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Videojogos
Levantamento de Videojogos em Saúde, nomeadamente em Oncologia Pediátrica
Re-Mission
Este jogo, que é o mais falado, é garantidamente
o melhor jogo para adolescentes e jovens adultos
doentes de cancro.
Foi desenvolvido para a Windows e lançado em
2006.
Tem como base o shooter na primeira pessoa. O jogador controla o RX5-E (Roxxi), que é um
nano-robot, desenhado para combater as doenças a nível celular, nomeadamente cancro e
infecções.
É uma espécie de Lara Croft-robot-futurista, que tem como missão destruir as células más. Não
gosto muito da linguagem visual que eles usam, além de já ser um bocadinho ultrapassada.
Mas é, no entanto, o único desenvolvido especificamente neste campo.
É base de alguma pesquisa, como por exemplo os artigos que enviei por email e outros
(http://kotaku.com/5894912/certain-video-games-can-help-kids-beat-cancer-researchers-say).
É gratuito e pode ser descarregado a partir do próprio site:
http://www.re-mission.net/
The Cancer Game
Não existe muita informação sobre este jogo.
Foi lançado em 2011 e joga-se online.
A linguagem é demasiado complexa e sem equilíbrio estético.
Utilizam-se assemblages de vários estilos sem harmonia, num
desenho dos órgãos internos em estilo de animação muito
industrial.
Vejam o vídeo demo: http://www.youtube.com/watch?v=BHdgKNZHNVM
Ou tentem jogar:
http://veevia.com/playgame/cancergame.html
The CancerGame (II)
Não há muito a dizer sobre este jogo. É muito básico, 2D
muito pixelizado, e apenas uma adaptação de tantos
outros jogos que podemos encontrar em máquinas de
café.
Foi desenvolvido em ambiente académico e lançado em
2003, teve um orçamento de 500$.
Objectivo: matar as células cancerígenas com uma T-Cell. A linguagem, apesar de
extremamente básica, chega a todos e entretém.
Usam-se as setas para mover a nossa personagem e a barra de espaço para atirar. O saco da
quimo vai-se esvaziando, conforme se vai gastando energias. Há também umas injecções que
tem que se “apanhar” para ganharmos mais pontos.
Joga-se directamente no site, que abre uma nova janela com o jogo. Melhor, só jogando:
http://www.cancergame.org/
Cancer Smash Game
Na mesma linha que o anterior, é também mais
direcionada para crianças.
Como o nome indica, e seguindo o objectivo
estratégico dos jogos anteriores, a intenção é
esmagar os “cancer bugs”. A nossa personagem é
um glóbulo branco que vai colecionando células
para matar as células más.
Não tem site próprio e é alojado em outros sites, como uma aplicação, por exemplo:
http://www.cartoondan.com/games/cancer.html
PAC / The Survivor Games
Temos o exemplo de um miúdo que deu uma conferência na TEDx.
Steven Gonzalez tinha 12 anos quando foi diagnosticado com Leucemia Mieloide. Ele explica a
maneira como os videojogos foram importantes para o combate ao cancro (healing power of
videogames).
Cinco anos depois, desenvolveu um jogo chamado PAC (play against cancer), baseado no jogo
Pacman. Não está activo presentemente.
Existe, no entanto, uma comunidade que ele está a desenvolver, a que chamou de “The
Survivor Games”, que ainda não está activa (é bastante recente, e o vídeo é de Setembro do
ano passado). Existe site: http://signup.thesurvivorgames.com/, mas não há conteúdo.
É para ficarmos atentos. Esta comunidade pretende ajudar os mais novos a combater a
doença, através de videojogos. Talvez seja um fórum com sugestões, pode ser uma boa base
de dados a colocar no site.
Fica o vídeo do rapaz: http://www.youtube.com/watch?v=5FS31HWzyVo
Oncology
É um jogo interessante, mais direcionado para
adultos. Surpreende-me haver um jogo destes,
tão detalhado. Relaciono-o com o Dr. House,
versão comics.
Apesar de parecer, nos primeiros passos do jogo,
bastante básico, a nível de linguagem visual,
torna-se mais interessante quanto mais jogares. É
bastante informativo.
Os gráficos que usam, como a imagem acima, são exemplos de software usados na vida real,
como os scans e tac’s.
Nós jogamos a personagem de um médico de oncologia, que faz diagnósticos através dos
sintomas que o doente apresenta, escolhendo o melhor tratamento para cada caso.
Joga-se online.
http://www.filamentgames.com/projects/oncology
Aqui apresenta-se uma revisão ao jogo:
http://gatorgamers.wordpress.com/2011/06/06/oncology-game-review/
Sumariamente podemos dizer que a área dos Videojogos em Saúde, e em específico em
Oncologia, não está muito desenvolvida. Estes jogos são aqueles que me pareceram mais
específicos em Oncologia Pediátrica (tirando o último exemplo), que é o caso que vamos
desenvolver.
Vemos que os jogos que, supostamente, têm uma vertente informativa (daí serem específicos
em oncologia pediátrica), pecam bastante na informação que transmitem. A linguagem é
bastante simples, direcionada para um público alvo menor, mas a mensagem é sempre muito
genérica: matar as células más, e muito pouco informativa. Apenas no último caso, que me
parece mais complexo para ser usado por crianças, tem esse cuidado de apresentar várias
etapas, desde a consulta do médico, diagnóstico e tratamento.
O jogo que vamos desenvolver, além de uma linguagem simples, mas cuidada, deve ter essa
preocupação de informar o paciente.
Escusado será dizer que estes jogos foram desenvolvidos nos Estados Unidos.
Encontrei, no entanto, uma notícia do Público de 2009, sobre este mesmo tema, que diz que
cientistas portugueses usam a teoria dos jogos no combate ao cancro. Fala-se do Dr. Jorge
Pacheco, é físico e professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Podia ser um
bom aliado nesta causa.
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/cientistas-portugueses-usam-teoria-dos-jogos-para-
redefinir-o-combate-do-cancro-1399197

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Levantamento de Videojogos em Oncologia Disponíveis

  • 1. Videojogos Levantamento de Videojogos em Saúde, nomeadamente em Oncologia Pediátrica Re-Mission Este jogo, que é o mais falado, é garantidamente o melhor jogo para adolescentes e jovens adultos doentes de cancro. Foi desenvolvido para a Windows e lançado em 2006. Tem como base o shooter na primeira pessoa. O jogador controla o RX5-E (Roxxi), que é um nano-robot, desenhado para combater as doenças a nível celular, nomeadamente cancro e infecções. É uma espécie de Lara Croft-robot-futurista, que tem como missão destruir as células más. Não gosto muito da linguagem visual que eles usam, além de já ser um bocadinho ultrapassada. Mas é, no entanto, o único desenvolvido especificamente neste campo. É base de alguma pesquisa, como por exemplo os artigos que enviei por email e outros (http://kotaku.com/5894912/certain-video-games-can-help-kids-beat-cancer-researchers-say). É gratuito e pode ser descarregado a partir do próprio site: http://www.re-mission.net/ The Cancer Game Não existe muita informação sobre este jogo. Foi lançado em 2011 e joga-se online. A linguagem é demasiado complexa e sem equilíbrio estético. Utilizam-se assemblages de vários estilos sem harmonia, num desenho dos órgãos internos em estilo de animação muito industrial. Vejam o vídeo demo: http://www.youtube.com/watch?v=BHdgKNZHNVM Ou tentem jogar: http://veevia.com/playgame/cancergame.html
  • 2. The CancerGame (II) Não há muito a dizer sobre este jogo. É muito básico, 2D muito pixelizado, e apenas uma adaptação de tantos outros jogos que podemos encontrar em máquinas de café. Foi desenvolvido em ambiente académico e lançado em 2003, teve um orçamento de 500$. Objectivo: matar as células cancerígenas com uma T-Cell. A linguagem, apesar de extremamente básica, chega a todos e entretém. Usam-se as setas para mover a nossa personagem e a barra de espaço para atirar. O saco da quimo vai-se esvaziando, conforme se vai gastando energias. Há também umas injecções que tem que se “apanhar” para ganharmos mais pontos. Joga-se directamente no site, que abre uma nova janela com o jogo. Melhor, só jogando: http://www.cancergame.org/ Cancer Smash Game Na mesma linha que o anterior, é também mais direcionada para crianças. Como o nome indica, e seguindo o objectivo estratégico dos jogos anteriores, a intenção é esmagar os “cancer bugs”. A nossa personagem é um glóbulo branco que vai colecionando células para matar as células más. Não tem site próprio e é alojado em outros sites, como uma aplicação, por exemplo: http://www.cartoondan.com/games/cancer.html PAC / The Survivor Games Temos o exemplo de um miúdo que deu uma conferência na TEDx. Steven Gonzalez tinha 12 anos quando foi diagnosticado com Leucemia Mieloide. Ele explica a maneira como os videojogos foram importantes para o combate ao cancro (healing power of videogames). Cinco anos depois, desenvolveu um jogo chamado PAC (play against cancer), baseado no jogo Pacman. Não está activo presentemente.
  • 3. Existe, no entanto, uma comunidade que ele está a desenvolver, a que chamou de “The Survivor Games”, que ainda não está activa (é bastante recente, e o vídeo é de Setembro do ano passado). Existe site: http://signup.thesurvivorgames.com/, mas não há conteúdo. É para ficarmos atentos. Esta comunidade pretende ajudar os mais novos a combater a doença, através de videojogos. Talvez seja um fórum com sugestões, pode ser uma boa base de dados a colocar no site. Fica o vídeo do rapaz: http://www.youtube.com/watch?v=5FS31HWzyVo Oncology É um jogo interessante, mais direcionado para adultos. Surpreende-me haver um jogo destes, tão detalhado. Relaciono-o com o Dr. House, versão comics. Apesar de parecer, nos primeiros passos do jogo, bastante básico, a nível de linguagem visual, torna-se mais interessante quanto mais jogares. É bastante informativo. Os gráficos que usam, como a imagem acima, são exemplos de software usados na vida real, como os scans e tac’s. Nós jogamos a personagem de um médico de oncologia, que faz diagnósticos através dos sintomas que o doente apresenta, escolhendo o melhor tratamento para cada caso. Joga-se online. http://www.filamentgames.com/projects/oncology Aqui apresenta-se uma revisão ao jogo: http://gatorgamers.wordpress.com/2011/06/06/oncology-game-review/
  • 4. Sumariamente podemos dizer que a área dos Videojogos em Saúde, e em específico em Oncologia, não está muito desenvolvida. Estes jogos são aqueles que me pareceram mais específicos em Oncologia Pediátrica (tirando o último exemplo), que é o caso que vamos desenvolver. Vemos que os jogos que, supostamente, têm uma vertente informativa (daí serem específicos em oncologia pediátrica), pecam bastante na informação que transmitem. A linguagem é bastante simples, direcionada para um público alvo menor, mas a mensagem é sempre muito genérica: matar as células más, e muito pouco informativa. Apenas no último caso, que me parece mais complexo para ser usado por crianças, tem esse cuidado de apresentar várias etapas, desde a consulta do médico, diagnóstico e tratamento. O jogo que vamos desenvolver, além de uma linguagem simples, mas cuidada, deve ter essa preocupação de informar o paciente. Escusado será dizer que estes jogos foram desenvolvidos nos Estados Unidos. Encontrei, no entanto, uma notícia do Público de 2009, sobre este mesmo tema, que diz que cientistas portugueses usam a teoria dos jogos no combate ao cancro. Fala-se do Dr. Jorge Pacheco, é físico e professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Podia ser um bom aliado nesta causa. http://www.publico.pt/ciencia/noticia/cientistas-portugueses-usam-teoria-dos-jogos-para- redefinir-o-combate-do-cancro-1399197