O documento descreve o programa de formação de professores alfabetizadores para o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa. O programa inclui discussões sobre currículo, avaliação e alfabetização, com o objetivo de certificar os professores que implementem as propostas didáticas para alfabetização.
3. PROGRAMAÇÃO
•Entrega dos mimos;
•Entrega dos kits do Professor do Pacto;
•Apresentação dos critérios de certificação da formação;
•Dinâmica de apresentação ;
•Deleite;
•Construção dos combinados pelo grupo;
•Reflexões Teóricas- Currículo e Avaliação no Ciclo de
Alfabetização;
•Vivência;
• Entrega do planejamento da 1ª Etapa-1º mês do PACTO;
•Avaliação do encontro;
•Para casa...
4. CERTIFICAÇÃO DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES
PERÍODO: Março a dezembro de 2013
CARGA HORÁRIA DESCRIÇÃO
80
Presencial – Carga horária correspondente às 16 horas de
formação para cada uma das quatro etapas das Propostas.
120
A distância – Tempo destinado ao planejamento das rotinas
didáticas.
200
Total de carga horária para certificação dos professores do 1º
ano, em 2013.
5. CRITÉRIOS PARA CERTIFICAÇÃO DOS PROFESSORES
ALFABETIZADORES DO 1º ANO
• Frequência mínima de 80% da carga horária presencial;
• Planejamento e efetivação da Rotina Didática, correspondente às quatro etapas da
Proposta Didática para Alfabetizar Letrando e da Proposta de Alfabetização
Matemática;
- O professor deverá apresentar, a cada etapa da Proposta, o planejamento de 10 dias
da rotina didática de cada etapa (sendo cinco de Língua Portuguesa e cinco de
Matemática), juntamente com o mapa de desempenho do aluno.
Etapa Planejamento das rotinas didáticas
(cinco de Língua Portuguesa e cinco de
Matemática)
(vinte pontos)
Mapa de desempenho do
aluno
(cinco pontos)
Total de
pontos
1ª Etapa 10 dias da rotina didática 1ª etapa 25 pontos
2ª Etapa 10 dias da rotina didática 2ª etapa 25 pontos
3ª Etapa 10 dias da rotina didática 3ª etapa 25 pontos
4ª Etapa 10 dias da rotina didática 4ª etapa 25 pontos
40 rotinas planejadas = 80 pontos 4 atividades = 20 pontos 100
pontos
¹ Selecionar atividades de 5 alunos a cada etapa.
6. • ATENÇÃO:
• O trabalho com a proposta em sala de aula é condição
indispensável para a certificação dos professores
alfabetizadores.
• Caso o município não tenha efetivado a formação presencial
para o trabalho com as quatro etapas da Proposta, os
professores receberão, apenas, Declaração de Participação
correspondente à carga horária de formação presencial
efetivada no município.
30. •CHARTIER (2000) Práticas de
ensino.
•Podem se relacionar aos conteúdos na leitura
e escrita.
•As mudanças de naturezas
didáticas e pedagógicas.
•Objetivo da leitura.
31.
32. 1966 1980 1990 2000
Crenças Pedagógicas
Escolha do melhor método:
• cartilhas - caminhos sintéticos ou analíticos;
• se ensinava “do mais simples para o mais complexo”;
• só era oferecido à criança textos que ela pudesse dominar;
• repetição e memorização;
• funções perceptivo motoras;
• não se ensina a ler e a escrever antes da prontidão;
“Engano”
estabelecimento de
relações causais
lineares.
1970
35. Pensamento Tradicional
• “a realização de práticas de avaliação
nomeadas hoje como tradicionais, cuja ênfase
era na medição/mensuração das
aprendizagens dos alunos e na classificação
deles como aptos ou não aptos para progredir
no ensino” p. 24.
36.
37.
38. O Currículo garantia...
CURRÍCULO
Baseado na
cultura
dominante
Expressa-se
na linguagem
do dominante
Para classe
dominante: fácil
compreensão
Para classe
dominada:
indecifrável
Transmitido
através da
cultura do
dominante
39. • “.............é constituído por todos aqueles
aspectos do ambiente escolar que, sem fazer
parte do currículo
oficial, explícito, contribuem, de forma
implícita para aprendizagens sociais relevantes
(...) o que se aprende no currículo oculto são
fundamentalmente
atitudes, comportamentos, valores e
orientações..." (Silva, 2001:78).
Currículo Oculto
40.
41. Currículo Crítico
Para as teorias críticas, “[...] o
importante não é desenvolver
técnicas de “como fazer” o currículo,
mas desenvolver conceitos que nos
permitam compreender o que o
currículo faz” (SILVA, 1999, p.30).
43. Currículo Pós-crítico
Moreira e Silva (1994)“não como um veículo
que transporta algo a ser transmitido e
absorvido, mas como um lugar em que
ativamente em meio a tensões, se produz e
se reproduz a cultura. Currículo refere-se,
nessa perspectiva, a criação, recriação,
contestação e transgressão.”
45. 1970
Psicogênese da língua escrita:
• compreensão das escritas não
convencionais;
• questionamento da graduação de
dificuldade;
• importância da função social da escrita;
• ambiente alfabetizador;
• apresentação de diferentes tipos de
texto;
• entendimento do erro.
Construtivismo:
Sujeito ativo
Ganhos
Permite entender escritas não
convencionais.
Trabalho com escritas “reais”.
“Engano”
Toda criança
espontaneamente volta sua
atenção para aspectos
fonológicos
1966 1990 20001970 1980
Mudanças conceituais e práticas
46. “Desinvenção” da alfabetização
• Perda da especificidade do processo de apropriação
do sistema alfabético devido a:
• Inferências errôneas na transposição da concepção
construtivista e da psicogênese para a prática pedagógica:
• Ideia de que o convívio com textos seria suficiente para a
alfabetização acontecer;
• ideia da incompatibilidade entre a concepção construtivista e
a questão do método;
• Privilégio da faceta psicológica em detrimento da linguística;
• Foco no processo de letramento.
47. • Diferenciação entre letramento e
alfabetização;
• Percepção da escrita como um outro
modo de falar (discurso monológico
letrado);
• Atenção voltada para os gêneros dos
textos;
• Questionamento da validade do trabalho
centrado no texto.
Ganhos
Trabalho com gêneros
prepara a criança para uso
social da escrita
“Engano”
?
1966
1970 1980 1990 2000
Mudanças Conceituais e Práticas
48. Reinvenção da Alfabetização
Como a língua escrita, no nosso sistema alfabético,
nota os sons e não os significados das palavras, é
necessário prestar atenção aos sons da língua falada
para aprender a ler e escrever.
Ao lado do trabalho com a leitura e escrita em
diversos gêneros, é preciso, então, garantir
intervenções no sentido de:
49. O que o Currículo precisa
garantir?
Direitos de aprendizagem a
todos e favorecer condições
de aprendizagens coletivas,
singulares a cada comunidade,
a cada grupo social.
50. • favorecer a conquista gradual do nível alfabético (provocar o
avanço nas hipóteses de escrita) e, depois, das
correspondências grafofônicas;
• provocar a reflexão fonológica (consciência fonológica com e
sem a presença da escrita);
• ampliar, no contexto de práticas lúdicas, contextualizadas e
significativas, o conhecimento das letras, signos da escrita no
nosso sistema (categorização gráfica e funcional);
• favorecer o uso de estratégias várias de reconhecimento de
palavras, de leitura.
55. As crianças pensam sobre a escrita. Ora, pensam
também sobre as unidades menores como letras, sobre
sons, pensam sobre relação entre letras e sons...
65. Objetivos da Avaliação
a) Identificar os conhecimentos já construídos
pelos alunos;
b) Planejar as novas atividades de ensino de
forma decidir sobre a necessidade ou não de
retomar o ensino de certos itens já ensinados;
c) Usar estratégias de ensino alternativas, a
partir da verificação do que os alunos
aprenderam.
68. Avaliação na
Alfabetização
• FINALIDADES PROPOSTAS DE UMA AVALIAÇÃO FORMATIVA:
“[...] avaliar para identificar conhecimentos prévios;
avaliar para conhecer as dificuldades e planejar
atividades adequadas; avaliar para verificar o
aprendizado e decidir o que precisa retomar; avaliar
para verificar se os alunos estão em condição de
progredir; avaliar para verificar utilidade/validade das
estratégias de ensino; avaliar as estratégias didáticas
para redimensionar o ensino.”
74. Para casa...
• Leitura e análise crítico do texto: “Por uma
alfabetização aos oito anos”- Magda Soares.
• Tabulação dos Níveis de Escrita.
• Instrumento de acompanhamento do aluno.
• Escolher cursista (s) para fazer o “Momento
Deleite”.
75. Ensinamos para
que todos
possam
aprender
a ousadia, e não
o medo;
a solidariedade,
e não o
individualismo;
o prazer, e não o
Sofrimento...
são os pilares
de um Currículo
Inclusivo.
77. REFERÊNCIAS
• APPLE, Michel W. Ideologia e currículo3. Porto Alegre: Artmed, 2006.
• Currículo na alfabetização: concepções e princípios. Unidade 1 - Ano 1. MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO. Secretaria da Educação Básica – SEB Diretoria de Apoio à Gestão Educacional .
• CHARTIER, Anne-Marie. Réussite, échecet ambivalence de l’innovation pédagogique:le cas de
l’enseignement de la lecture.Recherche et Formation pour les professionsde l’éducation:
Innovation et réseaux sociaux. INRP, n. 34, p. 41-56, 2000.
• MOREIRA, Antonio Flávio B. e SILVA, Tomaz T. (Orgs.). Currículo, cultura e sociedade.São
Paulo: Cortez, 1994.
• FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.
• SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2 ed. Belo Horizonte:Autêntica,
2003.
78. REFERÊNCIAS•http://www.youtube.com/watch?v=L6sy9IcW59E –”Quem come meu queijo?”.
•http://www.youtube.com/watch?v=fPoaB2d1rR4- - “ Currículo e o Cotidiano
da escola.”
•http://www.youtube.com/watch?v=Xf7T2AoipTg- “Função Diagnóstica da
Avaliação”.
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:0AG1zHBlLZYJ:ww
w.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/.
•MATERIAL DE FORMAÇÃO PARA PROFESSOR ORIENTADOR-PACTO
BAHIA.
•http://www.assine.abril.com.br/portal/revista!initRevista.action?codProjeto=960&origem
=google11_Pesquisa_Web_Marca_Educacao_Nova_Escola&campanha=CGE6&gclid=
CMyQtfWBr7YCFQ8GnQod1xIAqw
79. Algumas referências
•AZENHA, M. G. Construtivismo: de Piaget a Emilia Ferreiro. 7 ed. São Paulo: Ática, 2001.
•FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985.
•KLEIMAN, Angela B. & MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles (orgs). Letramento e
formação do professor: práticas discursivas, representações e construção do saber. Campinas,
SP: Mercado de Letras, 2005.
•REGO, Lúcia L. B. A Literatura Infantil: Uma Nova Perspectiva da Alfabetização. 3. ed. São
Paulo: FTD, 1988.
•SERRANI, Silvana (org.). Letramento, discurso e trabalho docente. Vinhedo, Editora Horizonte,
2010.
•SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Revista Presença Pedagógica, v.9 n.52, jul./ago.
2003. Disponível em: http://www.secult.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-
alfabetizar-letrar/lecto-escrita/artigos/a-reivencao-alfabetizacao.pdf.
•_________. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação.
Jan/Fev/Mar/Abr, No (Acredito que é minúsculo. É bom rever em todos os casos do material) 25,
2004.
•_________. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. Revista Pátio. Ed. Artmed, 29
de fevereiro de 2004. Disponível em:
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf.
•_________. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
•_________. Alfabetização e literatura. In: REVISTA EDUCAÇÃO: guia da alfabetização. Escrita
e leitura: como tornar o ensino significativo. São Paulo: Segmento, CEALE, 2010. n. 2, 90 p.
Edição especial.