O documento descreve a transição do período republicano romano para o Império Romano, com a ascensão de Otávio Augusto como primeiro imperador após derrotar Marco Antônio. Relata também as invasões bárbaras que enfraqueceram o Império Romano do Ocidente no século V, levando à queda de Roma em 476.
3. • Em 60 a.C. estabeleceu-se o Primeiro
Triunvirato*, formado por Crasso, Julio César e
Pompeu para governar Roma. Pouco tempo
depois de assumir o poder, Crasso foi
assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre
Pompeu e Julio César. César saiu vitorioso e
tornou-se ditador supremo de Roma.Promoveu,
durante o seu governo, diversas reformas sociais
para controlar a situação. Em 44 a.C. foi
assassinado por uma conspiração organizada por
membros do Senado.
4.
5.
6. • Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo
Triunvirado, composto por Marco Antonio,
Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os
três: Lépido ficou com os territórios africanos,
mas depois foi forçado a retirar-se da política;
Otávio ficou responsável pelos territórios
ocidentais; e Marco Antonio assumiu o
controle dos territórios do Oriente.
7. • Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco
Antonio, que se apaixonara pela rainha
Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado
que Marco Antonio pretendia formar um
império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio
dos romanos para derrotá-lo. Assim, tornou-
se o grande senhor de Roma.
8.
9.
10. • A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando
poderes e títulos, entre eles o de augusto, e o
de imperador.
• Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei
absoluto de Roma . Mas não assumiu
oficialmente o título de rei e permitiu que as
instituições republicanas (Senado, Comício
Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo
na aparência.
12. • O alto império foi a fase de maior esplendor
desse período.
• Durante o longo governo de Otávio Augusto ( 27
a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais
administrativas foi realizada. Roma ganhou em
prosperidade econômica. O imenso império
passou a desfrutar um período de paz e
segurança, conhecido como Pax Romana.
• Após a morte de Otavio Augusto , o trono
romano foi ocupado por vários imperadores, que
pode ser agrupados em quatro dinastias:
13. • Dinastia dos Julios-Claudius (14-68) – Tibério,
Calígula, Claudio e Nero;
• Dinastia dos Flávios (69-96) –Vespasiano e
Domiciano;
• Dinastia dos Antoninos (96-192) – Nerva, Trajano,
Adriano, Marco Arélio, Antinino Pio e Cômodo.
• Dinastia dos Severos (193-235) – Sétimo, Severo,
Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo
Alexandre.
17. Baixo Império (235-476):
• O baixo império corresponde à fase final do
período imperial. Costuma ser subdividido em:
• Baixo Império pagão (235-305) – período em que
dominava as religiões não-cristãs.Destacou-se o
reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do
enorme império entre quatro imperadores
(tetrarquia) para facilitar a administração. Esse
sistema de governo, entretanto não se
consolidou.
18. • Baixo Império Cristão (306-476) – nesse
período, destacou-se o reinado de
Constantino, que através do Edito de Milão,
concedeu liberdade religiosa aos cristãos.
Consciente dos problemas de Roma,
Constantino decidiu mudar a capital do
império para a parte oriental. Para isso
remodelou a antiga Bizâncio ( cidade fundada
pelos gregos) e fundou Constantinopla, que
significava "cidade de Constantino"
23. Causas da crise do Império
Romano:
• Enorme extensão territorial do império que
dificultava a administração e controle militar
(defesa);
• Com o fim das guerras de conquistas também
diminuíram a entrada de escravos. Com
menos mão-de-obra ocorreu uma forte crise
na produção de alimentos.
24. • A queda na produção de alimentos gerou a
diminuição na arrecadação de impostos. Com
menos recursos, o império passou a ter
dificuldades em manter o enorme exército;
• Aumento dos conflitos entre as classes de
patrícios e plebeus, gerando instabilidade
política;
25. • Crescimento do cristianismo que contestava
as bases políticas do império (guerra,
escravidão, domínio sobre os povos
conquistados) e religiosas (politeísmo e culto
divino do imperador);
• Aumento da corrupção no centro do império
(Roma) e nas províncias (regiões
conquistadas);
26. • Estes motivos enfraqueceram o Império
Romano, facilitando a invasão dos povos
bárbaros germânicos no século V.
27. Os Povos Bárbaros:
• Os povos bárbaros eram de origem germânica
e habitavam as regiões norte e nordeste da
Europa e noroeste da Ásia, na época do
Império Romano. Viveram em relativa
harmonia com os romanos até os séculos IV e
V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas
e comércio com os romanos, através das
fronteiras. Muitos germânicos eram
contratados para integrarem o poderoso
exército romano.
28.
29.
30. • Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para
todos aqueles que habitavam fora das
fronteiras do império e que não falavam a
língua oficial dos romanos: o latim. A
convivência pacífica entre esses povos e os
romanos durou até o século IV, quando uma
horda de hunos pressionou os outros povos
bárbaros nas fronteiras do Império Romano.
33. • Nos séculos IV e V, o que se viu foi uma
invasão, muitas vezes violenta, que acabou
por derrubar o Império Romano do Ocidente.
Além da chegada dos hunos, podemos citar
como outros motivos que ocasionaram a
invasão dos bárbaros: a busca de riquezas, de
solos férteis e de climas agradáveis.
34. Divisão e Declínio do Império e
Invasão Bárbara:
• Com a morte de Teodósio, em 395, o grande
império Romano foi dividido em: Império
Romano do Ocidente, com sede em Roma; e
Império Romano do Oriente, com sede em
Constantinopla.
• A finalidade dessa divisão era fortalecer cada
uma das partes do império para vencer a ameaça
das invasões Bárbaras. Entretanto, o Império
Romano do Ocidente não teve organização
interna para resistir aos sucessivos ataques dos
povos bárbaros.
43. Principais Povos Bárbaros
(Germânicos):
• - Alanos: originários do nordeste do Cáucaso.
Entraram no Império Romano entre os séculos
IV e V. Ocuparam a região da Hispânia e o
norte da África.
• - Saxões: originários do norte da atual
Alemanha e leste da Holanda. Penetraram e
colonizaram as Ilhas Britânicas no século V.
44.
45. • - Francos: estabeleceram-se na região da atual
França e fundaram o Reino Franco (veja
exemplo de obra de arte abaixo).
• - Lombardos: invadiram a região norte da
Península Itálica.
• Anglos e Saxões: penetraram e instalaram-se
no território da atual Inglaterra
46. • Burgúndios: estabeleceram-se na sudoeste da
França
• - Visigodos: instalaram-se na região da Gália,
Itália e Península Ibérica (veja exemplo abaixo
da arte visigótica)
• - Suevos: invadiram e habitaram a Península
Ibérica
47. • - Vândalos: estabeleceram-se no norte da
África e na Península Ibérica
• - Ostrogodos: invadiram a região da atual
Itália
52. • Os bárbaros tinham exército eficientes, que
contavam com soldados guerreiros, coesão
interna das tropas e boas armas metálicas.Apesar
de rudes, os bárbaros exibiam ideal e vigor.
Roma, por sua vez, mostrava-se corrompida pela
discórdia, pela indisciplina no exército e pela falta
de entusiasmo das populações miseráveis. É por
isso que cerca de quinhentos mil bárbaros
conseguiram desestabilizar o um império com
mais de oitenta milhões de pessoas.
53. Economia, Arte, Política e Cultura
dos Bárbaros Germânicos:
• A maioria destes povos organizavam-se em
aldeias rurais, compostas por habitações
rústicas feitas de barro e galhos de árvores.
Praticavam o cultivo de cereais como, por
exemplo, o trigo, o feijão, a cevada e a ervilha.
Criavam gado para obter o couro, a carne e o
leite.
54. • Dedicavam-se também às guerras como forma
de saquear riquezas e alimentos. Nos
momentos de batalhas importantes,
escolhiam um guerreiro valente e forte e
faziam dele seu líder militar. Eles eram
politeístas e adoravam deuses representantes
das forças da natureza. Odin era a principal
divindade e representava a força do vento e a
guerra.
55. • Para estes povos havia uma vida após a
morte, onde os bravos guerreiros mortos em
batalhas poderiam desfrutar de um paraíso.
A mistura da cultura germânica com a romana
formou grande parte da cultura medieval, pois
muitos hábitos e aspectos políticos, artísticos
e econômicos permaneceram durante toda a
Idade Média.
56.
57. Os Hunos:
• Dentre os povos bárbaros, os hunos foram os
mais violentos e ávidos por guerras e
pilhagens. Eram nômades ( não tinham
habitação fixa e viviam a percorrer campos e
florestas ) e excelentes criadores de cavalos.
Como não construíam casas, viviam em suas
carroças e também em barracas que armavam
nos caminhos que percorriam.
58. • A principal fonte de renda dos hunos era a
prática do saque aos povos dominados.
• Quando chegavam numa região, espalhavam
o medo, pois eram extremamente violentos e
cruéis com os inimigos. O principal líder deste
povo foi Átila, o líder huno responsável por
diversas conquistas em guerras e batalhas.
59.
60.
61.
62.
63. • Em 476, o último imperador de Roma, Rômulo
Augusto, foi deposto por Odoacro, rei do
hérulos, um dos povos bárbaros.
• Quanto ao Império Romano do Oriente,
embora com transformações, sobreviveu até
1453, ano em que os turcos conquistaram
Constantinopla.