Cockcroft e Gault (III,B) – Superestima as TFG • MDRD (III,B) – Excelente para TFG < 60 mL/min. – Padronizada nas tabelas de consulta rápida da atenção primária – Má performance nas TFG > 60 mL/min • CKD-EPI – Modificação da MDRD – Melhor para a Previsão de Risco
  • 9. Diagnóstico Laboratorial • Critério Estrutural – Proteinúria (C) • Urina 24 h: < 150 mg; até 300 mg a depender do método • Amostra isolada: abaixo de 200 mg de proteínas/ 1 g de creatinina urinária; coleta de 3 amostrasda primeira urina do dia em dias alternados melhora da performance do teste – Albuminúria (C) • Unina 24h: abaixo de 30 mg; entre 30-300 = microalbuminúria • Amostra isolada: abaixo de 30 mg/g creatinina; 30-300 mg/g creatinina = microalbuminúria
  • 10. Diagnóstico Laboratorial • Critério Estrutural – Fitas Regentes para Proteínas (C) • Positividade quando houver reatividade • Quando negativa, proteína ≤ 10 mg/dL de urina • Não detecta microalbuminúria • Necessita de método quantitativo complementar quando positivo • Não ideal isoladamente para acompanhamento dos pacientes de alto risco para DRC
  • 11. Diagnóstico Laboratorial • Critério Estrutural (Sedimento Urinário) (C) – Diferenciação diagnóstica de doenças renais • Hemácias • Leucócitos • Nitrito • Cilindros
  • 13. Avaliação Laboratorial • Creatinina Sérica – Deve ser solicitada anualmente para pacientes classe funcional 1, 2 ou 3 – Solicitada a cada 3 meses para pacientes com queda maior que 4mL/min ou classe funcional 4 ou 5 – Paciente com proteinúria progressiva a despeito do tratamento clínico • Dosagem de Proteinúria – Deve acompanhar a investigação da TFG pela dosagem de creatinina sérica – Mesmas indicações
  • 14. Avaliação Laboratorial • Bicarbonato, K, Na – Acidose Metabólica • Resistência à insulina e perda de massa muscular • Reduz ação do Fator de Crescimento Insulina-Símile 1 • Reduz função tireóidea (↑TSH ↓T4 e T3 – Hipercalemia • Aumento compensatório da secreção de Aldosterona – Hipernatremia • Redução da TFG • Ativação do SRAA + SNS • Retenção de Na • Hipertensão
  • 15. Avaliação Laboratorial • Bicarbonato, K, Na – Indicações • Anual para pacientes classe funcional 4 (D) • Sempre que necessário para classe funcional 5 (D) • Demais avaliações são necessárias a depender do estado clínico do indivíduo
  • 16. Avaliação Laboratorial • Dosagem Sérica de Ca, P, PTH e Vitamina D – Deve ser feita anualmente para pacientes classe funcional 3B (B)
  • 17. Avaliação Laboratorial • Dosagem Sérica de Ca, P, PTH e Vitamina D
  • 18. Avaliação Laboratorial • Dosagem Sérica de Ca, P, PTH e Vitamina D
  • 19. Avaliação Laboratorial • Dosagem de Uréia – Proporcional aos níveis séricos de metábolitos que se correlacionam com • Danos neurológicos (Guanidina) • Lesão Renal Progressina (Triptofano Indoxil Sulfato) – Recomenda-se a Dosagem da Uréia • Sérica • Urinária em 24h, se a sérica e o volume de água corpórea estáveis
  • 20. Avaliação Laboratorial • Eritrograma – Anemia normocrômica e normocítica • 4% dos pacientes em estágio 1 e 2 • 7% dos pacientes na fase 3 • 29% dos pacientes na fase 4 • 69% dos pacientes na fase 5 – Decorre da redução da eritropoetina por ineficiência do aparelho justaglomerular – Agravamento de doenças cardiovasculares e efeitos negativos na qualidade de vida
  • 21. Avaliação Laboratorial • Eritrograma – Indicações • Todo paciente classe funcional 3,4 ou 5 (A) • Avaliação pelo menos anual dos pacientes que não preenchem critérios para uso de Estimulantes da Eritropoetina (EEA) (A) • Avaliação mais próxima dos pacientes em uso de EEA (C)
  • 22. Avaliação Laboratorial • Perfil Lipídico Periódico (I,A) – Elevação dos níveis de VLDL, IDL, RLP, Apo CIII, Apo E, Apo (a), triglicérides – Elevação do LDL na Sd. Nefrótica – Redução do HDL – Risco Cardiovascular semelhante ao de pacientes com insuficiência coronária conhecida (Grau A, Nível I) • Risco de evento coronariano maior de 20% em 10 anos • Manter LDL ≤ 100 mg/dL
  • 23. Avaliação Laboratorial • Glicemia de Jejum e Hb1c (II,A) – Pacientes diabéticos • Controle da glicemia entre 90-120 mg/dL • Risco de hipoglicemia pelo uso de hipoglicemiantes – Doença renal avançada e risco para DM 2 • Estado de resistência à insulina • Dosagem Sérica de Ácido Úrico (III,B) – Pacientes sintomáticos para indicação de tratamento clínico com Allopurinol
  • 24. Propedêutica • Ultrassonografia de trato urinário – Obstrução do trato urinário – Alterações do trofismo renal – Alterações do tamanho e do sistema pielocalicial – Suspeita de doenças de depósito • Estudos adicionais como cintigrafia de vias urinárias pode ser necessários, sobretudo em crianças com sintomas urinários frequentes • Eletroneuromiografia na neuropatia periférica urêmica (V,D)
  • 25. Acompanhamento Clínico • Deve-se aconselhar – Interrupção do tabagismo • Associado a piora da função renal (fatores pró- inflamatórios, aumento da atividade do SNS, contrição arteriolar renal) – Dieta hipossódica, hipofosfórica, hipoproteica (0,5 a 1 g/Kg.dia), hipocálica, hipolipídica e com restrição hídrica • A ingestão diária deve ser proporcional à capacidade renal de excreção desses compostos – Atividade física • Reduzir os componentes da síndrome metabólica
  • 26. Acompanhamento Clínico • Encaminhamento ao nefrologista (B) – Todos os indivíduos classe funcional 3B – Declínio maior que 4 mL/min da TFG – Proteínúria maior ou igual a 1g/dia
  • 27. 1. Referências ABENSUR, H. Anemia da Doença Renal Crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 2. ALVES, MAR. Diagnóstico da Doença Renal Crônica: Avaliação de Proteinúria e Sedimento Urinário. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 3. BASTOS, MG; KIRSZTAJN, GM. Doença Renal Crônica: Importância do Diagnóstico Precoce, Encaminhamento Imediato e Abordagem Interdisciplinar Estrtuturada para Melhora do Desfecho em Pacientes ainda não Submetidos à Diálise. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 33, n. 1, p. 93-108, 2011. 4. BATISTA, M; RODRIGUES, CJO. Alterações Metabólicas. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 5. BERGMAN, R. Prevenção da Progressão da Doença Renal Crônica (DRC). Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 6. CANZIANI, MEF. Doenças Cardiovasculares na Doença Renal Crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 7. ELIAS, RN. Distúrbios do Sistema Nervosa Central e Periférico. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 8. HELOU, CMB. Potássio e Bicarbonato. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 9. MITCH, WE. Doença Renal Crônica. In: GOLDMAN, L; AUSIELLO, D (Eds.). Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2009, p. 1063-73. 10. OLIVEIRA, MB. Recomendações para Diminuir o Risco de Adudização da DRC. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 11. PECOITS-FILHO, R. Diagnóstico da Doença Renal Crônica: Avaliação da Função Renal. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004. 12. ROMÃO-JR.,JE. Doença Renal Crônica: Definição, Epidemiologia e Classificação. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 26, n. 3, supl. 1, Ago. 2004.