O documento discute a história da internet e sua evolução para a web, introduzindo conceitos-chave como HTTP e HTML. Também aborda como a cibercultura influenciou o jornalismo através da liberação do pólo de emissão, da conexão em rede e da reconfiguração dos processos jornalísticos. Por fim, discute desafios do ciberjornalismo como compreender o novo papel do jornalista e produzir conteúdo para múltiplas plataformas.
3. Um pouco de história...
A Internet surge na década de 60 durante
a Guerra Fria. O objetivo dos EUA era
criar uma alternativa para a comunicação
em caso de um ataque da URSS.
Na década de 70, o país permite a
entrada de pesquisadores para auxiliar no
desenvolvimento da rede.
4. Mudanças significativas só
ocorreram em 1980 com a
criação da World Wide Web,
que interligava as
universidades.
Porém, o que conhecemos
como web foi apresentada
em 1991 Berners-Lee que
construiu uma página de
texto.
Vale destacar que o CERN
compartilhou os códigos
básicos do projeto de um
sistema global de hipertexto.
5. Siglas fundamentais
HTTP (acrônimo para Hypertext Transfer
Protocol, que significa Protocolo de
Transferência de Hipertexto)
HTML (acrônimo para a expressão inglesa
HyperText Markup Language, que
significa Linguagem de Marcação de
Hipertexto)
6. Novo espaço antropológico
• Muito além de um universo de bits e
pixels, a internet gerou um novo espaço
antropológico
• “Trata-se de um novo tipo de organização
sociotécnica que facilita a mobilidade no e
do conhecimento, as trocas de saberes, a
construção coletiva do sentido” (SILVA,
2005, p. 153).
7. A configuração da
cultura contemporânea
é resultante da relação
entre as tecnologias
informacionais de
comunicação e a
sociabilidade,
desenvolvidas em um
novo terreno: o
ciberespaço
8. Leis da cibercultura
1- Liberação do pólo de emissão – novas vozes e
discursos ganharam espaço no ambiente
comunicacional.
2- Princípio de conexão em rede - “tudo comunica e tudo
está em rede” ou “a rede está em todos os lugares”.
3- Reconfiguração – o “novo” não significar aniquilar o
“velho”, mas reconfigurar as dinâmicas e práticas
sociais.
(Lemos)
11. Liberação do pólo de emissão
• 1- Subversão do lugar de emissão (quem pode
publicar?)
• 2- Questionamento dos habitus (quem é jornalista, quem
tem direito a publicar uma informação? Essa rotina é
ideal? Os padrões ainda são úteis?)
• 3- Critérios de noticiabilidade (o que deve ser noticiado?)
• 4- Vigilância da mídia tradicionais (ombudsman
populares/especializados)
• 5- Ampliação do debate (esfera pública) via comentários
dos usuários
• 6- Blogs como potencialização do Public Journalism.
12. Princípio de conexão em rede
• Produção da notícia em mobilidade
• Pulverização da notícia (é preciso que a
informação chegue aos leitores)
• Distribuição do conteúdo em novas
plataformas
• Adaptação da arquitetura para
dispositivos móveis
13. Reconfiguração
• Ciberjornalismo não surge para aniquilar
os meios massivos
• Apesar de uma nova plataforma (web)
papel do jornalismo ainda é o mesmo
• Mudança gera novas concepções e
organização do “fazer” jornalístico
15. • O Jornal do Brasil foi disponibilizado na
Internet m 28 de maio de 1995
• Porém, em março do mesmo ano o
Estadão já tinha estruturado as primeiras
páginas em versão digital, que só
entraram no “ar” no dia 8 de dezembro de
1995
21. Primeira fase
Na primeira etapa os produtos oferecidos
eram reproduções de partes dos grandes
jornais impressos, que passavam a ocupar
o espaço na internet, configurando-se em
um caráter meramente transpositivo.
(Mielniczuck)
22. Segunda fase
As publicações para a web começam a
explorar as potencialidades do novo
ambiente, tais como links, o e-mail passa
a ser utilizado como uma possibilidade de
comunicação entre jornalistas e leitor,
fóruns de debates; a elaboração das
notícias passa a explorar os recursos
oferecidos pelo hipertexto; surgem as
seções 'últimas notícias'
23.
24. Terceira fase
Nesta fase os novos produtos jornalísticos
exploram as potencialidades da Web.
Surgem os recursos em multimídia,
interatividade, personalização, hipertexto,
memória e atualização contínua.
32. Customização – opção em que os
produtos jornalísticos oferecem aos seus
usuários em configurar as notícias de
acordo com as suas necessidades e
interesses.
33.
34. Memória – por possuir um espaço
ilimitado, os sites otimizam o
arquivamento e armazenamento de
conteúdos que podem ser utilizados como
bancos de dados ou material de pesquisa.
46. Blogs são ferramentas para publicação de
conteúdo e espaços para a sociabilidade.
Compartilhamento do conhecimento
É a extensão do homem
E muita besteira....
Para que serve
49. Os blogs noticiosos fortalecem o hiper-
localismo
Novos modelos de negócios
Nova esfera de visibilidade pública
Diálogo
Blogs podem ajudar os
jornalistas?
50. Blogs temáticos possuem leitores mais
fiéis
Conteúdo especializado potencializa a
referência
Diálogo qualitativo com os leitores
Ampliação da rede de relacionamento
55. O que os jornalistas podem
aprender com o Twitter?
56. Jornalismo colaborativo
O jornalismo colaborativo é uma
oportunidade de fazer um jornalismo ainda
melhor, a partir do momento que se pode
contar com a participação do público em
seus processos produtivos.
57. O grande impacto diz respeito ao
relacionamento dos jornalistas com o seu
público, que não são meros leitores, mas
interagentes.
(Primo)
O que muda?
58. A base filosófica do jornalismo
colaborativo é movimento do software
livre iniciado em 1984, por Richard
Stallman, como contraponto ao software
proprietário, que “aprisionava” e “restringia
a liberdade” dos usuários.
Conceito
59. No jornalismo, metaforicamente,
disponibilizar o código-fonte significa
conceder espaços para veiculação do
conteúdo produzido pelo público, ampliar
os mecanismos de colaboração entre
jornais e leitores
60. Desafios para os jornalistas no
ciberjornalismo
• Ser
• Produzir
• Relacionar
61. Ser
“Ser” diz respeito à compreensão do papel
que o jornalista desempenha na
sociedade, o de mediar e construir a
esfera de visibilidade pública, bem como o
poder que esta atividade possui
62. Produzir
“Produzir” implica conhecer as novas
tecnologias como blogs, RSS, podcast,
linguagens de programação, softwares de
edição para elaboração de conteúdos
multimídia (texto, som, vídeo)
63. Relacionar
O mais importante é o relacionamento
com o público, isso porque o leitor não
apenas está no controle e decide a forma
que irá consumir as informações, como
também anseia em participar da produção
de conteúdo.