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Eficácia anti-helmíntica e desenvolvimento ponderal de bovinos medicados com a associação
                                           ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*


Thaís Rabelo dos Santos, Welber Daniel Zanetti Lopes, Claudio Alessandro Massamitsu Sakamoto,
Marcos Valério Garcia, Helenara Machado da Silva, Carolina Buzzulini, Gilson Pereira de Oliveira,
                                                             Alvimar José da Costa


Resumo


Foram realizados dois experimentos (eficácia anti-helmíntica e desenvolvimento ponderal) com a
formulação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* em bovinos. Para avaliação anti-
helmíntica foram selecionados 12 bezerros machos, mestiços (zebuíno x tauríno), de oito a 12
meses de idade, naturalmente infectados por nematódeos gastrintestinais. Baseando-se nas médias
das contagens de OPG de três dias consecutivos (dias -3, -2 e -1), os 12 bovinos foram
randomizados em dois grupos de seis animais cada, sendo um medicado com a associação* e outro
mantido como controle. No 14º DPT, os 12 bovinos foram eutanasiados e necropsiados. A
associação* alcançou eficácia superior à 97% contra Haemonchus placei, Cooperia punctata,
Trichostrongylus axei e Oesophagostomum radiatum. Outras duas espécies de helmintos foram
diagnosticadas (Trichuris discolor e Cooperia pectinata), porém, o baixo parasitismo do grupo
controle, interferiu na análise estatística. Para o segundo experimento, 80 bovinos da raça Nelore,
entre 12 e 15 meses de idade, selecionados pelo ganho em peso no período pré-experimental (30
dias), foram randomizados em quatro grupos com 20 animais cada e, após o sorteio, receberam os
seguintes tratamentos: GI – ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* (450 + 250 μg/kg), GII -
moxidectina 10%** (1000μg/kg); GIII - ivermectina 3,15%** (630 μg/kg) e GIV - solução salina
(controle). Pesagens individuais foram realizadas nos dias 50 e 100 após os tratamentos. Decorridos
100 dias, os grupos tratados com ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, moxidectina 10%**,
ivermectina 3,15%** e solução salina (controle) obtiveram ganhos em peso (médios) de 53,15kg,
45,70kg, 43,65kg e 39,55kg, respectivamente.


Introdução


            A predominância de clima tropical e subtropical úmido, no Brasil, aliada a utilização de
novas técnicas de melhoramento animal como o cruzamento industrial de raças européias e o

*
      Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
*    *
         Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
aumento da taxa de lotação das pastagens, favorece o parasitismo, aumentando os danos por ele
ocasionados. Em face disto, os prejuízos na pecuária podem aumentar significativamente, o que tem
levado os produtores a buscarem alternativas que viabilizem a relação custo/benefício. A fim de
suprir esta lacuna, há um grande interesse do mercado em descobrir novas tecnologias que
proporcionem melhorias no rendimento econômico de cada sistema de produção existente, seja este
extensivo, intensivo ou semi-extensivo (Gruner et al., 2003).
           Praticamente 100% dos bovinos criados a campo, entre sete e 24 meses de idade, são
parasitados por endo e ectoparasitos (Amarante, 2004). As perdas ocasionadas pela infecção por
helmintos são difíceis de serem mensuradas, porém, Soutello et al. (2001) estimaram que animais,
na faixa etária anteriormente citada, que não recebem anti-helmíntico, têm desempenho negativo de
30 a 70 kg/ano, em relação aos demais bovinos que recebem tratamento adequado, nas condições do
Brasil Central.
           As características pós-desmama são muito importantes no estudo do desempenho ponderal
de bovinos de corte manejados a campo, uma vez que, nesta fase, os animais desenvolvem seu
potencial genético para o crescimento, sem influências do efeito materno (Perotto et al., 2001).
           As avermectinas constituem um grupo químico, proveniente de processos de fermentação do
actinomiceto Streptomyces avermitilis, que apresenta atividade contra endo e ectoparasitos. Este
grupo químico é o mais utilizado em medicina veterinária no tratamento e na prevenção das
doenças parasitárias (Boxall et al., 2003; Kovecses e Marcogliese, 2005). A intensa utilização destes
fármacos, entretanto, tem desencadeado, nos nematódeos, progressivo aumento de resistência
(Borges et al., 2005). Aliado a este fato, a inexistência de perspectivas de descoberta de novas
moléculas antiparasitárias, torna imprescindível a utilização racional e otimizada das existentes
(Floate et al., 2005).
           Levando-se em consideração que o interesse do produtor é diminuir o tempo do animal
dentro de sua propriedade sem aumentar demasiadamente seus custos, a aplicação de um
endectocida, nesta categoria animal, pode ser uma ferramenta auxiliar para que os bovinos
desenvolvam seu potencial genético para crescimento, o que irá refletir diretamente em seu ganho
de peso final (Bresciani et al., 2003; Costa et al., 2004; Rodrigues et al., 2005).
           No presente estudo avaliou-se a atividade anti-helmíntica e o desenvolvimento ponderal de
bovinos tratados com a associação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*,
comparativamente à moxidectina 10%** e à ivermectina 3,15%**.




*
    Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
*   *
        Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
Material e Métodos


Experimento I (eficácia anti-helmíntica)
       Foram utilizados 12 bovinos pertencentes a diferentes propriedades rurais da microrregião
de Formiga. O município está situado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais (20o27’S,
45o25’O).
       Os 12 bovinos selecionados, machos, mestiços holandês x zebu, entre 8 a 12 meses de idade,
não haviam recebido qualquer tipo de anti-helmíntico ou endectocida nos últimos 150 dias e
apresentavam-se em bom estado nutricional. Foram selecionados somente animais que
apresentavam contagens de ovos de nematódeos por grama de fezes (OPG) superiores a 500 .
(Gordon & Whitlock, 1939).
       Os 12 bovinos foram encaminhados e mantidos, durante todo período experimental, em
baias suspensas individuais, pertencentes ao CPPAR - Centro de Pesquisas em Sanidade Animal,
FCAV/UNESP, onde receberam alimentação e água ad libitum.
       Baseando-se nas médias de três contagens consecutivas de OPG (dias -3, -2 e -1) que
antecederam o tratamento (dia zero) os 12 bovinos foram randomizados em dois grupos de seis
animais cada, sendo um grupo medicado com a associação ivermectina 2,25% + abamectina
1,25%*, via subcutânea, na dose de 450 + 250 μg/kg de peso corpóreo e o outro mantido como
controle (solução salina).
       Decorridos 14 dias do tratamento, os 12 bezerros foram eutanasiados (utilizando-se
anestésicos conforme as normas regulamentares recomendadas para pesquisa científica) e
submetidos à necropsia parasitológica (Wood et al., 1995; Vercruysse et al, 2001). A colheita,
contagem e identificação específica dos helmintos, presentes em cada segmento, foram efetuadas
para a mensuração da carga parasitária, segundo critérios taxonômicos descritos por Costa (1982) e
Ueno e Gonçalves (1988).
       Os percentuais de eficácia anti-helmíntica da associação medicamentosa foram calculados
de acordo com a fórmula recomendada por Wood et al. (1995) e pelo MAPA (Brasil, 1997).
       O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, composto por dois
grupos (controle e tratado) com seis repetições cada.     Na análise de variância, o número de
helmintos foi transformado em log (x+1), conforme preconizado por Little & Hills (1978). As
análises foram realizadas com aplicação do teste F a 1% de probabilidade e as médias comparadas
pelo teste T a 5% de probabilidade (SAS, 1996).


Experimento II (desenvolvimento ponderal)
       Este estudo foi conduzido na Fazenda São José, pertencente ao município de União de
Minas, Estado de Minas Gerais. Foram selecionados 80 bovinos machos (não castrados), da raça
Nelore, entre 12-15 meses de idade, com base no ganho em peso dos animais durante o período pré-
experimental (30 dias). Para randomização e distribuição dos bovinos em quatro grupos de 20
animais cada, utilizou-se como critério o peso do dia zero. A seguir, procedeu-se ao sorteio dos
grupos experimentais, conforme Tabela 1.
       Durante todo o experimento, os bovinos foram mantidos juntos, em piquetes com pastagens
de Brachiaria decumbens, recebendo sal mineralizado e água ad libitum. Para determinação do
ganho em peso corporal foram efetuadas pesagens individuais nos dias -30, zero (dia do
tratamento), 50 e 100 após a medicação. Para padronização das pesagens, os animais foram
mantidos em jejum alimentar e hídrico por 12 horas. O ganho em peso corporal, em cada período,
foi calculado considerando-se a diferença entre as pesagens.
       As pesagens individuais dos 80 bovinos foram analisadas em delineamento inteiramente
casualizado, considerando o peso corporal, o ganho em peso corporal (GPC) e o ganho em peso
corporal diário (GPCD), aferidos antes dos tratamentos (Dia zero), como co-variáveis, por meio de
análise de variância. A confrontação das médias dos tratamentos, para os parâmetros de
desempenho produtivo foram realizadas pelo teste T (SAS, 2002), a 5% de significância.


Resultados e Discussão


       As seguintes espécies de helmintos foram diagnosticadas nos 12 bovinos necropsiados:
Haemonchus placei, Cooperia punctata, Cooperia pectinata, Trichostrongylus axei,
Oesophagostomum radiatum e Trichuris discolor (Tabela 2). Analisando-se esta Tabela, verifica-se
que a ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* alcançou valores de eficácia de 100,0%, 99,98%,
98,87% e 97,78% contra T. axei, H. placei, O. radiatum e C. punctata, respectivamente. Vale
ressaltar que H. placei e C. punctata são os dois mais importantes helmintos parasitos de bovinos
no Brasil Central, correspondendo aproximadamente a 90% da sua carga parasitária (Bianchin et al,
1996; Borges et al, 2001; Landim et al, 2001; Pimentel Neto & Fonseca, 2002).

       Rangel et al. (2005) relataram populações de Cooperia spp e de Haemonchus spp resistentes
à ivermectina e à doramectina. Cepas destes dois parasitos resistentes a altas dosagens de
ivermectina (630 mcg/kg) também foram diagnosticadas por Borges et al. (2005). Mello et al.
(2006) descreveram Trichostrongylus spp e Cooperia spp resistentes à várias lactonas
macrocíclicas.

       Apesar das avermectinas possuírem mecanismos de ação semelhante, pequenas
particularidades nas estruturas químicas de cada uma delas podem resultar em diferenças na eficácia
terapêutica. Possivelmente, tal fato explicaria a elevada eficácia anti-helmíntica alcançada pela
associação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* contra H. placei e C. punctata.
Salienta-se, que maior eficácia tem sido observada para ivermectina contra artrópodes em
comparação com a abamectina, que é considerada mais atuante contra nematódeos (Shoop e Soll,
2002).

           Portanto, a elevada eficácia anti-helmíntica apresentada pela ivermectina 2,25% +
abamectina 1,25%* pode estar relacionada à atividade da abamectina. Alka et al. (2004) observaram
para a abamectina eficácia de 97%, contra T. colubriformis, em ovinos, na Índia, enquanto que a
ivermectina atingiu apenas 63%. Resultados similares foram observados para Teladorsagia
circumcincta parasitando ovinos na Nova Zelândia (Leathwick et al., 2000).

           A literatura internacional, para a avaliacão de formulações anti-helmínticas para ruminantes,
WAAVP (Wood et al., 1995) and VICH (Vercruysse et al., 2001), recomenda não apenas eficácia
superior a 90% contra uma determinada espécie de nematódeo, mas também diferença estatística
(P<0,05) entre os grupos tratado e controle. A associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*
reduziu estatisticamente (P < 0.05) as contagens de helmintos das seguintes espécies: H. placei, C.
punctata, T. axei and O. radiatum (Tabela 3).

           Para determinar a atividade de um composto contra uma determinada espécie, o número
médio mínimo de nematódeos adultos exigido é de 100 espécimes (Vercruysse et al., 2001). Por esta
razão, o baixo parasitismo do grupo controle por C. pectinata e T. discolor, impossibilitou inferir
sobre a eficácia da ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* contra estes nematódeos. Entretanto,
Borges et al. (2008) constataram que a associação apresentou eficácia superior a 98% contra estas
duas espécies de helmintos.

           Na Tabela 4 estão sintetizados os resultados referentes ao desempenho zootécnico dos 80
bovinos experimentais analisados estatisticamente. Observa-se que o tratamento com a associação
ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* foi superior aos demais.

           Os grupos medicados com esta associação*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e
solução salina (controle) obtiveram os seguintes ganhos em peso, no 100º DPT: 53,15; 45,70; 48,40;
e 39,55 kg, respectivamente.

           Analisando o ganho em peso corporal diário (Tabela 4), verifica-se que os animais
medicados com ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%**
e solução salina (controle) ganharam, em média, 530, 460, 440 e 400 gramas, respectivamente, ao

*
    Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
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    Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
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        Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
longo do experimento (zero a 100 dias).

       Decorridos 100 dias pós-tratamento, o grupo medicado com a associação medicamentosa
avaliada* apresentou GPCD estatisticamente superior (P<0,05) ao grupo controle (Tabela 4),
enquanto os grupos tratados com moxidectina 10%** e com ivermectina 3,15%** não diferiram
estatisticamente (P>0,05), quando comparados ao grupo controle, em nenhum dos parâmetros
ponderais avaliados, durante todo o período experimental.

       A superioridade da associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* no desenvolvimento
ponderal de bezerros desmamados, tem sido amplamente demonstrada por diversos autores
(Bresciani et al., 2003; Costa et al., 2004; Rodrigues et al., 2005).

       Portanto, em que pese a ausência de significancia estatística (P<0,05), a associação
ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* proporcionou maior ganho em peso, decorridos 100 dias
do tratamento, com diferenciais de ganhos em peso de 7,45 kg; 4,75 kg e 13,60 kg, em relação aos
tratamentos com moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e solução salina (controle),
respectivamente.


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Wood, I.B., Amaral, N.K., Bairden, K., Duncan, J.L., Kassai, T., Malone, Jr., J.B., Pankavich, J.A.,
Reinecke, R.K., Slocombe, O., Taylor, S.M., Vercruysse, J. World Association for the Advancement
of Veterinary Parasitology (W.A.A.V.P.), second edition of guidelines for evaluating the efficacy of
anthelmintics in ruminants (bovine, ovine, caprine). Veterinary Parasitology, v.58, p181-213,
1995.
Tabela 1. Distribuição dos grupos (Experimento II), número de bovinos, tratamentos, via de
aplicação e dose.
                                                                                                                           Posologia
      Grupo        No de animais                  Tratamento                      Via de aplicação
                                                                                                               mL/kg                   µg/kg

         I                20         Ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*           Subcutânea                    1/50              450 + 250

        II                20                  Moxidectina 10%**                      Subcutânea                    1/100               10-3

        III               20                  Ivermectina 3,15%**                    Subcutânea                    1/50                630

        IV                20                Controle (solução salina)                Subcutânea                    1/50                  -
*
    Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
**
     Produto comercial adquirido no mercado brasileiro




Tabela 2. Médias das contagens das espécies de helmintos diagnosticados em bovinos pertencentes
aos grupos controle e tratado; percentuais de eficácia. Médias aritméticas. CPPAR/FCAV/UNESP,
Jaboticabal - SP, Brasil.

               Espécies                                 Número médio de helmintos
                                                                                                              Percentuais de eficácia (%)
                                                                        GII: Ivermectina 2,25% +
              de helmintos                 GI: Controle
                                                                           abamectina 1,25%*

        Haemonchus placei                     6564,67                             1,67                                      99,97

         Cooperia punctata                    751,83                              16,67                                     97,78

         Cooperia pectinata                     0,00                              0,00                                         -

        Trichostrongylus axei                 223,00                              0,00                                      100,00

     Oesophagostomum radiatum                 443,33                              5,00                                      98,87

         Trichuris discolor                     0,00                              1,67                                         -
*
    Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health



Tabela 3. Resultados da análise estatística das contagens de espécies de helmintos diagnosticados
em            bovinos          pertencentes      aos      grupos        controle         e   tratado;         percentuais              de        eficácia.
CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil.
                                                                  Grupos Experimentais / Média1 =[∑log(x+1)]/n
                Helmintos
                                                    GI: Controle                     GII: Ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*

                  Haemonchus placei                      3,7967   A
                                                                                                     0,1736    B



                                                                  A                                            B
                   Cooperia punctata                     2,3773                                      0,9113

                                                                  A                                            A
                   Cooperia pectinata                    0,0000                                      0,0000

                                                                  A                                            B
                 Trichostrongylus axei                   2,0810                                      0,0000
Oesophagostomum radiatum                       2,0967   A
                                                                                                    0,3939     B




                  Trichuris discolor                   0,0000   A
                                                                                                    0,1736     A


*
    Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health



Tabela 4. Comparações multiplas do peso vivo, ganho em peso vivo (GPV) e ganho em peso vivo
diário (GPVD) de bovinos, pertencentes aos grupos tratados e controle. União de Minas, MG;
CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil.
                                                                Dias pós-tratamento (DPT) / Peso Vivo (kg)1
             Grupos
                                              Zero                                 50                                  100
       Ivermectina 2,25% +
                                       333,45 ±      33,56 A              361,35 ±      35,16 A             386,60 ±    34,04 A
        Abamectina 1,25%*
        Moxidectina 10%**              334,50 ±      27,81 A              362,00 ±      29,69 A             380,20 ±    34,95 AB
       Ivermectina 3,15%**             332,95 ±      30,61 A              356,35 ±      36,11 A             376,60 ±    40,80 AB
             Controle                  334,15 ±      22,13 A              357,15 ±      28,79 A             373,70 ±    28,98 B


                                                                    Dias pós-tratamento (DPT) / GPV (kg)1
             Grupos
                                              Zero                                 50                                  100
       Ivermectina 2,25% +
                                       27,45 ±        6,41 A               27,90 ±      9,10 A               53,15 ±    26,16 A
        Abamectina 1,25%*
                          **
        Moxidectina 10%                27,35 ±        6,54 A               27,50 ±      7,98 A               45,70 ±    21,79 AB
       Ivermectina 3,15%   **
                                       27,20 ±        5,88 A               25,95 ±      8,83 A               48,40 ±    19,44 AB
             Controle                  27,30 ±        5,99 A               23,00 ±      11,72 A              39,55 ±    13,77 B


                                                                    Dias pós-tratamento (DPT) / GPVD (kg)1
             Grupos
                                              Zero                                 50                                  100
       Ivermectina 2,25% +
                                         0,98 ±       0,23 A                 0,56 ±     0,18 A                0,53 ±     0,26 A
        Abamectina 1,25%*
                          **
        Moxidectina 10%                  0,98 ±       0,23 A                 0,55 ±     0,16 A                0,46 ±     0,22 AB
       Ivermectina 3,15%   **
                                         0,97 ±       0,21 A                 0,52 ±     0,18 A                0,48 ±     0,19 AB

             Controle                    0,97 ±       0,21 A                 0,46 ±     0,23 A                0,40 ±     0,14 B
1
 : Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo Teste de T (P≥0,05)
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Eficácia de vermífugo em bovinos

  • 1. Eficácia anti-helmíntica e desenvolvimento ponderal de bovinos medicados com a associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* Thaís Rabelo dos Santos, Welber Daniel Zanetti Lopes, Claudio Alessandro Massamitsu Sakamoto, Marcos Valério Garcia, Helenara Machado da Silva, Carolina Buzzulini, Gilson Pereira de Oliveira, Alvimar José da Costa Resumo Foram realizados dois experimentos (eficácia anti-helmíntica e desenvolvimento ponderal) com a formulação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* em bovinos. Para avaliação anti- helmíntica foram selecionados 12 bezerros machos, mestiços (zebuíno x tauríno), de oito a 12 meses de idade, naturalmente infectados por nematódeos gastrintestinais. Baseando-se nas médias das contagens de OPG de três dias consecutivos (dias -3, -2 e -1), os 12 bovinos foram randomizados em dois grupos de seis animais cada, sendo um medicado com a associação* e outro mantido como controle. No 14º DPT, os 12 bovinos foram eutanasiados e necropsiados. A associação* alcançou eficácia superior à 97% contra Haemonchus placei, Cooperia punctata, Trichostrongylus axei e Oesophagostomum radiatum. Outras duas espécies de helmintos foram diagnosticadas (Trichuris discolor e Cooperia pectinata), porém, o baixo parasitismo do grupo controle, interferiu na análise estatística. Para o segundo experimento, 80 bovinos da raça Nelore, entre 12 e 15 meses de idade, selecionados pelo ganho em peso no período pré-experimental (30 dias), foram randomizados em quatro grupos com 20 animais cada e, após o sorteio, receberam os seguintes tratamentos: GI – ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* (450 + 250 μg/kg), GII - moxidectina 10%** (1000μg/kg); GIII - ivermectina 3,15%** (630 μg/kg) e GIV - solução salina (controle). Pesagens individuais foram realizadas nos dias 50 e 100 após os tratamentos. Decorridos 100 dias, os grupos tratados com ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e solução salina (controle) obtiveram ganhos em peso (médios) de 53,15kg, 45,70kg, 43,65kg e 39,55kg, respectivamente. Introdução A predominância de clima tropical e subtropical úmido, no Brasil, aliada a utilização de novas técnicas de melhoramento animal como o cruzamento industrial de raças européias e o * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health * * Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
  • 2. aumento da taxa de lotação das pastagens, favorece o parasitismo, aumentando os danos por ele ocasionados. Em face disto, os prejuízos na pecuária podem aumentar significativamente, o que tem levado os produtores a buscarem alternativas que viabilizem a relação custo/benefício. A fim de suprir esta lacuna, há um grande interesse do mercado em descobrir novas tecnologias que proporcionem melhorias no rendimento econômico de cada sistema de produção existente, seja este extensivo, intensivo ou semi-extensivo (Gruner et al., 2003). Praticamente 100% dos bovinos criados a campo, entre sete e 24 meses de idade, são parasitados por endo e ectoparasitos (Amarante, 2004). As perdas ocasionadas pela infecção por helmintos são difíceis de serem mensuradas, porém, Soutello et al. (2001) estimaram que animais, na faixa etária anteriormente citada, que não recebem anti-helmíntico, têm desempenho negativo de 30 a 70 kg/ano, em relação aos demais bovinos que recebem tratamento adequado, nas condições do Brasil Central. As características pós-desmama são muito importantes no estudo do desempenho ponderal de bovinos de corte manejados a campo, uma vez que, nesta fase, os animais desenvolvem seu potencial genético para o crescimento, sem influências do efeito materno (Perotto et al., 2001). As avermectinas constituem um grupo químico, proveniente de processos de fermentação do actinomiceto Streptomyces avermitilis, que apresenta atividade contra endo e ectoparasitos. Este grupo químico é o mais utilizado em medicina veterinária no tratamento e na prevenção das doenças parasitárias (Boxall et al., 2003; Kovecses e Marcogliese, 2005). A intensa utilização destes fármacos, entretanto, tem desencadeado, nos nematódeos, progressivo aumento de resistência (Borges et al., 2005). Aliado a este fato, a inexistência de perspectivas de descoberta de novas moléculas antiparasitárias, torna imprescindível a utilização racional e otimizada das existentes (Floate et al., 2005). Levando-se em consideração que o interesse do produtor é diminuir o tempo do animal dentro de sua propriedade sem aumentar demasiadamente seus custos, a aplicação de um endectocida, nesta categoria animal, pode ser uma ferramenta auxiliar para que os bovinos desenvolvam seu potencial genético para crescimento, o que irá refletir diretamente em seu ganho de peso final (Bresciani et al., 2003; Costa et al., 2004; Rodrigues et al., 2005). No presente estudo avaliou-se a atividade anti-helmíntica e o desenvolvimento ponderal de bovinos tratados com a associação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, comparativamente à moxidectina 10%** e à ivermectina 3,15%**. * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health * * Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
  • 3. Material e Métodos Experimento I (eficácia anti-helmíntica) Foram utilizados 12 bovinos pertencentes a diferentes propriedades rurais da microrregião de Formiga. O município está situado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais (20o27’S, 45o25’O). Os 12 bovinos selecionados, machos, mestiços holandês x zebu, entre 8 a 12 meses de idade, não haviam recebido qualquer tipo de anti-helmíntico ou endectocida nos últimos 150 dias e apresentavam-se em bom estado nutricional. Foram selecionados somente animais que apresentavam contagens de ovos de nematódeos por grama de fezes (OPG) superiores a 500 . (Gordon & Whitlock, 1939). Os 12 bovinos foram encaminhados e mantidos, durante todo período experimental, em baias suspensas individuais, pertencentes ao CPPAR - Centro de Pesquisas em Sanidade Animal, FCAV/UNESP, onde receberam alimentação e água ad libitum. Baseando-se nas médias de três contagens consecutivas de OPG (dias -3, -2 e -1) que antecederam o tratamento (dia zero) os 12 bovinos foram randomizados em dois grupos de seis animais cada, sendo um grupo medicado com a associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, via subcutânea, na dose de 450 + 250 μg/kg de peso corpóreo e o outro mantido como controle (solução salina). Decorridos 14 dias do tratamento, os 12 bezerros foram eutanasiados (utilizando-se anestésicos conforme as normas regulamentares recomendadas para pesquisa científica) e submetidos à necropsia parasitológica (Wood et al., 1995; Vercruysse et al, 2001). A colheita, contagem e identificação específica dos helmintos, presentes em cada segmento, foram efetuadas para a mensuração da carga parasitária, segundo critérios taxonômicos descritos por Costa (1982) e Ueno e Gonçalves (1988). Os percentuais de eficácia anti-helmíntica da associação medicamentosa foram calculados de acordo com a fórmula recomendada por Wood et al. (1995) e pelo MAPA (Brasil, 1997). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, composto por dois grupos (controle e tratado) com seis repetições cada. Na análise de variância, o número de helmintos foi transformado em log (x+1), conforme preconizado por Little & Hills (1978). As análises foram realizadas com aplicação do teste F a 1% de probabilidade e as médias comparadas pelo teste T a 5% de probabilidade (SAS, 1996). Experimento II (desenvolvimento ponderal) Este estudo foi conduzido na Fazenda São José, pertencente ao município de União de
  • 4. Minas, Estado de Minas Gerais. Foram selecionados 80 bovinos machos (não castrados), da raça Nelore, entre 12-15 meses de idade, com base no ganho em peso dos animais durante o período pré- experimental (30 dias). Para randomização e distribuição dos bovinos em quatro grupos de 20 animais cada, utilizou-se como critério o peso do dia zero. A seguir, procedeu-se ao sorteio dos grupos experimentais, conforme Tabela 1. Durante todo o experimento, os bovinos foram mantidos juntos, em piquetes com pastagens de Brachiaria decumbens, recebendo sal mineralizado e água ad libitum. Para determinação do ganho em peso corporal foram efetuadas pesagens individuais nos dias -30, zero (dia do tratamento), 50 e 100 após a medicação. Para padronização das pesagens, os animais foram mantidos em jejum alimentar e hídrico por 12 horas. O ganho em peso corporal, em cada período, foi calculado considerando-se a diferença entre as pesagens. As pesagens individuais dos 80 bovinos foram analisadas em delineamento inteiramente casualizado, considerando o peso corporal, o ganho em peso corporal (GPC) e o ganho em peso corporal diário (GPCD), aferidos antes dos tratamentos (Dia zero), como co-variáveis, por meio de análise de variância. A confrontação das médias dos tratamentos, para os parâmetros de desempenho produtivo foram realizadas pelo teste T (SAS, 2002), a 5% de significância. Resultados e Discussão As seguintes espécies de helmintos foram diagnosticadas nos 12 bovinos necropsiados: Haemonchus placei, Cooperia punctata, Cooperia pectinata, Trichostrongylus axei, Oesophagostomum radiatum e Trichuris discolor (Tabela 2). Analisando-se esta Tabela, verifica-se que a ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* alcançou valores de eficácia de 100,0%, 99,98%, 98,87% e 97,78% contra T. axei, H. placei, O. radiatum e C. punctata, respectivamente. Vale ressaltar que H. placei e C. punctata são os dois mais importantes helmintos parasitos de bovinos no Brasil Central, correspondendo aproximadamente a 90% da sua carga parasitária (Bianchin et al, 1996; Borges et al, 2001; Landim et al, 2001; Pimentel Neto & Fonseca, 2002). Rangel et al. (2005) relataram populações de Cooperia spp e de Haemonchus spp resistentes à ivermectina e à doramectina. Cepas destes dois parasitos resistentes a altas dosagens de ivermectina (630 mcg/kg) também foram diagnosticadas por Borges et al. (2005). Mello et al. (2006) descreveram Trichostrongylus spp e Cooperia spp resistentes à várias lactonas macrocíclicas. Apesar das avermectinas possuírem mecanismos de ação semelhante, pequenas particularidades nas estruturas químicas de cada uma delas podem resultar em diferenças na eficácia
  • 5. terapêutica. Possivelmente, tal fato explicaria a elevada eficácia anti-helmíntica alcançada pela associação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* contra H. placei e C. punctata. Salienta-se, que maior eficácia tem sido observada para ivermectina contra artrópodes em comparação com a abamectina, que é considerada mais atuante contra nematódeos (Shoop e Soll, 2002). Portanto, a elevada eficácia anti-helmíntica apresentada pela ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* pode estar relacionada à atividade da abamectina. Alka et al. (2004) observaram para a abamectina eficácia de 97%, contra T. colubriformis, em ovinos, na Índia, enquanto que a ivermectina atingiu apenas 63%. Resultados similares foram observados para Teladorsagia circumcincta parasitando ovinos na Nova Zelândia (Leathwick et al., 2000). A literatura internacional, para a avaliacão de formulações anti-helmínticas para ruminantes, WAAVP (Wood et al., 1995) and VICH (Vercruysse et al., 2001), recomenda não apenas eficácia superior a 90% contra uma determinada espécie de nematódeo, mas também diferença estatística (P<0,05) entre os grupos tratado e controle. A associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* reduziu estatisticamente (P < 0.05) as contagens de helmintos das seguintes espécies: H. placei, C. punctata, T. axei and O. radiatum (Tabela 3). Para determinar a atividade de um composto contra uma determinada espécie, o número médio mínimo de nematódeos adultos exigido é de 100 espécimes (Vercruysse et al., 2001). Por esta razão, o baixo parasitismo do grupo controle por C. pectinata e T. discolor, impossibilitou inferir sobre a eficácia da ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* contra estes nematódeos. Entretanto, Borges et al. (2008) constataram que a associação apresentou eficácia superior a 98% contra estas duas espécies de helmintos. Na Tabela 4 estão sintetizados os resultados referentes ao desempenho zootécnico dos 80 bovinos experimentais analisados estatisticamente. Observa-se que o tratamento com a associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* foi superior aos demais. Os grupos medicados com esta associação*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e solução salina (controle) obtiveram os seguintes ganhos em peso, no 100º DPT: 53,15; 45,70; 48,40; e 39,55 kg, respectivamente. Analisando o ganho em peso corporal diário (Tabela 4), verifica-se que os animais medicados com ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e solução salina (controle) ganharam, em média, 530, 460, 440 e 400 gramas, respectivamente, ao * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health * * Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
  • 6. longo do experimento (zero a 100 dias). Decorridos 100 dias pós-tratamento, o grupo medicado com a associação medicamentosa avaliada* apresentou GPCD estatisticamente superior (P<0,05) ao grupo controle (Tabela 4), enquanto os grupos tratados com moxidectina 10%** e com ivermectina 3,15%** não diferiram estatisticamente (P>0,05), quando comparados ao grupo controle, em nenhum dos parâmetros ponderais avaliados, durante todo o período experimental. A superioridade da associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* no desenvolvimento ponderal de bezerros desmamados, tem sido amplamente demonstrada por diversos autores (Bresciani et al., 2003; Costa et al., 2004; Rodrigues et al., 2005). Portanto, em que pese a ausência de significancia estatística (P<0,05), a associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* proporcionou maior ganho em peso, decorridos 100 dias do tratamento, com diferenciais de ganhos em peso de 7,45 kg; 4,75 kg e 13,60 kg, em relação aos tratamentos com moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e solução salina (controle), respectivamente. Referências Alka, R.M., Gopal, R.M., Sandhu, K.S., Sidhu, P.K. Efficacy of abamectin against ivermectin- resistant strain of Trichostrongylus colubriformis in sheep. Veterinary Parasitology, v.121, p.277– 283, 2004. Amarante, A.F.T. Controle integrado de helmintos de bovinos e ovinos. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.13, suplemento 1, 2004. In: XIII Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária & I Simpósio Latino-Americano de Ricketisioses, Ouro Preto, MG, 2004. Ballweber, L.R., Evans, R.R., Siefker, C., Johnson, E.G., Rowland, W.K., Zimmerman, G.L., Thompson, L., Walstrom, D.J., Skogerboe, T.L., Brake, A.C., Karle, V.K. The effectiveness of doramectin pour-on in the control of gastrointestinal nematode infections in cow–calf herds. Veterinary Parasitology, v.90, p.93–102, 2000. Bianchin, I.; Honer, M. R.; Nunes, Nascimento, Y. A. Do; Curvo, J. B. E.; Costa, F. P. Epidemiologia dos nematóides gastrintestinais em bovinos de corte nos cerrados e o controle estratégico no Brasil. reimpr. Campo Grande. EMBRAPA-CNPGC, 1996. 120p. (EMBRAPA- CNPGC. Circular Técnica, 24).
  • 7. Borges, F.A., Silveira, D.M., Graminha, E.B.N., Castagnoli, K.C., Soares, V.E., Nascimento, A.A., Costa, A.J. Fauna helmintológica de bovinos da região de Jaboticabal, Estado de São Paulo, Brasil. Semina, v.22, p.45-49, 2001. Borges, F.A., Rodrigues, D.C., Buzzulini, C., Silva, H.C., Oliveira, G.P., Costa, A.J. Haemonchus placei, Cooperia punctata, C. spatulata, and C. pectinata resistant to Ivermectin in bovines. In: 20th International Conference of the World Association for the Advancement of Vetrinary Parasitology, 2005, Christchurch, Nova Zelândia, Anais, 2005. Borges, F.A. Ação reversora in vitro e in vivo do verapamil sobre a resistência de Haemonchus contortus à ivermectina. Tese de Doutorado- Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias- UNESP (CPPAR), Campus de Jaboticabal. 2007. 83p., 2007. Boxall, A.B., Kolpin, D.W., Halling-Sorensen, B., Tolls, J. Are veterinary medicines causing environmental risks? Environmental Science and Technology, v.37, p.286A, 294A, 2003. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Defesa Agropecuária, Portaria n°48 de 12/05/1997. Breciani, K.D.S., Freitas, D., Buzzulini, C., Chechi, J.P., Silva, G.S., Costa, G.H.N., Oliveira, G.P., Costa, A.J. Efeito da associação ivermectina+abamectina (3,5%) no desenvolvimento ponderal de bezerros Nelore mantidos sob pastejo. A Hora Veterinária, Ed. Extra n.5, p.36-40, 2003. Costa, A.J., Oliviera, G.P., Arantes, T.P., Borges, F.A., Mendonça, R.P., Santana, L.F., Sakamoto, C.A.M. Avaliação comparativa da ação anti-helmíntica e do efeito no desenvolvimento ponderal de bezerros tratados com diferentes avermectinas de longa ação. A Hora Veterinária, v.139, p.31-34, 2004. Rodrigues, D.C., Steckelberg, A., Lopes, W.D.Z., Santana, L.F., Martins, J.R., Borges, F.A., Mendonça, R.P., Soares, V.E., Barufi, F.B., Oliveira, G.P., Costa, A.J. Atividade anti-helmíntica da associação ivermectina 2.25% + abamectina 1.25% comparativamente a diferentes endectocidas em bovinos e efeito no desenvolvimento ponderal. A Hora Veterinária, v.25, n.145, p.27-30, 2005. Burden, D.J., Ellis, R.N.W. Use of doramectin against experimental infections of cattle with Dictyocaulus viviparus. Veterinary Record, v.141, p.393, 1997.
  • 8. Conder, G.A., Cruthers, L.R., Slone, R.L., Johnson, E.G., Zimmerman, G.L., Zimmerman, L.A., Shively, J.E., Logan, N.B., Weatherley, A.J. Persistent efficacy of doramectin against experimental challenge with Ostertagia ostertagi in cattle. Veterinary Parasitology, v.72, p.9-13, 1997. Costa, A.J. Diagnóstico laboratorial em Parasitologia. I. Helmintologia. FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP. 1982. 89p. Dutton, C.J., Gibson, S.P., Goudie, A.C., Holdom, K.S., Pacey, M.S., Ruddock, J.C., Bu’lock, J.D., Richards, M.K. Novel avermectins produced by mutational biosynthesis. Journal of Antibiotics, v.44, p.357-365, 1991. Floate, K.D., Wardhaugh, K.G., Boxall, A.B., Sherratt, T.N. Fecal residues of veterinary parasiticides: nontarget effects in the pasture environment. Annual Review of Entomology. v.50, p.153-179, 2005. Gordon, H.M.; Whitlock, H.V. A new technique for counting nematode eggs in sheep faeces. Journal of the Council for Scientific and Industrial Research, v.12, p.50-52, 1939. Goudie, A.C., Evans, N.A., Gration, K.A.F., Bishop, B.F., Gibson, S.P., Holdom, K.S., Kaye, B., Wicks, S.R., Lewis, D., Weatherley, A.J., Bruce, C.I., Herbert, A., Seymour, D.J. Vet. Parasitol. 49, 5–15. Doramectin--a new potent endectocide. In: Vercruysse, J. (Ed.), Doramectin-A Novel Avermectin, Veterinary Parasitology, v.49, p.5-15, 1993. Gruner L., Aumont G., Getachew T., Brunel J.C., Pery C., Cognié Y. & Guérin Y. Experimental infection of Black Belly and INRA 401 straight and crossbred sheep with trichostrongyle nematode parasites. Veterinary Parasitology,v.116, p.239-249. 2003. Holmes , P.H. Pathophysiology of parasitic infections. Parasitology, Cambridge, v. 94, p. 29-51, 1987. Kennedy, M.J., Phillips, F.E. Efficacy of doramectin against eyeworms (Thelazia spp.) in naturally and experimentally infected cattle. Veterinary Parasitology, v.49, p.61–66, 1993. Kolar, L.; Erzen, N.K,; Hogerwerf, L.; Cornelis A.M.; Gestel, V. Toxicity of abamectin and
  • 9. doramectin to soil invertebrates. Environmental Pollution, v.151, p.182-189, 2008. Kovecses, J., Marcogliese, D.J. Avermectins: Potential Environmental Risks and Impacts on Freshwater Ecosystems in Quebec. Scientific and Technical Report ST-233E. Environment Canada e Quebec Region, Environmental Conservation, St. Lawrence Centre, 72 pp., 2005. Landim, V. J. C.; Costa, A. J.; Rocha, U. E.; Barbosa, O. F.; Costa, G. H. N. Parasitic nematodes in weaned calves from the northe-east region of São Paulo State, Brazil. Ars Veterinária, v.17, n.1, p.42-50, 2001. Leathwick, D.M., Moen, I.C., Miller, C.M., Sutherland, I.A. Ivermectin-resistant Ostertagia circumcincta from sheep in the lower North Island and their susceptibility to other macrocyclic lactone anthelmintics. New Zealand Veterinary Journal, v.48, p.151-154, 2000. Levine, N. D. Nematode parasites of domestic animals and of man. Burgess, Minneapolis, 1968. 600p. Lima, J.D.; Muniz, R.; Lima, W.S.; Gonçalves, L.C.B.; Silva, A.C.; Guimarães, A.M. Eficácia de doramectina contra nematódeos gastrintestinais e pulmonares de bovinos naturalmente infectados de Minas Gerais. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.4, n.1, p.49-52, 1995. Little, T. M.; Hills, F. J. Agricultural experimentation designs and analysis. Wiley, New York, 1978. 350p. Mello, M.H.A., Depner, R., Molento, M.B., Ferreira, J.J. Sideresistance to macrolactones in cattle nematodes. Archives of Veterinary Science, v.11, p.8–12, 2006. PEROTTO, D., CUBAS, A.C., ABRAHÃO, J.J.S. Ganho de peso da desmama aos 12 meses e peso aos 12 meses de bovinos Nelore e cruzas com Nelore. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, n.3, p.730-735, 2001. Phillips, F.E., Logan, N.B., Jones, R.M. Field evaluation of doramectin for treatment of gastrointestinal nematode infections and louse infestations of cattle. American Journal of Veterinary Research, v.57, p.1468–1471, 1996.
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  • 11. Tabela 1. Distribuição dos grupos (Experimento II), número de bovinos, tratamentos, via de aplicação e dose. Posologia Grupo No de animais Tratamento Via de aplicação mL/kg µg/kg I 20 Ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* Subcutânea 1/50 450 + 250 II 20 Moxidectina 10%** Subcutânea 1/100 10-3 III 20 Ivermectina 3,15%** Subcutânea 1/50 630 IV 20 Controle (solução salina) Subcutânea 1/50 - * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health ** Produto comercial adquirido no mercado brasileiro Tabela 2. Médias das contagens das espécies de helmintos diagnosticados em bovinos pertencentes aos grupos controle e tratado; percentuais de eficácia. Médias aritméticas. CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil. Espécies Número médio de helmintos Percentuais de eficácia (%) GII: Ivermectina 2,25% + de helmintos GI: Controle abamectina 1,25%* Haemonchus placei 6564,67 1,67 99,97 Cooperia punctata 751,83 16,67 97,78 Cooperia pectinata 0,00 0,00 - Trichostrongylus axei 223,00 0,00 100,00 Oesophagostomum radiatum 443,33 5,00 98,87 Trichuris discolor 0,00 1,67 - * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health Tabela 3. Resultados da análise estatística das contagens de espécies de helmintos diagnosticados em bovinos pertencentes aos grupos controle e tratado; percentuais de eficácia. CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil. Grupos Experimentais / Média1 =[∑log(x+1)]/n Helmintos GI: Controle GII: Ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* Haemonchus placei 3,7967 A 0,1736 B A B Cooperia punctata 2,3773 0,9113 A A Cooperia pectinata 0,0000 0,0000 A B Trichostrongylus axei 2,0810 0,0000
  • 12. Oesophagostomum radiatum 2,0967 A 0,3939 B Trichuris discolor 0,0000 A 0,1736 A * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health Tabela 4. Comparações multiplas do peso vivo, ganho em peso vivo (GPV) e ganho em peso vivo diário (GPVD) de bovinos, pertencentes aos grupos tratados e controle. União de Minas, MG; CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil. Dias pós-tratamento (DPT) / Peso Vivo (kg)1 Grupos Zero 50 100 Ivermectina 2,25% + 333,45 ± 33,56 A 361,35 ± 35,16 A 386,60 ± 34,04 A Abamectina 1,25%* Moxidectina 10%** 334,50 ± 27,81 A 362,00 ± 29,69 A 380,20 ± 34,95 AB Ivermectina 3,15%** 332,95 ± 30,61 A 356,35 ± 36,11 A 376,60 ± 40,80 AB Controle 334,15 ± 22,13 A 357,15 ± 28,79 A 373,70 ± 28,98 B Dias pós-tratamento (DPT) / GPV (kg)1 Grupos Zero 50 100 Ivermectina 2,25% + 27,45 ± 6,41 A 27,90 ± 9,10 A 53,15 ± 26,16 A Abamectina 1,25%* ** Moxidectina 10% 27,35 ± 6,54 A 27,50 ± 7,98 A 45,70 ± 21,79 AB Ivermectina 3,15% ** 27,20 ± 5,88 A 25,95 ± 8,83 A 48,40 ± 19,44 AB Controle 27,30 ± 5,99 A 23,00 ± 11,72 A 39,55 ± 13,77 B Dias pós-tratamento (DPT) / GPVD (kg)1 Grupos Zero 50 100 Ivermectina 2,25% + 0,98 ± 0,23 A 0,56 ± 0,18 A 0,53 ± 0,26 A Abamectina 1,25%* ** Moxidectina 10% 0,98 ± 0,23 A 0,55 ± 0,16 A 0,46 ± 0,22 AB Ivermectina 3,15% ** 0,97 ± 0,21 A 0,52 ± 0,18 A 0,48 ± 0,19 AB Controle 0,97 ± 0,21 A 0,46 ± 0,23 A 0,40 ± 0,14 B 1 : Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo Teste de T (P≥0,05) * Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health ** Produto comercial adquirido no mercado brasileiro