4. • Entre 1918 e 1938, o mundo viveu um período
chamado “entreguerras”: vinte anos que
separaram as duas grandes guerras mundiais.
Com o fim da Primeira Guerra, em 1918, a
Alemanha, derrotada, encontrava-se em uma
profunda crise. Para sair da guerra e manter o
que restou de seu exército, assinou um
acordo de paz chamado “Tratado de
Versalhes”.
5. • Esse tratado, além de responsabilizar a
Alemanha pela Primeira Guerra, proibia o país
de fabricar armas, tanques e aviões; obrigava
a devolução de territórios conquistados e a
redução do exército alemão, além de exigir o
pagamento de uma indenização aos países
vitoriosos, pelos danos de guerra.
7. • Essas imposições criaram na Alemanha um
clima de revanchismo, revolta, por parte da
população que estava se sentindo humilhada.
No final da guerra, Imperador Guilherme II
renunciou e começou na Alemanha a
“República de Weimar”.
8. • Na economia interna alemã vemos uma
grande inflação: o marco extremamente
desvalorizado, com uma emissão de moeda
desgovernada. Socialmente, surgem
subversões: os ex-combatentes, insatisfeitos
por terem lutado, perdido e, ainda, estarem
pagando a dívida, têm uma tendência à rigidez
militar, luta armada, ou seja, à ditadura.
9. • Surge também uma classe de enriquecidos,
que se aproveitou da guerra, e de
empobrecidos, que emprestou dinheiro ao
Estado e não recebeu de volta. Existe um
sistema democrático (a República de Weimar),
mas existe uma grande pobreza, campo fértil
para o totalitarismo.
10. • A situação econômica piora ainda mais quando o
marco alemão desaba; a moeda alemã só consegue
se estabilizar em novembro de 1923, quando sua
cotação atinge 4,6 bilhões de marcos para US$ 1. A
hiperinflação tem efeito devastador sobre a
economia, desorganizando a produção e o comércio.
Em 1931, há mais de 06 milhões de desempregados,
quase 30 mil falências e a produção cai em todos os
setores.
11. • De 1919 até 1929, a chamada República de Weimar
enfrentou enormes dificuldades. Apesar das
reformas trabalhistas que limitavam o tempo de
trabalho a oito horas e de um conselho de patrões e
empregados criado para orientar a política
econômica do país, a miséria e a fome
13. • abatiam-se sobre a Alemanha em
consequência da contínua desvalorização
monetária, provocada por necessidade de
pagar as prestações de guerra aos aliados
franceses tornou a situação ainda mais crítica.
Em 1923, a inflação era galopante.
14. • Nesse contexto de crise, os milhões de
desempregados, bem como muitos
integrantes dos grupos dominantes, passaram
a acreditar nas promessas de Hitler de
transformar a Alemanha num país rico e
poderoso.
15. • Os alemães viam em Hitler uma salvação para
a crise que o país enfrentava. Rapidamente o
partido cresceu. Agricultores, jovens,
soldados, em todas as classes, tornaram-se
adeptos do novo partido. Mas quando, onde e
como surgiu o Partido Nazista?
16. • Primeiro vamos aprender um pouco sobre a
história de Adolf Hitler para depois falarmos
de sua ascensão ao poder na Alemanha:
18. • Nasceu em 1889, na cidade austríaca de
Braunau, na Áustria. Adolf Hitler era filho de
Alois Hitler. Sua mãe, Klara Poezl Hitler, era
prima de seu pai; e foi até a casa de Alois para
cuidar da esposa dele que já estava muito
doente e prestes a morrer. Depois de ficar
viúvo, Alois decidiu casar-se com Klara.
19. • Para isso, teve que pedir permissão à Igreja
Católica, que só liberou o casamento depois
da gravidez de Klara. Do casamento de Alois e
Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula.
Durante os primeiros anos de sua juventude,
Adolf era conhecido como um rapaz
inteligente e mal-humorado. Na adolescência,
foi duas vezes reprovado no exame de
admissão da Escola de Linz.
24. • Nesse mesmo período começou a formular
suas primeiras idéias de caráter anti-semita,
sendo fortemente influenciado pelo professor
chamado Leopold Poetsch.
25. • A relação de Hitler com seus pais era bastante
ambígua. À mãe dedicava extremo carinho e
dedicação. Com o pai tinha uma relação
conflituosa, marcada principalmente pela
oposição que Alois fazia ao interesse de Adolf
pelas artes e a arquitetura.
26. • Frustrado com o seu insucesso na sequência
de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena,
aos 21 anos, vivendo de pequenos serviços.
Vivendo em condições precárias, mudou-se
para Munique quando tinha 25 anos de idade.
28. • Com a explosão da Primeira Guerra Mundial,
decidiu se alistar voluntariamente no Exército
Alemão, incorporando o 16º Regimento de
Infantaria Bávaro.
• Lutando bravamente nos campos de batalha,
conquistou condecorações por bravura
durante sua atuação militar e recomendações
de um superior de origem judaica.
29.
30. • Em 1919, depois de presenciar a derrota
militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo
político chamado Partido Trabalhista Alemão.
• Em meio às dificuldades que o povo alemão
enfrentava, esse partido discutia soluções
extremas mediante os problemas da
Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a
extinção dos tratados da Primeira Guerra, a
exclusão sócio-econômica da população
judaica, melhorias no campo econômico e a
igualdade de direitos políticos.
31. • Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler
começou a angariar a adesão de novos
partidários e propôs a mudança do partido
para o nome de Partido Nacional-Socialista
dos Trabalhadores Alemães.
32.
33. • A renovação do nome acompanhou a criação
de uma nova simbologia ao partido (uma
bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a
incorporação de milícias comprometidas a
defender o ideal do partido. As chamadas
Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de
perturbar as reuniões de grupos marxistas,
estrangeiros e comunistas.
34.
35.
36. • A Figura acima é o símbolo do Nazismo:
• A Cruz Suástica - O uso da suástica era
associado pelos teóricos nazistas à sua
hipótese da descendência cultural ariana dos
alemães. É um símbolo utilizado por muitos
povos antigos e com vários significados
diferentes.
37. • Após a organização do Partido Nacional-
Socialista dos Trabalhadores Alemães
(Nazista), Hitler percorreu a Alemanha para
divulgá-lo e conseguir mais adeptos. As
reuniões do partido eram feitas com alguns
rituais, como numerosas paradas, ataques
violentos aos socialistas, além dos uniformes.
38. • Foi fundado também um jornal partidário.
Vários adeptos foram recrutados entre
desempregados. Alguns intelectuais também
se filiaram.
• Com a crise de 1923, Hitler organizou uma
manifestação militar para tomar o poder.
Numa concentração em Munique, avisou que
uma revolução nacional começara; mas o
povo não o seguiu.
39. • Após um conflito com a polícia, Hitler foi
preso e o Partido Nazista começou um
declínio contínuo, até que, em 1929, havia
menos de 120.000 membros. Ele foi
condenado a cinco anos de prisão, dos quais
só cumpriu oito meses. Nesse meio tempo,
escreveu as primeiras linhas de sua obra (um
misto de autobiografia e manifesto político)
chamada “Mein Kampf” (Minha Luta).
41. • Quando foi solto, resolveu refazer as diretrizes
de seu partido incorporando ideias do
fascismo, noções de disciplina rígida e a
formação de grupos paramilitares. Adotando
uma teoria de racista, Hitler dizia que o povo
alemão era descendente da raça ariana,
destinada a construir de uma nação forte e
próspera.
42. • Para isso deveriam proibir a diversidade étnica
em seu território, porque senão perderiam
suas forças produtivas para raças
descomprometidas com os arianos.
43. • As eleições presidenciais de 1925 foram vencidas
pelo Marechal Von Hindenburg que, com a ajuda do
capital estrangeiro, especialmente norte-americano,
conseguiu com que a economia do país voltasse a
crescer lentamente. Esse crescimento, porém, durou
só até 1929.
44. • De 1930 em diante, porém, os capitalistas
estrangeiros começaram a retirar seus
empréstimos. A inflação recomeçou e a crise
econômica também. A produção do país
entrou em declínio. A miséria da população
permitiu a ascensão política do Partido
Nazista, bem como do partido Comunista. Nas
eleições de 1930, essa tendência se
manifestou claramente.
45. • Os nazistas elegeram 107 deputados e os
comunistas 77, em detrimento dos partidos
liberais. Em 1932, terminava o período
presidencial de Hindenburg; ele se candidatou
novamente, tendo Hitler como adversário.
Foram necessárias duas eleições para decidir
o pleito. Hitler perdeu, mas obteve um grande
número de votos.
46. • Assim, nas eleições parlamentares de 1932, o Partido
Nazista conseguiu obter 38% dos votos (230
deputados), mais do que qualquer outro partido.
• Aproveitando-se disso, os nazistas passaram a
pressionar o presidente e este concedeu a Hitler o
cargo de chanceler (chefe do governo).
47. • Em 1933, não suportando as pressões da crise
econômica alemã, o presidente convocou
Hitler para ocupar o cargo de chanceler
(Primeiro-Ministro). Em pouco tempo, Hitler
conseguiu dar vários golpes políticos que lhe
deram o controle absoluto da Alemanha.
49. • No poder, Hitler conseguiu rapidamente que o
Parlamento aprovasse uma lei que lhe
permitia governar sem dar satisfação de seus
atos a ninguém. Em seguida, com base nessa
lei, ordenou a dissolução de todos os partidos,
com exceção do Partido Nazista.
51. • Em agosto de 1934, morreu Hindenburg e Hitler
passou a ser o presidente da Alemanha, com o título
de Führer (guia, condutor).
• Fortalecido, o Führer lançou mão de uma
propaganda sedutora e de violência policial para
implantar a mais cruel ditadura que a humanidade já
conhecera.
54. • A propaganda era dirigida por Joseph Goebbles,
doutor em Humanidades e responsável pelo
Ministério da Educação do Povo e da Propaganda.
Esse órgão era encarregado de manter um rígido
controle sobre os meios de comunicação, escolas e
universidades e de produzir discursos, hinos,
símbolos, saudações e palavras de ordem nazista.
56. • Já a violência policial esteve sob o comando de
Heinrich Himmler, um racista extremado que se
utilizava da SS (tropas de elite), das SA (tropas de
choque) e da Gestapo (polícia secreta de Estado)
para prender, torturar e eliminar os inimigos do
nazismo.
60. • No plano econômico, o governo hitlerista
estimulou o crescimento da agricultura, da
indústria de base e, sobretudo, da indústria
bélica. Com isso, o desemprego diminuiu, o
regime ganhou novos adeptos e a Alemanha
voltou a se equipar novamente, ignorando os
termos do Tratado de Versalhes.
66. A NOITE DOS LONGOS PUNHAIS
Foi um episódio de conspiração, traição e morte
nas entranhas do poder da Alemanha nazista.
Numa mal sucedida resistência à liderança de
Adolf Hitler, o capitão Ernst Röhm, seu antigo
colaborador e comandante da Seção de
Assalto - SA Sturmabteilung, braço militar do
Partido Nazista, passou a defender
publicamente a transformação da mesma em
uma milícia independente, e com poderes
para controlar o exército alemão.
67. • A reivindicação de Röhm alarmou os generais,
que passaram a cobrar de Hitler uma resposta
enérgica. O ex-colaborador não imaginava o
seu destino, após cair em desgraça com o
Führer. Alegando reação a uma rebelião no
seio da SA, então com dois milhões e meio de
soldados, Hitler livrou-se de maneira brutal
dos seus traidores.
68. • Durante a madrugada, elementos da sua
guarda pessoal, a SS - Schutzstaffel, invadiram
o hotel em que Röhm se encontrava na
companhia de outros líderes da SA.
Surpreendidos, todos foram detidos e
rapidamente fuzilados. A inquietação pública
na capital foi evidente e deu margens aos
mais aterradores boatos.
69. • Para conter a agitação, o governo reforçou a
segurança nas ruas com a SS, e deu ordens
extremas à imprensa que não noticiasse os
fatos, sob risco de severa punição aos
desobedientes. Oficialmente, o governo
alegou que a SA preparara um golpe contra o
Reich. Na realidade, porém, Hitler
concretizava mais uma de suas estratégias de
poder.
70. • Como um ano antes ele tinha liquidado a
esquerda alemã, o massacre significou a
eliminação dos seus últimos rivais. Sem
contestação, Hitler era o líder supremo.
71. • A SS, força de elite ideológica e racial, passou
a ter grande relevância na estrutura do poder,
encarregada da segurança interna da
Alemanha. O banho de sangue custou dezenas
de vidas, muitas sem qualquer ligação com
Röhm.
73. A TEORIA DO ESPAÇO VITAL
• O objetivo dos nazistas era construir um império
ariano, puro e forte, centralizado em torno de Hitler.
O passo decisivo para esse projeto se tornar
realidade seria a expansão territorial e a integração
de todas as comunidades germânicas da Europa num
"espaço vital" único. Além da própria Alemanha, isso
incluiria a Áustria, a Tchecoslováquia, a Prússia
(oeste da Polônia) e a Ucrânia.