O documento discute conceitos de aprendizagem, condições para aprendizagem, etapas do desenvolvimento da linguagem, tipos de erros de escrita e transtornos de aprendizagem. Aborda fatores que influenciam a aprendizagem como orgânicos, emocionais e ambientais e tipos de dificuldades e distúrbios de aprendizagem como disgrafia, discalculia e dislexia.
1. DIFICULDADE E DISTÚRBIO DE
APRENDIZAGEM
Fonoaudióloga e Psicopedagoga
Renata F. Mamede
CRFa 1763 - Go
2. CONCEITO DE APRENDIZAGEM
“Melhor adaptação do indivíduo a seu meio por
mudanças mais ou menos permanentes no SNC com
modificações funcionais em resposta a uma ação
ambiental”.
Rotta &Guardiola, 1996
3. Para que haja Contínua
aprendizagem Global
significativa é Dinâmica
preciso que haja Pessoal
mudança. Gradativa
APRENDIZAGEM:
Cumulativa
9. 1. Aquisição do significado: a criança adquire
a noção e a função dos objetos que a
rodeiam atribuindo-lhes um significado
social.
* Observação e da experimentação
10. 2. Compreensão da linguagem falada: os
objetos aquiriridos são associados aos seus
nomes.
* Objeto ↔ imagem mental
11. 3. Expressão da palavra falada: sons ainda não
se assemelham ao adulto.
* A partir daqui o comportamento vocal
(fala) da criança começa a se assemelhar à
fala do adulto pela comparação.
*A fala se desenvolve por imitação.
14. PRINCIPAIS TIPOS DE ERROS(ZORZI,
1998)
1. Erros por representações múltiplas -
serviço/cevico
2. Apoio na oralidade – cadeira/cadera
3. Omissão – compraram/copraram
4. Confusão am/ão – tanque/tãoqui
15. 5. Trocas surdas/sonoras – machucado/majucado
6. Acréscimo de letras – caçador/cacaçador
7. Confusão entre letras parecidas – cimento/cineto
8. Inversão de letras – enxugar/nijucar
16. 9. Outras alterações:
• Falhas por processamento fonológico
• Correspondência fonema / grafema
Ex: zelador/velador
17. AQUISIÇÃO DA LEITURA:
• Envolve dois processos básicos:
DECODIFICAÇÃO ↔ COMPREENSÃO
• Aprender a ler não significa somente
associar letra e som/palavra e significado;
18. Uma pesquisa científica identificou seis dimensões
importantes para o sucesso da leitura( National Research
Council, Reading Panel, 2000):
• Motivação
• Vocabulário
• Compreensão
• Fluência
• Consciência Fonológica
• Princípio Alfabético
19. • Aprender a ler implica: perceber, reconhecer, elaborar e interpretar símbolos através de
associações sucessivas e simultâneas:
visoauditivas
visomotoras visoespaciais
audiovisuais
20. Hemisférios cerebrais:
• Direito: • Esquerdo:
- Reconhecimento da - Processa dados
palavra como um todo; simbólicos;
- Recolhe dados - Compara com os pré –
sensoriais e forma existentes;
imagens; - Analítico e regido pela
- Anárquico e funciona lógica.
pela intuição.
21.
22. ROTAS PARA LEITURA:
Fonológica, indireta: Lexical / visual /direta:
• Baseia-se na segmentação • Mais rápida -
fonológica das palavras reconhecimento global da
escritas, por meio da palavra e sua
consciência fonológica. pronunciação imediata
Análise entre som e letra/ sem necessidade de
grafema; análise.
• Permite o reconhecimento
das letras das palavras e • Permite o reconhecimento
sua transformação em de palavras familiares.
sons.
23. ROTAS DE LEITURA:
fonológica ← Palavra Escrita → lexical
decodificação(fonema)
reconhec. auditivo reconhec. visual (léxico)
significado
pronúncia ou fala
25. • De aocdo com uma pesqsiusa de uma
uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul
odrem as lteras de uma plravaa etãso, a
úncia csioa iprotmatne é que a piremria e
útmlia lteras etejasm no lgaur crteo.O rseto
pdoe ser uma bçguana ttoal,que vcôe anida
pdoe ler sem pobrlmea.
26. • Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera
isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
31. Fatores Orgânicos:
• Gravidez:
- Desenvolvimento cerebral pode ser
interrompido:
1. Primeiro trimestre – morte ou profundos
déficits ao nascer( atraso mental);
2. Após o primeiro trimestre –
especialização das células neuronais – erros
de localização ou conexão( lesão ou disfunção)
33. Fatores Emocionais:
• Interação e estrutura familiar;
• Maturidade;
• Hábitos deletérios;
• Mudança de comportamento após trauma.
34. Fatores Ambientais:
• Relação aprendente – ensinante afeta
diretamente a subjetividade do outro;
• Estímulos variados;
• Condições das salas de aula;
• Flexibilidade no uso de recursos que
propiciem aprendizagem;
• Ambiente familiar.
35. FRANÇA apud NUTTI (2002):
DISTÚRBIO DIFICULDADE
- Sugere a existência de - relacionada a
comprometimento problemas de ordem
neurológico em funções psicopedagógica
corticais específicas e/ou sócio - culturais
- perspectiva clínica ou
remediativa - Perspectiva preventiva
37. A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
PODE DESIGNAR:
• Não aprender
• Aprender lentamente
• Não revelar o que aprendeu
• Fugir das situações de possíveis
aprendizagens
38. GOIÂNIA, 20098
• 42.346 crianças avaliadas:
• 74% abaixo do esperado pela série.
Profa. Josetti de Parada
39. ● Visuo-espacial ● Auditivo-linguística
(dificuldades na (surdez, que pode ir de
percepção da leitura de um grau ligeiro a um
"b/d" e p/q“), grau severo),
● Acadêmica (é a mais
● Organizacional comum; a criança pode
(dificuldades em cumprir apresentar
tarefas com sequência), dificuldades na área da
matemática e/ou da
leitura/escrita),
● Motora (problemas na
SOUZA(2007):
coordenação global ou
fina, por exemplo, a ● Socioemocional
(dificuldade no
nível da escrita), cumprimentos de
normas sociais).
40. PROVÁVEIS ETIOLOGIAS:
* Causas internas à * Causas externas à
estrutura familiar e estrutura familiar e
individual (desejo individual
inconsciente de não ( confronto entre o aluno
aprender) . e escola) ;
43. CID – 10: Organização Mundial de Saúde -
OMS/1992
• ..."grupos de transtornos manifestados por
comprometimentos específicos e significativos no
aprendizado de habilidades escolares. Estes
comprometimentos no aprendizado não são resultados
diretos de outros transtornos (tais como retardo mental,
déficits neurológicos grosseiros, problemas visuais ou
auditivos não corrigidos ou perturbações emocionais)
embora eles possam ocorrer simultaneamente em tais
condições"... (1993, p. 237)
44. . DSM – IV: Associação Psiquiátrica
Americana/1995
• “Os transtornos de aprendizagem são diagnosticados
quando os resultados do indivíduo em testes padronizados
e individualmente administrados de leitura, matemática
ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do
esperado para sua idade, escolarização ou nível de
inteligência...Os transtornos de aprendizagem podem
persistir até a idade adulta” (1995, p. 46)
46. PRÉ REQUISITOS:
• Ausência de comprometimento intelectual,
neurológico evidente ou sensorial;
• Adequadas condições de escolarização;
• Início obrigatoriamente na primeira ou
início da segunda infância;
47. DISTÚRBIOS DE ESCRITA
• Escrever significa relacionar o signo verbal a
um signo gráfico;
• Relação: audição (palavra falada),
o significado (vivência da criança) e a palavra
escrita.
48. DISGRAFIA
• Perturbação da escrita quanto ao traçado
das letras e à disposição dos conjuntos
gráficos no espaço utilizado, tornando a
grafia praticamente indecifrável.
• Dificuldades motoras e espaciais.
49. “Será considerada disgráfica toda
criança cuja escrita seja defeituosa,
quando ela não tiver um importante
déficit neurológico ou intelectual
que a justifique. Crianças
intelectualmente normais que
escrevem devagar e de forma
ilegível o que atrasa seu progresso
escolar”
Ajuriaguerra, 1977.
50. Disgrafia
• É a soma da praxia e da linguagem e só pode ser realizada a
partir de certo grau de organização espacial global;
• O ato de escrever une literalmente o corpo à palavra:
Insistir em corrigir a letra esquecendo – se da problemática
corporal que ela expressa não faz mais que fixar o sintoma.
51. DISGRAFIA MOTORA DISGRAFIA PERCEPTIVA:
(DISCALIGRAFIA):
Não consegue fazer
A criança consegue falar relação entre o sistema
e ler, mas tem dificuldades simbólico e as grafias que
na coordenação motora representam os sons, as
fina para escrever as palavras e frases.
letras, palavras e números.
Características da dislexia
TIPOS DE DISGRAFIA:
.
52. Modelos de disgráficos:
• Escrita rápida – esquecem • Micrografia – dificuldade na
de se ater a forma ou compreensão do escrito(
proporção das letras emocional??)
→organização espacial
defeituosa;
• Escrita lenta – se perde na
lentidão e produz
pseudopalavras → memória
visual defeituosa;
53. PRINCIPAIS TIPOS DE ERROS:
● Movimentos contrários aos ● Apresentação desordenada
da escrita convencional do texto
● Margens malfeitas ou
● Separação inadequada das inexistentes
letras
● Espaço irregular entre
palavras, linhas e
● Traçados de má qualidade, entrelinhas
tamanho pequeno ou
grande, ● Distorção da forma da letra
pressão leve ou forte e a substituição de curvas
por ângulos
54. PROVÁVEIS ETIOLOGIAS:
• Distúrbios de motricidade ampla e
especialmente fina,
• Distúrbios de coordenação visomotora,
• Deficiência da organização temporoespacial,
• Problemas de lateralidade.
55. DISORTOGRAFIA
• Conjunto de erros da escrita que afetam a
palavra, mas não o seu traçado ou grafia;
• Nem sempre se repetem na leitura.
56. PRINCIPAIS ERROS:
● Confusão de sílabas com • Confusão de letras (trocas
tonicidade semelhante: auditivas), consoantes
cantarão/cantaram. surdas por sonoras: f/v,
p/b, ch/j.
• Uso de palavras com um
• Vogais nasais por orais: mesmo som para várias
na/a, en/e, in/i, on/o, letras: casa/caza,
un/u. azar/asar...
• Confusão de letras
(trocas visuais): b/d, p/q ;
semelhantes: a/o.
57. PROVÁVEIS ETIOLOGIAS:
• 90% das disortografias têm como causa um
atraso de linguagem ou atraso global de
desenvolvimento.
59. • Discalculia é definido como uma desordem
neurológica específica que afeta a habilidade de uma
pessoa de compreender e manipular números...
inabilidade de executar operações matemáticas e/ou
conceitualizar números como um conceito abstrato de
quantidades comparativas.
60. A discalculia é um impedimento da matemática que
apresenta também outras limitações, tais como a
introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os
problemas do ortografia. Há indicações de que é um
impedimento congenito ou hereditário, com um
contexto neurologico; podendo atingir crianças e
adultos.
62. SINTOMAS MAIS COMUNS:
• Dificuldades freqüentes com os números, confundindo os
sinais ( +, -, ÷ , x).
Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito.
• Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e
pode também ter dificuldade com um compasso.
• A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior.
63. • Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que
requerem a lógica mais que as fórmulas,
• Dificuldade com tempo conceitual e julgar a passagem do
tempo,
• Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e
ler relógios analógicos,
• Dificuldade em estimar medidas de um objeto ou de uma
distância.
64. DISLEXIA
• DIS – distúrbio.
LEXIA - (do latim) leitura; (do grego)
linguagem.
DISLEXIA - dificuldades na leitura e escrita.
65. International Dyslexia Association - IDA
•
"Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio
específico da linguagem caracterizado pela dificuldade de decodificar
palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico.
Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas
em relação a idade. Apesar de submetida a instrução convencional,
adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir
distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no
processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias
formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem,
freqüentemente incluídas problemas de leitura, em aquisição e
capacidade de escrever e soletrar."
66. Os sintomas podem ser A dislexia não é uma doença
aliviados com
acompanhamento
adequado, direcionado às Não se pode falar em cura
condições de cada caso.
Congênita e hereditária
67. Fixe seus olhos no texto e deixe que
sua mente leia
• 35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 P4P4
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M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41
D3C1FR4ND0 O CÓD1GO
4UTOMAT1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R
P3NS4R MU1T0, C3RT0?
70. IMPORTANTE:
Não é necessário que estejam presentes todos os indicadores
em simultâneo, para que seja diagnosticado um caso de dislexia.
Estes indicadores devem apenas alertar para a possibilidade de
um possível caso de dislexia, já que é preciso compreender a
razão destes comportamentos.
71. SINAIS DE ALERTA
• Na Primeira Infância:
- Atraso na aquisição da linguagem e fala pode ser
um primeiro sinal de alerta
- “Linguagem bebê” além do tempo normal.
- Omissão e a inversão de sons em palavras
(fósforos/fosfos, pipocas/popicas...).
72. SINAIS DE ALERTA:
• Educação Infantil e Alfabetização:
- Linguagem “bebê” persistente
- Frases curtas, palavras mal pronunciadas, com omissões e
substituições de sílabas e fonemas
- Dificuldade em aprender nomes: de cores (verde,
vermelho), de pessoas, de objetos, de lugares...
- Dificuldade em memorizar canções e parlendas
73. SINAIS DE ALERTA:
- Dificuldade em perceber que frases são formadas por
palavras e que as palavras em sílabas
- Não sabe as letras do seu nome próprio.
- Dificuldade em aprender e recordar os nomes e os sons das
letras
74. SINAIS DE ALERTA:
• No Primeiro Ano de Escolaridade:
- Dificuldade em associar as letras aos seus sons, em associar
a letra “ éfe ” com o som f.
- Erros de leitura por desconhecimento das regras de
correspondência grafo-fonémica: vaca/ faca;
janela/chanela; calo/galo...
- Dificuldade em ler monossílabos e em soletrar palavras
simples: ao, os, pai, bola, rato...
- Maior dificuldade na leitura de palavras isoladas e de
pseudopalavras “modigo”.
75. SINAIS DE ALERTA:
- Recusa ou insistência em adiar as tarefas de leitura e escrita.
- Necessidade de acompanhamento individual do professor para
prosseguir e concluir os trabalhos.
- Relutância, lentidão e necessidade de apoio dos pais na
realização dos trabalhos de casa.
- Queixas dos pais e dos professores em relação às dificuldades
de leitura e escrita.
- história familiar de dificuldades de leitura e ortografia noutros
membros da família
76. SINAIS DE ALERTA:
A partir do segundo ano:
1. Problemas de Leitura:
- Progresso muito lento na aquisição da leitura e ortografia.
- Dificuldade de ler palavras desconhecidas, irregulares e com
fonemas e sílabas semelhantes.
- Insucesso na leitura de palavras multissilábicas. Quando está
quase a concluir a leitura da palavra, omite fonemas e sílabas
ficando um “buraco” no meio da palavra: biblioteca / bioteca...
- Substituição de palavras de pronúncia difícil por outras com o
mesmo significado: carro/automóvel...
77. SINAIS DE ALERTA:
- Tendência para adivinhar as palavras
- Melhor capacidade para ler palavras em contexto do que para ler
palavras isoladas.
- Dificuldade em ler pequenas palavras funcionais como “aí, ia,
ao, ou, em, de... ”.
- Dificuldades na leitura e interpretação de problemas
matemáticos.
- Tensão durante a leitura oral
- Dificuldade em terminar as atividades no tempo previsto
- Dificuldade na orientação espacial e temporal
78. SINAIS DE ALERTA:
- Caligrafia imperfeita
- Os trabalhos de casa parecem não ter fim ou com os pais recrutados
como leitores.
- Falta de prazer na leitura, evitando ler livros ou sequer pequenas
frases.
- A correção leitora melhora com o tempo, mantém a falta de fluência
e a leitura trabalhosa.
- Baixa autoestima, com sofrimento, que nem sempre é evidentes para
os outros.
79. SINAIS DE ALERTA:
2. Problemas de Linguagem:
- Discurso pouco fluente com pausas, hesitações, um’s...
- Pronúncia incorreta de palavras longas, não familiares e
complexas.
- Uso de palavras imprecisas em substituição do nome exato:
a coisa, aquilo, aquela cena...
- Dificuldade em encontrar a palavra exata, humidade /
humanidade...
80. SINAIS DE ALERTA:
- Dificuldade em recordar informações verbais, problemas
de memória a curto termo: datas, nomes, telefone…
- Dificuldades de discriminação, segmentação e sequencia
silábica e fonémica.
- Omissão, adição e substituição de fonemas e sílabas.
- Necessidade de tempo extra, dificuldade em dar respostas
orais rápidas
81. SINAIS DE ALERTA:
• Jovens e Adultos:
- Não reconhecer palavras que leu ou ouviu quando as lê ou
ouve no dia seguinte.
- Preferência por livros com poucas palavras por página e com
muitos espaços em branco.
- Longas horas na realização dos trabalhos escolares.
- Penalização nos testes de escolha múltipla.
- Preferência por utilizar palavras menos complexas, mais
fáceis de escrever.
82. SINAIS DE ALERTA:
• Competências:
- Boa capacidade de raciocínio lógico, abstração e
imaginação.
- Maior facilidade de aprendizagem dos conteúdos
compreendidos de que memorizados sem integração
numa estrutura lógica.
- Melhor compreensão do vocabulário apresentado
oralmente, do que do vocabulário escrito.
83. SINAIS DE ALERTA:
● Competências:
- Capacidade para ler e compreender melhor as palavras das
suas áreas de interesse, que já leu, praticou, muitas vezes.
- Melhores resultados nas áreas que têm menor dependência
da leitura: matemática, informática, artes visuais...
- Boa compreensão dos conteúdos quando lhe são lidos
85. 1. Dislexia disfonética:
• Falha no processamento auditivo- tanto do
que se escuta do outro quanto de si mesmo;
• Falha na estruturação da linguagem escrita.
86. Principais sintomas:
• Dificuldade no ditado; • Omissões – pode
• Substituições de aparecer na leitura e
fonemas semelhantes escrita;
auditivamente. Ex: • Adição de letras ou
/p / e /b /; / t / e / d /. sílabas na leitura;
•Inversões. Ex: saca/casa; • Má pronúncia em
• Déficit de memória palavras familiares;
auditiva - depende do • Dificuldade de
tamanho da palavra e soletração; rimas e
familiaridade. recitar o alfabeto.
88. Principais sintomas:
• Dificuldade na orientação
espacial; • Inversões;
• Falhas no esquema • Omissões;
corporal;
• Junções indevidas;
• Alterações na lateralidade;
• Não reconhece o erro;
• Rotação. Ex: b/d; q/p;
• Falha na cópia;
• Falha na discriminação
• Consegue soletrar mas tem
figura fundo; dificuldade para ler.
90. PREVALÊNCIAS:
• Nos EUA, e segundo o DSM-IV, é de 5% a 10% estimativa da
prevalência da perturbação da leitura nas crianças com idade
escolar.
• Isto significa que um pouco menos de um estudante
inteligente em cada dez apresenta uma dislexia-disortografia
mais ou menos importante.
• Dislexia ↔ discalculia: aproximadamente em 4 de cada 5
casos de perturbação da aprendizagem.
91. • Outros estudos: 40% dos irmãos de crianças disléxicas
apresentam de uma forma mais ou
menos grave a mesma perturbação.
• Uma criança cujo pai seja disléxico apresenta um risco 8
vezes superior à da população média.
• Nos vários estudos realizados até então constata-se uma
patente desproporção entre meninos e meninas(
antigamente 7 :1; atualmente relativa igualdade)
92. “Escolas que são asas não amam pássaros
engaiolados. O que elas amam são pássaros em
vôo. Existem para dar aos pássaros coragem
para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem
fazer, porque o vôo já nasce dentro dos
pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode
ser encorajado”.
RUBEM ALVES