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2. Elementos Metálicos


                         Em lagos naturais e artificiais, os
                         sedimentos representam um dos
                         últimos receptáculos para os metais
                         descarregados nas bacias de
                         drenagem. Os seus teores,
                         distribuição e formas em que
                         ocorrem nos sedimentos 
                         determinados pelas condições
                         químicas do meio + características
                         geoquímicas dos materiais
                         resultantes do intemperismo das
                         suas fontes (solos e capas de
                         alteração das rochas rochas
                         parentais)

                         Toxicidade + facilidade para se
                         acumularem no biota  sérios
                         problemas de poluição dos
                         elementos metálicos.
1) Fontes dos elementos metálicos:

1. Geológicas:
i) Erosão e dissolução de rochas e solos
ii) Minério  libertação de metais por exposição a ar/água
iii) Passagem de água subterrânea através de aquíferos e solos  águas superficiais
Águas superficiais  concentração natural de metais é baixa e bem tolerada


Excepção: alguns
backgrounds
geológicos podem
conter níveis tóxicos;
áreas geotermais
(microrganismos
resistentes a níveis
tóxicos)
Erosão e dissolução de rochas e solos
                                              Superfície (ar, água e organismos)
                                                Desintegração
                                                Decomposição
                                                            Os minerais que contêm
                                                            estes elementos funcionam
                                                            como reservatórios,
                                                            libertando-os mais ou
                                                            menos lentamente para a
                                                            fase solúvel à medida que
                                                            vão sendo alterados.
      Componentes Minerais

Insolúveis        Solúveis

   decompõem-se por interacção com o
   ácido carbónico (água + CO2)
   parte ou a totalidade dos seus elementos
    solução.
   • circulação de água subterrânea
   • curso de água superficial
                                                 movem-se para outro ambiente
Meteorização  solos
                                          Acumulação de minerais argilosos e
                                          óxidos/hidróxidos de Fe  adsorvem
                                          metais potencialmente tóxicos que são
                                          mobilizados pelas águas de infiltração para
                                          esta camada, atingindo por vezes
                                          concentrações prejudiciais

            Acumulação                             Solos  processos erosivos
            ou iluviação
                                                                      A forma como um
                                                                      elemento metálico
                                                                      entra em solução
                                                                      durante a
                                                                      meteorização dos
                                                                      solos depende da
Diferenciação em camadas                                              estrutura do mineral
distintas  horizontes. Cada                                          onde esse elemento
                                                                      ocorre e da
horizonte contém diferentes
                                                                      intensidade da
tipos ou proporções de                                                meteorização química
materiais

Quando uma partícula é arrastada para o
interior dos sistemas lacustres  o
elemento metálico poderá facilmente
solubilizar-se dado os processos de
meteorização serem facilitados em água
oxigenada
2. Antropogénicas

 Actividades humanas  aumento de mobilidade e toxicidade de metais traço
 provenientes de fontes geológicas

i)     Fontes pontuais:
•      Mineração
•      Indústrias siderurgia, fundição

ii) Fontes difusas: (mais difíceis de
      controlar)
• Metais em materiais de
      construção, baterias, veículos,
      vestuário, etc.
• Tratamento de efluentes
• Escorrência de áreas urbanas
2) Biogeoquímica de elementos metálicos em sistemas aquáticos

Propriedades químicas dos elementos  controlam interacções com ambiente
biológico, geológico e químico  determinam os ciclos biogeoquímicos

                                              Diversidade nos elementos metálicos
                                              • ≠ tipos de formas nos sistemas
                                              • ≠ estados de oxidação
                                              • ≠ complexos orgânicos e inorgânicos
                                              • Fases dissolvida, coloidal e sólida
                                              • Distribuição na coluna de água e
                                              sedimentos (fase aquosa, sólida e
                                              coloidal)



Ciclo biogeoquímico dos metais:
• Nem todos os metais passam por todas as reacções
• Os microrganismos podem passar por todas as reacções

Independentemente da complexa reciclagem de metais  a maioria dos lagos tem
elevado poder de retenção dos metais.
Os cursos de água transportam os metais quer sob a forma dissolvida, quer não dissolvida.

1. material em suspensão: incorporados em fases inorgânicas ou orgânicas sólidas em
   suspensão (hidróxidos de Fe e Mn e noutras finas partículas com elevada área superficial,
   emissões antropogénicas); são adsorvidos e/ou absorvidos por elas
2. transportados em fase solúvel na coluna de água: Os elementos movem-se em solução
   como catiões, aniões e complexos iónicos.
Transporte dos metais para os sistemas aquáticos




     Formas dos metais transportados nas fases sólidas
1.    em posições de troca – como catiões ou complexos iónicos adsorvidos em minerais argilosos e partículas
      orgânica ;

2. como formas absorvidas;

3.    em minerais carbonatados;

4. em fases facilmente ou moderadamente reduzíveis;

5. como sulfuretos;

6. em formas residuais e resistentes.

7. formas solúveis – filmes líquidos ou fases líquidas em poros
Parâmetros que controlam mobilidade, dispersão, precipitação/deposição e
concentração dos metais:
• solubilidade do elemento, concentração, pH, potencial redox, temperatura, carência
bioquímica de oxigénio, salinidade;
• dimensão da partícula, composição mineralógica, capacidade de adsorção e
bioacumulação, composição e teor em componentes orgânicos, interacção com a água
intersticial ou água que o envolve e actividade de organismos


 determinam as formas químicas com que os metais são introduzidos num
                              ambiente.
Metais na coluna de água




Nos sistemas lacustres a concentração de
metais na água resulta:
(1) Entrada na bacia através de fontes
    pontuais e difusas
(2) Transporte sob forma particulada e
    dissolvida a partir dos processos de
    erosão da bacia                        Metais que entram na bacia  perdem-se
(3) Transformações e imobilização pelos    para os SEDIMENTOS. A taxa de retenção
    sedimentos de fundo através de         depende da mistura, estado trófico e química
    adsorção, fixação ou sedimentação      do lago
Estação seca em Tucuruí
                (Pará)




Mobilização e imobilização dos metais  a elevada
contribuição de partículas finas é de extrema
importância na medida em que elas constituem a
parte quimicamente mais reactiva de qualquer
sistema hídrico. Elas permitem a retenção de
numerosos elementos químicos e de material
orgânico e apresentam elevado potencial de
interacção com a coluna de água
Principais reacções dos metais nos sistemas aquáticos:

• Adsorção/Desorção: perda dos metais para os sedimentos  afecta a
biodisponibilidade e toxicidade. Ligação a partículas de granularidade mais fina
(minerais argilosos, óxidos de ferro, alumínio e manganês) e em moléculas orgânicas.
Óxidos-Fe-Mn (amorfos)  películas de revestimento em minerais silicatados de
muito pequena dimensão, o que lhes confere elevada superfície específica

• Complexação aquosa: metais ligam-se reversivelmente a grande variedade de
compostos (maioritaria/ orgânicos) presentes nas águas naturais (ligandos) 
insolúveis, diminuição da biodisponibilidade




    Adsorção de alguns catiões metálicos na
       superfície de um óxido de ferro.
• Quelatização: metais que seriam mantidos como precipitados insolúveis para valores
normais de pH, são mantidos em solução através de mecanismos de quelatização.

• Precipitação de compostos metálicos; Co-precipitação dos metais por meio de óxidos
de ferro e manganês hidratados e de carbonatos

•Redução e Oxidação: via processos fotoquímicos, microbiológicos e geoquímicos.
Afecta solubilidade, fraccionamento e toxicidade

• Assimilação biológica




                Quelatos                      Precipitação de metais na superfície de uma
                                              partícula
• Incorporação em minerais cristalinos
(filossilicatos). Entram na estrutura através
de substituições

• Dissolução na fase solúvel dos sedimentos
SEDIMENTOS retentores
                                           de metais (armadilha)
                                                     Mudança das
                                                     condições
                                                     ambientais (pH,
                                                     potencial redox)

                                           SEDIMENTOS fonte de
                                           metais


Climas Tropicais (elevada precipitação e
temperatura ao longo do ciclo anual)

Elevada taxa de lixiviação de metais da
bacia

Acumulação de metais nos reservatórios

Concentração de metais na coluna de
água mais baixa que o esperado
(considerando os inputs)
 Facilidade de adsorção e co-
precipitação nas fases sólidas.
Formas dos elementos metálicos nos sedimentos



                                            Os elementos metálicos
                                            estão presentes no meio
                                            sob variadas formas,
                                            incluindo diferentes
                                            estados de oxidação,
                                            variados complexos
                                            orgânicos e inorgânicos,
                                            nas fases sólida, coloidal
                                            e dissolvida




                                          Formas de Fe e Mn
                                          nos sedimentos de
                                             rios e lagos
Influência do pH                                                                                               Meios com baixos valores de pH e/ou
7
                                            pH (H2O) Rainy season
                                                                                                                                  condições de redução
                     Três Marias                                                            Tucuruí
6                                                                                                                         Os metais adsorvidos são facilmente libertados
5



4
                                                                                                                          solução        precipitam como outra fase
3                                                                                                                                                (sulfuretos)
2

                                                                                                                             Explicação dos elevados valores das
1
                                                                                                                          formas solúveis dos elementos metálicos
0
    1   2
            2B
                 3   4 5A   7   8       1 2 3 4 6 7 8 9 0
                                    9C 1 1 1 1 1 1 1 1 2
                                                            1   2   3   4   5   6   7   8   9 10 11 B 12 13 14 16 17 20
                                                                                                                                       nos sedimentos
                                                                                                   11
                                                        Samples

                 “margens” de adsorção:
                 • pH 5-6 no Cu2+
                 • pH 5,8-6,8 no Zn2+
Nos sedimentos das albufeiras de clima tropical
(pH ~5): (1) parte do cobre é fortemente retido,
(2) zinco solubilizado.


                      Altos valores de Zn solúvel
                                Cd – elemento perigoso                                                                        Adsorção de alguns catiões metálicos na
                                                                                                                                 superfície de um óxido de ferro.
Influência do Eh
Não existe proporcionalidade entre os teores das formas solúveis e o grau de acidez dos
                                     sedimentos.


          A solubilidade é reforçada pelas condições de oxi-redução do meio

                                               Meio com forte capacidade redutora  baixo
                                               potencial redox  importante controlo na
                                               acumulação de metais traço ao afectar (1)
                                               directamente a sua retenção através de
                                               modificações no seu estado de oxidação e (2)
                                               indirectamente, através de modificações do
                                               estado de oxidação dos iões que com eles
                                               formam complexos.

                                               Meio redutor  formas iónicas solúveis de
                                               elementos como o Fe, Mn, As, são as mais
                                               estáveis
                                                                     Solução

                                                  Passagem das formas adsorvidas nas
                                                 partículas minerais e orgânicas por troca
                                                       catiónica com a fase solúvel
Influência da Biomassa interna




Produção interna de biomassa  controla a quantidade de
matéria particulada que adsorve e sedimenta metais
Contrariamente às partículas em suspensão alóctones  uma
fracção da biomassa produzida nos lagos é mineralizada antes
de atingir o sedimento
                                 Metais pesados transferidos para matéria particulada
                                 biogénica no epilímnio  passam para a fase solúvel
                                 no hipolímnio
Balanços de Massa

 Estabelece o papel dos lagos como retentores ou fontes de metais

 Taxas de sedimentação + teor de metais nos sedimentos


                                        Quantidade/tempo de metais retidos no lago
                                             Diagramas de fluxo em 3 lagos  capacidade de
                                             retenção do Fe e Cu

                                             Fe  quase 100% sedimentado  forma particulada
                                             dominante
                                             (3) – condições anaeróbias no hipolímnio  Fe(III)
                                              Fe(II)  > concentração das formas dissolvidas

                                             Cu  input de Cu maioritaria/ sob forma dissolvida
                                              valores baixos de Cu nos sedimentos
                                             (3) Maior capacidade de retenção do Cu 
                                             condições anaeróbias no hipolímnio (H2S) + elevada
                                             produção orgânica + baixo fluxo hidráulico
Especiação Química dos Metais
  Passo      Definição        Reagentes Químicos/          Fracção extraída
   da       Operacional        Concentração/pH
Extracção                                                                         Esquema do
   1        Extraível em    Ácido acético: CH3COOH         Solúvel em água e      procedimento da
               Ácido            (0.11M); pH 2.85            ácido, ligados a
                                                            carbonatos e em
                                                                                  extracção
                                                           posições de troca      sequencial (três-
   2         Redutível     Cloreto de Hidróxilamónio:     Ligados a óxidos de     fases) optimizada
                           NH2OH.HCl (0.5 M); pH 1.5       ferro e manganês
   3         Oxidável      Peróxido de Hidrogénio: H2O2     Ligados a matéria
                                                                                  BCR para
                            (8.8 M); pH 2-3 seguido de    orgânica e Sulfuretos   sedimentos
                                Acetato de Amónio:
                            CH3COONH4 (1 M); pH 2


Elementos metálicos  presentes no meio em variadas formas, diferentes estados de
oxidação e sob a forma de diversidade de complexos orgânicos e inorgânicos, nas fases
sólidas, coloidais e dissolvidas.
Papel dos sedimentos e das condições químicas do meio (1) na solubilidade e fluxo dos
elementos metálicos para a coluna de água, (2) balanço entre fotossíntese e respiração e
(3) avaliação do risco de poluição e proposta de medidas para a recuperação dos lagos


Análise in situ do pH e potencial redox na interface sedimento-água
 Análise dos teores e formas dos metais nos sedimentos (forma total, solúvel,
principais fracções)  métodos de extracção sequencial
I - Fe e Mn
1. Importância nos sistemas aquáticos
Elevadas concentrações  influenciam os ciclos de outros elementos biologicamente
importantes através de reacções microbiológicas e químicas


1. Papel importante na
   determinação das formas
   e ciclos do P, S e metais
   traço nos lagos 
   regulam a composição
   química da coluna de
   água
2. Oxidantes alternativos
   para a degradação do C
3. Micronutrientes
   essenciais aos organismos
   aquáticos
4. Comportamento
   semelhante nos sistemas
   aquáticos
2. Química do Fe e Mn
                                     Reacções Redox

  Formas oxidadas: Fe(III), Mn(III), Mn(IV)
  Formas reduzidas: Fe(II), Mn(II)

Formas e ciclos do Fe e Mn  determinados pelas condições redox do meio

Transformações redox  mediados por reacções químicas e biológicas com outros
elementos biologicamente importantes (O, N, S, C )


Formas Reduzidas de Fe e Mn (Fe2+, Mn2+):
• Condições de anóxia  solúveis
• Como são reduzidas:
1. Reacções com matéria orgânica, H2S, H2

Catalisadas por bactérias (obtêm a energia a partir da degradação da MO usando os
    metais como receptores de electrões)
H2S  reduz Fe e Mn abioticamente
2. Redução do Mn por Fe2+ e NO2-
3. Redução Fe3+  Fe2+ (luz) - fotoquímica
Formas Oxidadas:
  • Maior oxidante  Oxigénio
  • Oxidação Fe2+  Fe3+: rápida, apenas para pH<5 a oxidação é catalisada por
  microrganismos
  • Oxidação Mn2+  menor magnitude, maior mobilidade no meio, pode ser acelerada
  por micróbios sob condições adequadas
  • NO3- e NO2-  oxidantes para Fe2+ e Mn2+

                                  Formas Químicas

Formas reduzidas, solúveis de Fe e Mn  elevadas concentrações em sedimentos e
águas anóxicas
• Fe e Mn em Minerais argilosos  libertação por intemperismo
• Fe e Mn reduzidos  podem formar minerais autigénicos (formados in situ por
precipitação): sulfuretos, fosfatos

Formas oxidadas de Fe e Mn  precipitam sob forma de óxidos, hidróxidos e oxi-
hidróxidos insolúveis
• Formas particuladas de Fe e Mn  dominam em colunas de água óxicas e superfície de
sedimentos
• Óxidos de Fe e Mn adsorvem fortemente outros elementos (Ex: PO43-)
A química do Mn,
                             tal como a do Fe
                             depende do pH e do
                             potencial redox.
                             Nos lagos o Mn
                             comporta-se de
                             forma semelhante
                             ao Fe mas é mais
                             solúvel para níveis
                             mais reduzidos de
                             O2. O Mn só forma
                             precipitados em
                             condições de pH e
                             Eh mais elevados
                             (ex: MnO2) .
                             nódulos

Diagramas pH-Eh do Fe e Mn
Fe e Mn nos Rios

Rios: 90-99% de Fe  Partículas; 80% Mn  Partículas
Apenas uma pequena parte é transportada sob formas dissolvidas 
precipitação quando atinge água oxigenada, excepto sob condições ácidas
 Formas de Fe particulado:
 • Fe quimicamente reductível: óxidos Fe amorfos primários e alguns óxidos Fe
 cristalinos  mais facilmente extraível
 • Fe associado a silicatos e óxidos Fe cristalinos  dificilmente extraível
                              Fe e Mn nos Lagos
Entradas:
• Atmosfera: negligenciável
• Fe particulado através dos rios: adsorvido nos minerais argilosos, óxidos Fe
• Fe associado a minerais argilosos de > dimensão (folhetos ou adsorvidos)  deposita
• Fe em partículas mais pequenas  > tempo de residência na coluna de água
• Mn: forma dissolvida, forma coloidal ou associado a argilas
Percas  ciclo nos sedimentos
 • Fe e Mn  extensos ciclos na coluna de água e sedimentos
 • Maioria do Fe  retido nos sedimentos
 > Retenção do Fe  Lagos oligotróficos com longos tempos de residência
 • Menor retenção do Mn; em meios ácidos  Mn não é retido
 • ≠ retenção Fe/Mn  razão Fe/Mn nos sedimentos de lagos >> Inputs Fe/Mn

                       Ciclo de Fe e Mn nos sedimentos

Ciclo do Fe e Mn nos lagos é influenciado  mistura no lago, estado trófico, química da
água

Se: Coluna de água é bem oxigenada  Redução do Fe e Mn dá-se apenas nas zonas
anóxicas dos sedimentos (alguns mm ou cm abaixo da interface sedimento/água)
Destino do Fe e Mn depende da profundidade da camada óxica no sedimento e presença
de outros iões

Mn  reduz a um potencial redox mais elevado que o Fe e oxida mais lentamente 
embora forma óxidos de Mn mais perto da interface sedimento/água  liberta-se mais
facilmente para a coluna de água e apresenta concentrações elevadas na fase solúvel dos
sedimentos
II - Cu e Zn

Acima de determinadas concentrações na coluna de água  tóxicos

  Principais fontes de Zn  antropogénicas


           Actividades industriais
           Exaustão automóvel
           Combustão de carvão
           Actividades siderúrgicas
           Mineração
Concentração de Zn solúvel em ambientes lacustres  influenciada por potencial redox

 Baixos valores de Eh  abundantes sulfuretos-Fe  retêm o Zn da solução
Verão (hipolímnio anóxico)  baixos teores de Zn solúvel

 Elevados valores de Eh (lago óxico)  mineralização de detritos orgânicos  aumento
dos teores de Zn no hipolímnio
Precipitação de Zn na forma de ZnO (por vezes reduz o Zn livre)
pH elevado  Zn ocorre sob a forma Zn(OH)2
Combinação do Zn com outros compostos  Quelatos (importante para o crescimento
das algas)
Fontes antropogénicas do Cobre:
 operações de fundição
 mineração
 combustão de carvão


Formas de Cu  dependem do estado
de oxidação

 Baixos valores de Eh  precipitação
por sulfuretos-Fe  diminuição na
coluna de água
 Condições oxidantes e elevado pH 
compostos de Cu(OH)2 e insolúvel CuO
 Baixo pH  complexos com
compostos orgânicos  diminuição de
Cu na solução (associação com matéria
orgânica particulada – detritos orgânicos
e húmus
3) Elementos metálicos – estudo de casos em Sistemas Tropicais

        Log mg/Kg
                                                                     Represa deTucuruí,
                         Micronutrientes Metálicos (Formas totais)
                                                                     Pará
        1000000
                        Tucuruí - Novembro
                        2006
         100000


           10000


            1000


             100


              10                                                             Fe total
                                                                             Mn total
                  1
                       Sedimentos                                            Cu total
                                                                             Zn total
                                                       Solos
                                                                       Cu total


• Padrões de distribuição semelhantes  (1) origem nas mesmas fontes nas áreas de
                                                                     Fe total




drenagem, (2) associação preferencial aos mesmos compostos orgânicos e minerais
• Teores dentro do intervalo médio em solos.
• (Fe  Mn Cu Zn) origem litogénica + enriquecimento em Zn na bacia de
drenagem
Teores de metais nos sedimentos de climas tropicais > Teores de metais nos
solos
                     > Teores de metais em sistemas Mediterrânicos

   1. > precipitação e temperatura  > lixiviação metais da bacia
   2. Predomínio Caulinite  adsorção de metais nas superfícies tetraédricas Si
   3. Predomínio de latossolos ricos em Fe-óxidos  retêm facilmente os
      elementos metálicos do meio
Modelo de Regressão Múltipla com Teste de variância (ANOVA)
Variáveis independentes (Fe, Mn, Cu, Zn)   Variáveis dependentes (Fe2O3, Al2O3, MnO, argila, Corg)
Fe= -0.793+0.324 Al2O3+14.543 MnO-0.036 Corg+0.053 Argila
Mn= 0.074-0.014 Al2O3-0.006 Corg-0.001 Argila+0.041 Fe2O3
Cu= -66.463-5.087 Fe2O3+2.671 Al2O3+257.811 MnO+36.448 Corg-0.845 Argila
Zn= -29.770-5.753 Fe2O3+4.488 Al2O3+319.245 MnO+21.674 Corg-0.592 Argila


                                                 Elementos metálicos
Variáveis dependentes                            preferencialmente adsorvidos ou
explicam variação de (1)                         retidos por precipitação/co-
70.1% para Zn, (2)                               precipitação em finas partículas
67.8% para Cu, (3)                               (minerais argilosos, partículas
86.3% para Fe e (4)                              orgânicas, óxidos/hidróxidos
58.6% para Mn.                                   cristalinos/amorfos de Fe-,Al- e Mn-)
Ferro solúvel
        10000

         9000                                                                  Fracção total
                                 Tucuruí
         8000
                                                            Abril              Mecanismos de
         7000                                               Novembro           adsorção em partículas
         6000                                                                  finas
mg/Kg




         5000

         4000
                                                                               Fracção solúvel
         3000                                                                  Potencial redox   pH
          2000
          1000
                0


                    Sedimentos
                                                    Solos              Abril




        Lixiviação das partículas dos solos  Decomposição das fases minerais 
        Libertação dos metais para a fase aquosa dos sedimentos
        +
          pH ácido + condições redutoras

        Mobilização através da libertação das formas adsorvidas nas fases sólidas
        ( água intersticial dos sedimentos  coluna de água) ou solubilização das
        fases de sulfuretos
Zinco solúvel
           40
                    Sedimentos
           35
                                 Tucuruí                       Abril
           30                                                  Novembro
           25
   mg/Kg




           20

           15

            10                                         Solos

                5

                0


                                                                       Novembro
                                                                      Abril




Zn, Cu  comportamento diferente em relação ao potencial redox
Condições redutoras  diminuição da solubilidade e precipitação como sulfuretos
Condições oxidantes  Cu-Zn-adsorvidos são solubilizados  mobilização 
biodisponibilidade
Extracção sequencial – Fe, Mn, Cu, Zn
                              Extracção sequencial - Fe - BCR optimizado
        35000
                                                                                                                   Ferro
        30000
                                     Fe-MO-Sulfuretos
        25000                        Fe-Ox. Fe-Mn
mg/kg




        20000                        Fe sol,troca,carbonatos

        15000

        10000

        5000

           0
                TM 5   TM 7    TM    TM 17 TM 20         TUC 4 TUC 7 TUC 8   TUC   TUC               Extracção sequencial- Tessier adaptado
                               10A                                            15    19

                                              Amostras
    Tucuruí: Fe é equitativamente                                                                                         Fe
                                                                                                         Tucuruí                                Três Marias
    distribuído entre as formas de óxidos-
                                                                                    100%
    Fe cristalinos e amorfos;
                                                                                     80%
                                                                                     60%
    Três Marias: Fe é mais cristalino
                                                                                     40%
                                                                                     20%
                                                                                         0%
    Menor reactividade  menor                                                                 TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19          TM5     TM7 TM10A TM17 TM20
                                                                                              Exchangeable          Mn oxyhidroxides            Amorphous Fe oxides
    libertação de Fe para as fases mais                                                       Oxidable-Organic      Crystalline Fe oxides       Residual
    lábeis  Menor teor de Fe solúvel
Extracção sequencial - Mn - BCR optimizado

        700                                                 Mn-MO-Sulfuretos
                                                            Mn-Ox. Fe-Mn
        600
                                                            Mn sol,troca,carbonatos
        500
                                                                                                           Manganês
mg/kg




        400

        300

        200

        100
                                                                                                   Extracção sequencial- Tessier adaptado
         0
              TM 5   TM 7   TM    TM 17 TM 20     TUC 4 TUC 7 TUC 8   TUC   TUC
                            10A                                        15    19

                                           Amostras
                                                                                                                    Mn
                                                                                                Tucuruí                                Três Marias
              Maior parte de Mn
                                                                            100%
              associado a fases mais
                                                                              80%
              lábeis  preponderância
                                                                              60%
              de formas de Mn reduzidas
              (reflexo das condições                                          40%

              redutoras do meio).                                             20%
                                                                                0%
                                                                                         TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19          TM5    TM7 TM10A TM17 TM20
                                                                                      Exchangeable           Mn oxyhidroxides           Amorphous Fe oxides
                                                                                      Oxidable-Organic       Crystalline Fe oxides      Residual
Extracção sequencial - Cu - BCR optimizado
        20
                                   Cu-MO-Sulfuretos
        18                         Cu-Ox. Fe-Mn
        16                         Cu sol,troca,carbonatos
        14                                                                                         Cobre
        12
mg/kg




        10
         8
         6
         4
         2
         0
             TM 5   TM 7    TM TM 17 TM 20         TUC 4 TUC 7 TUC 8   TUC   TUC      Extracção sequencial- Tessier adaptado
                           10A                                          15    19
                                             Amostras
                                                                                                   Cu
                                                                                   Tucuruí                               Três Marias
  Cu e Zn retidos por adsorção ou
                                                                100%
  precipitação/co-precipitação em
                                                                 80%
  partículas de fina dimensão
                                                                 60%
  (partículas de óxidos-Fe
                                                                 40%
  cristalinos e amorfos e partículas
  orgânicas  complexos)                                         20%
                                                                  0%
                                                                        TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19          TM5     TM7 TM10A TM17 TM20
                                                                       Exchangeable          Mn oxyhidroxides            Amorphpus Fe oxides
                                                                       Oxidable-Organic      Crystalline Fe oxides       Residual
Extracção sequencial - Zn - BCR optimizado

        30,0
                             Zn-MO-Sulfuretos                                                             Zinco
        25,0                 Zn-Ox. Fe-Mn
                             Zn sol,troca,carbonatos
        20,0
mg/kg




        15,0

        10,0

         5,0
                                                                                                   Extracção sequencial- Tessier adaptado
         0,0
               TM 5   TM 7   TM TM 17 TM 20            TUC 4 TUC 7 TUC 8    TUC     TUC
                             10A                                             15      19
                                               Amostras
                                                                                                              Zn
                                                                                           Tucuruí                                  Três Marias
 Zn :
                                                                     100%
 Fase residual – estrutura de
                                                                       80%
 minerais
                                                                       60%
 Principalmente adsorvido em Fe-
                                                                       40%
 óxidos cristalinos
                                                                       20%

 Óxidos-Mn  pouca importância                                             0%
                                                                                 TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19            TM5     TM7 TM10A TM17 TM20
 na retenção de Zn.                                                             Exchangeable            Mn Oxyhidroxides            Amorphous Fe oxides
                                                                                Oxidable-Organic        Crystalline Fe oxides       Residual
Metais na água (ferro, manganês)
III - Metais tóxicos
1) Importância nos sistemas aquáticos

  Elementos com densidades superiores a 5,0 g cm-3.
  Elevadas características poluentes
  As contribuições antropogénicas (através de desperdícios industriais, municipais e
 animais, uso de correctivos orgânicos pesticidas, herbicidas e fungicidas. mobilizações
 agrícolas e erosão do solo) igualam ou mesmo excedem, em certos locais, as
 quantidades libertadas por meteorização



 A análise dos teores de metais pesados nos sedimentos superficiais  valioso índice
 de potenciais problemas de poluição nestes ambientes


 Qualquer que seja a sua origem, uma grande fracção dos
 elementos pesados descarregados nas bacias de drenagem vai
 fazer parte do material em suspensão, podendo também uma
 parte, ser transportada em fase solúvel na coluna de água
2) Ocorrência de metais tóxicos no meio



          Ocorrência dos elementos tóxicos nos minerais primários
     Ni inclusões de sulfuretos em silicatos; substituições isomórficas por Fe em
        olivinas, piroxenas, anfíbolas, micas e espinelas
     Pb inclusões em sulfuretos e fosfatos. Substituições isomórficas por K em
        feldspatos e micas, por Ca em feldspatos e piroxenas e por Fe e Mn em
        óxidos
     Cr cromite (FeCr2O4); substituições isomórficas por Fe ou Al em minerais do
        grupo da espinela
     Cd inclusões de sulfuretos e substituições isomórficas por Cu, Zn, Hg e Pb em
        sulfitos
     As minerais de arsénio: FeAsO4 . 2H2O. Mn3 (AsO4)2


     Hg estrutura do mineral cinábrio (HgS)
     Ba mineral de barite ou associado a fontes biogénicas


    Fontes naturais dos elementos tóxicos. Adaptado de Sposito (1989) e
    Pattan et al. (1995).
Valores médios dos elementos tóxicos em diversos tipos de rochas (ppm)
     Rochas ígneas    Rochas         Rochas          Rochas         Rochas         Rochas
      ultrabásicas   basálticas     graníticas      xistentas      calcárias      areníticas
Ni    270-3600        45-410           2-20          20-250            -              -
Pb         -           2-18            6-30          16-150            -            <1-31
Cr    1000-3400       40-600           2-90          30-590            -              -
Cd       0-0,2       0,006-0,6      0,003-0,18        0-11             -              -
As      0,3-16        0,2-10         0,2-13,8           -           0,1-8,1        0,6-9,7
Hg     0,004-0,5     0,002-0,5       0,005-0,4     0,005-0,51      0,01-0,22      0,001-0,3
Ba      0,2-40        20-400        300-1800       460-1700           10              -
3) Biogeoquímica de metais tóxicos em sistemas aquáticos

Mecanismos responsáveis pela acumulação de metais tóxicos nas partículas
      ligação por adsorção em partículas de textura fina,
      precipitação do elemento em compostos discretos,
      co-precipitação do elemento por meio de óxidos hidratados de ferro, alumínio
     e manganês, e carbonatos,
      associação com moléculas orgânicas,
      incorporação na matéria cristalina.
                                 Relação dos teores dos elementos tóxicos com a fracção argilosa
                                                    (Albufeira de Monte Novo)
                  1000
                                                                                               R2 = 0,5748
                  100          R2 = 0,5882


                   10                                                                                         R2 = 0,6113
        Log ppm




                                                        R2 = 0,5656


                    1

                                                                                                       R2 = 0,4043
                   0,1


                  0,01
                         0,0        10,0         20,0       30,0      40,0      50,0        60,0       70,0       80,0      90,0
                                                                        Argila (%)

                               Crómio                      Arsénio                   Mercúrio                 Níquel
                               Chumbo                      Linear (Arsénio)          Linear (Chumbo)          Linear (Mercúrio)
                               Linear (Níquel)             Linear (Crómio)
Os óxidos/hidróxidos de Fe e, em menor extensão, os óxidos/hidróxidos de Mn, minerais
argilosos e compostos orgânicos, perto da superfície dos sedimentos podem reter
metais traço difusos na coluna de água, por incorporação na sua estrutura ou por
adsorção à superfície das partículas. Esta “camada de adsorção” perto da superfície do
sedimento actua como uma barreira que intercepta elementos metálicos difusos, antes
de eles se dispersarem na coluna de água. Esta camada vai-se movendo
progressivamente para cima, com a sedimentação.




Se a composição da coluna de água se modificar ou se a água se tornar anóxia e o
sedimento mais reduzido, os metais adsorvidos poderão libertar-se, funcionando esta
camada superficial como uma fonte de metais tóxicos para as águas superficiais.
Principais formas químicas dos metais tóxicos nos ambientes aquáticos

 1. Níquel, chumbo, cádmio, bário e estrôncio  ocorrem sob forma catiónica em
 diferentes estados de oxidação (Ni (II-III), Pb (II-IV), Cd (II), Ba (II)) livres ou complexados;
 A solubilidade destas formas catiónicas diminui geralmente com o aumento do pH e do
 teor de argila. Iões como o Ni ou o Pb são menos sensíveis ao grau de acidez/alcalinidade
 do meio.




2. Arsénio e crómio  ocorrem preferencialmente em solução como espécies neutras ou
sob forma aniónica igualmente em diferentes estados de oxidação: As (III-V) e Cr (III-VI).
Condições redutoras e ricas em enxofre (fundo das albufeiras)  qualquer dos aniões é
reduzido ao estado de oxidação III, sendo as formas mais comuns AsO43- e CrO43-. Sob
estas formas formam complexos interiores à esfera na superfície de óxidos/hidróxidos
metálicos, sendo fortemente adsorvidos sob pH neutro. Sob condições redutoras, o As(III)
pode ainda precipitar como sulfureto ou ser incorporado em sulfuretos de ferro.
Em meio ácido, o crómio poderá levantar alguns problemas ambientais  passa
geralmente a Cr(OH)2+, forma mais solúvel que CrO43-

    Arsénio
 Formas, transporte e toxicidade em águas naturais  afectado por microrganismos


                                                            Águas superficiais  As (V)
                                                            (arsenato) e As (III) (arsenite)
                                                            e variados compostos
                                                            orgânicos (As (-III))

                                                          Condições redutoras  As (III)
                                                          Águas oxigenadas  As (V)

                                                          Associação de elevados teores
                                                          de As(III) e As monometílico e
                                                          dimetílico   blooms
                                                          fitoplâncton


    Fitoplâncton assimila arsenato (AsO3- 4) como Fosfato (PO3- 4) em condições em
    que o P é elemento limitante para o crescimento do fitoplâncton
Algas e bactérias  reduzem arsenato  arsenito
                                      compostos As metilenados voláteis
     Excretam esses compostos
3. A química do mercúrio no ambiente é muito complexa, variando entre os
estados de oxidação (0-I-II).
                                                           Toxicidade e
                                                           bioacumulação do Hg
                                                            controlada por
                                                           transformações
                                                           microbiológicas (metil-
                                                           Hg)
                                                           Rapidamente reduzido e
                                                           oxidado  processos
                                                           redox microbiológicos,
                                                           químicos, fotoquímicos
                                                            importante papel no
                                                           ciclo do Hg


                                                          Pequena % de Hg
                                                          inorgânico  convertido
                                                          em Hg monometílico
                                                          (MeHg) – muito tóxico e
                                                          muito bioacumulável
A forma solúvel mais comum é a forma
                                           oxidada (Hg2+) e a sua hidrólise e redução
                                           produz Hg(OH) 02. A forma elementar é
                                           volátil e muito solúvel na água. O ciclo
                                           geral deste elemento é dominado pelo
                                           transporte da fase de vapor Hg0 através da
                                           atmosfera.
                                           O Hg é transformado por microrganismos
                                           em formas orgânicas (MeHg),
                                           intensamente tóxicas e voláteis


                                           Reservatórios (temperaturas elevadas, baixa
                                           profundidade, anóxia nas camadas +
                                           profundas da coluna de água) zonas
                                           activas de produção de MeHg

Sensibilidade de um ecossistema aquático ao Hg  determinado pela sua capacidade de
transformar Hg  MeHg no biota (processo microbiológico, condições de anóxia)

                                        Acumula-se na cadeia alimentar

Transporte de Hg nas bacias hidrográficas  complexo
Retenção de Hg nas bacias hidrográficas  muito longo (décadas)
Ciclo do Hg em lagos e bacias de drenagem
Mobilização em solução dos metais potencialmente tóxicos
                                             ambientes sedimentares aquáticos                        1. catiões livres (Ex: Cu2+, Zn2+, Co2+, Hg2+)
                                                                                                     2. complexos iónicos (Ex: H2AsO3-, H2AsO4-, Cr2O7-,
                                                                                                        V4O92-, HgCl42-).

                                                                                                         Mobilização dos metais em fases sólidas


                                                                                                         espécies adsorvidas e transportadas por fases
                                                                                                                            sólidas

                                                                                                     minerais argilosos                 óxidos de Fe e Mn
                                                                                                                                      (amorfos ou cristalinos)

                                                                        Clay Mineralogy
                                                                                                                  fases mais reactivas nos meios
                                                                                                                            aquáticos
                                             100%
Clay Minerals (semi-quantitative analysis)




                                             90%

                                             80%
                                                      + C/S                        + C/S
                                                                                                                             Minerais argilosos nos
                                                                                                                             sistemas lacustres 
                                             70%                                                               vermiculite
                                                                    + C/S                                      kaolinite
                                             60%      + I/S
                                             50%
                                                                                   + I/S
                                                                                                               chlorite
                                                                                                               illite        grande diversidade 
                                                                                                                             diferente capacidade
                                             40%                                   + I/C                       smectite
                                                                    + I/S
                                             30%

                                             20%
                                                                                                                             de retenção dos metais
                                                                                                                             tóxicos
                                             10%
                                                                                                             Chlorite
                                              0%                                                                +
                                                    Maranhão      Monte Novo        Divor   Passo Real       smectite
Elementos tóxicos                                                                     Formas mais reduzidas
                 Elementos tóxicos nos sedimentos (valores máximos, médios e mínimos)                        • mais fortemente retidas
10000

                                         Cr
                                                                                    Ba        valor mínimo
                                                                                                             pelas partículas minerais
    1000                                                                                      valor médio

                  Ni                                                                          valor máximo   e/ou orgânicas
          100               Pb                          As
                                                                                                             • precipitam como
Log ppm




          10                                                        Cd
                                                                                                             compostos insolúveis
           1
                                                             Hg                                              (sulfuretos)
          0,1

      0,01                                 Albufeiras
                     MN

                CAPINGUI

                                MN

                           CAPINGUI

                                           MN

                                      CAPINGUI

                                                      MN

                                                 CAPINGUI

                                                                  MN

                                                             CAPINGUI

                                                                             MN

                                                                        CAPINGUI

                                                                                        MN

                                                                                   CAPINGUI
                    MAR




                               MAR




                                          MAR




                                                     MAR




                                                                 MAR




                                                                            MAR




                                                                                       MAR
                  PREAL




                             PREAL




                                        PREAL




                                                   PREAL




                                                               PREAL




                                                                          PREAL




                                                                                     PREAL
                     DIV




                                DIV




                                           DIV




                                                      DIV




                                                                  DIV




                                                                             DIV




                                                                                        DIV
                                                                                                    no interior das albufeiras, controla em
                                                                                                        grande parte a sua mobilidade

            1. Zn, Cu, Hg, Cd: móveis em condições oxidantes; meio redutor
               rico em enxofre  precipitam como sulfuretos. Formas
               reduzidas do Cd e Hg  as mais fracamente retidas
                                                                                                                     Imobiliza a sua
            2. As, Cr:                                                                                               circulação no
            A) em solução  espécies neutras ou sob forma aniónica.                                                  meio ambiente

            B) Sob condições redutoras ricas em enxofre (fundo das
                albufeiras)  os aniões são reduzidos ao estado de oxidação
                III (AsO43-,CrO43-)  fortemente adsorvidos (sobre
                óxidos/hidróxidos metálicos sob pH neutro) ou As(III) pode
                precipitar como sulfureto ou ser incorporado em sulfuretos de
                ferro.
4) Elementos tóxicos – estudo de casos em Sistemas Tropicais


                                                  Três Marias Reservoir (May 2005)
          1000
                                                                                                                              Ba


           100                                                                                                                Cr

                                                                                                                              Ni

            10                                                                                                        Pb
                                                                                                                              Co
Log ppm




                                                                                                                              As

             1
                                                          Toxic elements


            0,1


                                                                                                                             Hg

           0,01
                                                                                      B
                                                                      10


                                                                             11




                                                                                            12


                                                                                                   13


                                                                                                          14


                                                                                                                 16


                                                                                                                        17


                                                                                                                               20
                1


                      2


                            3


                                  4


                                        5


                                              6


                                                    7


                                                          8


                                                                9
              TM


                    TM


                          TM


                                TM


                                      TM


                                            TM


                                                  TM


                                                        TM


                                                              TM




                                                                                    11
                                                                    TM


                                                                           TM




                                                                                          TM


                                                                                                 TM


                                                                                                        TM


                                                                                                               TM


                                                                                                                      TM


                                                                                                                             TM
                                                                                  TM



                                                                Samples
Tucuruí               Três Marias
       Elementos com valores mais    Mn, Cu, Co               Fe, Cu, Zn, Ni, Co
       elevados nos sedimentos       Sc, Be, Rb, U            Sc, Be, Rb, U, V, Pb
                                     ETR (El. Terras raras)   ETR (El. Terras raras)
       Elementos com valores mais    Fe, Ni,
       elevados nos solos            V, Pb, Cr, As, Hg        Cr, As

       Elementos com valores         Zn                       Mn
       semelhantes nos solos e                                Hg
       sedimentos


  Metais pesados mobilizados  transportados para um determinado ambiente em
        concentrações superiores às concentrações nos materiais de origem
                                    associados às partículas de mais fina
                                    dimensão (dominantes nos sedimentos)


                                 Nos sistemas tropicais, nem sempre os
                                 sedimentos têm concentrações mais
                                 elevadas de elementos metálicos.


                                        Causas:
1 – formas em que os metais existem associados às partículas dos solos
2 - a que fases sólidas eles se encontram associados
3 - quais as partículas preferencialmente erodidas a partir dos solos
4 - condições do meio aquoso que poderão mobilizar certos elementos e passá-los
para a fase solúvel.
3. Nitrogénio (Azoto)



                        Comportamento químico do Nitrogénio:
                        Grande nº de transformações
                        bioquímicas do N  N encontra-se em
                        diferentes estados de valência, desde -3
                        (NH3) até +5 (NO3-).
                        Um grande nº de microrganismos é
                        responsáveis pelas transformações das
                        formas azotadas e utilizam a energia
                        libertada pelas mudanças de potencial
                        redox, para se manterem. Estas reacções
                        microbiológicas estão na base do ciclo do
                        Nitrogénio.
Ciclo do Nitrogénio

                                                           1- O Ciclo atmosférico do Nitrogénio:
                                                            A atmosfera representa o maior reservatório
                                                            de N, sendo relativamente pequenas as
                                                            quantidades de N na biosfera terrestre e na MO
                                                            dos solos e sedimentos. A reserva de N
                                                            inorgânico, NO3- e de NH4+, nos solos é muito
                                                            pequena e a sua absorção pelos organismos é
                                                            tão rápida que muito pouca quantidade de N
                                                            permanece sob forma inorgânica nos solos.


                                                             Gases              % (volume) no ar
                                                             Nitrogénio                 78,08
Ciclo global do N - ligação entre a atmosfera, a terra e     Oxigénio                   20,95
                       os oceanos                            Argon                       0,93

                                                           Concentração dos gases maiores no ar ao nível do mar
O ciclo atmosférico do Nitrogénio envolve
reacção das formas gasosas com a água da                   Os principais gases azotados: Nitrogénio
chuva (NO, NO2 e NH3).                                     elementar (N2), óxido nitroso (N2O), dióxido de
                                                           Nitrogénio (NO2), óxido nítrico (NO) e
                                                           amoníaco (NH3). Combinação dos gases NO e
                                                           NO2  NOx
2. Formas de Nitrogénio nos rios e lagos


    A origem do Nitrogénio na água dos sistemas aquáticos é mais complexa do que a dos
    restantes elementos  o Nitrogénio existe em solução sob diversas formas, é um constituinte
    maior da atmosfera e está intimamente envolvido no ciclo biogeoquímico como um
    componente essencial dos tecidos vivos de plantas e animais.


O N ocorre nos sistemas aquáticos sob forma orgânica e inorgânica:

(1) N Orgânico: dominante
•     N orgânico particulado (PON): grande diversidade de substâncias orgânicas, desde
      substâncias simples (aminoácidos) até compostos com elevado peso molecular. Representa
      o N de organismos vivos e fracção de N orgânico não decomposto proveniente de detritos e
      MO não viva.
•     N orgânico dissolvido (DON): muito diverso, pouco conhecido e em baixas concentrações
(2) N inorgânico
• N inorgânico dissolvido (DIN) – maioritariamente amónia, nitrito e nitrato; gás
N2 e NH3 dissolvido
• N particulado (PN) com origem natural e poluente. Proveniente dos solos, da
actividade humana (deflorestação, aplicação de fertilizantes N e descargas de
efluentes) e o NH4+ retido por adsorção ou fixação nos minerais silicatos de K.




                                    NH4+            NH4+




                                  NH4+       NH4+   NH4+
Processos                                    Fluxo       % de           Fluxo
                                                        Total    entradas e   antropogénico
                                                        (1012g     saídas     (1012g N/Ano)
                                                       N/Ano)
           Entradas em terra:
           Fixação Biológica                            139         49            44
           Fertilizantes e Indústria                    85          30            85
           Precipitação e deposição                      61          21           37
           Total de entradas                            285         100           166
           Saídas de terra:
           N nos rios                                   49-62        19          13-27
           Desnitrificação para N2, N2O                  179        63             ?
           Libertação de gás NH3                         37          13           27
           NOx: perda pelo solo e queima de biomassa      14          5            5
           Total de saídas                             279-292      100           >45

1. As saídas anuais do N pelos rios e sob a forma gasosa iguala a quantidade entrada nos continentes.
2. As saídas globais de N orgânico dos rios representam apenas 5% do total de N assimilado
   anualmente pela biosfera terrestre através da fotossíntese  a reciclagem biológica com a
   conservação do N, é muito eficiente
3. Influência das Actividades Humanas no N dos rios: As actividades humanas influenciam a carga de
    N transportado nos rios. Do total de N dissolvido na água (DIN + DON), entre 1/3 a 2/3 tem origem
    poluente. O tipo de N em águas poluentes varia:
- Em águas poluídas os nitratos são mais importante do que a amónia;
- Em água pouco oxigenadas resultantes da excessiva acumulação de MO, a amónia pode representar
    cerca de 80% do total de N dissolvido;
- Desperdícios urbanos são mais ricos em amónia e escorrências agrícolas e produtos de combustão, em
    nitratos.
3. Entrada de N nos continentes e sistemas aquáticos – o ciclo terrestre do
                                   Nitrogénio
Existem 3 principais entradas (inputs) de
Nitrogénio nos continentes :
1. Fixação biológica - fonte principal do
    Nitrogénio fixado na terra (50%). O
    Nitrogénio elementar (N2) é o gás mais
    abundante na atmosfera. Não sendo
    biologicamente activo, terá de ser fixado
    e combinar-se com o H, C e O,
    formando compostos quimicamente mais
    reactivos e biologicamente disponíveis,
    de forma a ser usado por plantas e
    animais na terra – fixação do Nitrogénio
    (através de microrganismos, plantas
    superiores, algas, fungos, bactérias)
    Contudo, o processo de fixação do N não
    corresponde à totalidade do N assimilado
    pelas plantas. A maior parte deste N é
    derivada da reciclagem interna dos
    compostos azotados e da decomposição
    de materiais orgânicos no solo.
2. Precipitação - ocorre directamente sob a forma de NO3- e NH4+. Da quantidade de
N que precipita ou se deposita nos continentes, cerca de 37% é devido a influências
antrópicas.

3. Deposição de Nitrogénio previamente fixado

4. Aplicação de fertilizantes – N fixado industrialmente
                                  Ciclo terrestre do Nitrogénio
      Processos                                       Fluxo          % de           Fluxo
                                                      Total       entradas e   antropogénico
                                                      (1012g        saídas     (1012g N/Ano)
                                                     N/Ano)
      Entradas em terra:
      Fixação Biológica                                139           49            44
      Fertilizantes e Indústria                        85            30            85
      Precipitação e deposição                          61            21           37
      Total de entradas                                285           100           166
      Saídas de terra:
      N nos rios                                      49-62           19          13-27
      Desnitrificação para N2, N2O                     179           63             ?
      Libertação de gás NH3                            37             13           27
      NOx: perda pelo solo e queima de biomassa         14             5            5
      Total de saídas                                279-292         100           >45


    No global, a influência do homem é responsável por mais de 50% do N total
    fixado que alcança a terra sob a forma de chuva ou fertilizantes
Fontes antropogénicas de N nos rios e
   lagos:

1. Fontes pontuais: descarregadas
   directamente nas águas superficiais
   – efluentes domésticos e industriais,
   tanques sépticos, excrementos de
   animais, etc. Os desperdícios
   municipais e industriais podem
   produzir grande aumento do N nos
   rios, particularmente em zonas
   urbanas mas como os efluentes são
   geralmente tratados removendo
   cerca de 40% do N, esta fonte de N é
   mais fácil de controlar do que as
   fontes difusas; Têm diminuído nos
   últimos anos devido aos sistemas de
   tratamento;
2. Fontes difusas: resultam da
    escorrência e lixiviação das
    zonas rurais e urbanas. Inclui (i)
    lixiviação natural dos nitratos do
    solo, um processo acelerado
    pela intervenção humana a
    través da desflorestação e
    cultivo; (ii) deposição
    atmosférica e (iii) escorrência a
    partir de solos agrícolas (uso de
    fertilizantes N, cultivo de plantas
    fixadoras de N, como os
    legumes, desperdícios animais);
    Têm aumentado nos últimos
    anos;
.
3.1- Fixação do Nitrogénio nos sistemas aquáticos


                                                     O Nitrogénio elementar (N2) 
                                                     gás azotado mais abundante na
                                                     atmosfera (80% do seu volume). É
                                                     muito inactivo devido às fortes
                                                     ligações entre os átomos de
                                                     Nitrogénio e não é disponível à
                                                     maior parte dos organismos. A
                                                     conversão de N2 em compostos
                                                     quimicamente mais reactivos e
                                                     biologicamente disponíveis,
                                                     através da combinação do N com
                                                     o H, C e/ou O, é designado –
                                                     fixação do Nitrogénio.


    As espécies fixadoras de N são mais comuns em ambientes pobres em Nitrogénio,
    onde a sua actividade aumenta a disponibilidade deste elemento para a biosfera;
Fixação Biológica: o N2 é combinado com o H, C e O  proteínas e outros compostos
orgânicos essenciais através de organismos procariotas

    Bactérias que utilizam carbono                      Bactérias fotossintéticas que
    orgânico (heterotróficos)                           fixam carbono inorgânico na
                                                        biomassa (autotróficos) -
                                                        inclui cianobactérias
          Plâncton (coluna de água)                  Bentos (sedimentos)
3.2. Transformações do Nitrogénio

                                  1. Fixação: Algum N é incorporado na matéria orgânica
                                      directamente da atmosfera através da fixação (plantas,
                                      microrganismos). As plantas convertem também o
                                      NO3- e NH4+ dissolvidos (fertilizantes, chuva,
                                      reciclagem da MO) em matéria orgânica vegetal  N
                                      orgânico, alguma da qual é ingerida por animais,
                                      transformando-se em N orgânico animal.
                                      A quantidade de Nitrogénio usada na produção
                                      primária é muito superior às entradas anuais de N,
                                      sendo assim, uma grande quantidade de N é reciclada
nitrogenase                           na própria biosfera. Alguns tipos de bactérias possuem
                                      enzimas capazes de converter o N2 atmosférico em
                                      NH3. – nitrogenase. Esta redução N2-NH3 tem custos
                                      metabólicos e requer a respiração de C orgânico.
  Nitritos (NO2-)
  Nitratos (NO3-)             Amónia (NH4+)
                    Redução

    Usada pelas plantas, algas, microrganismos
     compostos N orgânicos
2. Mineralização
   Quando os animais e plantas morrem,
   o Nitrogénio orgânico formado pela
   fixação e/ou pela retoma fotossintética
   de NO3-, NO2- ou NH4+ sofre
   decomposição bacteriológica nos
   solos e nos sedimentos  libertação
   de amónia e de nitratos para a solução
    Mineralização. A matéria orgânica é
   convertida por bactérias heterotróficas
   em amónia – Amonificação. A morte
   destes microrganismos também liberta
   NH4+.


 Destino do NH4+: (1) solução do solo ou coluna de água (2) assimilado pelas plantas e outros
  organismos, (3) fixação em minerais argilosos, (4) imobilização por microrganismos, (5)
  libertado para a atmosfera como NH3 gasoso.
3. Nitrificação
As formas de N inorgânicas e reactivas
convertem-se umas nas outras através de
processos bacteriológicos.

As bactérias (Nitrossomonas e
Nitrobacter) podem também oxidar o
restante NH4+ do solo /sistemas aquáticos
transformando-a em NO2- e NO3- -
Nitrificação. Em alguns casos o N
orgânico é oxidado por bactérias
heterotróficas – nitrificação – produzindo
também NO3-. A nitrificação geralmente
gera acidez, assim a libertação de NO3-
pelas correntes é geralmente
acompanhada pelo aumento de perdas
de catiões que são removidos dos locais
de troca catiónica, sendo substituídos por
H+.

 2NH4+ + 3O2  2NO2- + 2H2O + 4H+
        2NO2- + O2  2NO3
4. A maior parte do NH4+ e NO3-
provenientes da decomposição da
matéria orgânica é reciclada (nos solos e
sistemas aquáticos, pelas
plantas/organismos). Contudo, estas
formas azotadas podem ser
directamente libertadas para a
atmosfera sob a forma de gases
azotados (NH3) ou na água dos rios. Há
ainda uma parte que se introduz e
segue o seu percurso nas águas
subterrâneas




                                            NH4+ + OH-  NH3 + H2O (favorecido em
                                            meios alcalinos)
5. Desnitrificação: Os nitratos então produzidos podem ser absorvidos pelas
   plantas/organismos ou sofrer desnitrificação - redução dos nitratos por bactérias
   heterotróficas, a N2 e N2O gasosos  atmosfera;
   Cerca de 80% das perdas de N terrestre são no estado gasoso. A desnitrificação
   destrói a estrutura dos nitratos libertando N2 (a maior saída gasosa) e N2O, e
   menores quantidades de NH3 e NOx gasosos são libertados em diversos etapas do
   ciclo do Nitrogénio.
      5CH2O + 4H+ + 4NO3-  2N2 + 5CO2 + H2O                 Lagos : taxas de
                                                             desnitrificação elevadas
                                                             quando a coluna de água é
                                                             anóxica
                                                             • águas de fundo em meios
                                                             estratificados
                                                             • sedimentos
                                                             • superior em lagos pouco
                                                             profundos e com elevados
                                                             tempos de residência



                                                           Desnitrificação em lagos >
                                                           desnitrificação em rios
4) Nitrogénio – estudo de casos em Sistemas Tropicais
                                                                   O nitrogénio tens teores
                            Tucuruí - Nov 2006
          0,8                                                      altos, excedendo por
                                    Nitrogen                       vezes os valores médios
          0,7

          0,6                                                      de solos minerais. Nos
          0,5   Sediments                            Soils         sedimentos os valores
                                                                   são mais altos do que os
    (%)




          0,4

          0,3
                                                                   solos parentais
          0,2

          0,1

           0
            TU 3 A




                                          CS 1A
                                         TU 01B




                                          CS 7A
                                         TU 07B




                                          CS 2A
                                         TU 12B




                                          CS 5A
                                                B
            TU C 1



             TU 3
            TU C 4




             TU 7
            TU 8




                                           C 2
                                           C 3
                                           C 4
                                                5
                                          C 06




                                           C 8
                                           C 9
                                                0
                                          CS 11




                                                3
                                          CS 14
             TU B



            TU 4B



             TU A



            TU 11

             C 2


            TU 14
            TU 15
            TU 16
            TU 17
            TU 18
            TU 19
                 20
            TU 4C




                                         TU S 0
                                         TU S 0
                                         TU S 0
                                         TU S 0




                                         TU S 0
                                         TU S 0
                                         TU S 1




                                         TU S 1
           TU C 1
                2




                5




                                             15
                C




                C
                C




               1




                                        TU S 0




                                        TU S 0




                                        TU 1




                                        TU 1
                                        TU CS




                                        TU CS




                                        TU CS
              C




              C
              C
              C
              C
              C
              C
              C
              C




              C


              C
             TU




              C




                                           C




                                           C




                                           C
                                          C
                                        TU




                                  Samples




                                                 Os sedimentos funcionam como
                                                 reservatório de nutrientes
4) Nitrogénio – estudo de casos


                                     Nitrogen in Monte Novo sediments
          10000
                                                                                    NKjeldhal
                                                                                    NH4+
              1000                                                                  NO3-
    Log ppm




               100




                10




                 1
                     2   3   6   7       8     9     13     1      4      5    12      10       11
                                 Samples (in order of decreasing grain size)

              A proporção das várias forma de N  natureza orgânica deste nutriente
4. Fósforo



                                                   1. Formas de P nos sedimentos




O ciclo biogeoquímico do P é sinónimo do ciclo do fosfato. Quase todas as formas de
P dissolvido ou particulado são formas combinadas, complexadas ou ligeiramente
modificadas deste ião fosfato.
1) Formas de P inorgânico dissolvido

O ião fosfato – PO43-, é o anião resultante das várias etapas de dissociação do ácido
fosfórico, H3PO4:


             H3PO4  H+ + H2PO4-  2H+ + HPO42-  3H+ + PO43-
A proporção destas diferentes formas difere consoante o pH do meio. Para condições
    perto da neutralidade – pH6-7, a forma mais comum é H2PO4-
2) Formas de P inorgânico particulado

O P é o 10º elemento mais comum na Terra com uma percentagem média de 0,1% e
    pode ser encontrado numa grande variedade de fases minerais:
1- Existem cerca de 300 espécies onde o PO43- ocorre naturalmente como
    componente da estrutura;

2- O Fosfato pode ainda estar presente como elemento traço em muitos minerais,
    quer por substituição de certos grupos aniónicos por PO43- , quer por adsorção do
    PO43- na superfície de certos minerais
1- Minerais: O mineral fosfatado mais abundante – Apatite – Ca10(PO4)6X2 que pode
 ter diversas fontes: (1) rochas ígneas: podem conter entre 0,02 e 1,2 % de apatite; (2)
 produzido por organismos (incluindo o homem) fazendo parte da estrutura de dentes,
 osso e escamas. Quando estes organismos morrem estes compostos-P tendem a
 acumular-se nos solos e sedimentos; (3) depósitos sedimentares de apatite (fosforitos)
 são as maiores acumulações de P à superfície da Terra; (4) acumulações de
 excrementos de pássaros e morcegos – Guano e subsequente alteração diagenética e
 cristalização.




Em geral os maiores depósitos fosfatados têm
origem marinha e ocorrem como leitos
sedimentares de espessuras centimétricas a
métricas.
2- Pode ainda ocorrer como componente no interior das estruturas laminares de certos
 minerais ou adsorvido à superfície de minerais como: minerais argilosos, carbonato de
 cálcio, óxi-hidróxidos de Fe/Al.




 3) Formas de P orgânico
Uma grande parte das moléculas
orgânicas contém P geralmente
associadas a longas e
complicadas moléculas
orgânicas com ligações esteres
fosfatadas. Entre os compostos
mais importantes em que os
fosfatos são um importante
componente – ácidos nucleicos.
2. O ciclo Terrestre do Fósforo. Fósforo nos solos e sistemas aquáticos
Processos que controlam os movimentos do P nos ecossistemas terrestres  erosão
constante das rochas continentais e transporte sob as duas formas, dissolvida e particulada
pelos rios até aos oceanos, com paragens ocasionais ao longo do percurso para interagir
com sistemas mineralógicos e biológico – solos, lagos, estuários.

   (1) ocorre a erosão química e física
   das rochas continentais, e (2) é
   introduzido no sistema solo P
   dissolvido e particulado. Cerca de
   5% do P mobilizado está sob forma
   dissolvida e está disponível para
   entrar nos sistemas biológicos (3).




                                                     A maior parte do P transportado pelos
                                                     rios (95%) está sob forma particulada e
                                                     destas, cerca de 40% está em formas
                                                     orgânicas. As restantes estão retidas
                                                     entre lâminas de diversos minerais ou
                                                     adsorvidas na superfície de partículas
                                                     minerais e orgânicas. Muito deste P é
                                                     transportado até ao mar (5) como
                                                     material em suspensão ou de fundo sem
                                                     nunca entrar nos ciclos biológicos.
Os lagos (4) constituem um importante
                                          componente do sistema terrestre no
                                          que diz respeito ao ciclo do P, dada a
                                          grande pressão antrópica nas suas
                                          margens e a importância do P na
                                          comunidade biológica destes meios.




 Nos lagos, as concentrações de P na
coluna de água são o resultado de (1)
inputs de nutrientes na bacia de
drenagem via fontes pontuais e
difusas, (2) transporte pelas linhas de
água e (3) transformações e
imobilizações através de
mineralização, adsorção e
sedimentação
3. Transformações do P
                                               Os fosfatos são particularmente imóveis na
                                               maioria dos solos e materiais sedimentares e
                                               quando disponíveis são imediatamente
                                               assimilados pelas plantas e organismos. Nos
                                               solos a taxa de difusão para as raízes é muito
                                               limitada dada a sua imobilidade química.
                                               O P é absorvido pelas plantas e organismos
                                               sobre forma iónica, principalmente
                                               ortofosfato primário – H2PO4-. Para valores
                                               de pH elevados, o ortofosfato secundário
                                               (HPO42-) é também absorvido.




À semelhança do N, o P pode encontrar-se
nos sedimentos sob formas orgânicas e
minerais, no entanto, contrariamente ao N, a
fracção mineral é muito mais representativa.
As formas orgânicas, muito complexas, não
são directamente utilizáveis pelas
plantas/organismos. A sua absorção só             1) P orgânico
poderá ocorrer se sofrerem Mineralização.
Tal como no caso do N esta vai ser efectuada
por microrganismos e decorrerá com maior
ou menor rapidez consoante encontrem
melhores ou piores condições de vida, como
por exemplo o valor de pH e o equilíbrio
com outros nutrientes: C, N e S.




                                                  Quando os compostos orgânicos
                                                  apresentam muito baixos teores de P, os
                                                  microrganismos têm tendência para o
                                                  imobilizar temporariamente 
                                                  Imobilização.


                                          As transformações do P orgânico nos solos
                                          /sedimentos são muito difíceis de estudar devido às
                                          inúmeras reacções do P orgânico com diversos tipos
                                          de minerais dos sedimentos/solo, que levam à sua
                                          imediata complexação
2) P Inorgânico

Principal fracção de P nos solos/sedimentos.
Destas formas, apenas uma pequena parte se
encontra em combinações solúveis na
solução do solo e, portanto, de fácil utilização
pelas plantas/organismos.
As reacções inorgânicas na água intersticial
dos solos/sedimentos influenciam as
concentrações de P dissolvido.
Estas reacções incluem: (1) dissolução ou              P-Ca
precipitação de minerais contendo P, (2)
adsorção ou desorção do P na superfície dos
minerais.




                                                   P em Fe-Ox
A reactividade dos fosfatos é dependente do pH. Em meios alcalinos ocorre com
maior frequência os fosfatos de Ca que são mais solúveis, enquanto que em meios
ácidos dominam os P-Fe e P-Al, mais insolúveis. Também, em meios ácidos, a
adsorção de fosfatos à superfície de óxidos e hidróxidos de Fe/Al e de minerais de
argila é favorecida, diminuindo a sua solubilidade.




   Os principais mecanismos pelos quais o P pode ser fixado resultam
   principalmente de fenómenos de adsorção e precipitação
2.1 Adsorção
Ligação aos colóides: minerais argilosos, óxidos e hidróxidos de Fe/Al, colóides amorfos e
matéria orgânica
a. Adsorção a Minerais argilosos: pode adsorver elevadas quantidades de P através de
permuta do H2PO4- (ou outros aniões) com os grupos OH- ligados ao Al das camadas
octaédricas dos minerais.
b. Adsorção em óxidos/hidróxidos de Fe/Al: adsorvem o P através de reacções
parcialmente reversíveis.



                                              Também se verifica uma substituição do
                                              grupo oxidrilo (OH-) pelos aniões fosfato.
                                              A quantidade de P retido é tanto menor,
                                              quanto menos cristalinos forem estes
                                              óxidos devido ao facto de terem menor
                                              superfície especifica

                                             c. Adsorção nos colóides orgânicos:
                                             Adsorvem o P sobretudo através do Fe e Al
                                             que a eles se encontram associados
d. Adsorção em Calcário; o calcário activo (mais finamente dividido) também pode
  adsorver P. Mas os principais responsáveis por essa adsorção são os compostos de Fe
  que os calcários geralmente apresentam como impurezas.

2.2. Precipitação
Verifica-se quando existe cálcio suficiente para se poderem formar (1) fosfato
monocálcico – Ca(H2PO4)2 que é solúvel, (2) fosfatos bicálcicos – CaHPO4, tricálcicos –
Ca3(PO4)2, hidroxiapatites – Ca3(PO4)2.Ca(OH)2, carbonato-apatites – 3Ca3(PO4)2.CaCO3,
que sendo muito insolúveis, impede o P de ser disponível para a absorção pelas
plantas.
Metodologia                                      Análise do P nos sedimentos


         Fracções                        Extractante                      Significado
           P total              Fusão com metaborato/            Todo o fósforo do sedimento
                                tetraborato de lítio – ICP
                                (Lab. ActLabs, Canadá)
          P solúvel              Lactato de amónio e ácido         Fósforo da fase aquosa
                                 acético (extracção) + ácido      intersticial do sedimento,
                                  ascórbico e molibdato de       mais passível a trocas com a
                                  amónio (determinação) –              coluna de água
                                   Espect. Abs. Molecular
  P orgânico e P inorgânico      Ácido sulfúrico e incineração      Relação entre as formas
                                + ácido ascórbico e molibdato    fosfatadas orgânicas (fosfatos
                                de amónio (determinação) –        inositóis, fosfolípidos, ácidos
                                    Espect. Abs. Molecular          nucleicos) e inorgânicas
               Extracção sequencial do P Inorgânico (formas extraíveis)
P solúvel e fracamente ligado         Cloreto de amónio             P na fase solúvel ou em
                                                                     posições de troca com
                                                                         ligações fracas
           Al - P                    Fluoreto de amónio          P retido em óxidos/hidróxidos
                                                                     de Al e à superfície de
                                                                     minerais argilosos por
                                                                  adsorção, precipitação, co-
                                                                           precipitação
           Fe - P                     Hidróxido de sódio         P retido em óxidos/hidróxidos
                                                                 de Fe cristalinos/amorfos por
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                                  sódio-bicarbonato sódio)       condições de baixo potencial
                                                                            redox
           Ca - P                       Ácido sulfúrico          P reactivo associado a calcite
                                                                            e apatite
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Elementos metálicos em lagos

  • 1. 2. Elementos Metálicos Em lagos naturais e artificiais, os sedimentos representam um dos últimos receptáculos para os metais descarregados nas bacias de drenagem. Os seus teores, distribuição e formas em que ocorrem nos sedimentos  determinados pelas condições químicas do meio + características geoquímicas dos materiais resultantes do intemperismo das suas fontes (solos e capas de alteração das rochas rochas parentais) Toxicidade + facilidade para se acumularem no biota  sérios problemas de poluição dos elementos metálicos.
  • 2. 1) Fontes dos elementos metálicos: 1. Geológicas: i) Erosão e dissolução de rochas e solos ii) Minério  libertação de metais por exposição a ar/água iii) Passagem de água subterrânea através de aquíferos e solos  águas superficiais Águas superficiais  concentração natural de metais é baixa e bem tolerada Excepção: alguns backgrounds geológicos podem conter níveis tóxicos; áreas geotermais (microrganismos resistentes a níveis tóxicos)
  • 3. Erosão e dissolução de rochas e solos Superfície (ar, água e organismos) Desintegração Decomposição Os minerais que contêm estes elementos funcionam como reservatórios, libertando-os mais ou menos lentamente para a fase solúvel à medida que vão sendo alterados. Componentes Minerais Insolúveis Solúveis decompõem-se por interacção com o ácido carbónico (água + CO2) parte ou a totalidade dos seus elementos  solução. • circulação de água subterrânea • curso de água superficial movem-se para outro ambiente
  • 4. Meteorização  solos Acumulação de minerais argilosos e óxidos/hidróxidos de Fe  adsorvem metais potencialmente tóxicos que são mobilizados pelas águas de infiltração para esta camada, atingindo por vezes concentrações prejudiciais Acumulação Solos  processos erosivos ou iluviação A forma como um elemento metálico entra em solução durante a meteorização dos solos depende da Diferenciação em camadas estrutura do mineral distintas  horizontes. Cada onde esse elemento ocorre e da horizonte contém diferentes intensidade da tipos ou proporções de meteorização química materiais Quando uma partícula é arrastada para o interior dos sistemas lacustres  o elemento metálico poderá facilmente solubilizar-se dado os processos de meteorização serem facilitados em água oxigenada
  • 5. 2. Antropogénicas Actividades humanas  aumento de mobilidade e toxicidade de metais traço provenientes de fontes geológicas i) Fontes pontuais: • Mineração • Indústrias siderurgia, fundição ii) Fontes difusas: (mais difíceis de controlar) • Metais em materiais de construção, baterias, veículos, vestuário, etc. • Tratamento de efluentes • Escorrência de áreas urbanas
  • 6. 2) Biogeoquímica de elementos metálicos em sistemas aquáticos Propriedades químicas dos elementos  controlam interacções com ambiente biológico, geológico e químico  determinam os ciclos biogeoquímicos Diversidade nos elementos metálicos • ≠ tipos de formas nos sistemas • ≠ estados de oxidação • ≠ complexos orgânicos e inorgânicos • Fases dissolvida, coloidal e sólida • Distribuição na coluna de água e sedimentos (fase aquosa, sólida e coloidal) Ciclo biogeoquímico dos metais: • Nem todos os metais passam por todas as reacções • Os microrganismos podem passar por todas as reacções Independentemente da complexa reciclagem de metais  a maioria dos lagos tem elevado poder de retenção dos metais.
  • 7. Os cursos de água transportam os metais quer sob a forma dissolvida, quer não dissolvida. 1. material em suspensão: incorporados em fases inorgânicas ou orgânicas sólidas em suspensão (hidróxidos de Fe e Mn e noutras finas partículas com elevada área superficial, emissões antropogénicas); são adsorvidos e/ou absorvidos por elas 2. transportados em fase solúvel na coluna de água: Os elementos movem-se em solução como catiões, aniões e complexos iónicos.
  • 8. Transporte dos metais para os sistemas aquáticos Formas dos metais transportados nas fases sólidas 1. em posições de troca – como catiões ou complexos iónicos adsorvidos em minerais argilosos e partículas orgânica ; 2. como formas absorvidas; 3. em minerais carbonatados; 4. em fases facilmente ou moderadamente reduzíveis; 5. como sulfuretos; 6. em formas residuais e resistentes. 7. formas solúveis – filmes líquidos ou fases líquidas em poros
  • 9. Parâmetros que controlam mobilidade, dispersão, precipitação/deposição e concentração dos metais: • solubilidade do elemento, concentração, pH, potencial redox, temperatura, carência bioquímica de oxigénio, salinidade; • dimensão da partícula, composição mineralógica, capacidade de adsorção e bioacumulação, composição e teor em componentes orgânicos, interacção com a água intersticial ou água que o envolve e actividade de organismos determinam as formas químicas com que os metais são introduzidos num ambiente.
  • 10. Metais na coluna de água Nos sistemas lacustres a concentração de metais na água resulta: (1) Entrada na bacia através de fontes pontuais e difusas (2) Transporte sob forma particulada e dissolvida a partir dos processos de erosão da bacia Metais que entram na bacia  perdem-se (3) Transformações e imobilização pelos para os SEDIMENTOS. A taxa de retenção sedimentos de fundo através de depende da mistura, estado trófico e química adsorção, fixação ou sedimentação do lago
  • 11. Estação seca em Tucuruí (Pará) Mobilização e imobilização dos metais  a elevada contribuição de partículas finas é de extrema importância na medida em que elas constituem a parte quimicamente mais reactiva de qualquer sistema hídrico. Elas permitem a retenção de numerosos elementos químicos e de material orgânico e apresentam elevado potencial de interacção com a coluna de água
  • 12. Principais reacções dos metais nos sistemas aquáticos: • Adsorção/Desorção: perda dos metais para os sedimentos  afecta a biodisponibilidade e toxicidade. Ligação a partículas de granularidade mais fina (minerais argilosos, óxidos de ferro, alumínio e manganês) e em moléculas orgânicas. Óxidos-Fe-Mn (amorfos)  películas de revestimento em minerais silicatados de muito pequena dimensão, o que lhes confere elevada superfície específica • Complexação aquosa: metais ligam-se reversivelmente a grande variedade de compostos (maioritaria/ orgânicos) presentes nas águas naturais (ligandos)  insolúveis, diminuição da biodisponibilidade Adsorção de alguns catiões metálicos na superfície de um óxido de ferro.
  • 13. • Quelatização: metais que seriam mantidos como precipitados insolúveis para valores normais de pH, são mantidos em solução através de mecanismos de quelatização. • Precipitação de compostos metálicos; Co-precipitação dos metais por meio de óxidos de ferro e manganês hidratados e de carbonatos •Redução e Oxidação: via processos fotoquímicos, microbiológicos e geoquímicos. Afecta solubilidade, fraccionamento e toxicidade • Assimilação biológica Quelatos Precipitação de metais na superfície de uma partícula
  • 14. • Incorporação em minerais cristalinos (filossilicatos). Entram na estrutura através de substituições • Dissolução na fase solúvel dos sedimentos
  • 15.
  • 16. SEDIMENTOS retentores de metais (armadilha) Mudança das condições ambientais (pH, potencial redox) SEDIMENTOS fonte de metais Climas Tropicais (elevada precipitação e temperatura ao longo do ciclo anual) Elevada taxa de lixiviação de metais da bacia Acumulação de metais nos reservatórios Concentração de metais na coluna de água mais baixa que o esperado (considerando os inputs)  Facilidade de adsorção e co- precipitação nas fases sólidas.
  • 17. Formas dos elementos metálicos nos sedimentos Os elementos metálicos estão presentes no meio sob variadas formas, incluindo diferentes estados de oxidação, variados complexos orgânicos e inorgânicos, nas fases sólida, coloidal e dissolvida Formas de Fe e Mn nos sedimentos de rios e lagos
  • 18. Influência do pH Meios com baixos valores de pH e/ou 7 pH (H2O) Rainy season condições de redução Três Marias Tucuruí 6 Os metais adsorvidos são facilmente libertados 5 4 solução precipitam como outra fase 3 (sulfuretos) 2 Explicação dos elevados valores das 1 formas solúveis dos elementos metálicos 0 1 2 2B 3 4 5A 7 8 1 2 3 4 6 7 8 9 0 9C 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 B 12 13 14 16 17 20 nos sedimentos 11 Samples “margens” de adsorção: • pH 5-6 no Cu2+ • pH 5,8-6,8 no Zn2+ Nos sedimentos das albufeiras de clima tropical (pH ~5): (1) parte do cobre é fortemente retido, (2) zinco solubilizado. Altos valores de Zn solúvel Cd – elemento perigoso Adsorção de alguns catiões metálicos na superfície de um óxido de ferro.
  • 19. Influência do Eh Não existe proporcionalidade entre os teores das formas solúveis e o grau de acidez dos sedimentos. A solubilidade é reforçada pelas condições de oxi-redução do meio Meio com forte capacidade redutora  baixo potencial redox  importante controlo na acumulação de metais traço ao afectar (1) directamente a sua retenção através de modificações no seu estado de oxidação e (2) indirectamente, através de modificações do estado de oxidação dos iões que com eles formam complexos. Meio redutor  formas iónicas solúveis de elementos como o Fe, Mn, As, são as mais estáveis Solução Passagem das formas adsorvidas nas partículas minerais e orgânicas por troca catiónica com a fase solúvel
  • 20. Influência da Biomassa interna Produção interna de biomassa  controla a quantidade de matéria particulada que adsorve e sedimenta metais Contrariamente às partículas em suspensão alóctones  uma fracção da biomassa produzida nos lagos é mineralizada antes de atingir o sedimento Metais pesados transferidos para matéria particulada biogénica no epilímnio  passam para a fase solúvel no hipolímnio
  • 21. Balanços de Massa  Estabelece o papel dos lagos como retentores ou fontes de metais  Taxas de sedimentação + teor de metais nos sedimentos Quantidade/tempo de metais retidos no lago Diagramas de fluxo em 3 lagos  capacidade de retenção do Fe e Cu Fe  quase 100% sedimentado  forma particulada dominante (3) – condições anaeróbias no hipolímnio  Fe(III)  Fe(II)  > concentração das formas dissolvidas Cu  input de Cu maioritaria/ sob forma dissolvida  valores baixos de Cu nos sedimentos (3) Maior capacidade de retenção do Cu  condições anaeróbias no hipolímnio (H2S) + elevada produção orgânica + baixo fluxo hidráulico
  • 22. Especiação Química dos Metais Passo Definição Reagentes Químicos/ Fracção extraída da Operacional Concentração/pH Extracção Esquema do 1 Extraível em Ácido acético: CH3COOH Solúvel em água e procedimento da Ácido (0.11M); pH 2.85 ácido, ligados a carbonatos e em extracção posições de troca sequencial (três- 2 Redutível Cloreto de Hidróxilamónio: Ligados a óxidos de fases) optimizada NH2OH.HCl (0.5 M); pH 1.5 ferro e manganês 3 Oxidável Peróxido de Hidrogénio: H2O2 Ligados a matéria BCR para (8.8 M); pH 2-3 seguido de orgânica e Sulfuretos sedimentos Acetato de Amónio: CH3COONH4 (1 M); pH 2 Elementos metálicos  presentes no meio em variadas formas, diferentes estados de oxidação e sob a forma de diversidade de complexos orgânicos e inorgânicos, nas fases sólidas, coloidais e dissolvidas. Papel dos sedimentos e das condições químicas do meio (1) na solubilidade e fluxo dos elementos metálicos para a coluna de água, (2) balanço entre fotossíntese e respiração e (3) avaliação do risco de poluição e proposta de medidas para a recuperação dos lagos Análise in situ do pH e potencial redox na interface sedimento-água  Análise dos teores e formas dos metais nos sedimentos (forma total, solúvel, principais fracções)  métodos de extracção sequencial
  • 23. I - Fe e Mn 1. Importância nos sistemas aquáticos Elevadas concentrações  influenciam os ciclos de outros elementos biologicamente importantes através de reacções microbiológicas e químicas 1. Papel importante na determinação das formas e ciclos do P, S e metais traço nos lagos  regulam a composição química da coluna de água 2. Oxidantes alternativos para a degradação do C 3. Micronutrientes essenciais aos organismos aquáticos 4. Comportamento semelhante nos sistemas aquáticos
  • 24. 2. Química do Fe e Mn Reacções Redox Formas oxidadas: Fe(III), Mn(III), Mn(IV) Formas reduzidas: Fe(II), Mn(II) Formas e ciclos do Fe e Mn  determinados pelas condições redox do meio Transformações redox  mediados por reacções químicas e biológicas com outros elementos biologicamente importantes (O, N, S, C ) Formas Reduzidas de Fe e Mn (Fe2+, Mn2+): • Condições de anóxia  solúveis • Como são reduzidas: 1. Reacções com matéria orgânica, H2S, H2 Catalisadas por bactérias (obtêm a energia a partir da degradação da MO usando os metais como receptores de electrões) H2S  reduz Fe e Mn abioticamente 2. Redução do Mn por Fe2+ e NO2- 3. Redução Fe3+  Fe2+ (luz) - fotoquímica
  • 25. Formas Oxidadas: • Maior oxidante  Oxigénio • Oxidação Fe2+  Fe3+: rápida, apenas para pH<5 a oxidação é catalisada por microrganismos • Oxidação Mn2+  menor magnitude, maior mobilidade no meio, pode ser acelerada por micróbios sob condições adequadas • NO3- e NO2-  oxidantes para Fe2+ e Mn2+ Formas Químicas Formas reduzidas, solúveis de Fe e Mn  elevadas concentrações em sedimentos e águas anóxicas • Fe e Mn em Minerais argilosos  libertação por intemperismo • Fe e Mn reduzidos  podem formar minerais autigénicos (formados in situ por precipitação): sulfuretos, fosfatos Formas oxidadas de Fe e Mn  precipitam sob forma de óxidos, hidróxidos e oxi- hidróxidos insolúveis • Formas particuladas de Fe e Mn  dominam em colunas de água óxicas e superfície de sedimentos • Óxidos de Fe e Mn adsorvem fortemente outros elementos (Ex: PO43-)
  • 26. A química do Mn, tal como a do Fe depende do pH e do potencial redox. Nos lagos o Mn comporta-se de forma semelhante ao Fe mas é mais solúvel para níveis mais reduzidos de O2. O Mn só forma precipitados em condições de pH e Eh mais elevados (ex: MnO2) . nódulos Diagramas pH-Eh do Fe e Mn
  • 27. Fe e Mn nos Rios Rios: 90-99% de Fe  Partículas; 80% Mn  Partículas Apenas uma pequena parte é transportada sob formas dissolvidas  precipitação quando atinge água oxigenada, excepto sob condições ácidas Formas de Fe particulado: • Fe quimicamente reductível: óxidos Fe amorfos primários e alguns óxidos Fe cristalinos  mais facilmente extraível • Fe associado a silicatos e óxidos Fe cristalinos  dificilmente extraível Fe e Mn nos Lagos Entradas: • Atmosfera: negligenciável • Fe particulado através dos rios: adsorvido nos minerais argilosos, óxidos Fe • Fe associado a minerais argilosos de > dimensão (folhetos ou adsorvidos)  deposita • Fe em partículas mais pequenas  > tempo de residência na coluna de água • Mn: forma dissolvida, forma coloidal ou associado a argilas
  • 28. Percas  ciclo nos sedimentos • Fe e Mn  extensos ciclos na coluna de água e sedimentos • Maioria do Fe  retido nos sedimentos > Retenção do Fe  Lagos oligotróficos com longos tempos de residência • Menor retenção do Mn; em meios ácidos  Mn não é retido • ≠ retenção Fe/Mn  razão Fe/Mn nos sedimentos de lagos >> Inputs Fe/Mn Ciclo de Fe e Mn nos sedimentos Ciclo do Fe e Mn nos lagos é influenciado  mistura no lago, estado trófico, química da água Se: Coluna de água é bem oxigenada  Redução do Fe e Mn dá-se apenas nas zonas anóxicas dos sedimentos (alguns mm ou cm abaixo da interface sedimento/água) Destino do Fe e Mn depende da profundidade da camada óxica no sedimento e presença de outros iões Mn  reduz a um potencial redox mais elevado que o Fe e oxida mais lentamente  embora forma óxidos de Mn mais perto da interface sedimento/água  liberta-se mais facilmente para a coluna de água e apresenta concentrações elevadas na fase solúvel dos sedimentos
  • 29. II - Cu e Zn Acima de determinadas concentrações na coluna de água  tóxicos Principais fontes de Zn  antropogénicas Actividades industriais Exaustão automóvel Combustão de carvão Actividades siderúrgicas Mineração Concentração de Zn solúvel em ambientes lacustres  influenciada por potencial redox  Baixos valores de Eh  abundantes sulfuretos-Fe  retêm o Zn da solução Verão (hipolímnio anóxico)  baixos teores de Zn solúvel  Elevados valores de Eh (lago óxico)  mineralização de detritos orgânicos  aumento dos teores de Zn no hipolímnio Precipitação de Zn na forma de ZnO (por vezes reduz o Zn livre) pH elevado  Zn ocorre sob a forma Zn(OH)2 Combinação do Zn com outros compostos  Quelatos (importante para o crescimento das algas)
  • 30. Fontes antropogénicas do Cobre:  operações de fundição  mineração  combustão de carvão Formas de Cu  dependem do estado de oxidação  Baixos valores de Eh  precipitação por sulfuretos-Fe  diminuição na coluna de água  Condições oxidantes e elevado pH  compostos de Cu(OH)2 e insolúvel CuO  Baixo pH  complexos com compostos orgânicos  diminuição de Cu na solução (associação com matéria orgânica particulada – detritos orgânicos e húmus
  • 31. 3) Elementos metálicos – estudo de casos em Sistemas Tropicais Log mg/Kg Represa deTucuruí, Micronutrientes Metálicos (Formas totais) Pará 1000000 Tucuruí - Novembro 2006 100000 10000 1000 100 10 Fe total Mn total 1 Sedimentos Cu total Zn total Solos Cu total • Padrões de distribuição semelhantes  (1) origem nas mesmas fontes nas áreas de Fe total drenagem, (2) associação preferencial aos mesmos compostos orgânicos e minerais • Teores dentro do intervalo médio em solos. • (Fe  Mn Cu Zn) origem litogénica + enriquecimento em Zn na bacia de drenagem
  • 32. Teores de metais nos sedimentos de climas tropicais > Teores de metais nos solos > Teores de metais em sistemas Mediterrânicos 1. > precipitação e temperatura  > lixiviação metais da bacia 2. Predomínio Caulinite  adsorção de metais nas superfícies tetraédricas Si 3. Predomínio de latossolos ricos em Fe-óxidos  retêm facilmente os elementos metálicos do meio Modelo de Regressão Múltipla com Teste de variância (ANOVA) Variáveis independentes (Fe, Mn, Cu, Zn) Variáveis dependentes (Fe2O3, Al2O3, MnO, argila, Corg) Fe= -0.793+0.324 Al2O3+14.543 MnO-0.036 Corg+0.053 Argila Mn= 0.074-0.014 Al2O3-0.006 Corg-0.001 Argila+0.041 Fe2O3 Cu= -66.463-5.087 Fe2O3+2.671 Al2O3+257.811 MnO+36.448 Corg-0.845 Argila Zn= -29.770-5.753 Fe2O3+4.488 Al2O3+319.245 MnO+21.674 Corg-0.592 Argila Elementos metálicos Variáveis dependentes preferencialmente adsorvidos ou explicam variação de (1) retidos por precipitação/co- 70.1% para Zn, (2) precipitação em finas partículas 67.8% para Cu, (3) (minerais argilosos, partículas 86.3% para Fe e (4) orgânicas, óxidos/hidróxidos 58.6% para Mn. cristalinos/amorfos de Fe-,Al- e Mn-)
  • 33. Ferro solúvel 10000 9000 Fracção total Tucuruí 8000 Abril Mecanismos de 7000 Novembro adsorção em partículas 6000 finas mg/Kg 5000 4000 Fracção solúvel 3000 Potencial redox pH 2000 1000 0 Sedimentos Solos Abril Lixiviação das partículas dos solos  Decomposição das fases minerais  Libertação dos metais para a fase aquosa dos sedimentos + pH ácido + condições redutoras Mobilização através da libertação das formas adsorvidas nas fases sólidas ( água intersticial dos sedimentos  coluna de água) ou solubilização das fases de sulfuretos
  • 34. Zinco solúvel 40 Sedimentos 35 Tucuruí Abril 30 Novembro 25 mg/Kg 20 15 10 Solos 5 0 Novembro Abril Zn, Cu  comportamento diferente em relação ao potencial redox Condições redutoras  diminuição da solubilidade e precipitação como sulfuretos Condições oxidantes  Cu-Zn-adsorvidos são solubilizados  mobilização  biodisponibilidade
  • 35. Extracção sequencial – Fe, Mn, Cu, Zn Extracção sequencial - Fe - BCR optimizado 35000 Ferro 30000 Fe-MO-Sulfuretos 25000 Fe-Ox. Fe-Mn mg/kg 20000 Fe sol,troca,carbonatos 15000 10000 5000 0 TM 5 TM 7 TM TM 17 TM 20 TUC 4 TUC 7 TUC 8 TUC TUC Extracção sequencial- Tessier adaptado 10A 15 19 Amostras Tucuruí: Fe é equitativamente Fe Tucuruí Três Marias distribuído entre as formas de óxidos- 100% Fe cristalinos e amorfos; 80% 60% Três Marias: Fe é mais cristalino 40% 20% 0% Menor reactividade  menor TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19 TM5 TM7 TM10A TM17 TM20 Exchangeable Mn oxyhidroxides Amorphous Fe oxides libertação de Fe para as fases mais Oxidable-Organic Crystalline Fe oxides Residual lábeis  Menor teor de Fe solúvel
  • 36. Extracção sequencial - Mn - BCR optimizado 700 Mn-MO-Sulfuretos Mn-Ox. Fe-Mn 600 Mn sol,troca,carbonatos 500 Manganês mg/kg 400 300 200 100 Extracção sequencial- Tessier adaptado 0 TM 5 TM 7 TM TM 17 TM 20 TUC 4 TUC 7 TUC 8 TUC TUC 10A 15 19 Amostras Mn Tucuruí Três Marias Maior parte de Mn 100% associado a fases mais 80% lábeis  preponderância 60% de formas de Mn reduzidas (reflexo das condições 40% redutoras do meio). 20% 0% TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19 TM5 TM7 TM10A TM17 TM20 Exchangeable Mn oxyhidroxides Amorphous Fe oxides Oxidable-Organic Crystalline Fe oxides Residual
  • 37. Extracção sequencial - Cu - BCR optimizado 20 Cu-MO-Sulfuretos 18 Cu-Ox. Fe-Mn 16 Cu sol,troca,carbonatos 14 Cobre 12 mg/kg 10 8 6 4 2 0 TM 5 TM 7 TM TM 17 TM 20 TUC 4 TUC 7 TUC 8 TUC TUC Extracção sequencial- Tessier adaptado 10A 15 19 Amostras Cu Tucuruí Três Marias Cu e Zn retidos por adsorção ou 100% precipitação/co-precipitação em 80% partículas de fina dimensão 60% (partículas de óxidos-Fe 40% cristalinos e amorfos e partículas orgânicas  complexos) 20% 0% TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19 TM5 TM7 TM10A TM17 TM20 Exchangeable Mn oxyhidroxides Amorphpus Fe oxides Oxidable-Organic Crystalline Fe oxides Residual
  • 38. Extracção sequencial - Zn - BCR optimizado 30,0 Zn-MO-Sulfuretos Zinco 25,0 Zn-Ox. Fe-Mn Zn sol,troca,carbonatos 20,0 mg/kg 15,0 10,0 5,0 Extracção sequencial- Tessier adaptado 0,0 TM 5 TM 7 TM TM 17 TM 20 TUC 4 TUC 7 TUC 8 TUC TUC 10A 15 19 Amostras Zn Tucuruí Três Marias Zn : 100% Fase residual – estrutura de 80% minerais 60% Principalmente adsorvido em Fe- 40% óxidos cristalinos 20% Óxidos-Mn  pouca importância 0% TUC 4 TUC7 TUC8 TUC15 TUC19 TM5 TM7 TM10A TM17 TM20 na retenção de Zn. Exchangeable Mn Oxyhidroxides Amorphous Fe oxides Oxidable-Organic Crystalline Fe oxides Residual
  • 39. Metais na água (ferro, manganês)
  • 40. III - Metais tóxicos 1) Importância nos sistemas aquáticos  Elementos com densidades superiores a 5,0 g cm-3.  Elevadas características poluentes  As contribuições antropogénicas (através de desperdícios industriais, municipais e animais, uso de correctivos orgânicos pesticidas, herbicidas e fungicidas. mobilizações agrícolas e erosão do solo) igualam ou mesmo excedem, em certos locais, as quantidades libertadas por meteorização A análise dos teores de metais pesados nos sedimentos superficiais  valioso índice de potenciais problemas de poluição nestes ambientes Qualquer que seja a sua origem, uma grande fracção dos elementos pesados descarregados nas bacias de drenagem vai fazer parte do material em suspensão, podendo também uma parte, ser transportada em fase solúvel na coluna de água
  • 41. 2) Ocorrência de metais tóxicos no meio Ocorrência dos elementos tóxicos nos minerais primários Ni inclusões de sulfuretos em silicatos; substituições isomórficas por Fe em olivinas, piroxenas, anfíbolas, micas e espinelas Pb inclusões em sulfuretos e fosfatos. Substituições isomórficas por K em feldspatos e micas, por Ca em feldspatos e piroxenas e por Fe e Mn em óxidos Cr cromite (FeCr2O4); substituições isomórficas por Fe ou Al em minerais do grupo da espinela Cd inclusões de sulfuretos e substituições isomórficas por Cu, Zn, Hg e Pb em sulfitos As minerais de arsénio: FeAsO4 . 2H2O. Mn3 (AsO4)2 Hg estrutura do mineral cinábrio (HgS) Ba mineral de barite ou associado a fontes biogénicas Fontes naturais dos elementos tóxicos. Adaptado de Sposito (1989) e Pattan et al. (1995).
  • 42. Valores médios dos elementos tóxicos em diversos tipos de rochas (ppm) Rochas ígneas Rochas Rochas Rochas Rochas Rochas ultrabásicas basálticas graníticas xistentas calcárias areníticas Ni 270-3600 45-410 2-20 20-250 - - Pb - 2-18 6-30 16-150 - <1-31 Cr 1000-3400 40-600 2-90 30-590 - - Cd 0-0,2 0,006-0,6 0,003-0,18 0-11 - - As 0,3-16 0,2-10 0,2-13,8 - 0,1-8,1 0,6-9,7 Hg 0,004-0,5 0,002-0,5 0,005-0,4 0,005-0,51 0,01-0,22 0,001-0,3 Ba 0,2-40 20-400 300-1800 460-1700 10 -
  • 43. 3) Biogeoquímica de metais tóxicos em sistemas aquáticos Mecanismos responsáveis pela acumulação de metais tóxicos nas partículas  ligação por adsorção em partículas de textura fina,  precipitação do elemento em compostos discretos,  co-precipitação do elemento por meio de óxidos hidratados de ferro, alumínio e manganês, e carbonatos,  associação com moléculas orgânicas,  incorporação na matéria cristalina. Relação dos teores dos elementos tóxicos com a fracção argilosa (Albufeira de Monte Novo) 1000 R2 = 0,5748 100 R2 = 0,5882 10 R2 = 0,6113 Log ppm R2 = 0,5656 1 R2 = 0,4043 0,1 0,01 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 Argila (%) Crómio Arsénio Mercúrio Níquel Chumbo Linear (Arsénio) Linear (Chumbo) Linear (Mercúrio) Linear (Níquel) Linear (Crómio)
  • 44. Os óxidos/hidróxidos de Fe e, em menor extensão, os óxidos/hidróxidos de Mn, minerais argilosos e compostos orgânicos, perto da superfície dos sedimentos podem reter metais traço difusos na coluna de água, por incorporação na sua estrutura ou por adsorção à superfície das partículas. Esta “camada de adsorção” perto da superfície do sedimento actua como uma barreira que intercepta elementos metálicos difusos, antes de eles se dispersarem na coluna de água. Esta camada vai-se movendo progressivamente para cima, com a sedimentação. Se a composição da coluna de água se modificar ou se a água se tornar anóxia e o sedimento mais reduzido, os metais adsorvidos poderão libertar-se, funcionando esta camada superficial como uma fonte de metais tóxicos para as águas superficiais.
  • 45. Principais formas químicas dos metais tóxicos nos ambientes aquáticos 1. Níquel, chumbo, cádmio, bário e estrôncio  ocorrem sob forma catiónica em diferentes estados de oxidação (Ni (II-III), Pb (II-IV), Cd (II), Ba (II)) livres ou complexados; A solubilidade destas formas catiónicas diminui geralmente com o aumento do pH e do teor de argila. Iões como o Ni ou o Pb são menos sensíveis ao grau de acidez/alcalinidade do meio. 2. Arsénio e crómio  ocorrem preferencialmente em solução como espécies neutras ou sob forma aniónica igualmente em diferentes estados de oxidação: As (III-V) e Cr (III-VI). Condições redutoras e ricas em enxofre (fundo das albufeiras)  qualquer dos aniões é reduzido ao estado de oxidação III, sendo as formas mais comuns AsO43- e CrO43-. Sob estas formas formam complexos interiores à esfera na superfície de óxidos/hidróxidos metálicos, sendo fortemente adsorvidos sob pH neutro. Sob condições redutoras, o As(III) pode ainda precipitar como sulfureto ou ser incorporado em sulfuretos de ferro.
  • 46. Em meio ácido, o crómio poderá levantar alguns problemas ambientais  passa geralmente a Cr(OH)2+, forma mais solúvel que CrO43- Arsénio Formas, transporte e toxicidade em águas naturais  afectado por microrganismos Águas superficiais  As (V) (arsenato) e As (III) (arsenite) e variados compostos orgânicos (As (-III)) Condições redutoras  As (III) Águas oxigenadas  As (V) Associação de elevados teores de As(III) e As monometílico e dimetílico   blooms fitoplâncton Fitoplâncton assimila arsenato (AsO3- 4) como Fosfato (PO3- 4) em condições em que o P é elemento limitante para o crescimento do fitoplâncton
  • 47. Algas e bactérias  reduzem arsenato  arsenito  compostos As metilenados voláteis Excretam esses compostos
  • 48. 3. A química do mercúrio no ambiente é muito complexa, variando entre os estados de oxidação (0-I-II). Toxicidade e bioacumulação do Hg  controlada por transformações microbiológicas (metil- Hg) Rapidamente reduzido e oxidado  processos redox microbiológicos, químicos, fotoquímicos  importante papel no ciclo do Hg Pequena % de Hg inorgânico  convertido em Hg monometílico (MeHg) – muito tóxico e muito bioacumulável
  • 49. A forma solúvel mais comum é a forma oxidada (Hg2+) e a sua hidrólise e redução produz Hg(OH) 02. A forma elementar é volátil e muito solúvel na água. O ciclo geral deste elemento é dominado pelo transporte da fase de vapor Hg0 através da atmosfera. O Hg é transformado por microrganismos em formas orgânicas (MeHg), intensamente tóxicas e voláteis Reservatórios (temperaturas elevadas, baixa profundidade, anóxia nas camadas + profundas da coluna de água) zonas activas de produção de MeHg Sensibilidade de um ecossistema aquático ao Hg  determinado pela sua capacidade de transformar Hg  MeHg no biota (processo microbiológico, condições de anóxia) Acumula-se na cadeia alimentar Transporte de Hg nas bacias hidrográficas  complexo Retenção de Hg nas bacias hidrográficas  muito longo (décadas)
  • 50. Ciclo do Hg em lagos e bacias de drenagem
  • 51. Mobilização em solução dos metais potencialmente tóxicos ambientes sedimentares aquáticos 1. catiões livres (Ex: Cu2+, Zn2+, Co2+, Hg2+) 2. complexos iónicos (Ex: H2AsO3-, H2AsO4-, Cr2O7-, V4O92-, HgCl42-). Mobilização dos metais em fases sólidas espécies adsorvidas e transportadas por fases sólidas minerais argilosos óxidos de Fe e Mn (amorfos ou cristalinos) Clay Mineralogy fases mais reactivas nos meios aquáticos 100% Clay Minerals (semi-quantitative analysis) 90% 80% + C/S + C/S Minerais argilosos nos sistemas lacustres  70% vermiculite + C/S kaolinite 60% + I/S 50% + I/S chlorite illite grande diversidade  diferente capacidade 40% + I/C smectite + I/S 30% 20% de retenção dos metais tóxicos 10% Chlorite 0% + Maranhão Monte Novo Divor Passo Real smectite
  • 52. Elementos tóxicos Formas mais reduzidas Elementos tóxicos nos sedimentos (valores máximos, médios e mínimos) • mais fortemente retidas 10000 Cr Ba valor mínimo pelas partículas minerais 1000 valor médio Ni valor máximo e/ou orgânicas 100 Pb As • precipitam como Log ppm 10 Cd compostos insolúveis 1 Hg (sulfuretos) 0,1 0,01 Albufeiras MN CAPINGUI MN CAPINGUI MN CAPINGUI MN CAPINGUI MN CAPINGUI MN CAPINGUI MN CAPINGUI MAR MAR MAR MAR MAR MAR MAR PREAL PREAL PREAL PREAL PREAL PREAL PREAL DIV DIV DIV DIV DIV DIV DIV no interior das albufeiras, controla em grande parte a sua mobilidade 1. Zn, Cu, Hg, Cd: móveis em condições oxidantes; meio redutor rico em enxofre  precipitam como sulfuretos. Formas reduzidas do Cd e Hg  as mais fracamente retidas Imobiliza a sua 2. As, Cr: circulação no A) em solução  espécies neutras ou sob forma aniónica. meio ambiente B) Sob condições redutoras ricas em enxofre (fundo das albufeiras)  os aniões são reduzidos ao estado de oxidação III (AsO43-,CrO43-)  fortemente adsorvidos (sobre óxidos/hidróxidos metálicos sob pH neutro) ou As(III) pode precipitar como sulfureto ou ser incorporado em sulfuretos de ferro.
  • 53. 4) Elementos tóxicos – estudo de casos em Sistemas Tropicais Três Marias Reservoir (May 2005) 1000 Ba 100 Cr Ni 10 Pb Co Log ppm As 1 Toxic elements 0,1 Hg 0,01 B 10 11 12 13 14 16 17 20 1 2 3 4 5 6 7 8 9 TM TM TM TM TM TM TM TM TM 11 TM TM TM TM TM TM TM TM TM Samples
  • 54. Tucuruí Três Marias Elementos com valores mais Mn, Cu, Co Fe, Cu, Zn, Ni, Co elevados nos sedimentos Sc, Be, Rb, U Sc, Be, Rb, U, V, Pb ETR (El. Terras raras) ETR (El. Terras raras) Elementos com valores mais Fe, Ni, elevados nos solos V, Pb, Cr, As, Hg Cr, As Elementos com valores Zn Mn semelhantes nos solos e Hg sedimentos Metais pesados mobilizados  transportados para um determinado ambiente em concentrações superiores às concentrações nos materiais de origem associados às partículas de mais fina dimensão (dominantes nos sedimentos) Nos sistemas tropicais, nem sempre os sedimentos têm concentrações mais elevadas de elementos metálicos. Causas: 1 – formas em que os metais existem associados às partículas dos solos 2 - a que fases sólidas eles se encontram associados 3 - quais as partículas preferencialmente erodidas a partir dos solos 4 - condições do meio aquoso que poderão mobilizar certos elementos e passá-los para a fase solúvel.
  • 55. 3. Nitrogénio (Azoto) Comportamento químico do Nitrogénio: Grande nº de transformações bioquímicas do N  N encontra-se em diferentes estados de valência, desde -3 (NH3) até +5 (NO3-). Um grande nº de microrganismos é responsáveis pelas transformações das formas azotadas e utilizam a energia libertada pelas mudanças de potencial redox, para se manterem. Estas reacções microbiológicas estão na base do ciclo do Nitrogénio.
  • 56. Ciclo do Nitrogénio 1- O Ciclo atmosférico do Nitrogénio: A atmosfera representa o maior reservatório de N, sendo relativamente pequenas as quantidades de N na biosfera terrestre e na MO dos solos e sedimentos. A reserva de N inorgânico, NO3- e de NH4+, nos solos é muito pequena e a sua absorção pelos organismos é tão rápida que muito pouca quantidade de N permanece sob forma inorgânica nos solos. Gases % (volume) no ar Nitrogénio 78,08 Ciclo global do N - ligação entre a atmosfera, a terra e Oxigénio 20,95 os oceanos Argon 0,93 Concentração dos gases maiores no ar ao nível do mar O ciclo atmosférico do Nitrogénio envolve reacção das formas gasosas com a água da Os principais gases azotados: Nitrogénio chuva (NO, NO2 e NH3). elementar (N2), óxido nitroso (N2O), dióxido de Nitrogénio (NO2), óxido nítrico (NO) e amoníaco (NH3). Combinação dos gases NO e NO2  NOx
  • 57. 2. Formas de Nitrogénio nos rios e lagos A origem do Nitrogénio na água dos sistemas aquáticos é mais complexa do que a dos restantes elementos  o Nitrogénio existe em solução sob diversas formas, é um constituinte maior da atmosfera e está intimamente envolvido no ciclo biogeoquímico como um componente essencial dos tecidos vivos de plantas e animais. O N ocorre nos sistemas aquáticos sob forma orgânica e inorgânica: (1) N Orgânico: dominante • N orgânico particulado (PON): grande diversidade de substâncias orgânicas, desde substâncias simples (aminoácidos) até compostos com elevado peso molecular. Representa o N de organismos vivos e fracção de N orgânico não decomposto proveniente de detritos e MO não viva. • N orgânico dissolvido (DON): muito diverso, pouco conhecido e em baixas concentrações
  • 58. (2) N inorgânico • N inorgânico dissolvido (DIN) – maioritariamente amónia, nitrito e nitrato; gás N2 e NH3 dissolvido • N particulado (PN) com origem natural e poluente. Proveniente dos solos, da actividade humana (deflorestação, aplicação de fertilizantes N e descargas de efluentes) e o NH4+ retido por adsorção ou fixação nos minerais silicatos de K. NH4+ NH4+ NH4+ NH4+ NH4+
  • 59. Processos Fluxo % de Fluxo Total entradas e antropogénico (1012g saídas (1012g N/Ano) N/Ano) Entradas em terra: Fixação Biológica 139 49 44 Fertilizantes e Indústria 85 30 85 Precipitação e deposição 61 21 37 Total de entradas 285 100 166 Saídas de terra: N nos rios 49-62 19 13-27 Desnitrificação para N2, N2O 179 63 ? Libertação de gás NH3 37 13 27 NOx: perda pelo solo e queima de biomassa 14 5 5 Total de saídas 279-292 100 >45 1. As saídas anuais do N pelos rios e sob a forma gasosa iguala a quantidade entrada nos continentes. 2. As saídas globais de N orgânico dos rios representam apenas 5% do total de N assimilado anualmente pela biosfera terrestre através da fotossíntese  a reciclagem biológica com a conservação do N, é muito eficiente 3. Influência das Actividades Humanas no N dos rios: As actividades humanas influenciam a carga de N transportado nos rios. Do total de N dissolvido na água (DIN + DON), entre 1/3 a 2/3 tem origem poluente. O tipo de N em águas poluentes varia: - Em águas poluídas os nitratos são mais importante do que a amónia; - Em água pouco oxigenadas resultantes da excessiva acumulação de MO, a amónia pode representar cerca de 80% do total de N dissolvido; - Desperdícios urbanos são mais ricos em amónia e escorrências agrícolas e produtos de combustão, em nitratos.
  • 60. 3. Entrada de N nos continentes e sistemas aquáticos – o ciclo terrestre do Nitrogénio Existem 3 principais entradas (inputs) de Nitrogénio nos continentes : 1. Fixação biológica - fonte principal do Nitrogénio fixado na terra (50%). O Nitrogénio elementar (N2) é o gás mais abundante na atmosfera. Não sendo biologicamente activo, terá de ser fixado e combinar-se com o H, C e O, formando compostos quimicamente mais reactivos e biologicamente disponíveis, de forma a ser usado por plantas e animais na terra – fixação do Nitrogénio (através de microrganismos, plantas superiores, algas, fungos, bactérias) Contudo, o processo de fixação do N não corresponde à totalidade do N assimilado pelas plantas. A maior parte deste N é derivada da reciclagem interna dos compostos azotados e da decomposição de materiais orgânicos no solo.
  • 61. 2. Precipitação - ocorre directamente sob a forma de NO3- e NH4+. Da quantidade de N que precipita ou se deposita nos continentes, cerca de 37% é devido a influências antrópicas. 3. Deposição de Nitrogénio previamente fixado 4. Aplicação de fertilizantes – N fixado industrialmente Ciclo terrestre do Nitrogénio Processos Fluxo % de Fluxo Total entradas e antropogénico (1012g saídas (1012g N/Ano) N/Ano) Entradas em terra: Fixação Biológica 139 49 44 Fertilizantes e Indústria 85 30 85 Precipitação e deposição 61 21 37 Total de entradas 285 100 166 Saídas de terra: N nos rios 49-62 19 13-27 Desnitrificação para N2, N2O 179 63 ? Libertação de gás NH3 37 13 27 NOx: perda pelo solo e queima de biomassa 14 5 5 Total de saídas 279-292 100 >45 No global, a influência do homem é responsável por mais de 50% do N total fixado que alcança a terra sob a forma de chuva ou fertilizantes
  • 62. Fontes antropogénicas de N nos rios e lagos: 1. Fontes pontuais: descarregadas directamente nas águas superficiais – efluentes domésticos e industriais, tanques sépticos, excrementos de animais, etc. Os desperdícios municipais e industriais podem produzir grande aumento do N nos rios, particularmente em zonas urbanas mas como os efluentes são geralmente tratados removendo cerca de 40% do N, esta fonte de N é mais fácil de controlar do que as fontes difusas; Têm diminuído nos últimos anos devido aos sistemas de tratamento;
  • 63. 2. Fontes difusas: resultam da escorrência e lixiviação das zonas rurais e urbanas. Inclui (i) lixiviação natural dos nitratos do solo, um processo acelerado pela intervenção humana a través da desflorestação e cultivo; (ii) deposição atmosférica e (iii) escorrência a partir de solos agrícolas (uso de fertilizantes N, cultivo de plantas fixadoras de N, como os legumes, desperdícios animais); Têm aumentado nos últimos anos; .
  • 64. 3.1- Fixação do Nitrogénio nos sistemas aquáticos O Nitrogénio elementar (N2)  gás azotado mais abundante na atmosfera (80% do seu volume). É muito inactivo devido às fortes ligações entre os átomos de Nitrogénio e não é disponível à maior parte dos organismos. A conversão de N2 em compostos quimicamente mais reactivos e biologicamente disponíveis, através da combinação do N com o H, C e/ou O, é designado – fixação do Nitrogénio. As espécies fixadoras de N são mais comuns em ambientes pobres em Nitrogénio, onde a sua actividade aumenta a disponibilidade deste elemento para a biosfera;
  • 65. Fixação Biológica: o N2 é combinado com o H, C e O  proteínas e outros compostos orgânicos essenciais através de organismos procariotas Bactérias que utilizam carbono Bactérias fotossintéticas que orgânico (heterotróficos) fixam carbono inorgânico na biomassa (autotróficos) - inclui cianobactérias Plâncton (coluna de água) Bentos (sedimentos)
  • 66. 3.2. Transformações do Nitrogénio 1. Fixação: Algum N é incorporado na matéria orgânica directamente da atmosfera através da fixação (plantas, microrganismos). As plantas convertem também o NO3- e NH4+ dissolvidos (fertilizantes, chuva, reciclagem da MO) em matéria orgânica vegetal  N orgânico, alguma da qual é ingerida por animais, transformando-se em N orgânico animal. A quantidade de Nitrogénio usada na produção primária é muito superior às entradas anuais de N, sendo assim, uma grande quantidade de N é reciclada nitrogenase na própria biosfera. Alguns tipos de bactérias possuem enzimas capazes de converter o N2 atmosférico em NH3. – nitrogenase. Esta redução N2-NH3 tem custos metabólicos e requer a respiração de C orgânico. Nitritos (NO2-) Nitratos (NO3-) Amónia (NH4+) Redução Usada pelas plantas, algas, microrganismos  compostos N orgânicos
  • 67. 2. Mineralização Quando os animais e plantas morrem, o Nitrogénio orgânico formado pela fixação e/ou pela retoma fotossintética de NO3-, NO2- ou NH4+ sofre decomposição bacteriológica nos solos e nos sedimentos  libertação de amónia e de nitratos para a solução  Mineralização. A matéria orgânica é convertida por bactérias heterotróficas em amónia – Amonificação. A morte destes microrganismos também liberta NH4+.  Destino do NH4+: (1) solução do solo ou coluna de água (2) assimilado pelas plantas e outros organismos, (3) fixação em minerais argilosos, (4) imobilização por microrganismos, (5) libertado para a atmosfera como NH3 gasoso.
  • 68. 3. Nitrificação As formas de N inorgânicas e reactivas convertem-se umas nas outras através de processos bacteriológicos. As bactérias (Nitrossomonas e Nitrobacter) podem também oxidar o restante NH4+ do solo /sistemas aquáticos transformando-a em NO2- e NO3- - Nitrificação. Em alguns casos o N orgânico é oxidado por bactérias heterotróficas – nitrificação – produzindo também NO3-. A nitrificação geralmente gera acidez, assim a libertação de NO3- pelas correntes é geralmente acompanhada pelo aumento de perdas de catiões que são removidos dos locais de troca catiónica, sendo substituídos por H+. 2NH4+ + 3O2  2NO2- + 2H2O + 4H+ 2NO2- + O2  2NO3
  • 69. 4. A maior parte do NH4+ e NO3- provenientes da decomposição da matéria orgânica é reciclada (nos solos e sistemas aquáticos, pelas plantas/organismos). Contudo, estas formas azotadas podem ser directamente libertadas para a atmosfera sob a forma de gases azotados (NH3) ou na água dos rios. Há ainda uma parte que se introduz e segue o seu percurso nas águas subterrâneas NH4+ + OH-  NH3 + H2O (favorecido em meios alcalinos)
  • 70. 5. Desnitrificação: Os nitratos então produzidos podem ser absorvidos pelas plantas/organismos ou sofrer desnitrificação - redução dos nitratos por bactérias heterotróficas, a N2 e N2O gasosos  atmosfera; Cerca de 80% das perdas de N terrestre são no estado gasoso. A desnitrificação destrói a estrutura dos nitratos libertando N2 (a maior saída gasosa) e N2O, e menores quantidades de NH3 e NOx gasosos são libertados em diversos etapas do ciclo do Nitrogénio. 5CH2O + 4H+ + 4NO3-  2N2 + 5CO2 + H2O Lagos : taxas de desnitrificação elevadas quando a coluna de água é anóxica • águas de fundo em meios estratificados • sedimentos • superior em lagos pouco profundos e com elevados tempos de residência Desnitrificação em lagos > desnitrificação em rios
  • 71. 4) Nitrogénio – estudo de casos em Sistemas Tropicais O nitrogénio tens teores Tucuruí - Nov 2006 0,8 altos, excedendo por Nitrogen vezes os valores médios 0,7 0,6 de solos minerais. Nos 0,5 Sediments Soils sedimentos os valores são mais altos do que os (%) 0,4 0,3 solos parentais 0,2 0,1 0 TU 3 A CS 1A TU 01B CS 7A TU 07B CS 2A TU 12B CS 5A B TU C 1 TU 3 TU C 4 TU 7 TU 8 C 2 C 3 C 4 5 C 06 C 8 C 9 0 CS 11 3 CS 14 TU B TU 4B TU A TU 11 C 2 TU 14 TU 15 TU 16 TU 17 TU 18 TU 19 20 TU 4C TU S 0 TU S 0 TU S 0 TU S 0 TU S 0 TU S 0 TU S 1 TU S 1 TU C 1 2 5 15 C C C 1 TU S 0 TU S 0 TU 1 TU 1 TU CS TU CS TU CS C C C C C C C C C C C TU C C C C C TU Samples Os sedimentos funcionam como reservatório de nutrientes
  • 72. 4) Nitrogénio – estudo de casos Nitrogen in Monte Novo sediments 10000 NKjeldhal NH4+ 1000 NO3- Log ppm 100 10 1 2 3 6 7 8 9 13 1 4 5 12 10 11 Samples (in order of decreasing grain size) A proporção das várias forma de N  natureza orgânica deste nutriente
  • 73. 4. Fósforo 1. Formas de P nos sedimentos O ciclo biogeoquímico do P é sinónimo do ciclo do fosfato. Quase todas as formas de P dissolvido ou particulado são formas combinadas, complexadas ou ligeiramente modificadas deste ião fosfato.
  • 74. 1) Formas de P inorgânico dissolvido O ião fosfato – PO43-, é o anião resultante das várias etapas de dissociação do ácido fosfórico, H3PO4: H3PO4  H+ + H2PO4-  2H+ + HPO42-  3H+ + PO43- A proporção destas diferentes formas difere consoante o pH do meio. Para condições perto da neutralidade – pH6-7, a forma mais comum é H2PO4-
  • 75. 2) Formas de P inorgânico particulado O P é o 10º elemento mais comum na Terra com uma percentagem média de 0,1% e pode ser encontrado numa grande variedade de fases minerais: 1- Existem cerca de 300 espécies onde o PO43- ocorre naturalmente como componente da estrutura; 2- O Fosfato pode ainda estar presente como elemento traço em muitos minerais, quer por substituição de certos grupos aniónicos por PO43- , quer por adsorção do PO43- na superfície de certos minerais
  • 76. 1- Minerais: O mineral fosfatado mais abundante – Apatite – Ca10(PO4)6X2 que pode ter diversas fontes: (1) rochas ígneas: podem conter entre 0,02 e 1,2 % de apatite; (2) produzido por organismos (incluindo o homem) fazendo parte da estrutura de dentes, osso e escamas. Quando estes organismos morrem estes compostos-P tendem a acumular-se nos solos e sedimentos; (3) depósitos sedimentares de apatite (fosforitos) são as maiores acumulações de P à superfície da Terra; (4) acumulações de excrementos de pássaros e morcegos – Guano e subsequente alteração diagenética e cristalização. Em geral os maiores depósitos fosfatados têm origem marinha e ocorrem como leitos sedimentares de espessuras centimétricas a métricas.
  • 77. 2- Pode ainda ocorrer como componente no interior das estruturas laminares de certos minerais ou adsorvido à superfície de minerais como: minerais argilosos, carbonato de cálcio, óxi-hidróxidos de Fe/Al. 3) Formas de P orgânico Uma grande parte das moléculas orgânicas contém P geralmente associadas a longas e complicadas moléculas orgânicas com ligações esteres fosfatadas. Entre os compostos mais importantes em que os fosfatos são um importante componente – ácidos nucleicos.
  • 78. 2. O ciclo Terrestre do Fósforo. Fósforo nos solos e sistemas aquáticos Processos que controlam os movimentos do P nos ecossistemas terrestres  erosão constante das rochas continentais e transporte sob as duas formas, dissolvida e particulada pelos rios até aos oceanos, com paragens ocasionais ao longo do percurso para interagir com sistemas mineralógicos e biológico – solos, lagos, estuários. (1) ocorre a erosão química e física das rochas continentais, e (2) é introduzido no sistema solo P dissolvido e particulado. Cerca de 5% do P mobilizado está sob forma dissolvida e está disponível para entrar nos sistemas biológicos (3). A maior parte do P transportado pelos rios (95%) está sob forma particulada e destas, cerca de 40% está em formas orgânicas. As restantes estão retidas entre lâminas de diversos minerais ou adsorvidas na superfície de partículas minerais e orgânicas. Muito deste P é transportado até ao mar (5) como material em suspensão ou de fundo sem nunca entrar nos ciclos biológicos.
  • 79. Os lagos (4) constituem um importante componente do sistema terrestre no que diz respeito ao ciclo do P, dada a grande pressão antrópica nas suas margens e a importância do P na comunidade biológica destes meios. Nos lagos, as concentrações de P na coluna de água são o resultado de (1) inputs de nutrientes na bacia de drenagem via fontes pontuais e difusas, (2) transporte pelas linhas de água e (3) transformações e imobilizações através de mineralização, adsorção e sedimentação
  • 80. 3. Transformações do P Os fosfatos são particularmente imóveis na maioria dos solos e materiais sedimentares e quando disponíveis são imediatamente assimilados pelas plantas e organismos. Nos solos a taxa de difusão para as raízes é muito limitada dada a sua imobilidade química. O P é absorvido pelas plantas e organismos sobre forma iónica, principalmente ortofosfato primário – H2PO4-. Para valores de pH elevados, o ortofosfato secundário (HPO42-) é também absorvido. À semelhança do N, o P pode encontrar-se nos sedimentos sob formas orgânicas e minerais, no entanto, contrariamente ao N, a fracção mineral é muito mais representativa.
  • 81. As formas orgânicas, muito complexas, não são directamente utilizáveis pelas plantas/organismos. A sua absorção só 1) P orgânico poderá ocorrer se sofrerem Mineralização. Tal como no caso do N esta vai ser efectuada por microrganismos e decorrerá com maior ou menor rapidez consoante encontrem melhores ou piores condições de vida, como por exemplo o valor de pH e o equilíbrio com outros nutrientes: C, N e S. Quando os compostos orgânicos apresentam muito baixos teores de P, os microrganismos têm tendência para o imobilizar temporariamente  Imobilização. As transformações do P orgânico nos solos /sedimentos são muito difíceis de estudar devido às inúmeras reacções do P orgânico com diversos tipos de minerais dos sedimentos/solo, que levam à sua imediata complexação
  • 82. 2) P Inorgânico Principal fracção de P nos solos/sedimentos. Destas formas, apenas uma pequena parte se encontra em combinações solúveis na solução do solo e, portanto, de fácil utilização pelas plantas/organismos. As reacções inorgânicas na água intersticial dos solos/sedimentos influenciam as concentrações de P dissolvido. Estas reacções incluem: (1) dissolução ou P-Ca precipitação de minerais contendo P, (2) adsorção ou desorção do P na superfície dos minerais. P em Fe-Ox
  • 83. A reactividade dos fosfatos é dependente do pH. Em meios alcalinos ocorre com maior frequência os fosfatos de Ca que são mais solúveis, enquanto que em meios ácidos dominam os P-Fe e P-Al, mais insolúveis. Também, em meios ácidos, a adsorção de fosfatos à superfície de óxidos e hidróxidos de Fe/Al e de minerais de argila é favorecida, diminuindo a sua solubilidade. Os principais mecanismos pelos quais o P pode ser fixado resultam principalmente de fenómenos de adsorção e precipitação
  • 84. 2.1 Adsorção Ligação aos colóides: minerais argilosos, óxidos e hidróxidos de Fe/Al, colóides amorfos e matéria orgânica a. Adsorção a Minerais argilosos: pode adsorver elevadas quantidades de P através de permuta do H2PO4- (ou outros aniões) com os grupos OH- ligados ao Al das camadas octaédricas dos minerais. b. Adsorção em óxidos/hidróxidos de Fe/Al: adsorvem o P através de reacções parcialmente reversíveis. Também se verifica uma substituição do grupo oxidrilo (OH-) pelos aniões fosfato. A quantidade de P retido é tanto menor, quanto menos cristalinos forem estes óxidos devido ao facto de terem menor superfície especifica c. Adsorção nos colóides orgânicos: Adsorvem o P sobretudo através do Fe e Al que a eles se encontram associados
  • 85. d. Adsorção em Calcário; o calcário activo (mais finamente dividido) também pode adsorver P. Mas os principais responsáveis por essa adsorção são os compostos de Fe que os calcários geralmente apresentam como impurezas. 2.2. Precipitação Verifica-se quando existe cálcio suficiente para se poderem formar (1) fosfato monocálcico – Ca(H2PO4)2 que é solúvel, (2) fosfatos bicálcicos – CaHPO4, tricálcicos – Ca3(PO4)2, hidroxiapatites – Ca3(PO4)2.Ca(OH)2, carbonato-apatites – 3Ca3(PO4)2.CaCO3, que sendo muito insolúveis, impede o P de ser disponível para a absorção pelas plantas.
  • 86. Metodologia Análise do P nos sedimentos Fracções Extractante Significado P total Fusão com metaborato/ Todo o fósforo do sedimento tetraborato de lítio – ICP (Lab. ActLabs, Canadá) P solúvel Lactato de amónio e ácido Fósforo da fase aquosa acético (extracção) + ácido intersticial do sedimento, ascórbico e molibdato de mais passível a trocas com a amónio (determinação) – coluna de água Espect. Abs. Molecular P orgânico e P inorgânico Ácido sulfúrico e incineração Relação entre as formas + ácido ascórbico e molibdato fosfatadas orgânicas (fosfatos de amónio (determinação) – inositóis, fosfolípidos, ácidos Espect. Abs. Molecular nucleicos) e inorgânicas Extracção sequencial do P Inorgânico (formas extraíveis) P solúvel e fracamente ligado Cloreto de amónio P na fase solúvel ou em posições de troca com ligações fracas Al - P Fluoreto de amónio P retido em óxidos/hidróxidos de Al e à superfície de minerais argilosos por adsorção, precipitação, co- precipitação Fe - P Hidróxido de sódio P retido em óxidos/hidróxidos de Fe cristalinos/amorfos por adsorção, precipitação, co- precipitação P solúvel redutível CDB (citrato sódio-ditionito P solúvel reactivo sob sódio-bicarbonato sódio) condições de baixo potencial redox Ca - P Ácido sulfúrico P reactivo associado a calcite e apatite