1) A massagem desportiva é uma forma de massagem aplicada a atletas para prepará-los fisicamente para eventos esportivos e ajudá-los na recuperação.
2) Existem diferentes tipos de massagem desportiva dependendo do momento e objetivo, como pré-evento, inter-evento, pós-evento e manutenção.
3) A massagem desportiva tem como objetivo principal criar as melhores condições físicas nos atletas para os preparar e ajudar na recuperação dos esforços impostos pelo exerc
1. Massagem Desportiva
Definição: A massagem Terapêutica específica para atletas,
normalmente denominada Massagem Desportiva, define-se como uma
forma criteriosa e intuitiva de aplicação de massagem, movimento e
alongamento para indivíduos fisicamente activos.
Hugo Pedrosa 2009
2. Massagem Desportiva
Que variáveis para diferenciarmos a massagem a
efectuar a cada indivíduo?
1 - Condições físicas
2 - Momento de aplicação
3 - Modalidade
4 - Estado do tecido
5 - História médica do indivíduo
6 – Áreas comuns de tensão
7 - O calendário de treinos e competições
Hugo Pedrosa 2009
3. Massagem Desportiva
CATEGORIAS DE MASSAGEM DESPORTIVA
Alguns artigos dividem a M.D em 5 aplicações:
1 - Recuperação,
2 - Tratamento,
3 - Reabilitação,
4 - Manutenção
5 - Evento.
Contudo, as diferenças entre tratamento, reabilitação e recuperação
são reduzidas e podem não ser tão úteis para o terapeuta como uma
divisão mais simples:
1 – Massagem de Evento
2 – Massagem de Manutenção
3 – Massagem de Tratamento
Hugo Pedrosa 2009
4. Massagem Desportiva
1 - MASSAGEM DE EVENTO
a - Pré-evento
b - Inter-evento (entre provas/competições/jogos)
c - Pós-evento
Palavras chave:
Ritmo
Duração
Preparação para o esforço
Recuperação do esforço
Grandes grupos musculares
Hugo Pedrosa 2009
5. Massagem Desportiva
2 - MASSAGEM DE MANUTENÇÃO
Palavras chave:
Ambiente clinico
Minimizar efeitos do exercício
Manutenção performance
Flexibilidade e tónus muscular
Preventiva
Conjugação de manobras: MD, MF e NM
Hugo Pedrosa 2009
6. Massagem Desportiva
3 - MASSAGEM DE TRATAMENTO
Palavras chave:
Lesão aguda
Tendinite de sobrecarga
Diminuição da performance
Circunscrita à lesão
Objectivo: assegurar um correcto processo evolutivo (fisiológico) da
lesão ajudando a encurtar o mesmo (com respectivo retorno mais breve
à actividade).
Hugo Pedrosa 2009
7. Massagem Desportiva
3 - MASSAGEM DE TRATAMENTO
Esta abordagem é desenhada especificamente de acordo com o
tipo de lesão, etapa de lesão, severidade da lesão e as outras
modalidades a utilizar pelo terapeuta. Todas as técnicas base de:
a) massagem desportiva,
b) miofascial
c) neuromuscular
…são usadas neste processo e as:
d) técnicas da facilitação linfática são adicionadas.
Esta junção da abordagem linfática para os protocolos correntes,
oferece aos técnicos um novo, único e simples método de aceder
ao edema traumático com segura base de investigação.
Hugo Pedrosa 2009
8. Massagem Desportiva
Grandes objectivos
Atletas prepararem-se para...
... recuperarem de...
Cargas impostas pelo exercício
OBJECTIVO PRINCIPAL DA MASSAGEM DE EVENTO
- Cria condições internas óptimas para a
preparação e recuperação de estruturas
sobrecarregadas.
Hugo Pedrosa 2009
9. Massagem Desportiva
OBJECTIVOS DA MASSAGEM DE PRÉ-EVENTO
- Actualmente, a performance de um atleta é um conjunto de variáveis onde a
massagem desempenha um papel importante.
- Possui a mesma intenção que o aquecimento, no entanto, não o substitui já
que não mobiliza tecido suficiente para criar alterações circulatórias e de
temperatura necessárias para as necessidades do atleta.
Hugo Pedrosa 2009
10. Massagem em eventos desportivos
Os objectivos incluem:
1 - “Amolecer” e libertar a fáscia e outras estruturas de tecido conjuntivo
2 - Diminuir a tensão muscular generalizada
3 - Aumentar a resposta de hipermia nos músculos a serem utilizados na
actividade
4 - Providenciar mais sentido cinestésico que ajuda a criar uma atitude positiva
(os atletas sentem os músculos mais relaxados o que significa potencialmente
mais confiança e menor risco de lesão).
Hugo Pedrosa 2009
11. Massagem em eventos desportivos
Os efeitos estruturais da massagem (redução da tensão/tónus muscular e a
libertação da componente fascial/tendinosa) contribuem para o potencial de
performance de duas formas:
1 – Melhorias significativas na amplitude de movimento/potência;
2 – Benefícios inerentes à sensação de o atleta se sentir relaxado/”liberto”;
Hugo Pedrosa 2009
12. Massagem em eventos desportivos
OBJECTIVOS DA MASSAGEM DE INTER-EVENTO
*Tal como a categoria anterior, não pode tomar o lugar do aquecimento
1 - O objectivo primário é identificar e aceder a quaisquer áreas de tensão
excessiva que se desenvolvem durante o exercício;
2 - Os atletas podem “encaminhar” as mãos do técnico para um ponto de dor;
Se estamos perante duas a três provas no mesmo dia, os objectivos passam
também por:
1 - Melhorar o movimento linfático o que pode melhorar a velocidade de
Recuperação;
2 - Tal como na massagem de pré-evento o técnico deve evitar sedar o atleta;
Hugo Pedrosa 2009
13. Massagem em eventos desportivos
OBJECTIVOS DA MASSAGEM DE PÓS-EVENTO
Esta categoria assiste o organismo em determinados processos fisiológicos:
1 - Aumento do metabolismo para recolocar o déficit de O2
2 - Reciclagem de sub-produtos metabólitos)
3 – redução da tensão muscular generalizada
4 – Facilitação da circulação linfática
5 - Remoção de edema
6 – Devolver flexibilidade ao tecido muscular e conjuntivo.
Os objectivos incluem:
a) Ajudar os músculos a alcançar índices normais de tónus e alongamento;
b) Ajudar no retorno venoso para potenciar a recuperação metabólica;
c) Desactivar pontos-gatilho que se podem ter desenvolvido;
d) Reduzir o risco de rigidez muscular tardia;
Hugo Pedrosa 2009
14. Momento, ritmo e duração da massagem de evento
Massagem de pré-evento
- Deve realizada a menos de 1 hora do início da prova/jogo;
- Podem ser feitas algumas manobras a alguns músculos específicos,
seguindo-se o aquecimento e depois a rotina normal de massagem;
- Deve terminar pelo menos 10 minutos antes do início da prova/jogo;
- Duração – 10 a 15 minutos nunca excedendo os 20 minutos;
- O ritmo é mais rápido (quer para ocupar correctamente o tempo
disponível quer para evitar a sedar);
- Atletas muito ansiosos podem necessitar de uma abordagem mais
lenta;
Hugo Pedrosa 2009
15. Momento, ritmo e duração da massagem de evento
Massagem de inter-evento
- O momento de aplicação é óbvio;
- A massagem complementa a rotina regular entre eventos;
- Desenhada para aceder apenas a alguns músculos/áreas corporais;
- Cadência um pouco mais lenta;
- Duração / 5 a 10 minutos nunca excedendo os 15;
Hugo Pedrosa 2009
16. Momento, ritmo e duração da massagem de evento
Massagem de pós-evento
- Não possui rigidez de duração;
- Será mais proveitosa para o atleta se for realizada cerca de 2h
após o final da prova;
- Coadjuvante do processo de arrefecimento (administrada após o final
dessa rotina específica);
- Massagem continua a ser curta e dirigida a grandes grupos musculares
(até porque o técnico pode ter de trabalhar sobre diversos atletas);
- Cadência mais lenta (aprofundando a pressão de forma progressiva);
- Investigação demonstra a importância do timing de aplicação para evitar
a rigidez muscular tardia (aparentemente quebra um dos primeiros passos
do processo de inflamação – acumulação de neutrófilos);
Hugo Pedrosa 2009
17. Massagem de manutenção
Entende-se que a massagem de manutenção minimiza os efeitos
negativos do movimento repetido através da identificação e tratamento
de áreas tensas ou com restrições.
Objectivo principal – Manter o atleta no pico de performance
Comparação entre a massagem de evento e de manutenção
Anatomicamente mais dirigida
Para origens, inserções, tendões, ligamentos, ligações miotendinosas e
estruturas miofasciais.
Hugo Pedrosa 2009
18. Massagem de manutenção
a) Combina as técnicas base de massagem desportiva com técnicas
miofasciais e neuromusculares;
b) Duração (30 a 90 minutos);
c) A frequência da massagem de manutenção pode relacionar-se,
com o facto de alguns atletas/modalidades terem regularmente
fisiopatologias crónicas associadas ao esforço desenvolvido;
Hugo Pedrosa 2009
19. Massagem de manutenção
Objectivos e benefícios da massagem de manutenção
a) Não podemos assegurar que esta rotina previna totalmente lesões;
b) A lesão aguda é variável, imprevisível e na maior parte das vezes
impossível de prevenir;
c) No entanto, aplicamos o maior número de medidas preventivas com o
objectivo de baixar a probabilidade de acontecer um episódio agudo;
d) Actua-se em grande parte sobre regiões onde as lesões crónicas se
instalam. Não esquecer alguns factores preventivos associados ao desporto;
Hugo Pedrosa 2009
20. Massagem de manutenção
Nota: Importante lembrar que ao invés de efeitos/alterações imediatas nos
tecidos, a Massagem Desportiva provoca nos atletas um efeito gradual
e cumulativo e esta mensagem é importante passar .
Principais objectivos:
1 - Reduzir hipertonicidade/espasmo muscular;
2 - Alongar e libertar tecido conjuntivo nas áreas de stress comum;
3 - Potenciar flexibilidade em geral e a amplitude de movimento;
4 - Diminuir o impacto da rigidez muscular pós-exercício e as pequenas
rupturas estruturais associadas a esforços de grande intensidade;
Hugo Pedrosa 2009
21. Massagem de manutenção
Notas importantes:
- Conhecer métodos de treino (geral), técnicas específicas/gestos
técnicos, calendários e biomecânica dos desportos com os quais
trabalhamos;
- Sugestão de calendarização… normalmente as modalidades variam
entre dias de treino intenso com dias de treino de menor intensidade;
- Deveremos preferir dias com treino de menor intensidade
- … principalmente porque, como já foi referido, a massagem ajuda no
processo de recuperação
- Um atleta que treina 5 dias por semana e compete regularmente
deverá receber uma sessão por semana (corpo inteiro)
- Em semanas de trabalho intenso é benéfico que os atletas recebam
3 sessões semanais de 30 minutos em vez de sessões gerais de corpo
inteiro
Hugo Pedrosa 2009
22. Massagem de manutenção
Não esquecer…
Etapas a respeitar:
1 – Perceber se o desporto é predominantemente SUPERIOR
ou INFERIOR no que diz respeito à especificidade dos gestos
técnicos;
2 – Estimularmos em primeiro lugar os principais elementos
miofasciais da região;
;
3 – De seguida iniciar trabalho sobre grupos musculares principais
que estão regularmente em sobrecarga;
4 – Não esquecer que temos de trabalhar as regiões miotendinosas,
“estações” fasciais com respectivas linhas e finalmente a relação
por vezes problemática entre os epimísios dos principais ventres
musculares;
Hugo Pedrosa 2009