Este documento apresenta a estrutura de um curso de Arquitetura de Computadores para estudantes da Universidade Aberta do Piauí. O curso é composto de 7 unidades que abordam tópicos como a evolução do hardware, memória, barramentos, CPU e arquiteturas RISC. O objetivo é capacitar os alunos a entenderem melhor o funcionamento e configuração de hardware.
3. PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
GOVERNADOR DO ESTADO
Wellington Dias
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Luiz de Sousa Santos Júnior
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DO MEC
Carlos Eduardo Bielschowsky
COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
Celso Costa
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ
Antonio José Medeiros
COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA À DISTÂNCIA DA UFPI
Gildásio Guedes Fernandes
SUPERINTENDENTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO
Eliane Mendonça
DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
Helder Nunes da Cunha
COORDENADOR DO CURSO NA MODALIDADE EAD
Luiz Cláudio Demes da Mata Sousa
COODENADORA DE MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI
Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira
DIAGRAMAÇÃO
Aguiar Neto
3
4. Este texto é destinado aos estudantes do Bacharelado em Sistemas
de Informação da Universidade Aberta do Piauí que estão cursando a dis-
ciplina de Arquitetura de Computadores, do Módulo III e da grade 1. O pre-
sente trabalho é composto de 7 (sete) unidades a saber:
• Unidade 01 – Introdução: aqui será feita uma apresentação ge-
ral da evolução do hardware, organização multinível das arqui-
teturas modernas e o padrão de Von Newmann;
• Unidade 02 – Dispositivos de entrada, saída e armazenamento:
uma visão geral dos periféricos existentes hoje com seu fun-
cionamento e suas aplicações e também as memórias perma-
nentes, tais como: discos magnéticos, fitas e discos ópticos;
• Unidade 03 – Memória: um estudo sobre o funcionamento das
memórias dos computadores atuais, passando pela RAM, ROM
e memória flash;
• Unidade 04 – Barramentos e Interfaces: mostra os padrões de
comunicação entre dispositivos e também entre periféricos do
computador;
• Unidade 05 – Dentro da CPU: linguagem de montagem, modos
de endereçamento, repertório de instruções e interrupções;
• Unidade 06 – Suporte do Sistema Operacional: manipulação de
pilha e realocação de código;
• Unidade 07 – Arquiteturas RISC: apresentação da arquitetura
RISC e comparações com a CISC.
Ao final desta disciplina o aluno estará capacitado a entender melhor
o funcionamento e as opções de configuração de hardware. E além deste
material recomenda-se a leitura de fontes que serão citadas ao longo do
texto.
Bom trabalho para todos.
4
5. UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Máquina Multinível............................................................. 08
1.2 – Evolução dos Equipamentos ............................................ 09
1.3 – Padrão Von Newmann ...................................................... 11
1.4 – A Evolução dos Processadores ........................................ 12
UNIDADE 2 – DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA
2.1 – Dispositivos de Entrada e Saída ....................................... 18
2.2 – Dispositivo de Armazenamento ........................................ 30
UNIDADE III – MEMÓRIA
3.1 – Introdução ......................................................................... 38
3.2 – Memória ROM .................................................................. 38
3.3 – Memória Flashmdsb ......................................................... 39
3.4 – Memória RAM ................................................................... 41
3.5 – Detecção e Correção de Erros ......................................... 44
3.6 – Memória CACHE .............................................................. 45
3.7 – Hierarquia de Memórias ................................................... 50
UNIDADE IV – BARRAMENTOS E INTERFACES
4.1 – Barramentos – Conceitos Gerais .................................... 55
4.2 – Barramentos Comerciais ................................................ 62
4.3 – Interfaces – Barramentos Externos ................................. 68
UNIDADE V – DENTRO DA CPU
5.1 – Ciclo BDE ....................................................................... 77
5.2 – Modos de Endereçamento ............................................. 88
UNIDADE VI - PILHA
6.1 – Pilha ............................................................................... 93
6.2 – Gerenciamento de Memória .......................................... 94
6.3 – Realocação .................................................................... 95
6.4 – Proteção ......................................................................... 98
6.5 – Considerações sobre este capítulo ................................ 98
UNIDADE VII - MOTIVAÇÃO
7.1 – Motivação ...................................................................... 102
7.2 – Filosofia RISC ................................................................ 103
7.3 – Características ............................................................... 103
7.4 – Uso de microcódigo x Execução direta em hardware .... 109
7.5 – Repertório de Instruções ................................................ 109
7.6 – Programação e computadores RISC ............................. 110
7.7 – Diferenças críticas entre as arquiteturas ........................ 113
7.8 – Comparações de desempenho entre arquiteturas ......... 114
7.9 – Entretenimento com arquitetura RISC ........................... 116
Apêndice ................................................................................. 119
5
6. 6
7. UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Máquina Multinível............................................................. 08
1.2 – Evolução dos Equipamentos ............................................ 09
1.3 – Padrão Von Newmann ...................................................... 11
1.4 – A Evolução dos Processadores ........................................ 12
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8. 1.1 Máquina multinível
Para aproximar os seres humanos da máquina é usada uma divisão
em camadas das arquiteturas de computadores. Assim, quanto mais ca-
madas tiver uma arquitetura, mais próxima da linguagem humana será a
linguagem de alto nível deste computador. Veja na ilustração a seguir:
Nível 5 Linguagem Orientada a Problemas
|
Nível 4 Linguagem de Montagem (assembly)
|
Nível 3 Sistema Operacional
|
Nível 2 Conjunto de Instruções
|
Nível 1 Microarquitetura (circuitos digitais)
|
Nível 0 Lógico Digital (circuitos eletrônicos)
Figura 1.1 – Esquema de níveis das arquiteturas de computadores
Veja que tudo começa com o trabalho dos engenheiros eletrônicos e
de computação, onde são determinados os componentes eletrônicos dos
circuitos que vão compor as portas lógicas e demais circuitos digitais, sen-
do este conhecido por nível zero. Aqui se trabalha com capacitores, resis-
tores, reguladores de potência, fusíveis, dentre outros elementos da ele-
trônica básica. Esses circuitos vão ser organizados na forma de “pacotes”
para compor computadores, os chamados circuitos digitais. Classificados
em nível um, estes circuitos são usados para compor as implementações
práticas de todas as funções e mapeamentos usados na teoria dos circui-
tos digitais, nesse nível ainda temos o trabalho de engenheiros e projetis-
tas de hardware. No nível dois temos, basicamente, o trabalho de projetis-
tas de hardware, profissionais ligados à engenharia e também a área de
software, pois aqui se define o conjunto de instruções que determinada
CPU é capaz de reconhecer, que tipo de trabalho determinado computador
é capaz de realizar, dentre outras coisas. O trabalho das equipes de soft-
8
9. ware (bacharéis em ciência da computação, sistemas de informação, den-
tre outros) começa a partir do nível três. Aqui é criado o Sistema Operacio-
nal do computador. Este programa é capaz de controlar todo o funciona-
mento do sistema, tanto em nível de software, quanto em nível de hardwa-
re, programa que todos os outros existentes no computador dependem
para executar e ter acesso a recursos disponíveis no sistema. Acima desse
nível tem-se a linguagem de montagem (assembly). Essa linguagem existe
para fazer o programador ter acesso a funcionalidades do computador que
não seriam permitidas pelas chamadas linguagens de programação de alto
nível. São programações necessárias de se executar diretamente no
hardware ou mais intimamente com o sistema operacional. Finalmente no
nível cinco tem-se a linguagem de alto nível, patamar onde se encontram
linguagens como Pascal, Delphi, Java e outras.
ATENÇÃO: Não confunda ASSEMBLY, que é a linguagem de programação do
nível quatro, com ASSEMBLER, que é o programa utilizado para executar os códigos
fontes criados em ASSEMBLY. O assembler também é conhecido por montador, exatamente
por fazer a execução da linguagem de montagem.
Os computadores atuais contam com esses níveis citados, embora
alguns autores já defendam que exista um sexto nível, porém isso ainda
não se configura como uma realidade, visto que um sexto nível implicaria
que estes equipamentos seriam tão fáceis de programar quanto um eletro-
doméstico qualquer, sabendo ainda que muitos usuários não conseguem
usufruir nem de metade das funcionalidades de seus eletro-eletrônicos de
uso doméstico. Hoje em dia, qualquer aparelho de som funciona como
despertador, poucos sabem sequer acertar o relógio do aparelho. Sem
falar na subutilização dos recursos de fornos de microondas, gravadores
de DVD e até dos ultrapassados videocassetes.
1.2 Evolução dos equipamentos
A computação eletrônica evoluiu junto com toda a eletrônica nas de-
mais áreas de conhecimento da humanidade. Antes do surgimento dos
9
10. componentes eletrônicos os computadores eram baseados em componen-
tes mecânicos e sujeitos às falhas de tais componentes e seus funciona-
mentos. Este período da computação mecânica deu-se em 1642, quando
Blaise Pascal inventou a pascalina, até 1945 quando surgiu o primeiro
computador valvulado. O detalhe interessante desse período da história da
Figura 1.2 - Válvulas
computação é que Pascal inventou uma máquina que pudesse servir de
calculadora para ajudar seu pai, que era fiscal de impostos do rei da Fran-
ça, e Ada Lovelace, filha de Lorde Byron, soube da invenção e escreveu
um procedimento para programar essa máquina, sendo assim, ela é consi-
derada a primeira pessoa a escrever um algoritmo.
A história foi evoluindo até que na Segunda Guerra Mundial já existi-
am alguns componentes da eletrônica dos dias de hoje, alguns pesquisa-
dores de renome mundial empenharam-se em fazer calculadoras automá-
ticas - nomes como Konrad Zuze, Howard Aiken, Jonh Mauchley, dentre
outros. Os relês foram usados a principio, mas antes do final da guerra já
era a válvula a responsável pelo nascimento da computação eletrônica.
Essa ficou conhecida como a PRIMEIRA GERAÇÃO DE COMPUTADO- Figura 1.3 - Transistor
RES (1945-1955).
Na década de 50 do século XX foram inventados os transistores, que
por sua vez substituíam as válvulas com mais eficiência, pois eram com-
ponentes mais ágeis, dissipavam menos calor e gastavam menos energia
para fazer o mesmo trabalho que as antigas válvulas. Os computadores
diminuíram de tamanho e ficaram mais eficientes nesta que ficou sendo a
Figura 1.4 – Circuito
SEGUNDA GERAÇÃO DE COMPUTADORES (1955-1965). Integrado
Por volta da segunda metade da década
de 60 do século XX, foi inventado o circuito inte-
grado, uma pequena pastilha (para os padrões
da época) consumindo ainda menos energia e
ocupando menos espaço que os equipamentos
de antes, onde os transistores eram usados sem
integração. Nasce a TERCEIRA GERAÇÃO DE
COMPUTADORES (1965-1980). Estes circuitos
Figura 1.5 – Pastilha VLSI
10
11. ganharam denominações diferentes em alguns lugares do planeta, aqui no
Brasil é comum chamar circuito integrado de CHIP.
De 1980 até os dias de hoje, vive-se a geração mais nova da compu-
tação, chamada VLSI, ou circuitos com integração em larga escala. São
Circuitos Integrados especiais que contêm milhares (ou até milhões) de
transistores por centímetro quadrado de área da pastilha. Esta é a QUAR-
TA GERAÇÃO DE COMPUTADORES. Os PCs em uso hoje pertencem
todos a esta geração.
Há quem defenda a existência de uma quinta geração nos dias de
hoje, fala-se no computador invisível, porém isso ainda é considerado fic-
ção científica.
1.3 Padrão Von Newmann
John Von Newmann matemático húngaro, naturalizado norte-
americano, propôs nos anos 40 do século XX, um padrão de arquitetura de
computadores que ainda hoje é seguido, sendo hoje em dia altamente
pesquisada uma alternativa a esse padrão. Ainda não se tem de fato uma
idéia que seja melhor que a desse cientista.
A máquina proposta por Von Neumann
conta com os seguintes componentes: uma Me-
mória, uma Unidade Aritmética e Lógica (ULA),
uma Unidade Central de Processamento (UCP),
composta por diversos Registradores, e uma
Unidade de Controle (UC), cuja função é a mes-
ma da tabela de controle da máquina de Turing
universal: buscar um programa na memória, ins-
trução por instrução, e executá-lo sobre os dados
de entrada. A figura a seguir ilustra tal máquina.
Os detalhamentos destes componentes se-
Figura 1.6 – Arquitetura Von Neumann rão feitos nos capítulos seguintes. Mas em li-
11
12. nhas gerais pode-se dizer que a unidade de controle “sabe” em que parte
do programa está e para onde vai a execução do mesmo e o que fazer em
casos de desvios. A execução das instruções juntamente com os dados de
entrada é responsabilidade da unidade lógico aritmética, que por sua
vez contém uma ou algumas memórias especiais denominadas de regis-
tradores, caso seja apenas um registrador chama-se de acumulador. Os
dados processados pela ULA podem ser armazenados diretamente na
memória principal do sistema ou podem ser enviados para um dispositivo
de saída.
1.4 A Evolução dos Processadores
Desde a chegada da geração dos Circuitos Integrados, a Unidade
Central de Processamento dos computadores passou a agregar outros
componentes do sistema, tais como: o clock – dispositivo que dá ritmo aos
trabalhos da UCP, a UC, a ULA e até mesmo uma parte da memória co-
nhecida por cache. A esses novos circuitos VLSI dá-se o nome de PRO-
CESSADOR. Esse tal processador nos computadores derivados do IBM-
PC, os mais populares no Brasil de hoje, acaba dando o nome ao sistema
como um todo, ou seja, se no seu computador tem um processador PEN-
TIUM™IV, costumamos dizer que este é o nome do computador em ques-
tão. Vejamos a seguir uma tabela que mostra a evolução desses proces-
sadores.
LARGURA
CLOCK
PROCESSADOR ANO TRANSISTORES DA PALA- OBSERVAÇÕES
(MHz)
VRA (bits)
4004 1971 0,108 2.300 4 Primeiro Microprocessador em um CI
8008 1972 0,108 3.500 8 Primeiro Microprocessador de 8 bits
8080 1974 2 6.000 8 Primeira CPU de uso geral em um só CI
8086 1978 5 a 10 29.000 16 Primeiro processador de 16 bits
8088 1979 5a8 29.000 8/16 Adaptação do 8086 para o IBM PC
80286 1982 8 a 12 134.000 16 CPU do PC-AT
80386 1985 16 a 33 275.000 32 Primeira CPU de 32 bits
Primeira CPU com cache e co-
80486 1989 25-100 1,2 milhões 32
processador aritmético embutidos.
Tecnologia Pipeline e MMX nos clocks
Pentium 1993 60-233 3,1 milhões 32/64
mais elevados.
12
13. 150-
Pentium PRO 1995 5,5 milhões 32/64 Primeira CPU com dois níveis de cache
200
233- Tecnologia MMX somada a dois níveis
Pentium II 1997 7,5 milhões 32/64
450 de cache
650 a Instruções específicas para imagens em
Pentium III 1999 9,5 milhões 32/64
1.400 3D
1.300 a
Pentium IV 2000 42 milhões 32/64 Hiperthreading
3.800
Tabela 1.1 – Evolução dos Microprocessadores
Além desses processadores listados na tabela, existem outros fabri-
cados pela Intel que são bastante populares nos dias atuais, tais como:
• Celeron desde o primeiro Pentium, esse é um processador al-
ternativo para quem não precisa de todo o poder computacional
do Pentium “completo”, aqui sempre tem um recurso não imple-
mentado para justificar um preço mais baixo para o consumidor,
sem prejuízo de acesso a tecnologia mais recente. O celeron mais
recente é o CORE2-DUO, que é alternativo ao PENTIUM IV DUAL
CORE;
• XEON pronuncia-se zíon, é uma família especial de Penti-
ums voltada para os servidores de rede. São processadores que
contam com toda a tecnologia disponível no Pentium mais atual e
são preparados especialmente para servidores de rede;
• CENTRINO processadores específicos para dispositivos portá-
teis e móveis, como notebooks e outros. Contam com recursos
especiais de gerenciamento de energia e acesso a redes sem fio.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou quad, essa
denominação refere-se na verdade ao núcleo do processador, onde fica a
ULA. Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplicado, o que propor-
ciona uma execução de duas instruções efetivamente ao mesmo tempo,
embora isto não aconteça o tempo todo. Basta uma instrução precisar de
um dado gerado por sua “concorrente” que a execução paralela torna-se
inviável, tendo uma instrução que esperar pelo término da outra. Os mode-
los QUAD CORE possuem o núcleo quadruplicado.
13
14. Esses são os processadores fabricados pela INTEL, empresa que foi
pioneira nesse tipo de produto. Temos também alguns concorrentes famo-
sos dessa marca, tais como NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente
apenas essa última marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da
INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular de 386 foi o de
40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo 386 mais veloz era de 33
MHz, esse processador foi obra da AMD. Desde o lançamento da linha
Pentium, a AMD foi obrigada a criar também novas denominações para
seus processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2, K7, Duron
(fazendo concorrência direta à idéia do Celeron) e os mais atuais como:
Athlon, Turion, Opteron e Phenom.
http://www.guiadohardware.net/comunidade/diferenc/732461/
EXERCÍCIOS
1. Explique como funciona a idéia de fazer uma arquitetura de
Computadores em Camadas.
2. Como a evolução dos componentes eletrônicos tornou
possível a popularização dos computadores?
3. A redução do tamanho dos computadores ao longo do
tempo colabora para torná-los cada vez mais populares?
Justifique sua resposta.
4. Explique como funciona a idéia proposta por Von Neumann
em sua arquitetura.
5. No contexto dos microprocessadores, trace uma linha evo-
lutiva com os principais marcos e lançamentos ao longo
dos anos.
6. Liste os principais processadores fabricados pelos concor-
rentes da Intel.
14
17. UNIDADE 2 – DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA
2.1 – Dispositivos de Entrada e Saída ....................................... 18
2.2 – Dispositivo de Armazenamento ........................................ 30
17
18. 2.1 Dispositivos de Entrada e Saída
Nessa categoria enquadram-se os dispositivos por onde o usuário
envia dados para a UCP.
Teclado
Um dos primeiros dispositivos necessários para essa finalidade é o
teclado, também é o dispositivo que mais tem versões de acordo com a
região onde é usado, embora exista o padrão norte-americano que é co-
nhecido como teclado internacional (ou teclado padrão). Geralmente existe
um teclado para cada língua ou até mesmo dentro do mesmo idioma po-
dem existir adaptações de teclado para países diferentes, por exemplo,
para o idioma português, existem teclados diferentes para Portugal (Pt) e
para o Brasil (ABNT-2). As diferenças são, basicamente, localização de
algumas teclas de acentos, cedilha e outras. Por exemplo, os brasileiros
encontram o cedilha próximo ao ENTER, localização herdada das máqui-
nas de escrever, já os portugueses encontram o cedilha próximo a tecla do
número 1, respeitando também a tradição local deles.
O teclado nada mais é que um conjunto
de chaves elétricas cada uma acionada por
uma tecla. A cada chave dessas corresponde
um código binário que é enviado para a placa-
mãe e esta sabe como tratar esse código de
acordo com o modelo do teclado ou com o Figura 2.1 – Teclado ABNT2
software que está em uso.
Códigos de Caracteres
Os códigos de caracteres são definidos basicamente por duas tabe-
las EBCEDIC (muito usada em computadores de grande porte da IBM) ou
ASCII que é o padrão dominante nos demais computadores. Essas tabelas
18
19. basicamente têm uma parte fixa com correspondências dos caracteres
mais usados, e outra parte variável que pode ser configurada de acordo
com o idioma do sistema operacional instalado ou até mesmo um idioma
diferente do S.O., mas configurado por este.
Por exemplo, em um computador com o Windows em Inglês, pode-se
informar que o país é Brasil, o idioma local é Português e o teclado é
ABNT-2 (se for o caso). Então mesmo com o Windows em Inglês, passa a
ser possível usar todos os acentos gráficos da língua portuguesa, o símbo-
lo monetário passa a ser o Real (R$) e as teclas do teclado passam a cor-
responder aos símbolos que mostram.
Mouse
Este dispositivo é bastante usado também nos dias
de hoje, pois os sistemas estão cada vez mais intuitivos e
organizados de forma gráfica (figuras na tela). Para usar o
modo gráfico dos sistemas o mouse é fundamental, pois
seu movimento na mesa é refletido na setinha da tela que
faz os apontamentos necessários nas figuras.
Figura 2.2 – Mouse opto-mecânico
Existem basicamente duas tecnologias para fabri-
cação dos mice (este é o plural de mouse): a opto-
mecânica e a óptica. A primeira tecnologia baseia-se em
uma pequena esfera, normalmente de borracha, que gira
embaixo do mouse e faz girar dois eixos, conhecidos
como x e y. Dentro do aparelho cada eixo é ligado a uma
roda com vários furos. De um lado da roda tem uma luz
emitida por um LED (diodo emissor de luz) e do outro
lado tem um sensor, as interrupções da luz no sensor
significam que a roda está girando e conseqüentemente
o mouse está sendo movimentado. Esses movimentos
são enviados para a UCP por uma comunicação chama-
Figura 2.3 – Mouse óptico da de serial (mais à frente serão detalhadas essas for-
mas de comunicação). Para melhorar a precisão desse
19
20. tipo de mouse, normalmente usa-se um tapete emborrachado sobre a me-
sa para que a esfera gire de forma mais precisa. O segundo tipo de mouse
está ficando muito popular atualmente: é o óptico, que a principio, já dis-
pensa o famoso tapete (conhecido por mouse pad). Somente os primeiros
mice ópticos, fabricados na década de 90 do século passado, precisavam
de mouse pad especiais espelhados. Os mice ópticos atuais não precisam
de qualquer tapete embaixo. A tecnologia desse dispositivo baseia-se sim-
plesmente em enviar a luz do LED para a mesa e esperar o reflexo desta
de volta para os sensores da base do mouse. De acordo com a emissão
da luz e seu retorno, detectam-se os movimentos e enviam-se os dados
sobre estes para a placa-mãe.
Vídeo
O vídeo do computador na verdade é
o dispositivo de saída mais popular que
existe. O computador mais básico tem pelo
menos dois dispositivos de entrada que
seriam o teclado e o mouse e um dispositi-
vo de saída que é o vídeo.
O chamado subsistema de vídeo do
computador constitui-se de uma das partes
mais complexas, pois requer um proces-
Figura 2.4 – Placa de Vídeo
sador específico para os gráficos a serem
exibidos, esses gráficos processados são armazenados na
chamada memória de vídeo que recentemente passou a ser
uma parte da RAM nas configurações mais populares. Isso
acontece devido a novas tecnologias de barramento (também
a serem vistas mais adiante). Finalmente a imagem proces-
sada e armazenada em memória específica é exibida em um
monitor de vídeo, que por sua vez pode ser baseado na tec-
nologia de raios catódicos (CRT) ou de cristal líquido (LCD).
O tubo CRT na verdade é uma grande válvula onde os
Figura 2.5 – Monitor CRT
elétrons que formam a imagem são bombardeados contra a
parede frontal da tela dentro de um tubo de vácuo. Esse
20
21. bombardeio ocorre obedecendo determinados critérios. Se a varredura
ocorre em linhas pares e ímpares da tela ao mesmo tempo, diz-se que é
um monitor tipo não entrelaçado. Se a varredura ocorre alternando as li-
nhas pares e ímpares é dito que o monitor é entrelaçado (normalmente
mais barato que o outro). A velocidade de varredura é também muito im-
portante, medida em Hertz, quanto mais Hz de varredura melhor será o
funcionamento do monitor e, literalmente, menos dor de cabeça dará ao
usuário. Então, antes de comprar um monitor CRT, é importante saber,
além da resolução que ele aceita, normalmente medida em pontos, algo
como 1024 x 768, é importante saber também se este é entrelaçado e de
quantos Hz é sua varredura, pois esses são fatores que influenciam no
preço, na qualidade da imagem e futuramente também na saúde de quem
vai ficar horas diante do aparelho. Uma medida muito comum para desig-
nar qualidade de imagem de monitores CRT é o DOT PITCH. Normalmen-
te fica em torno de 0,26mm para os modelos de 15 polegadas. Essa medi-
da informa a distância diagonal de um ponto para outro na tela. Quanto
menor o dot pitch, melhor a qualidade da imagem formada. Isso explica até
mesmo diferenças de preços entre aparelhos de televisão de mesmo ta-
manho e de mesma tecnologia e, às vezes, até mesmo da mesma marca,
é apenas o dot pitch da tela. Mas os vendedores de eletrodoméstico não
sabem o que é esse conceito, não adianta insistir.
Os monitores de CRT recebem classificações de acordo com sua capaci-
dade de exibir gráficos e a qualidade desses gráficos em exibição. Tudo
começou com o monitor Hércules, que não contava com capacidade de
exibição de gráficos. Passou pela fase do CGA (Computer Graphics Array),
onde gráficos rudimentares passaram a ser exibidos; evoluiu para o EGA
(Enhanced Graphics Array), onde essas imagens ganharam a opção de
cores e melhor definição, medida pelo aumento da resolução, que é a
quantidade de pontos que formam a imagem na tela, e finalmente, temos
os VGA (Vídeo Graphics Array) e suas variações. Sendo atualmente usa-
das as variações SVGA ou XGA. A tabela a seguir sintetiza toda essa evo-
lução.
21
22. MODELO RESOLUÇÃO (PONTOS) CORES OBSERVAÇÕES
Hércules MDA 25 linhas x 80 colunas 1 Somente texto
CGA 320 x 200 4 Primeiro a suportar gráficos
Gráficos com mais qualidade e
EGA 640 x 450 16 ou 64
compatibilidade com CGA
640 x 480 256 256 cores são suficiente para o olho
VGA humano ser enganado e achar que
800 x 600 16 está vendo cores reais.
Este vídeo mostra cores no limite
800 x 600 1,6 milhões em 24 bits da percepção humana 1,6 milhões
SVGA e ou de cores simultâneas, a opção dos
acima 4 milhões em 32 bits 32 bits pode ser usada para melho-
rar o contraste da imagem.
Tabela 2.1 – Evolução dos monitores CRT
Os modelos baseados em painéis de cristal líquido (LCD) são menos
volumosos que os de CRT, mas nem por isso são menos complexos. São
na verdade compostos de várias camadas, onde a camada central é o
chamado cristal líquido, as demais são camadas polarizado-
ras, que submetem cargas elétricas a esse cristal para for-
mar a imagem. São pelo menos três camadas à frente do
cristal e mais três atrás deste, todas flexíveis. Isso explica
as deformações que a imagem sofre ao ter a tela tocada por
um dedo ou outro objeto qualquer. Ao fundo de tudo tem-se
uma fonte de luz para a imagem tornar-se visível. Essa tec-
nologia, embora tenha se tornado popular nos últimos anos,
vem sendo desenvolvida desde 1960. Seu uso tornou pos-
sível a construção, por exemplo, dos relógios digitais, que já
não são mais novidade desde uns trinta anos atrás. Figura 2.6 – Monitor LCD
22
23. Scanner
Dispositivo de entrada muito popular e
cada vez mais usado. Pois é comum cha-
mar de scanner o aparelho de mão ou de
mesa onde as fotos em papel eram trans-
formadas em arquivos de computador. Mas
também é comum esquecer que os códigos
de barras dos produtos nas lojas são lidos
por scanners, os terminais de banco tam-
Figura 2.7 – Scanner de mesa bém os tem para ler os códigos de barras
das contas e documentos a serem processados. Isso tudo sem falar na
praticidade duvidosa dos aparelhos multifuncionais que agregam scanner,
impressora, copiadora e algumas vezes, fax.
Esse aparelho na verdade é composto por uma fonte de luz que é
emitida sobre o papel, ou objeto a ser “escaneado” e um sensor que capta
os reflexos dessa imagem. Esse sensor ajuda a montar a imagem na me-
mória do computador na forma de um arquivo gráfico ou simplesmente
um padrão de barras a ser convertido em um número.
Existem também os scanners biométricos, usados na chamada iden-
Figura 2.8 – Scanner de
tificação biométrica, nesses casos, usa-se uma parte do corpo humano
código de barras que sirva para identificar o indivíduo pela imagem. Normalmente esses
aparelhos pedem a presença de um dos dedos para a leitura da impressão
digital e sua armazenagem ou comparação com uma já armazenada. No
lugar da impressão digital, o scanner biométrico pode ler também a íris do
olho, pois essa também é uma forma muito eficiente de identificar a pes-
soa.
Para qualquer uso do scanner são necessários vários programas
específicos para cada atividade, desde o processamento de imagens, tais
como fotos, feitos por programas como COREL PHOTO ou PHOTO-
SHOP, passando pela leitura de códigos de barras do comércio, dos ban-
Figura 2.9 – Scanner Biométrico cos ou de outros documentos. Mais específicos ainda são os softwares
para a íris
para uso em scanners biométricos. Portanto, não basta ter o aparelho,
porém para uso nos sistemas de Internet Bank, normalmente basta ter o
leitor de códigos de barras adaptado ao teclado do computador, o próprio
23
24. site do banco encarrega-se de fazer a leitura e decodificação das barras de
suas contas a pagar.
Impressora
Talvez depois do monitor de vídeo seja este o dispositivo de saída
mais conhecido por todos. É o dispositivo responsável por levar ao papel
tudo que se produz em termos de textos e imagens dentro de uma UCP.
Existem diversas tecnologias de impressoras, dentre elas tem-se: as de
impacto, as jato de tintas, as de cera e as a laser. A qualidade dos impres-
sos vai depender da tecnologia aplicada a cada impressora e também de
uma característica fundamental, a resolução desta. Medida em DPI (ponto
por polegada) a resolução faz a impressora ser destinada a textos ou a
gráficos ou ainda a fotos. Um texto fica legível com cerca de 150 DPI, um
cartaz bem grande para ser visto a longa distância pode ser impresso até
em 75 DPI, mas gráficos só ficam bem visíveis no papel se estiverem ao
menos a 300 DPI, fotos ficam razoáveis com 300 DPI, porém o céu é o
limite para as fotos, existem hoje impressoras que fazem milhares de DPI
para o modo fotográfico. Lógico que isso tem um custo. Para quem se con-
tenta com poucos DPI, a tinta dura mais, a impressão fica mais rápida.
Tudo depende da necessidade do usuário.
Impacto
Essa categoria de impressora baseia-se
em usar uma fita com tinta sendo pressionada
por martelos em relevo, esses modelos são
conhecidos por MARGARIDA, tecnologia ob-
soleta onde, para trocar a letra de um texto,
era necessário trocar a tal margarida da im-
pressora. Esse tipo de impressora não faz grá-
ficos.
Uma evolução das impressoras de im-
pacto são as matriciais, onde uma matriz de
agulhas fica por trás da fita entintada e pres-
sionam a fita alternadamente fazendo as letras, Figura 2.10 – Impressora Matricial
24
25. pontos e traços que comporão os gráficos. Existem impressoras matriciais
de 9, 18 e 24 agulhas, quanto mais agulhas mais precisa a impressão.
Porém são modelos que raramente ultrapassam os 150 DPI e ainda fazem
estrago em papeis finos, pois usam impacto. A cor nesse tipo de impresso-
ra é um pesadelo. Mas o baixo custo da fita e baixo consumo de energia
aliados a simplicidade de projeto, que dispensa manutenção, fazem deste
tipo de impressora as preferidas do comércio.
Jato de Tintas
Tecnologia inspirada nas canetas-tinteiros onde um cartucho de tinta
fica ligado à chamada cabeça de impressão, em alguns modelos são subs-
tituídos juntos. Essa cabeça é composta por uma série de eletrodos que
recebem sinais da placa da impressora para fazer com que microbolhas de
tinta gotejem sobre o papel. Quanto maior a precisão
desse gotejamento, mais DPI terá a impressora. A, tinta
por sua vez, deve ser quimicamente preparada para
gotejamentos especiais, por isso que os modelos mais
sofisticados de impressoras a jato de tinta costumam
ter cartuchos bem caros, alguns chegam a custar mais
que a própria impressora. Esse detalhe explica o por-
quê dos preços altos dos cartuchos de tinta, mas não
os justifica, pois existe também uma grande parcela de
ganância por trás desse fato. É muito comum hoj,e im-
Figura 2.11 – Impressora a jato de tintas pressoras a jato de tintas chegarem a até 5.400 DPI em
modo fotográfico. O uso de tintas genéricas, como são
conhecidas no Brasil, depende do conhecimento do usuário, pois alguns
genéricos são ruins demais, mas outros chegam a ser melhores que os
originais do fabricante, e bem mais baratos, mas todos os fabricantes se
recusam a dar assistência se no prazo de garantia for usada uma tinta ge-
nérica. Um cartucho de tinta raramente rende uma resma de papel impres-
so. Portanto, é importante ponderar os prós e contras dessa categoria de
impressoras, bem como seu custo-benefício.
25
26. Cera
Categoria de impressora criada para ter cor no
impresso com qualidade de laser, porém o custo ele-
vado de manutenção aliado ao surgimento da laser
colorida fizeram essa tecnologia ser esquecida. A
idéia aqui é usar uma sublimação de cera (aquela do
lápis de cera) para fazer impressão.
Laser
Este tipo de impressora é bastante popular tam- Figura 2.12 – Esquema de funcionamento da impres-
sora a cera (tinta sólida)
bém, ainda mais se a intenção é impressão mono-
cromática. Seu preço mais elevado em relação ao da jato de tintas com-
pensa-se na qualidade do impresso em preto e na duração de sua tinta,
um pó chamado toner. Uma carga de toner chega a imprimir cerca de
3.000 páginas em preto e branco. Existe a laser colorida também, que usa
um toner especial e caro. Esse tipo de impressão colorida ainda é inviável
se comparada à de jato de tintas.
O funcionamento dessa impressora acontece da se-
guinte forma: um raio laser é emitido de acordo com or-
dens da placa da impressora, atinge um cilindro recoberto
por toner que “carimba” o papel e este papel por sua vez é
submetido a cilindros aquecidos para fixar o toner. Isso
justifica o fato de uma página impressa sair quente. Como
o funcionamento da fotocopiadora é análogo ao dessa
impressora, justifica-se também aqui a temperatura de
fotocópias assim que saem da máquina. Essas impresso-
ras também contam com boa resolução, algumas acima
dos 1.200 DPI. Figura 2.13 – Impressora a laser
Considerações sobre as impressoras
Existem algumas propagandas dúbias quanto às impressoras. A
maioria dizem respeito a relação entre qualidade de impressão e velocida-
de. Impressoras a jato de tintas de 10 páginas por minuto (PPM) com
5.700 DPI, normalmente fazem as 10 PPM apenas no modo rascunho,
26
27. algo em torno de 100 DPI. Quando a qualidade dos 5.700 DPI está ativada
normalmente, esse tipo de impressora demora uns dois minutos para ter-
minar uma página.
Outro fato interessante é a recarga de toner das laser, e também das
fotocopiadoras. O toner é um pó sensível à luz, uma vez exposto ele co-
meça a aderir à superfície de contato na forma de tinta, portanto ao carre-
gar um cartucho de toner é fundamental ter cuidado com os olhos, uma
coçadinha de olho com dedos sujos de toner pode cegar o sujeito para
sempre.
Finalmente, as impressoras matriciais têm tampas e abafadores pró-
prios para reduzir a barulheira e ajudar a fazer a trajetória do papel. Tirar
as tampas desse tipo de impressora significa expor seus ouvidos (e de
quem estiver próximo) a barulhos desnecessários. A qualidade de impres-
são que já não é tão boa fica pior ainda com linhas falhadas, devido à falta
das tampas e a impressora ainda tem sua vida útil reduzida pela poeira
que entra nos circuitos e na fita de tinta.
Câmeras
As câmeras digitais são certamente um periférico bastante popular.
Seja no formato webcam para conferencias pela Internet, seja no formato
câmera fotográfica ou filmadora, seja profissional ou amadora.
O funcionamento da câmera não foge à tecnologia do tempo do fil-
me. Existe um espaço escuro dentro de cada aparelho onde a imagem
captada pelas lentes é formada. O que muda é a maneira como esta ima-
gem ficará registrada, antes em um filme plástico recoberto por uma subs-
tância química foto-sensível, agora esta imagem fica em um dispositivo
conhecido como arranjo de CCDs (Dispositivos de Carga Emparelhada).
São vários CCDs, cada um detectando e capturando um sinal de luz e cor.
Figura 2.14 – Webcam Essa luz é filtrada e montada dentro da memória interna da câmera, que
utiliza algum algoritmo de compressão de imagens para gerar um arquivo
que seja compatível com computadores e outros dispositivos digitais. O
algoritmo usado para fotos comumente é o JPEG que também é um dos
27
28. mais eficientes da atualidade para gravar fotos sem perder a qualidade e
com máxima economia de espaço em memória. Para filmagens, o formato
mais usado em gravações é o MPEG, camada 2 (gravação direta em mini-
DVD) ou camada 4 (gravação em memória).
Um exemplo prático de uso de câmera digital: imagine
uma câmera com 6 milhões de CCDs, juntos eles detectam
cores básicas e outros detalhes de imagem. Porém essa quan-
tidade de CCDs é suficiente para 1,5 milhões de pontos de
imagem (pixels), ou uma imagem 3.000 x 2.000 pontos. Na
verdade essa imagem tem 1,5 MEGAPIXEL, porém os fabri-
cantes, pelo fato de usarem 6 milhões de CCDs afirmam que Figura 2.15 – Câmera Digital
sua máquina tem 6 megapixels. Sem falar que as câmeras de
baixo custo ainda fazem a chamada interpolação por software, usando
ainda menos CCDs para captar a imagem e gerando arquivos com mais
megapixels que o que foi realmente captado.
Mais detalhes sobre pixels e interpolação por software o leitor terá ao
chegar aos estudos de computação gráfica.
MODEM
Esse periférico está cada vez mais po-
pular. Seu nome vem de MOdulador-
DEModulador de sinal, ou seja, é o aparelho
que converte o sinal digital que circula dentro
do computador em ruídos que possam ser
transmitidos pela linha telefônica. Existem
modems embutidos no computador, chama-
dos internos e existem modems que ficam
fora do computador, os externos. A essa ca-
Figura 2.16 – Softmodem e Hardmodem internos
tegoria de modem externo somam-se ainda
os novos modems DSL. O estudo mais detalhado desse importante perifé-
rico com certeza será feito nas disciplinas de redes de computadores. Po-
28
29. rém nesta disciplina, podemos afirmar que esse aparelho vale-se daquele
sinal sonoro presente no telefone, a chamada PORTADORA. O sistema
telefônico também usa essa onda para várias operações, desde discagem
até informar ao usuário que do outro lado o telefone está chamando, ou
ocupado e assim por diante. A Portadora, como toda onda sonora tem fre-
quência, amplitude e fase. Comunicações entre modems ocorrem reali-
zando modificações em uma dessas características da onda portadora.
Outro fato importante sobre mo-
dems é que existem aqueles que são
baseados em hardware e deixam a
UCP do computador mais livre para
realizar outros processamentos. Outra
opção são os mais baratos e populares
softmodems, que se constituem de uma
interface onde o cabo telefônico é co-
nectado e todo o resto dos procedimen-
tos a serem realizados pelo modem
ficam a cargo da UCP do computador.
A figura a seguir ilustra um softmodem
Figura 2.17 – Modem DSL (ADSL) com saída para rede sem fio e um modem implementado em hard-
ware.
Existe uma diferença na tecnologia DSL, da chamada “banda larga”;
é que o sinal modificado não é especificamente a Portadora do telefone e
sim, um sinal paralelo enviado pela linha telefônica em uma freqüência não
ocupada pela portadora. Isso torna possível comunicações em velocidades
superiores à linha discada tradicional, mas obriga o sistema a ter equipa-
mentos específicos para esse tipo de comunicação, desde a infra-estrutura
da operadora telefônica até a adição de um modem DSL no computador do
usuário.
29
30. 2.2 Dispositivos de Armazenamento
Neste tópico serão explorados os dispositivos de armazenamento
das diversas arquiteturas, sendo de padrão magnético como as fitas e dis-
cos, ou sendo ópticos como CDs, DVDs e Blu-rays. Geralmente as mídias
mais caras tendem a ser as mais rápidas e também as de menor capaci-
dade, exceto se forem algum lançamento, como no caso do Blu-ray.
FITAS MAGNÉTICAS
Dentre as mídias usadas para armazenamento, talvez essa seja a
mais antiga e que mais evolui, pois sempre há uma novidade envolvendo a
fita magnética, uma mídia muito popular para cópias de segurança de da-
dos, os chamados backups. Normalmente as fitas saem de fábrica ainda
virgens, ou seja, como são fitas de plástico flexível recobertas de íons de
um óxido que seja composto com ferro ou com cromo, uma vez ordenados,
estes armazenam informações tanto analógicas quanto digitais; essas fitas
saem de fábrica com os íons desordenados na forma como foram aplica-
dos no material, daí serem chamadas “virgens”. Para uso em backup uma
fita deve ser formatada, ou seja, preparada para gravações digitais. Aliás,
toda mídia magnética deve ser formatada, a diferença para discos e dis-
quetes é que estes normalmente já vêm formatados de fábrica. Toda fita
possui uma gravação especial no seu início onde fica o DIRETÓRIO e em
seguida a FAT. Para se ter uma organização dos espaços ocupados pelos
arquivos, durante a formatação, a fita fica dividida em áreas de mesmo
tamanho onde serão gravados os arquivos de forma total ou parcial, pois
um arquivo pode ocupar mais de um espaço destes. Entre os espaços de
gravação ficam áreas de separação conhecidas por GAP. Assim, uma vez
rebobinada a fita e consultado o diretório, a unidade de fita realiza o avan-
ço contando os GAPs para saber onde começa a gravação do arquivo soli-
citado.
30
31. DISCOS MAGNÉTICOS
Essa categoria conta com uma subdivisão especial, têm-se os dis-
cos fixos, conhecidos por “winchester”, ou discos rígidos porque seu ma-
terial interno normalmente é alumínio. E a outra categoria são os discos
flexíveis, os populares disquetes, são tidos como flexíveis porque são fei-
tos do mesmo material da fita magnética.
Disco Rígido
São componentes internos do computador formados por uma série
de discos empilhados sobre o mesmo eixo. Cada disco aceita gravações
em ambas as faces, normalmente são feitos em duas camadas, onde a
primeira é conhecida como substrato, normalmente alumínio, e a segunda,
de material magnético para poder receber as gravações.
Como a camada magnética é extremamente fina, deve ser recoberta
por uma finíssima camada protetora, que oferece alguma proteção contra
pequenos impactos. O braço que movimenta as cabeças que fazem leitu-
ras e escritas no disco move-se a uma distância inferior a espessura de um
fio de cabelo da superfície do disco. Este por sua vez gira muito rápido, a
caixa onde tudo está montado é fechada. Isso garante uma pequena flutu-
ação dos íons que contêm os dados gravados, portanto, as cabeças não
chegam a tocar efetivamente no disco. Os discos são montados em um
eixo também feito de alumínio, que deve ser sólido o suficiente para evitar
Interface de Dados ‐ Barramento qualquer vibração dos discos, mesmo
Disco a altas rotações. Finalmente, o motor
de rotação é responsável por manter
uma velocidade constante. Os primei-
motor eixo ros discos rígidos utilizavam motores
de 3.600 rotações por minuto, os atu-
Braço Leitura e
Gravação
ais contam com motores de 5.600 ou
7.200 RPM, alguns chegam a mais de
10.000 RPM em modelos mais caros.
A velocidade de rotação é um dos
Atuador
principais fatores que determinam o
Placa do HD
desempenho.
31
32. Enquanto o disco rígido está desligado, as cabeças de leitura ficam
numa posição de descanso, longe dos discos magnéticos. Elas só saem
dessa posição quando os discos já estão girando à velocidade máxima.
Para prevenir acidentes, as cabeças de leitura voltam à posição de des-
canso sempre que não há dados sendo acessados, apesar dos discos con-
tinuarem girando. Vibrações na mesa, faltas de energia durante acessos,
transportar o computador funcionando mesmo que por uma distância muito
pequena são fatores que contribuem para o surgimento de defeitos no dis-
co rígido, pois são situações onde as cabeças estão se movimentando
sobre o disco e podem tocá-lo provocando arranhões irreparáveis em sua
superfície.
Discos Flexíveis
Os populares disquetes funcionam de modo bem mais simples que
os discos rígidos. Pois são feitos de material flexível e não suportam altas
velocidades de rotação, daí a lentidão desse tipo de mídia. Esses discos
possuem uma baixa capacidade, algo que nunca ultrapassou a barreira
dos 2,5 MB, sendo que os mais populares ficam com apenas 1,38 MB de
capacidade.
Dica importante: Os disquetes de 1,38 MB são conhecidos como
discos de 1,44MB de capacidade, mas isso é falso. É fato que 1MB cor-
responde a 1.024KB e assim sucessivamente, porém, desde quando foi
percebido que era melhor fazer propagandas de discos de 1,44 do que de
1,38, a indústria e os marketeiros da informática tendem a fazer conver-
sões do tipo 1 para 1.000 e não 1 para 1.024, que é o correto. Por isso que
compramos computadores com, por exemplo, 120GB de disco rígido e ao
usarmos constatamos que temos pouco mais de 100GB de disco. Isso
abre precedentes para reclamações de propaganda enganosa. Depende
apenas de conscientização do usuário.
32
33. DISCOS ÓPTICOS
CD
A gravação de um CD dá-se em forma de espiral, começando do
centro para a borda. Um laser de alta potência faz pequenos sulcos na
espiral conhecidos como PITs. Os locais onde a espiral não é marcada
pelos pits são conhecidos como LANDs. Existem diversos formatos de
gravação de CDs, os mais populares são o CD de áudio, que segue o
chamado padrão RED BOOK; tem-se ainda o CD de dados padrão YEL-
LOW BOOK, que não aceita multisessão, ou seja, a gravação tem que
acontecer de uma vez só. Além desses, outros padrões são bastante po-
pulares tais como: o GREEN BOOK, que criou o CD interativo; o ORANGE
Figura 2.19 – Esquema de
gravação de um CD ou DVD BOOK, criou o cd multisessão, aquele que pode ser gravado “aos poucos”
e também passou a ser possível usar o CD regravável e finalmente o
WHITE BOOK, que tornou possível gravar VCD.
A gravação de CD-RW se dá de forma diferente, devido a proprieda-
de de ser possível apagar. Na verdade, o gravador compatível com CD-
RW usa o laser em três níveis de potência. A mais alta grava o CD, a mé-
dia retorna os PITs ao nível dos LANDs, fazendo assim o apagamento do
CD e, finalmente, o laser de baixa potência faz a leitura dos CDs.
Os CDs têm capacidade variando de 650MB a 700MB. Alguns até ul-
trapassam essa capacidade, porém seu uso é contra-indicado pelos fabri-
cantes de gravadores de CD, pois a gravação chega perigosamente à bor-
da do disco e pode haver uma refração de laser de alta potência danifican-
do algum circuito interno do gravador. Os mini-CDs também são bastante
usados quando se quer gravar até cerca de 120MB a 210MB de dados,
pois são bem pequenos (apenas 3 polegadas) e facilitam a distribuição de
arquivos até essa capacidade. Porém o uso dessa mídia está condicionado
ao fato de a gaveta do drive ter o sulco mais interno onde esse se encaixa.
33
34. DVD
Enquanto nos CDs existem somente os modelos CD-R e CD-RW,
nos DVDs existem mais padrões, ou seja, não existe um consenso de pa-
drão de DVD gravável e de DVD regravável. Nos DVDs graváveis tem-se
DVD-R e DVD+R, nos regraváveis tem-se DVD-RW, DVD+RW e DVD-
RAM. E em todos os casos tem-se também o DVD de dupla camada, que
possui o dobro da capacidade nominal dos DVDs simples equivalentes.
A mudança principal do DVD em relação ao CD é a proximidade dos
pits que é maior. Com os dados gravados em densidade maior pode-se ter
mais capacidade com o mesmo diâmetro de disco (em torno de 5 polega-
das). Enquanto a capacidade de um CD está em torno de 700MB, os
DVDs variam de 4,3GB até 17GB dependendo da tecnologia empregada
na confecção da mídia. Também estão disponíveis os mini-DVDs. Com
capacidade em torno de 1,2GB, são o formato preferido pelas câmeras
filmadoras que usam DVD como mídia de gravação. Porém seu uso tam-
bém está condicionado à existência do sulco interno na gaveta do aparelho
reprodutor ou do drive.
Uma novidade do DVD em relação ao CD é o surgimento da tecnolo-
gia de dupla camada, onde a espiral é criada do centro para a borda e, ao
chegar à borda, o processo de leitura ou gravação retorna em espiral rumo
ao centro. Isso faz com que a capacidade do DVD torne-se o dobro da
inicial. Internamente, existem duas camadas da substância que recebe a
gravação em níveis diferentes. Daí a nomenclatura da tecnologia. Na mu-
dança de camada o drive ou o leitor de DVD faz uma pequena pausa, pois
se faz necessária uma mudança no sentido de rotação do disco.
Por ter tanta capacidade a mais, essa mídia tornou-se a preferida pa-
ra a distribuição de filmes para o mercado doméstico, isso aliado ao ganho
de qualidade de imagem e som em relação às fitas de VHS. Logo, a nova
mídia tornou-se padrão do mercado e fonte de muitas dores de cabeça
para os produtores de cinema e televisão.
Blu-ray
34
35. Os fabricantes conseguiram uma densidade de gravação ainda maior
nessa nova mídia que funciona com um laser de cor azul (daí o nome de
blu-ray). A capacidade de armazenamento subiu para algo entre 25GB e
50GB. Além de um enorme espaço para backup, essa mídia torna possível
a gravação de filmes com ainda mais realismo em relação ao DVD. Portan-
to, essa mídia tende a ser um substituto natural do DVD para os próximos
anos.
EXERCÍCIOS
1. Explique o funcionamento dos teclados.
2. Como são implementadas as tabelas de caracteres e como
são adaptadas para cada país?
3. Como funcionam os mice (plural de mouse)?
4. Explique o funcionamento do subsistema de vídeo do com-
putador, incluindo o monitor tipo CRT e LCD.
5. Como funcionam os mais diversos scanners?
6. Explique o funcionamento de cada um dos tipos de impres-
soras.
7. Como funcionam as câmeras digitais?
8. Explique a operação dos modems.
9. Mostre as principais diferenças entre os discos ópticos e
magnéticos.
10. Diferencie CD, DVD e Blu-ray.
WEB BIBLIOGRAFIA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_Blu-ray
http://informatica.hsw.uol.com.br/perifericos-canal.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Periféricos_de_computador
http://www.laercio.com.br/
http://www.infowester.com/
35
38. 3.1 Introdução
Para um bom entendimento deste capítulo é fundamental que seus
conhecimentos de Circuitos Digitais estejam bem vivos na memória.
As memórias serão abordadas, para tanto, é interessante lembrar –
se de portas lógicas, seus funcionamentos, bem como os flip-flops e lat-
ches.
3.2 Memória ROM
Esse tipo de memória está presente em todos os computadores mo-
dernos e em grande parte de outros dispositivos eletrônicos presentes em
casas e escritórios de hoje em dia.
É uma memória que não se perde quando a
energia é cortada, ou seja, é uma memória não-
volátil. Contém programas de ajustes ou de inicia-
lização de algum circuito. Por exemplo, a memória
ROM dos computadores possui um programa
chamado BIOS (Sistema de Inicialização de En-
tradas e Saídas). Esse programa é ativado assim
que o computador é ligado, durante um processo
conhecido como BOOT (Operações Iniciais de
Testes). Serve para verificar o funcionamento bá- Figura 3.1 – Memória ROM em Placa-mãe
sico dos principais componentes do sistema tais como: CPU, memória
RAM, Subsistema de Vídeo, Teclado e Discos rígidos.
A memória ROM clássica não pode ser alterada ou apagada. Mas e-
xistem algumas variações desse tipo de memória que podem ser altera-
38
39. das, isso vai depender do tipo de Circuito Integrado usado na fabricação
desta ROM. Dessa forma, existem as classificações de ROM:
• PROM ROM programável. Este chip vem de fábrica sem nenhuma
gravação. Através de um periférico especial chamado “gravador de
PROM”, podemos gravar um software nele e então transformá-lo em
ROM, já que neste circuito o processo de apagamento não é permitido.
• EPROM ROM apagável e programável. Esse tipo de memória ROM
pode ser gravada como a anterior, porém se for necessário, existe uma
pequena janela de acrílico coberta por uma etiqueta metálica, que pode
ser removida e na janela ser incidida luz ultravioleta. Isso provoca o a-
pagamento da EPROM, tornando-a novamente pronta para ser gravada.
• EEPROM ROM apagável e programável eletronicamente. Esse tipo
de ROM pode ser atualizado por software. É o tipo mais prático e tam-
bém o mais perigoso, pois a praticidade de atualização pelo sistema
http://ww operacional também implica risco de gravação de vírus e outros pro-
w.guiadohardware.net/
gramas intrusos que possam estar no computador que acessa esse tipo
tutoriais/memo-ria-
flash/ de memória.
3.3 Memória Flashmdsb
A memória Flash permite armazenar dados por longos períodos, sem
precisar de alimentação elétrica. Graças a isso, a memória Flash tornou-se
rapidamente a mídia dominante em cartões de memória, pendrives, HDs
de estado sólido (SSDs), memória de armazenamento em em portas NOR
ou NAND. O primeiro tipo está sendo pesquisado desde 1988 e é uma
mídia de leitura rápida e gravação lenta. Essa primeira tecnologia não foi
muito popularizada e, portanto, é mais cara que a NAND.
Os aparelhos digitais como câmeras e celulares foram ficando cada
vez mais populares e isso provocou também uma grande busca por novi-
dades na produção desse tipo de memória. A densidade de gravação tor-
nou-se cada vez maior e isso levou a fabricação de cartões de memória
como os de hoje, com vários gigabytes de capacidade.
39
40. Alguns tipos de cartões de memória:
1 – Compact Flash
Esse tipo de memória usa um barramento muito parecido com os
discos rígidos IDE. Em algumas arquiteturas esse cartão chega a substituir
o disco rígido devido à similaridade do barramento. Esse é o caso de al-
guns tipos de urnas eletrônicas usadas no Brasil.
Figura 3.2 – Memória Compact
Flash
2 – Smart Media
Esse tipo de cartão representa um marco nesta indústria, pois inau-
gura o formato de cartão de memória usado hoje, em forma de cartão
de crédito e sem precisar de interfaces especiais. O próprio leitor de
cartões poderia ser plugado em uma entrada USB ou equivalente e os
dados seriam acessados sem problema. Esse padrão foi criado pela
Figura 3.3 – Cartão
Toshiba. Porém o tamanho aproximado de um cartão de crédito era
Smart Media
muito grande para os planos dos fabricantes de eletrônicos e bens de
consumo. Isso levou ao surgimento de padrões como MMC, SD, xD e
outros.
3 – xD
Esse cartão é um formato proprietário usado pela FUJI e
OLYMPUS. Possui tamanho muito reduzido e grande capacidade
de armazenamento. Seu principal problema é na lentidão no a-
cesso aos dados tanto para leitura, quanto para gravação. Re-
centemente foram feitas melhorias no projeto desse tipo de car-
tão, onde os tipo M possuem maior capacidade de armazena- Figura 3.4 – Cartões xD Fuji e Olympus
mento e os tipo H possuem maior velocidade de acesso aos da-
dos.
4 – MMC e SD
Os cartões desses dois padrões são muito semelhantes, seus princi-
pais diferenciais são a espessura do cartão e a presença de dois contatos
40
41. elétricos extras no SD. São padrões muito populares, sua
especificação é vendida a uma taxa acessível o que torna
possível serem fabricados por uma ampla gama de indústrias
e cada vez mais pesquisados em termos de melhorias. A
capacidade desse tipo de memória costuma ser bem elevada
e a velocidade de acesso agrada bastante a seus usuários. É
um padrão de mídia bastante adotado por fabricantes de
câmeras, pen-drives de chip, e outros periféricos.
Figura 3.5 – Cartão microSD com adaptadores para
miniSD e SD
Duas variações desses cartões são bastante populares
entre os dispositivos de tamanho menor: mini-SD e micro-SD. Esses car-
tões são bastante reduzidos e contam com as mesmas características e
funcionalidades dos cartões SD em tamanho natural. A maioria dos fabri-
cantes desse tipo de cartão fornece-o junto com estes adaptadores para
que os minis e micros possam ser usados como cartões SD comuns.
5 Memory stick
Os cartões de memória Memory Stick, suas versões e mi-
niaturizações foram lançados para competir com o padrão SD e
MMC, porém encontraram no mercado apenas o fabricante
Sony como seu grande usuário em nível de projetos. Então os
cartões dessa categoria estão, no momento, restritos aos pro-
dutos Sony e tendem a ser descontinuados, caso este fabrican-
te decida adotar outro padrão de mídia para seus produtos.
Figura 3.6 – Cartões Memory Stick de diversos fabri-
cantes
3.4 Memória RAM
Essa é a memória considerada principal em qualquer sistema de
computação. De tão importante, chega a tornar algumas arquiteturas in-
compatíveis entre si. Devido à forma de organização de memória, alguns
41
42. computadores lêem o byte a partir do bit de mais alta ordem, outros lêem a
partir do bit de mais baixa ordem. Isso significa, na prática, como se um
sistema lesse o byte da esquerda para a direita e o outro pelo caminho
inverso, o que torna claro que esses dois tipos de sistemas não conse-
guem se entender. http://www.im
e.usp.br/~weslley/me
moria.htm
A memória RAM do computador também é conhecida como RAM Di-
nâmica, pois seu funcionamento é baseado em flip-flops, que como já co-
nhecemos, precisam de realimentação constante. Essa necessidade desse
tipo de circuito dá a característica dinâmica desse tipo de memória. Nos
sistemas atuais também é comum haver uma via de acesso privativa entre
a UCP e a RAM, conhecida como barramento de memória ou barramento
local. Os barramentos serão estudados mais adiante neste material.
A RAM é volátil,ou seja, seu conteúdo é guardado enquanto o com-
putador está alimentado, ao desligar a corrente elétrica o que está na RAM
é automaticamente apagado.
3.4.1 organização da memória
Para organizar melhor os bits, as memórias são estruturadas e divi-
didas em conjuntos ordenados de bits, denominados células, cada uma
podendo armazenar uma parte da informação. Se uma célula consiste em
k bits ela pode conter uma em 2k diferente combinação de bits, sendo que
todas as células possuem a mesma quantidade de bits.
Cada célula está associada a um número que é seu endereço. Só
assim torna-se possível a busca na memória exatamente do que se estiver
querendo a cada momento (acesso aleatório). Sendo assim, célula pode
ser definida como a menor parte de memória endereçável.
Se uma memória tem n células o sistema de endereçamento numera
as células sequencialmente a partir de zero até n-1, sendo que esses en-
42
43. dereços são fixos e representados por números binários. A quantidade de
bits em um endereço está relacionado à máxima quantidade de células
endereçáveis. Por exemplo, se um endereço possui m bits o número má-
ximo de células diretamente endereçáveis é 2m.
A maioria dos fabricantes de computador padronizaram o tamanho
da célula em 8 bits (1 Byte). Bytes são agrupados em palavras, ou seja, a
um grupo de bytes (2,4,6,8 Bytes) é associado um endereço particular. O
significado de uma palavra é que a maioria das instruções operam em pa-
lavras inteiras.
Algumas arquiteturas como os PCs organizam as células de memória
em segmentos e offsets. Esse padrão ajuda a ter maiores possibilidades
de instalação e uso de mais espaço de memória.
3.4.2 funcionamento da memória principal
Duas operações básicas são permitidas no uso da memória: escrita e
leitura.
Em se tratando de Memória Principal (MP), essas opera-
ções são realizadas pela UCP operando nas células, não sendo
possível trabalhar com parte dela.
A leitura não é uma operação que consiste em copiar a in-
formação contida em uma célula da MP para a UCP, através de
um comando desta.
A escrita é uma operação destrutiva, por que toda vez que
se grava uma informação em uma célula da MP, o seu conteúdo
Figura 3.7 – Evolução dos pentes de memória
anterior é eliminado.
RAM dos PCs
3.4.3 classificação das memórias atuais
Os PCs contam com muitas opções de padrão de memória RAM, is-
so se deve ao fato de sempre se buscar uma memória de maior capacida-
43
44. de, mais velocidade de acesso e menor tempo de realimentação (refresh).
Esse tempo de realimentação é normalmente medido em nanossegundos
ou 10-9 do segundo. A linha evolutiva passa pelas memórias de 80ns, se-
guidas pelas fast-page de 70ns, memórias EDO de 60ns muito comuns na
época do lançamento do Pentium. Hoje já se trabalha com tempos abaixo
da casa dos 12ns nas atuais DDR e DDR-2 (DDR significa Double Data
Rate, ou seja, memórias com o dobro da vazão de dados das suas ante-
cessoras).
3.5 Detecção e Correção de Erros
Em se tratando de relevância, todo cuidado é pouco com a preserva-
ção da informação armazenada. Uma simples transferência do conteúdo
de uma célula de memória da RAM para a UCP pode resultar em deturpa-
ção dos valores dos bits e uma consequente adulteração da informação
armazenada. Essa preocupação é bastante presente nas cabeças dos
Cientistas da Computação no mundo todo há muito tempo. Uma das des-
cobertas mais respeitáveis nessa área aconteceu com HAMMING na dé-
cada de 50 do século passado.
Visita obrigatória para entender o código de Hamming:
http://www.di.ubi.pt/cursos/mestrados/mei/disciplinas/5052/fichs/Extra_Topico6.pdf
http://foobox.org/files/uevora/TI/ti‐slides‐10.pdf
A idéia é inserir bits extras no byte de informação. Estes bits extras
são obtidos a partir de XOR entre alguns bits que compõem o byte original.
Quanto mais bits são inseridos na palavra original, maior será a chamada
distância de Hamming. Quanto maior for a distância de Hamming, mais
fácil será detectar que determinado bit foi trocado, ou melhor ainda, será
possível reverter essa troca e assim corrigir o bit errado sem haver neces-
sidade de retransmissão da palavra. CACHE – lê‐se quesh ou
ainda cachê como na
Aos sistemas que implementam o código de Hamming dá-se o nome língua francesa.
de sistemas com paridade. Isso explica por que as memórias com paridade
são mais caras que as memórias sem paridade. Sendo assim, na próxima
44
45. expansão de memória de computador, considere a possibilidade de adqui-
rir memórias com paridade e trabalhar mais tranqüilo.
3.6 Memória CACHE
Esse tipo de memória é conhecida como estática, pois não depende
de flip-flops e nem tem refresh. São memórias fabricadas com capacitores,
sua composição é mais cara que a RAM, porém como não tem realimenta-
ção, os dados estão sempre disponíveis, a UCP nunca espera para aces-
sar um dado nesse tipo de memória. Devido a sua composição ser mais
http://www.
clubedohardwre.com cara, esta categoria de memória não substitui a RAM dinâmica, mas é
.br/artigos/1410/1 possível usar um pouco dessa memória para agilizar o trabalho da UCP
com os acessos a RAM.
Como a CACHE é vantajosa em termos de velocidade de acesso, um
pouco dela é inserido no sistema, seja na placa-mãe e, em alguns casos,
até mesmo dentro da pastilha do microprocessador. Existem dois níveis de
cache dentro de um computador. O nível L1 fica dentro do processador e
encarrega-se de agilizar a execução do microcódigo, que é um programa
que fica executando dentro da UCP, fazendo-a reconhecer as instruções
dos programas que usamos. O outro nível de cache é conhecido por L2.
Pode vir dentro da pastilha do microprocessador e ser complementado por
mais alguns circuitos integrados da placa-mãe. A função deste tipo de ca-
che é tornar mais rápido o resgate e a gravação de informações de pro-
gramas do usuário na memória RAM.
Mas não se pode inserir memória cache em quantidade aleatória pa-
ra ganhar desempenho. Existe um limite prático para cada arquitetura. Ho-
je tem-se 1 ou 2 gigabytes de RAM e usa-se normalmente 1 megabyte de
cache. Estudos mostram que não adianta fazer a cache tão grande, pois o
ganho de desempenho torna-se imperceptível com o aumento desse tipo
de memória. No padrão atual, estima-se que mais que 1MB de cache seria
desperdício de dinheiro e de memória.
45
46. Figura 3.8 – Organização de RAM e cachê
Como fazer para que vários megabytes ou mesmo gigabytes de me-
mória caibam em apenas 1MB de cache?
3.6.1 Mapeamentos de RAM em Cachê
Os algoritmos de mapeamentos de memória RAM em CACHE são
basicamente três: direto, associativo e associativo por conjunto. Todos são
propostas de como fazer vários MB de RAM caberem em no máximo um
MB de cache.
MAPEAMENTO DIRETO
Uma determinada linha da memória principal é sempre mapeada em
determinada linha de cache obedecendo a uma fórmula. Isso tem como
grande desvantagem o fato de um programa poder usar duas variáveis
46
47. armazenadas em endereços de RAM que mapeiem coincidentemente no
mesmo local de cache. Nesse caso, a memória cache vai tender a atrapa-
lhar o desempenho do sistema em vez de ajudar, tendo em vista que a
cada troca de variável exista também uma troca de dados na cache.
Fórmula de mapeamento
i = j modulo m
onde:
i = linha de cache
j = número do bloco da memória principal
m = número de linhas na cache
MAPEAMENTO ASSOCIATIVO
Nessa técnica, os blocos da memória principal podem ser carregados
dentro de qualquer linha de cache. E para cada linha de memória principal,
fica associado seu endereço de origem conhecido como TAG.
Teoricamente, cada dado vindo da RAM fica “estacionado” na primei-
ra vaga que estiver livre e será removido algum dado da cache somente
quando esta estiver lotada.
Essa técnica tem como principal desvantagem o fato de armazenar
dados na cache sem uma lógica de ocupação, o que leva a UCP a pesqui-
sar a localização de cada dado requerido na cache antes de mandá-lo vir
da RAM.
MAPEAMENTO ASSOCIATIVO POR CONJUNTO
Essa técnica une o que há de melhor nas duas anteriores. Existe
uma função de mapeamento tal qual no caso do mapeamento direto e a
cache é organizada de forma multidimensional, o que gera diversas “va-
gas” no mesmo endereço de mapeamento.
Isso ajuda na hora de armazenar os dados de maneira organizada e
também na hora de buscar esses dados.
47
48. Equação de mapeamento
m= v*k
i = j modulo v
onde:
v = conjuntos da cache
k = número de linha de cada conjunto
i = número do conjunto da cache
j = número do bloco da memória principal
m = número de linhas na cache
3.6.2 Políticas de Substituição
Quando a cache está cheia e precisa ter seus dados substituídos
uma atitude deve ser tomada: escolher quem sai da cache e quem perma-
nece. Nesse momento faz-se necessário usar um dos métodos de substitu-
ição de páginas da cache:
Random
A substituição é feita sem critério de seleção definido. Os blocos são
escolhidos aleatoriamente. Isso pode levar a sérios problemas de desem-
penho, pois a vítima escolhida pode ser aquele dado crucial para o funcio-
namento do programa.
LRU (Least Recently Used)
Menor taxa de faltas - substitui aquele bloco que tem estado na ca-
che por mais tempo sem ser usado pelo programa.
48
49. FIFO(First in First out)
Substitui aquele bloco no conjunto que tem estado na cache por mais
tempo. É o critério de fila estudado em Estruturas de Dados. Porém esse
método pode não ser o mais justo, tendo em vista que o dado pode estar
há muito tempo na cache e ser também aquele mais acessado pelo pro-
grama.
LFU(Least Frequently Used)
Substitui aquele bloco dentro do conjunto que tem sido menos refe-
renciado na cache. LFU pode ser implementado associando-se um conta-
dor a cada slot da cache. Além de ser um dos métodos mais justos de
substituição, juntamente com o LRU.
3.6.3 Como a cache trata as escritas
Quando a UCP busca um dado na cache e altera-o uma atitude deve
ser tomada para garantir que este dado novo seja escrito em RAM, mas
escrever na RAM pode degradar o desempenho do sistema. Portanto os
sistemas deixam duas opções de configuração de escrita de cache. Nor-
malmente essas opções estão disponíveis no programa da BIOS de seu
PC, conhecido como SETUP. Eis as opções com os respectivos efeitos:
Write through - Essa
técnica faz com que toda
operação de escrita na me-
mória principal seja feita
também na cache, assegu-
rando que os dados na me-
mória principal são sempre
válidos. A principal desvan-
tagem desse método é o
acréscimo no tráfego de
memória que pode gerar
engarrafamento, além de degradar o desempenho geral do sistema.
Write back - Essa técnica reduz escrita na memória. Atualizações
ocorrem apenas na cache. Quando uma atualização ocorre, um bit UPDA-
49
Figura 3.9 Hierarquia de memórias
50. TE associado com o slot de memória é ligado. Quando um bloco é substi-
tuído, e este bit está ligado, o conteúdo da cache é gravado de volta na
memória principal. O problema é que com a escrita de volta (“write back”)
na memória principal, parte da memória principal continuará desatualizada
até que haja uma nova atualização da cache. Isso pode complicar opera-
ções de entrada e saída que sejam feitas diretamente na RAM, conhecidas
como operações de DMA (Acesso Direto a Memória).
3.7 Hierarquia de Memórias
A figura a seguir representa um resumo de todas as memórias do
computador com suas principais características que possam gerar compa-
rações. Veja que os registradores presentes dentro do microprocessador
são as menores e mais rápidas memórias, porém são as mais caras. Na
outra ponta do gráfico estão as memórias de armazenamento em massa
como fitas, discos e outras mídias de armazenamento secundário.
EXERCÍCIOS
1. Pesquise na Internet sobre cálculo do tamanho da memória a
partir de suas células e suas características e responda o que
se pede: Considere que uma memória tem um espaço de en-
dereçamento máximo de 4K e cada célula de memória pode
armazenar 8 bits. Determine:
a) Qual é o valor total de bits que podem ser armazenado nes-
sa memória?
b) Qual é o tamanho de cada endereço?
2. Qual é a diferença construtiva entre uma Memória DRAM e
SRAM? Qual é a mais rápida para acesso? Descreva por que
em uma Memória Principal a quantidade de Memórias DRAM é
bem maior que as SRAM?
50
51. 3. Um pente de memória RAM tem a capacidade de 128Mbytes.
Cada Célula de Memória armazena 2 Bytes. Pergunta-se:
a) Qual será o tamanho do endereço do sistema do computa-
dor?
b) Qual é o total de células disponíveis para uso nessa memó-
ria?
4. Como operam os sistemas que usam código de Hamming para
detectar e corrigir erros de transmissão?
5. Diferencie as principais formas de memória Flash existentes no
mercado.
6. Os cartões de memória SD e MMC são idênticos? Justifique
sua resposta.
7. Classifique os principais tipos de memória ROM.
8. Conceitue memória CACHE e fale de sua atuação no desem-
penho do computador.
9. Explique os diferentes algoritmos de substituição de páginas de
cache.
10. Diferencie cache write-trough e write-back.
WEB-BIBLIOGRAFIA
http://www.ime.usp.br/~weslley/memoria.htm
http://www.guiadohardware.net/tutoriais/memoria-flash/
http://wnews.uol.com.br/site/noticias/materia_especial.php?id_secao
=17&id_conteudo=227
http://www.di.ubi.pt/cursos/mestrados/mei/disciplinas/5052/fichs/Extra
_Topico6.pdf
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55. 4.1 Barramentos – Conceitos Gerais
Os barramentos,conhecidos como BUS em inglês, são conjuntos de
fios que normalmente estão presentes em todas as placas do computador.
Na verdade existe barramento em todas as placas de produtos eletrônicos,
porém em outros aparelhos os técnicos referem-se aos barramentos
simplesmente como o “impresso da placa”.
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem a
comunicação entre todos os dispositivos do computador: UCP, memória,
dispositivos de entrada e saída e outros. Os sinais típicos encontrados no
barramento são: dados, clock, endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade de serem
levados às mais diversas porções do computador.
Os endereços estão presentes para indicar a localização para onde
os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como síncronos, pois os
dispositivos são obrigados a seguir uma sincronia de tempo para se
comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos envolvidos na
transmissão do barramento se a operação em curso é de escrita, leitura,
reset ou outra qualquer. Alguns sinais de controle são bastante comuns:
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