O documento discute os fundamentos da lógica formal, começando por definir lógica formal como o estudo das condições de coerência do pensamento e do discurso. Em seguida, explica os principais conceitos da lógica aristotélica, incluindo termos e proposições, a classificação de proposições quanto à quantidade e qualidade, a extensão e compreensão dos termos, os princípios da lógica, o quadrado das oposições e a subalternação. Por fim, introduz os elementos básicos da argumentação
2. O QUE É A LÓGICA FORMAL?
• Lógica Formal - estudo das condições de
coerência do pensamento e do discurso.
• A lógica formal estuda argumentos,
procurando estabelecer a relação entre a
forma de um argumento e a sua validade.
• A lógica ensina a distinguir argumentos de
não-argumentos e argumentos válidos de
argumentos não-válidos.
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3. • A lógica faz parte do nosso cotidiano. Na
família, no trabalho, no lazer, nos encontros
entre amigos, na política, sempre que nos
dispomos a conversar com as pessoas
usamos argumentos para expor e defender
nossos pontos de vista.
• Os pais discutem com seus filhos
adolescentes sobre o que podem ou não
fazer, e estes rebatem com outros
argumentos.
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4. • Se assim é, tanto melhor que saibamos o
que sustenta nossos raciocínios, o que os
torna validos e em que casos são incorretos.
O estudo da lógica serve para organizar as
ideias de modo mais rigoroso, para que não
nos enganemos em nossas conclusões.
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5. • Vamos aqui examinar como surgiu a lógica
na Antiguidade Grega.
• Embora os sofistas e também Platão tenham
se ocupado com questões lógicas, nenhum
deles o fez com a amplitude e o rigor
alcançados por Aristóteles (séc. IV a.C.). O
próprio Filósofo, porém, não denominou
seu estudo de lógica, palavra que só
apareceu mais tarde, talvez no século
seguinte, com os estoicos.
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6. A ETIMOLOGIA
Lógica.
• Do grego logos, palavra
"expressão", "pensamento",
"conceito", "discurso", "razão".
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7. • A obra de Aristóteles dedicada a lógica
chama-se Analíticos e, como o próprio
nome diz, trata da analise do pensamento
nas sua partes integrantes.
• Essas e outras obras sobre lógica foram
reunida com o titulo de Organon, que
significa “instrumento” e, no caso,
instrumento para se proceder corretamente
no pensar.
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8. Vejamos o que significa a lógica, como
instrumento do pensar.
• O estudo dos métodos e princípios da
argumentação;
• A investigação das condições em que a conclusão
de um argumento se segue necessariamente de
enunciados iniciais, chamados premissas;
• O estudo que estabelece as regras da forma
correta das operações do pensamento e identifica
as argumentações não válidas.
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10. 1 - TERMO E PROPOSIÇÃO
• A proposição é um enunciado no qual afirmamos
ou negamos um termo (um conceito) de outro.
• Podem ser verdadeiras ou falsas.
• Na lógica aristotélica uma proposição é um tipo
particular de sentença, a saber, aquela que afirma
ou nega um predicado de um sujeito.
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Em um dado sistema lógico, um termo é um nome
associado a um objeto do universo de discurso.
11. No exemplo:
“Todo cão é mamífero”
(Todo C é M)
temos uma proposição em que o
termo
“mamífero” afirma-se do termo
“cão”.
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12. 2 - QUALIDADE E QUANTIDADE
• As proposições podem ser distinguidas pela
Qualidade e pela Quantidade:
• Quanto à qualidade são: afirmativas ou negativas:
“Todo C é M” ou “Nenhum C é M”
• Quanto à quantidade são: universais ou particulares.
Podem ser singulares caso se refiram a um só indivíduo;
“Todo C é M”; “Algum C é M”; “Este C é M”,
respectivamente.
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13. EXERCITANDO:
A QUANTIDADE E QUALIDADE DAS SEGUINTES
PROPOSIÇÕES:
“Todo cão é mamífero”:
“Nenhum animal é mineral”:
“Algum metal não é solido”:
“ Sócrates é mortal”:
“Algum político não é corrupto”:
“ Todo brasileiro não é sábio”:
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UNIVERSAL AFIRMATIVA
UNIVERSAL NEGATIVA
PARTICULAR NEGATIVA
SINGULAR AFIRMATIVA
PARTICULAR NEGATIVA
UNIVERSAL NEGATIVA
14. Classificar as proposições quanto à
quantidade e à qualidade
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Tipos de
Proposição
Universais
(Todos; Nenhum)
Afirmativas
(é)
Negativas
(não é)
Particulares
(Alguns)
Afirmativas
(é)
Negativas
(não é)
17. 3 – EXTENSÃO DOS TERMOS
• A extensão é a amplitude de um termo,
isto é, a coleção de todos os seres que o
termo designa no contexto da
proposição.
• É fácil identificar a extensão do
sujeito, mas a do predicado exige
maior atenção.
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18. • A extensão do predicado é mais difícil de
determinar
Todos os falcões são aves
Universal Afirmativa (A)
Nesta proposição, o predicado não está distribuído, ou seja
não é universal.
A proposição refere todos os falcões, mas não refere todas as
aves.
Dizer: Todos os falcões são aves equivale a dizer que
algumas aves são falcões.
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23. A Distinção entre a extensão e a compreensão nos
permite classificar os termos em 3 tipos:
1 – Gênero: extensão maior, compreensão menor.
(animal)
2 – Espécie: extensão menor, compreensão média.
(homem)
3 – Individuo: extensão menor, compreensão maior.
(Socrátes)
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25. OBSERVE OS SEGUINTES EXEMPLOS:
Todo paulista é brasileiro.
(Todo P é B)
Nenhum brasileiro é argentino.
(Todo B não é A)
Algum paulista é solteiro.
(Algum P é S)
Alguma mulher não é justa.
(Alguma M não é J)
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27. 4 – PRINCÍPIOS DA LÓGICA
• Para compreender as relações que se estabelecem
entre as proposições, foram definidos os
primeiros princípios da lógica, assim chamados
por serem anteriores a qualquer raciocínio e
servirem de base a todos os argumentos. Por
serem princípios, são de conhecimento imediato
o, portanto, indemonstráveis.
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Geralmente distinguem-se três princípios:
o de identidade, o de não contradição e o do terceiro
excluído.
28. 1. Segundo e princípio de identidade, se um enunciado é
verdadeiro, então ele é verdadeiro.
2. O principio de não contradição — que alguns denominam
simplesmente princípio de contradição — afirma que não é
o caso de um enunciado e de sua negação. Portanto, duas
proposições contraditórias não podem ser ambas verdadeiras:
se for verdadeira que “alguns seres humanos não são justos”,
é falso que “todos os seres humanos são justos".
3. O principio de terceiro excluído — às vezes chamado
princípio do meio excluído — afirma que nenhum
enunciado é verdadeiro nem falso. Ou seja, não há um
terceiro valor. Como disse Aristóteles, "entre os opostos
contraditórios não existe um meio”.
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29. 5 – QUADRADO DAS OPOSIÇÕES
• Com base na classificação das proposições
segundo a quantidade e a qualidade, são
possíveis diversas combinações, que podem ser
visualizadas pelo chamado quadrado de
oposições , diagrama que explicita as relações
entre proposições contrarias , subcontrárias,
contraditórias e subalternas.
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30. 30
Tipos de
Proposição
Sujeito Predicado Proposição
A Universal Particular U/A
E Universal Universal U/N
I Particular Particular P/A
O Particular Universal P/N
Vamos identificar cada proposição com uma letra:
31. • Termo sujeito – está universal nas proposições
universais (A e E), vem sempre acompanhado pelo
quantificador (Todos, Nenhum ou Alguns) quando
a proposição se apresenta na forma canónica.
• Termo predicado – está universal nas
proposições negativas (E e O)
• Termo universal – o termo de uma proposição
que designa todos os elementos do conceito.
• Termo não universal – o termo de uma
proposição que se refere apenas a parte dos
elementos abrangidos pela extensão do conceito.
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33. As proposições contraditórias
(A e O) e (E e I)
não podem ser ambas
verdadeiras ou ambas falsas.
Se considerarmos verdadeira a proposição
“Todos os homens são mortais”,
“Algum homem não é mortal” será falsa.
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34. As proposições contrárias
(A e E)
não podem ser ambas verdadeiras, embora
possam ser ambas falsas;
se “Todo homem é mamífero” for verdadeira,
“Nenhum homem é mamífero” será falsa.
Já “Todo homem é justo” e “Nenhum homem
é justo” podem ser ambas falsas.
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35. As proposições subcontrárias
(I e O)
não podem ser ambas falsas, mas ambas
podem ser verdadeiras, ou uma verdadeira e
a outra falsa:
“Algum homem é justo” e “Algum homem
não é justo" podem ser verdadeiras.
Mas, se “Algum cão é gato" é falsa, então
“Algum cão não é gato” é verdadeira.
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36. Quanto às subalternas,
se A é verdadeira, I é verdadeira;
se A é falsa, I pode ser verdadeira ou falsa;
se I é verdadeira, A pode ser verdadeira ou
falsa; se I é falsa, A é falsa.
Se E é verdadeira, O é verdadeira; se E é
falsa, O pode ser verdadeira ou falsa; se O é
verdadeira, E pode ser verdadeira ou falsa; se
O é falsa, E é falsa.
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37. Subalternação
• Subalternação consiste num raciocínio no qual
há uma única premissa que é universal e a
conclusão é de um tipo subalterno ao da
premissa, havendo a comutação entre sujeito e
predicado.
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38. • Subalternação A-I
• Todo A é B.
• Logo alguns Bs são As.
Exemplos:
• Todo triângulo é polígono.
• Logo alguns polígonos são triângulos.
• Todos gatos são mamíferos.
• Logo alguns mamíferos são gatos.
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39. • Subalternação E-O
• Nenhum A é B.
• Logo alguns Bs não são As.
• Exemplos:
• Nenhum mamífero é réptil.
• Logo alguns répteis não são mamíferos.
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40. EXERCÍCIO NO CADERNO
• 1. Considere-se a seguinte frase:
“Todo o mal do mundo resulta do livre arbítrio”.
1) Qual é a sua subalterna?
2) Qual é a sua contrária?
3) Qual é a sua contraditória?
• 2. Considere-se a seguinte frase:
“Algumas verdades são relativas”.
1) Qual é a sua contraditória?
2) Qual é a sua subcontrária?
3) Há alguma proposição que seja a sua subalterna? Porquê?
3 - Se é falso que “alguns humanos são imortais”, qual a
contraditória e seu valor de verdade?
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41. 6 – ARGUMENTAÇÃO
• A argumentação é um discurso em que
encadeamos proposições para chegar a uma
conclusão.
• Verdade matéria ou conteúdo das
proposições
• Os argumentos são válidos ou não-válidos.
• Validade forma
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42. • A validade de um argumento decorre exclusivamente do tipo
de relação (forma lógica) que se estabelece entre as
premissas e a conclusão, sendo independente do conteúdo
das proposições (ou seja, da sua verdade ou falsidade).
• Assim sendo, um argumento é válido quando a conclusão
decorre necessariamente da relação estabelecida entre as
premissas.
• Um argumento é não-válido (inválido) quando a
conclusão não decorre necessariamente das premissas.
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43. Quando um argumento é válido, se tem as premissas
verdadeiras, tem uma conclusão necessariamente
verdadeira (é o caso da dedução correta).
MAS É NECESSÁRIO SABER ALGUMAS
INFORMAÇÕES SOBRE A ARGUMENTAÇÃO.
A PRÓXIMA ETAPA CONHECIDA COMO:
ELEMENTOS DO SILOGISMO
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44. • TERMOS - Segundo a primeira regra o
silogismo contém somente três termos, a saber:
•
Termo Menor [t] - isto é, o termo de menor
extensão. É o sujeito da conclusão.
• Termo Médio [M] - isto é, o termo responsável
pela união dos extremos na conclusão lógica,
tornando assim possível o silogismo.
• Termo Maior [T] - isto é, o termo de maior
extensão. Constitui o predicado (ou o atributo) da
conclusão.
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45. • PROPOSIÇÕES - Também são em número de
três, nomeadas segundo os termos que contém:
• Premissa Maior [PM] - aquela que contém o
termo médio e o maior.
• Premissa Menor [Pm] - aquela que contém o
termo médio e o menor.
• Conclusão [C] - aquela que contém os dois
extremos [isto é, os termos maior e menor]
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46. EXEMPLO:
O mercúrio não é sólido. (premissa maior)
O mercúrio é um metal. (premissa menor)
Logo algum metal não é solido. (conclusão)
Estamos diante de uma argumentação composta por três
proposições em que a última, a conclusão deriva logicamente
das duas anteriores, chamadas premissas. Aristóteles denomina
silogismo esse tipo de argumentação.
Em grego, silogismo significa "ligação": a ligação de dois
termos por meio de um terceiro.
No exemplo, há os termos “mercúrio”, “metal” e “sólido”.
Conforme a posição que ocupam na argumentação, termos
podem ser médio, maior e menor;
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47. O mercúrio não é sólido
O mercúrio é um metal.
Logo algum metal não é solido.
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t
TM
M
Tt
48. Examinemos outros silogismos
• Todos os cães são mamíferos.
• Todos os gatos são mamíferos.
• Logo, todos os gatos são cães.
• Nesse silogismo as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa;
a argumentação é inválida.
• Exemplo 2
48
M
M
T
t
49. • Todos os homens são louros.
• Pedro é homem.
• Logo, Pedro é louro.
Exemplo 3
• Percebemos que a primeira premissa é falsa e,
apressadamente, concluímos que o raciocínio não
e válido.
• Engano: estamos diante de um argumento
logicamente válido, isto é, que não fere as regras
do silogismo — mais adiante veremos por que.
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50. • Todo inseto é invertebrado.
• Todo inseto é hexápode (tem seis patas).
• Logo, todo hexápode é invertebrado.
• Nesse caso, todas as proposições são
verdadeiras.
• No entanto, a inferência é inválida.
Exemplo 4
50
51. 7 – REGRAS DO SILOGISMO
• Primeiramente, vamos distinguir
verdade e validade.
• Em seguida, consultaremos as regras
do silogismo para saber se um
argumento é válido ou inválido.
51
52. Verdade e validade
• E preciso muita atenção no uso de
verdadeiro/falso, válido/inválido.
• As proposições podem ser verdadeiras ou
falsas: uma proposição é verdadeira quando
corresponde ao fato que expressa.
• Os argumentos são válidos ou invadidos (e
não verdadeiros ou falsos): um argumento é
válido quando sua conclusão é
consequência lógica de suas premissas.
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53. Argumentos podem ser:
• - Válidos mas não verdadeiros
• Verdadeiros mas não válidos
• Falsos e inválidos
• Verdadeiros e válidos (argumento
sólido)
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55. • 1. O silogismo só deve ter três termos (o maior, o menor e o
médio).
• 2. De duas premissas negativas nada resulta.
• 3. De duas premissas particulares nada resulta.
• 4. O termo médio nunca entra na conclusão.
• 5. O termo médio deve ser pelo menos uma vez universal.
• 6. Nenhum termo pode ser universal na conclusão sem ser
universal nas premissas.
• 7. De duas premissas afirmativas não se conclui uma negativa.
• 8. A conclusão segue sempre a premissa mais fraca (se nas
premissas uma delas for negativa, a conclusão deve ser
negativa; se uma for particular a conclusão deve ser particular).
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56. Exemplo 2 (Todos os cães...): o termo médio que
aparece na primeira e na segunda premissas é
“mamífero” e faz a ligação entre “cão” e “gato”.
Segundo a regra 5 do silogismo, o termo médio
deve ter pelo menos uma vez extensão universal,
mas nas duas proposições ele é particular, ou seja,
“Todos os cães são (alguns dentre os) mamíferos” e
"Todos os gatos são (alguns dentre os) mamíferos”.
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57. Exemplo 4 (Todo inseto..."): os três termos são
“inseto”, “hexápode” e "invertebrado".
O termo menor, “hexápode”, tem extensão
particular na premissa menor:
“Todo inseto é (algum) hexápode", mas na
conclusão é tomado em toda extensão (todo
hexápode).
Portanto, não está de acordo com a regra 6.
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58. Há que ter em conta que, nos silogismos, nem sempre se tiram
conclusões verdadeiras, mesmo que o raciocínio seja válido.
Por exemplo:
“Todos os cães são cachorros”
“O Snoopy é um cão”
“Logo, o Snoopy é um cachorro”
Ainda que o silogismo seja válido do ponto de vista lógico, a
conclusão é falsa, tendo em conta que o Snoopy é um cão da ficção,
não há qualquer possibilidade de alguma vez ter sido um cachorro
na vida real.
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59. TODOS OS HOMENS SÃO MORTAIS.
ALGUNS HOMENS SÃO PESSOAS SIMPÁTICAS.
ALGUMAS PESSOAS SIMPÁTICAS SÃO MORTAIS.
TODO A são B U/A V
ALGUNS A são C P/A V
ALGUNS C são B P/A V
T – Mortais 1,2,3,4,5,6,7,8
t – Pessoas Simpáticas Válido
M – Homens Passou nas regras
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FORMA
TERMO
QTD/QLD VDD/FALD
REGRAS
60. ALGUNS ARTISTAS NÃO SÃO GENIAIS.
TODOS OS ARTISTAS SÃO PESSOAS CRIATIVAS.
ALGUMAS PESSOAS CRIATIVAS NÃO SÃO GENIAIS.
ALGUNS A não são B P/N V
TODOS A são C U/A F
ALGUNS C não são B P/N V
T – Geniais 1,2,3,4,5,6,7,8
t – Pessoas Criativas Válido
M – Artistas Passou nas regras
60
FORMA
TERMO
QTD/QLD VDD/FALD
REGRAS
61. ALGUNS PORTUGUESES SÃO LISBOETAS.
TODOS OS LISBOETAS SÃO MEXICANOS.
ALGUNS MEXICANOS SÃO PORTUGUESES.
ALGUM A são B P/A V
TODO B são C U/A F
ALGUNS C são A P/A F
T – Portugueses 1,2,3,4,5,6,7,8
t – Mexicanos Válido
M – Lisboetas Passou nas regras
61
FORMA
TERMO
QTD/QLD VDD/FALD
REGRAS
62. Vamos exercitar um pouco!
• Alguns filósofos são utilitaristas.
• Stuart Mill é um utilitarista.
• Logo...?
• Todos os brasileiros são corajosos.
Alguns mineiros são brasileiros.
• Logo...?
• Todos os pássaros voam
• Todos os aviões voam
• Logo...?
62
63. 63
P
•Nenhum artista é desonesto
•Alguns desonestos são mentirosos
•Nenhum artista é mentiroso
•Todos os homens são felizes
•Alguns artistas são felizes
•Todos os artistas são homens
•Alguns seres humanos não são inteligentes
•Nenhumas árvores são seres humanos
•Todos os seres inteligentes são árvores
•Todos os professores gostam de ensinar
•Todos os que gostam de ensinar são mortais
•Nenhum professor é mortal
•Todos os franceses são europeus
•Nenhum europeu é africano
•Nenhum africano é francês
Avalie os seguintes silogismos:
64. Indique a distribuição dos termos nas proposições
seguintes:
• Todas as pessoas gostam de escrever.
• Os mamíferos são inteligentes.
• Alguns silogismos não são válidos.
• Nenhum homem é herbívoro
• Nem todas as pessoas simpáticas são boas pessoas
64
65. 8 – FIGURAS DO SILOGISMO
• Depende da posição do termo médio nas
premissas maior e menor.
• 1ª figura – Su; Pre
• 2ª figura – Pre; Pre
• 3ª figura – Su; Su
• 4ª figura – Pre; Su
65
66. • 1º. Figura - O termo médio é sujeito da primeira
premissa e predicado da segunda premissa.
• Ex. Todo o homem é mortal
• Antônio é homem
• Logo, Antônio é mortal
M - P
S - M
S - P
66
67. • 2ª. Figura
• O termo médio é predicado nas duas premissas.
•
• Ex. Todo o homem é racional
• O cão não é racional
• Logo, o cão não é homem
P - M
S - M
S - P
67
68. • 3ª. Figura - O termo médio é sujeito nas duas
premissas.
Ex. Todos os carbonos são corpos simples
• Todos os carbonos são condutores eléctricos
Logo, alguns condutores de eletricidade são
corpos simples
M - P
M - S
S - P
68
69. • 4ª. Figura - O termo médio é predicado na
primeira premissa e sujeito na segunda.
Ex. Os portugueses são homens
• Os homens são mortais
• Logo, alguns mortais são portugueses
P - M
M - S
S - P
69
70. 9 – MODOS DO SILOGISMO
• Todo silogismo pertence a uma figura,
como vimos anteriormente e a um modo.
• Indicação do tipo das 3 proposições do
silogismo.
• O modo depende da qualidade e da
quantidade das proposições, ou seja se são
de tipo A, E, I ou O.
70
71. • Se fizermos todas as combinações
possíveis, teremos 64 modos.
• Haverá modos válidos e não válidos.
71
72. • São 19 os modos válidos do silogismo.
• Para a primeira figura são válidos os modos:
AAA, EAE, AII, EIO;
• Para a segunda figura são válidos os modos:
EAE, AEE, EIO, AOO;
• Para a terceira figura são válidos os modos:
AAI, IAI, AII, EAO, OAO, EIO;
• Para a quarta figura são válidos os modos:
AAI, AEE, IAI, EAO, EIO.
72
73. • Dadas as formas silogísticas válidas, construa
os silogismos e mostre os seguintes itens:
• A) Quantidade e Qualidade de cada proposição
• B) Verdade e Falsidade de cada proposição
• C) Os três termos Maior = T, Menor = t,
Médio = M
• D) Figura 1ª -2ª -3ª – 4ª
• E) Modo do Silogismo
• F) Quantidade do Predicado da Conclusão
• G) Verifica a validade de cada silogismo com as
8 regras.
• 73
74. 74
Todo o A é B.
Todo o C é A.
Logo, todo o C é B.
Todo o A é B.
Todo o C é A.
Logo, algum C é B.
Nenhum A é B.
Todo o C é A.
Logo, nenhum C é B.
Nenhum A é B.
Todo o C é A.
Logo, algum C não é B.
Todo o A é B.
Algum C é A.
Logo, algum C é B.
Nenhum A é B.
Algum C é A.
Logo, algum C não é B.
Nenhum A é B.
Todo o C é B.
Logo, nenhum C é A.
Nenhum A é B.
Todo o C é B.
Logo, algum C não é A.
Todo o A é B.
Nenhum C é B.
Logo, nenhum C é A.
Todo o A é B.
Nenhum C é B.
Logo, algum C não é A.
Nenhum A é B.
Algum C é B.
Logo, algum C não é A.
Todo o A é B.
Algum C não é B.
Logo, algum C não é A.
Todo o A é B.
Todo o A é C.
Logo, algum C é B.
Algum A é B.
Todo o A é C.
Logo, algum C é B.
Todo o A é B.
Algum A é C.
Logo, algum C é B.
Nenhum A é B.
Todo o A é C.
Logo, algum C não é B.
Algum A não é B.
Todo o A é C.
Logo, algum C não é B.
Nenhum A é B.
Algum A é C.
Logo, algum C não é B.
Todo o A é B.
Todo o B é C.
Logo, algum C é A.
Todo o A é B.
Nenhum B é C.
Logo, nenhum C é A.
Todo o A é B.
Nenhum B é C.
Logo, algum C não é A.
Algum A é B.
Todo o B é C.
Logo, algum C é A.
Nenhum A é B.
Todo B é C.
Logo, algum C não é A.
Nenhum A é B.
Algum B é C.
Logo, algum C não é A.
FORMAS SILOGÍSTICAS VÁLIDAS