1. Eficácia anti-helmíntica e desenvolvimento ponderal de bovinos medicados com a associação
ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*
Thaís Rabelo dos Santos, Welber Daniel Zanetti Lopes, Claudio Alessandro Massamitsu Sakamoto,
Marcos Valério Garcia, Helenara Machado da Silva, Carolina Buzzulini, Gilson Pereira de Oliveira,
Alvimar José da Costa
Resumo
Foram realizados dois experimentos (eficácia anti-helmíntica e desenvolvimento ponderal) com a
formulação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* em bovinos. Para avaliação anti-
helmíntica foram selecionados 12 bezerros machos, mestiços (zebuíno x tauríno), de oito a 12
meses de idade, naturalmente infectados por nematódeos gastrintestinais. Baseando-se nas médias
das contagens de OPG de três dias consecutivos (dias -3, -2 e -1), os 12 bovinos foram
randomizados em dois grupos de seis animais cada, sendo um medicado com a associação* e outro
mantido como controle. No 14º DPT, os 12 bovinos foram eutanasiados e necropsiados. A
associação* alcançou eficácia superior à 97% contra Haemonchus placei, Cooperia punctata,
Trichostrongylus axei e Oesophagostomum radiatum. Outras duas espécies de helmintos foram
diagnosticadas (Trichuris discolor e Cooperia pectinata), porém, o baixo parasitismo do grupo
controle, interferiu na análise estatística. Para o segundo experimento, 80 bovinos da raça Nelore,
entre 12 e 15 meses de idade, selecionados pelo ganho em peso no período pré-experimental (30
dias), foram randomizados em quatro grupos com 20 animais cada e, após o sorteio, receberam os
seguintes tratamentos: GI – ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* (450 + 250 μg/kg), GII -
moxidectina 10%** (1000μg/kg); GIII - ivermectina 3,15%** (630 μg/kg) e GIV - solução salina
(controle). Pesagens individuais foram realizadas nos dias 50 e 100 após os tratamentos. Decorridos
100 dias, os grupos tratados com ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, moxidectina 10%**,
ivermectina 3,15%** e solução salina (controle) obtiveram ganhos em peso (médios) de 53,15kg,
45,70kg, 43,65kg e 39,55kg, respectivamente.
Introdução
A predominância de clima tropical e subtropical úmido, no Brasil, aliada a utilização de
novas técnicas de melhoramento animal como o cruzamento industrial de raças européias e o
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Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
2. aumento da taxa de lotação das pastagens, favorece o parasitismo, aumentando os danos por ele
ocasionados. Em face disto, os prejuízos na pecuária podem aumentar significativamente, o que tem
levado os produtores a buscarem alternativas que viabilizem a relação custo/benefício. A fim de
suprir esta lacuna, há um grande interesse do mercado em descobrir novas tecnologias que
proporcionem melhorias no rendimento econômico de cada sistema de produção existente, seja este
extensivo, intensivo ou semi-extensivo (Gruner et al., 2003).
Praticamente 100% dos bovinos criados a campo, entre sete e 24 meses de idade, são
parasitados por endo e ectoparasitos (Amarante, 2004). As perdas ocasionadas pela infecção por
helmintos são difíceis de serem mensuradas, porém, Soutello et al. (2001) estimaram que animais,
na faixa etária anteriormente citada, que não recebem anti-helmíntico, têm desempenho negativo de
30 a 70 kg/ano, em relação aos demais bovinos que recebem tratamento adequado, nas condições do
Brasil Central.
As características pós-desmama são muito importantes no estudo do desempenho ponderal
de bovinos de corte manejados a campo, uma vez que, nesta fase, os animais desenvolvem seu
potencial genético para o crescimento, sem influências do efeito materno (Perotto et al., 2001).
As avermectinas constituem um grupo químico, proveniente de processos de fermentação do
actinomiceto Streptomyces avermitilis, que apresenta atividade contra endo e ectoparasitos. Este
grupo químico é o mais utilizado em medicina veterinária no tratamento e na prevenção das
doenças parasitárias (Boxall et al., 2003; Kovecses e Marcogliese, 2005). A intensa utilização destes
fármacos, entretanto, tem desencadeado, nos nematódeos, progressivo aumento de resistência
(Borges et al., 2005). Aliado a este fato, a inexistência de perspectivas de descoberta de novas
moléculas antiparasitárias, torna imprescindível a utilização racional e otimizada das existentes
(Floate et al., 2005).
Levando-se em consideração que o interesse do produtor é diminuir o tempo do animal
dentro de sua propriedade sem aumentar demasiadamente seus custos, a aplicação de um
endectocida, nesta categoria animal, pode ser uma ferramenta auxiliar para que os bovinos
desenvolvam seu potencial genético para crescimento, o que irá refletir diretamente em seu ganho
de peso final (Bresciani et al., 2003; Costa et al., 2004; Rodrigues et al., 2005).
No presente estudo avaliou-se a atividade anti-helmíntica e o desenvolvimento ponderal de
bovinos tratados com a associação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*,
comparativamente à moxidectina 10%** e à ivermectina 3,15%**.
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3. Material e Métodos
Experimento I (eficácia anti-helmíntica)
Foram utilizados 12 bovinos pertencentes a diferentes propriedades rurais da microrregião
de Formiga. O município está situado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais (20o27’S,
45o25’O).
Os 12 bovinos selecionados, machos, mestiços holandês x zebu, entre 8 a 12 meses de idade,
não haviam recebido qualquer tipo de anti-helmíntico ou endectocida nos últimos 150 dias e
apresentavam-se em bom estado nutricional. Foram selecionados somente animais que
apresentavam contagens de ovos de nematódeos por grama de fezes (OPG) superiores a 500 .
(Gordon & Whitlock, 1939).
Os 12 bovinos foram encaminhados e mantidos, durante todo período experimental, em
baias suspensas individuais, pertencentes ao CPPAR - Centro de Pesquisas em Sanidade Animal,
FCAV/UNESP, onde receberam alimentação e água ad libitum.
Baseando-se nas médias de três contagens consecutivas de OPG (dias -3, -2 e -1) que
antecederam o tratamento (dia zero) os 12 bovinos foram randomizados em dois grupos de seis
animais cada, sendo um grupo medicado com a associação ivermectina 2,25% + abamectina
1,25%*, via subcutânea, na dose de 450 + 250 μg/kg de peso corpóreo e o outro mantido como
controle (solução salina).
Decorridos 14 dias do tratamento, os 12 bezerros foram eutanasiados (utilizando-se
anestésicos conforme as normas regulamentares recomendadas para pesquisa científica) e
submetidos à necropsia parasitológica (Wood et al., 1995; Vercruysse et al, 2001). A colheita,
contagem e identificação específica dos helmintos, presentes em cada segmento, foram efetuadas
para a mensuração da carga parasitária, segundo critérios taxonômicos descritos por Costa (1982) e
Ueno e Gonçalves (1988).
Os percentuais de eficácia anti-helmíntica da associação medicamentosa foram calculados
de acordo com a fórmula recomendada por Wood et al. (1995) e pelo MAPA (Brasil, 1997).
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, composto por dois
grupos (controle e tratado) com seis repetições cada. Na análise de variância, o número de
helmintos foi transformado em log (x+1), conforme preconizado por Little & Hills (1978). As
análises foram realizadas com aplicação do teste F a 1% de probabilidade e as médias comparadas
pelo teste T a 5% de probabilidade (SAS, 1996).
Experimento II (desenvolvimento ponderal)
Este estudo foi conduzido na Fazenda São José, pertencente ao município de União de
4. Minas, Estado de Minas Gerais. Foram selecionados 80 bovinos machos (não castrados), da raça
Nelore, entre 12-15 meses de idade, com base no ganho em peso dos animais durante o período pré-
experimental (30 dias). Para randomização e distribuição dos bovinos em quatro grupos de 20
animais cada, utilizou-se como critério o peso do dia zero. A seguir, procedeu-se ao sorteio dos
grupos experimentais, conforme Tabela 1.
Durante todo o experimento, os bovinos foram mantidos juntos, em piquetes com pastagens
de Brachiaria decumbens, recebendo sal mineralizado e água ad libitum. Para determinação do
ganho em peso corporal foram efetuadas pesagens individuais nos dias -30, zero (dia do
tratamento), 50 e 100 após a medicação. Para padronização das pesagens, os animais foram
mantidos em jejum alimentar e hídrico por 12 horas. O ganho em peso corporal, em cada período,
foi calculado considerando-se a diferença entre as pesagens.
As pesagens individuais dos 80 bovinos foram analisadas em delineamento inteiramente
casualizado, considerando o peso corporal, o ganho em peso corporal (GPC) e o ganho em peso
corporal diário (GPCD), aferidos antes dos tratamentos (Dia zero), como co-variáveis, por meio de
análise de variância. A confrontação das médias dos tratamentos, para os parâmetros de
desempenho produtivo foram realizadas pelo teste T (SAS, 2002), a 5% de significância.
Resultados e Discussão
As seguintes espécies de helmintos foram diagnosticadas nos 12 bovinos necropsiados:
Haemonchus placei, Cooperia punctata, Cooperia pectinata, Trichostrongylus axei,
Oesophagostomum radiatum e Trichuris discolor (Tabela 2). Analisando-se esta Tabela, verifica-se
que a ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* alcançou valores de eficácia de 100,0%, 99,98%,
98,87% e 97,78% contra T. axei, H. placei, O. radiatum e C. punctata, respectivamente. Vale
ressaltar que H. placei e C. punctata são os dois mais importantes helmintos parasitos de bovinos
no Brasil Central, correspondendo aproximadamente a 90% da sua carga parasitária (Bianchin et al,
1996; Borges et al, 2001; Landim et al, 2001; Pimentel Neto & Fonseca, 2002).
Rangel et al. (2005) relataram populações de Cooperia spp e de Haemonchus spp resistentes
à ivermectina e à doramectina. Cepas destes dois parasitos resistentes a altas dosagens de
ivermectina (630 mcg/kg) também foram diagnosticadas por Borges et al. (2005). Mello et al.
(2006) descreveram Trichostrongylus spp e Cooperia spp resistentes à várias lactonas
macrocíclicas.
Apesar das avermectinas possuírem mecanismos de ação semelhante, pequenas
particularidades nas estruturas químicas de cada uma delas podem resultar em diferenças na eficácia
5. terapêutica. Possivelmente, tal fato explicaria a elevada eficácia anti-helmíntica alcançada pela
associação contendo ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* contra H. placei e C. punctata.
Salienta-se, que maior eficácia tem sido observada para ivermectina contra artrópodes em
comparação com a abamectina, que é considerada mais atuante contra nematódeos (Shoop e Soll,
2002).
Portanto, a elevada eficácia anti-helmíntica apresentada pela ivermectina 2,25% +
abamectina 1,25%* pode estar relacionada à atividade da abamectina. Alka et al. (2004) observaram
para a abamectina eficácia de 97%, contra T. colubriformis, em ovinos, na Índia, enquanto que a
ivermectina atingiu apenas 63%. Resultados similares foram observados para Teladorsagia
circumcincta parasitando ovinos na Nova Zelândia (Leathwick et al., 2000).
A literatura internacional, para a avaliacão de formulações anti-helmínticas para ruminantes,
WAAVP (Wood et al., 1995) and VICH (Vercruysse et al., 2001), recomenda não apenas eficácia
superior a 90% contra uma determinada espécie de nematódeo, mas também diferença estatística
(P<0,05) entre os grupos tratado e controle. A associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*
reduziu estatisticamente (P < 0.05) as contagens de helmintos das seguintes espécies: H. placei, C.
punctata, T. axei and O. radiatum (Tabela 3).
Para determinar a atividade de um composto contra uma determinada espécie, o número
médio mínimo de nematódeos adultos exigido é de 100 espécimes (Vercruysse et al., 2001). Por esta
razão, o baixo parasitismo do grupo controle por C. pectinata e T. discolor, impossibilitou inferir
sobre a eficácia da ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* contra estes nematódeos. Entretanto,
Borges et al. (2008) constataram que a associação apresentou eficácia superior a 98% contra estas
duas espécies de helmintos.
Na Tabela 4 estão sintetizados os resultados referentes ao desempenho zootécnico dos 80
bovinos experimentais analisados estatisticamente. Observa-se que o tratamento com a associação
ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* foi superior aos demais.
Os grupos medicados com esta associação*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e
solução salina (controle) obtiveram os seguintes ganhos em peso, no 100º DPT: 53,15; 45,70; 48,40;
e 39,55 kg, respectivamente.
Analisando o ganho em peso corporal diário (Tabela 4), verifica-se que os animais
medicados com ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*, moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%**
e solução salina (controle) ganharam, em média, 530, 460, 440 e 400 gramas, respectivamente, ao
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6. longo do experimento (zero a 100 dias).
Decorridos 100 dias pós-tratamento, o grupo medicado com a associação medicamentosa
avaliada* apresentou GPCD estatisticamente superior (P<0,05) ao grupo controle (Tabela 4),
enquanto os grupos tratados com moxidectina 10%** e com ivermectina 3,15%** não diferiram
estatisticamente (P>0,05), quando comparados ao grupo controle, em nenhum dos parâmetros
ponderais avaliados, durante todo o período experimental.
A superioridade da associação ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* no desenvolvimento
ponderal de bezerros desmamados, tem sido amplamente demonstrada por diversos autores
(Bresciani et al., 2003; Costa et al., 2004; Rodrigues et al., 2005).
Portanto, em que pese a ausência de significancia estatística (P<0,05), a associação
ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* proporcionou maior ganho em peso, decorridos 100 dias
do tratamento, com diferenciais de ganhos em peso de 7,45 kg; 4,75 kg e 13,60 kg, em relação aos
tratamentos com moxidectina 10%**, ivermectina 3,15%** e solução salina (controle),
respectivamente.
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11. Tabela 1. Distribuição dos grupos (Experimento II), número de bovinos, tratamentos, via de
aplicação e dose.
Posologia
Grupo No de animais Tratamento Via de aplicação
mL/kg µg/kg
I 20 Ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%* Subcutânea 1/50 450 + 250
II 20 Moxidectina 10%** Subcutânea 1/100 10-3
III 20 Ivermectina 3,15%** Subcutânea 1/50 630
IV 20 Controle (solução salina) Subcutânea 1/50 -
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Produto comercial adquirido no mercado brasileiro
Tabela 2. Médias das contagens das espécies de helmintos diagnosticados em bovinos pertencentes
aos grupos controle e tratado; percentuais de eficácia. Médias aritméticas. CPPAR/FCAV/UNESP,
Jaboticabal - SP, Brasil.
Espécies Número médio de helmintos
Percentuais de eficácia (%)
GII: Ivermectina 2,25% +
de helmintos GI: Controle
abamectina 1,25%*
Haemonchus placei 6564,67 1,67 99,97
Cooperia punctata 751,83 16,67 97,78
Cooperia pectinata 0,00 0,00 -
Trichostrongylus axei 223,00 0,00 100,00
Oesophagostomum radiatum 443,33 5,00 98,87
Trichuris discolor 0,00 1,67 -
*
Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
Tabela 3. Resultados da análise estatística das contagens de espécies de helmintos diagnosticados
em bovinos pertencentes aos grupos controle e tratado; percentuais de eficácia.
CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil.
Grupos Experimentais / Média1 =[∑log(x+1)]/n
Helmintos
GI: Controle GII: Ivermectina 2,25% + abamectina 1,25%*
Haemonchus placei 3,7967 A
0,1736 B
A B
Cooperia punctata 2,3773 0,9113
A A
Cooperia pectinata 0,0000 0,0000
A B
Trichostrongylus axei 2,0810 0,0000
12. Oesophagostomum radiatum 2,0967 A
0,3939 B
Trichuris discolor 0,0000 A
0,1736 A
*
Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
Tabela 4. Comparações multiplas do peso vivo, ganho em peso vivo (GPV) e ganho em peso vivo
diário (GPVD) de bovinos, pertencentes aos grupos tratados e controle. União de Minas, MG;
CPPAR/FCAV/UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil.
Dias pós-tratamento (DPT) / Peso Vivo (kg)1
Grupos
Zero 50 100
Ivermectina 2,25% +
333,45 ± 33,56 A 361,35 ± 35,16 A 386,60 ± 34,04 A
Abamectina 1,25%*
Moxidectina 10%** 334,50 ± 27,81 A 362,00 ± 29,69 A 380,20 ± 34,95 AB
Ivermectina 3,15%** 332,95 ± 30,61 A 356,35 ± 36,11 A 376,60 ± 40,80 AB
Controle 334,15 ± 22,13 A 357,15 ± 28,79 A 373,70 ± 28,98 B
Dias pós-tratamento (DPT) / GPV (kg)1
Grupos
Zero 50 100
Ivermectina 2,25% +
27,45 ± 6,41 A 27,90 ± 9,10 A 53,15 ± 26,16 A
Abamectina 1,25%*
**
Moxidectina 10% 27,35 ± 6,54 A 27,50 ± 7,98 A 45,70 ± 21,79 AB
Ivermectina 3,15% **
27,20 ± 5,88 A 25,95 ± 8,83 A 48,40 ± 19,44 AB
Controle 27,30 ± 5,99 A 23,00 ± 11,72 A 39,55 ± 13,77 B
Dias pós-tratamento (DPT) / GPVD (kg)1
Grupos
Zero 50 100
Ivermectina 2,25% +
0,98 ± 0,23 A 0,56 ± 0,18 A 0,53 ± 0,26 A
Abamectina 1,25%*
**
Moxidectina 10% 0,98 ± 0,23 A 0,55 ± 0,16 A 0,46 ± 0,22 AB
Ivermectina 3,15% **
0,97 ± 0,21 A 0,52 ± 0,18 A 0,48 ± 0,19 AB
Controle 0,97 ± 0,21 A 0,46 ± 0,23 A 0,40 ± 0,14 B
1
: Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo Teste de T (P≥0,05)
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Solution 3,5% LA - Intervet/Schering-Plough Animal Health
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Produto comercial adquirido no mercado brasileiro