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TELEVISÃO BRASILEIRA
VERGONHA NACIONAL
          Parte 1 –
Vitrine de um mundo doente
Recentemente, o Centro
                    Cultural Banco do Brasil
                   (CCBB) promoveu um ciclo
                     de encontros onde foram
                    debatidos temas relativos
                        à Arte e à Cultura.

Por várias noites, a cada encontro do ciclo,
       um profissional de destaque
  em sua área de atuação foi convidado
           para debater o tema.
Cineastas, escritores,
 diretores de teatro,
  músicos, artistas
  plásticos e outros
     profissionais
 destacados em suas
   áreas de atuação
abordaram os desafios
  para se promover
 a Arte e a Cultura
       no país.
Num dos encontros,
   o convidado foi um
roteirista da Rede Globo,
com trabalhos realizados
   numa vasta lista de
  produções televisivas.

  Diante da plateia reduzida que em geral prestigia
      tais eventos, ele, sentindo-se à vontade,
       falou sem rodeios sobre os bastidores
               da TV aberta no país.
Iniciou sua fala
    afirmando estar
surpreso com o convite
   feito a alguém do
 meio televisivo para
      um encontro
  que visava debater
    Arte e Cultura.
Num instante de
 franca sinceridade,
   acrescentou que
    sempre que a
  cúpula televisiva
      – diretores e
roteiristas do primeiro
       escalão –
 está para iniciar suas reuniões de trabalho na
  emissora, a seguinte frase é pronunciada:...
“Está na hora
 de emburrar!
 Está na hora
  de tornar os
outros burros!”
Como podemos
      almejar ser
  uma nação justa,
   livre e soberana,
    quando a mais
     influente rede
  televisiva do país
    adota por meta
assumida emburrecer
   o telespectador?
Quando emissoras
 de TV, movidas por
uma desleal ganância,
  propagam a burrice
   e manipulam as
massas impunemente,
       algo está
   miseravelmente
   errado na nossa
      sociedade.
Num Brasil tão carente
  de Educação, Arte,
 Cultura e Cidadania,
   o que é que motiva
 uma medíocre cúpula
televisiva a pautar suas
  agendas de trabalho
     com a manifesta
intenção de disseminar
     a burrice entre
      a população?
A única função da TV
  aberta no Brasil é
adaptar o telespectador
   às exigências da
sociedade de consumo
      e produção.

   E pessoas burras
  são mais facilmente
    seduzidas pela
 ininterrupta torrente
      publicitária.
Anúncios que prometem
      a “felicidade”,
– a hipervalorização do ter
  em detrimento do ser.
      “Normalizar”,
 adaptar o comportamento
   das massas às regras
       que norteiam
   uma sociedade doente:
“Compre, para ser alguém,
  Compre, para ser feliz!”
Quanto mais burro
   o telespectador, mais
facilmente é seduzido pelo
    clamor consumista,
      pela fala mansa
      do anunciante,
   pelas artimanhas do
  mercado publicitário.
E diante das necessidades fictícias de
   consumo alardeadas pela TV,
              com sua lógica pautada
                  unicamente pela
                realização do lucro,
              vidas vão se resumindo
                 a carro, celular,
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                 cerveja, e outras
                    futilidades.
E é justamente no
 horário dito nobre
 e na programação
     dominical,
quando a audiência
       é maior,
que a mediocridade
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    manipulação
  atingem o ápice.
A impiedosa
 disseminação
 da futilidade,
   a perversa
  exploração
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  o horário dito nobre?
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                            representa um golpe
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                              É anti-cidadania,
                                deslealdade,
                               anti-civilidade.
Antes que seja
  demasiado tarde,
é tempo de se buscar
outras saídas, outros
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Parte 2 –

Outros caminhos possíveis.

O Futuro que almejamos,
 a Nação com que tanto
      sonhamos.
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     O Futuro que almejamos,
      a Nação com que tanto
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 Devemos encarar estes tempos desleais,
  que nos coube viver, como um desafio
que precisa ser resolvido, sanado, superado.
O ponto mais escuro da noite
é também o prenúncio do alvorecer que se inicia.
Nós brasileiros somos muito mais do que
 a nossa atual classe política, imersa em
corrupção, e esta medíocre corja televisiva.
O que significa ser brasileiro?
O que significa participar do mundo, estar
aberto para a beleza e os encantos da vida?
De um lado, o velho mundo que agoniza
      e desmorona a olhos vistos;
 Do outro, um novo mundo por nascer.
E neste momento decisivo de embate
    entre a dignidade e a mediocridade,
cada um deve escolher o lado que irá ocupar.
A nobre luta por um novo mundo, onde
a Educação, a Arte, a Cultura e a Cidadania
 venham a ocupar, enfim, um lugar central.
Um país tão rico e belo como o nosso merece
   certamente um presente mais digno,
e tem um destino mais elevado a cumprir.
Lúcio Costa, nosso eterno
  arquiteto e urbanista,
testemunhou sua imensa,
  atuante e definitiva fé
     no Brasil com as
   seguintes palavras:...
“Um país precursor,
acho que vai ser, dará o seu
   recado no tempo certo,
  porque não tem vocação
   para a mediocridade.”
Brasil – um país precursor,
com vocação para a grandeza, a dignidade.
Coragem e integridade,
para enfrentar os desafios
  dos tempos presentes.
Sabedoria, para
 iluminar os nossos passos
e guiar a nossa caminhada.
Que possamos contribuir
com nossa parcela, mesmo que
 aparentemente pequena, para
a construção de um novo país.
“Não se enganem,
  uma gotinha no oceano
faz, sim, muita diferença.”
                     Zilda Arns
“Nada resiste
   ao bem
 e ao amor.”
          Leonardo Boff
Formatação:
compaixao_cidadania@hotmail.com
   Um espaço para refletirmos
   acerca de temas essenciais.
Compartilhe esta mensagem
   com outros amigos, e principalmente
 com professores e educadores, – pois deles
  depende em grande parte o construir de
uma nação mais humana, livre e soberana.
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  • 1. TELEVISÃO BRASILEIRA VERGONHA NACIONAL Parte 1 – Vitrine de um mundo doente
  • 2. Recentemente, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) promoveu um ciclo de encontros onde foram debatidos temas relativos à Arte e à Cultura. Por várias noites, a cada encontro do ciclo, um profissional de destaque em sua área de atuação foi convidado para debater o tema.
  • 3. Cineastas, escritores, diretores de teatro, músicos, artistas plásticos e outros profissionais destacados em suas áreas de atuação abordaram os desafios para se promover a Arte e a Cultura no país.
  • 4. Num dos encontros, o convidado foi um roteirista da Rede Globo, com trabalhos realizados numa vasta lista de produções televisivas. Diante da plateia reduzida que em geral prestigia tais eventos, ele, sentindo-se à vontade, falou sem rodeios sobre os bastidores da TV aberta no país.
  • 5. Iniciou sua fala afirmando estar surpreso com o convite feito a alguém do meio televisivo para um encontro que visava debater Arte e Cultura.
  • 6. Num instante de franca sinceridade, acrescentou que sempre que a cúpula televisiva – diretores e roteiristas do primeiro escalão – está para iniciar suas reuniões de trabalho na emissora, a seguinte frase é pronunciada:...
  • 7. “Está na hora de emburrar! Está na hora de tornar os outros burros!”
  • 8. Como podemos almejar ser uma nação justa, livre e soberana, quando a mais influente rede televisiva do país adota por meta assumida emburrecer o telespectador?
  • 9. Quando emissoras de TV, movidas por uma desleal ganância, propagam a burrice e manipulam as massas impunemente, algo está miseravelmente errado na nossa sociedade.
  • 10. Num Brasil tão carente de Educação, Arte, Cultura e Cidadania, o que é que motiva uma medíocre cúpula televisiva a pautar suas agendas de trabalho com a manifesta intenção de disseminar a burrice entre a população?
  • 11. A única função da TV aberta no Brasil é adaptar o telespectador às exigências da sociedade de consumo e produção. E pessoas burras são mais facilmente seduzidas pela ininterrupta torrente publicitária.
  • 12. Anúncios que prometem a “felicidade”, – a hipervalorização do ter em detrimento do ser. “Normalizar”, adaptar o comportamento das massas às regras que norteiam uma sociedade doente: “Compre, para ser alguém, Compre, para ser feliz!”
  • 13. Quanto mais burro o telespectador, mais facilmente é seduzido pelo clamor consumista, pela fala mansa do anunciante, pelas artimanhas do mercado publicitário.
  • 14.
  • 15. E diante das necessidades fictícias de consumo alardeadas pela TV, com sua lógica pautada unicamente pela realização do lucro, vidas vão se resumindo a carro, celular, produtos capilares, reality shows, novelas, cerveja, e outras futilidades.
  • 16.
  • 17. E é justamente no horário dito nobre e na programação dominical, quando a audiência é maior, que a mediocridade e a descarada manipulação atingem o ápice.
  • 18. A impiedosa disseminação da futilidade, a perversa exploração da sexualidade.
  • 19.
  • 20. Como foi que permitimos que tamanha miséria existencial dominasse o horário dito nobre?
  • 21. Promover a burrice e a futilidade como as emissoras de TV aberta vêm fazendo impunemente representa um golpe quase mortal na cultura. É anti-cidadania, deslealdade, anti-civilidade.
  • 22. Antes que seja demasiado tarde, é tempo de se buscar outras saídas, outros rumos possíveis.
  • 23. Parte 2 – Outros caminhos possíveis. O Futuro que almejamos, a Nação com que tanto sonhamos.
  • 24. Parte 2 – Outros caminhos possíveis. O Futuro que almejamos, a Nação com que tanto sonhamos. Devemos encarar estes tempos desleais, que nos coube viver, como um desafio que precisa ser resolvido, sanado, superado.
  • 25. O ponto mais escuro da noite é também o prenúncio do alvorecer que se inicia.
  • 26. Nós brasileiros somos muito mais do que a nossa atual classe política, imersa em corrupção, e esta medíocre corja televisiva.
  • 27. O que significa ser brasileiro? O que significa participar do mundo, estar aberto para a beleza e os encantos da vida?
  • 28. De um lado, o velho mundo que agoniza e desmorona a olhos vistos; Do outro, um novo mundo por nascer.
  • 29. E neste momento decisivo de embate entre a dignidade e a mediocridade, cada um deve escolher o lado que irá ocupar.
  • 30. A nobre luta por um novo mundo, onde a Educação, a Arte, a Cultura e a Cidadania venham a ocupar, enfim, um lugar central.
  • 31. Um país tão rico e belo como o nosso merece certamente um presente mais digno, e tem um destino mais elevado a cumprir.
  • 32. Lúcio Costa, nosso eterno arquiteto e urbanista, testemunhou sua imensa, atuante e definitiva fé no Brasil com as seguintes palavras:...
  • 33. “Um país precursor, acho que vai ser, dará o seu recado no tempo certo, porque não tem vocação para a mediocridade.”
  • 34. Brasil – um país precursor, com vocação para a grandeza, a dignidade.
  • 35. Coragem e integridade, para enfrentar os desafios dos tempos presentes.
  • 36. Sabedoria, para iluminar os nossos passos e guiar a nossa caminhada.
  • 37. Que possamos contribuir com nossa parcela, mesmo que aparentemente pequena, para a construção de um novo país.
  • 38. “Não se enganem, uma gotinha no oceano faz, sim, muita diferença.” Zilda Arns
  • 39. “Nada resiste ao bem e ao amor.” Leonardo Boff
  • 40. Formatação: compaixao_cidadania@hotmail.com Um espaço para refletirmos acerca de temas essenciais.
  • 41. Compartilhe esta mensagem com outros amigos, e principalmente com professores e educadores, – pois deles depende em grande parte o construir de uma nação mais humana, livre e soberana.