3. Mas... Temos uma boa notícia:
Se diagnosticado em estágio inicial (ainda pequeno), o
câncer de mama tem, hoje, 95% de chances de cura!
O câncer é uma doença que ocorre devido à perda da capacidade
das células de limitar o seu próprio crescimento, multiplicando-se
rapidamente e fora de controle.
Você sabe o que é Câncer de Mama?
4. O câncer de mama é o tipo de câncer de
mais acomete as mulheres em todo o
mundo.
Estatísticas sobre o Câncer de Mama
O Instituto Nacional de Câncer (INCA)
estima para 2014 e 2015, 57.120 novos casos de
câncer de mama no Brasil com um risco
estimado de 56,09 casos a cada 100 mil
mulheres.
5. O que devo fazer para Prevenir o Câncer de Mama?
Comece a se exercitar ainda hoje. Alimente-se bem e controle seu
peso.
Conheça as suas mamas (toque e olhe).
Peça para o seu médico ginecologista examinar as suas mamas.
Ter casos de câncer na sua família requer mais atenção. Converse com
seu médico!
Está na menopausa e faz reposição hormonal, fale sobre câncer de
mama com seu médico.
Faça mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade.
6. Fatores de Risco
Ser mulher já é um fator de risco para o câncer de mama.
Ter mais do que 55 anos de idade ou ter parentes próximos que
tenham desenvolvido a doença. Mas, é importante que saiba: 80%
das mulheres com câncer de mama não possuem histórico
familiar relacionados ao câncer.
Homens também podem desenvolver a doença. Porém, o risco do
câncer de mama em mulheres é 100 vezes maior.
7. Genética e Câncer de Mama
Algumas mulheres apresentam alto risco de desenvolver câncer de
mama devido à mutação de alguns genes específicos, como o
BRCA1 e BRCA2.
As mutações são raras e devem ser investigadas em
pacientes jovens e, se presente, podem estender-se a
parentes próximos.
As mulheres com mutação nesses genes apresentam 80% de
chances de desenvolver câncer de mama em algum momento da
vida.
8. Fatores de Risco - Checklist
• Qual a sua idade?
• Qual a sua raça? (negra, parda, branca)
• Com que idade teve sua primeira menstruação?
• Se você tem filhos, qual a sua idade no primeiro parto?
• Com quantos anos você entrou na menopausa?
• Você já fez ou faz uso de reposição hormonal?
• Você tem parentes de primeir0 grau que já tiveram câncer de
mama? Quantos?
• Você já foi submetida a uma biópsia de mama?
• Quantas biópsias já foram feitas?
• Alguma das biópsias mostrou laudo de hiperplasia atípica?
• Você já fez radioterapia no tórax?
• Você pratica exercícios físicos?
• Você bebe, e se sim, com que frequência?
• Você está acima do peso?
9. Sinais e Sintomas do Câncer de Mama
• Região mais quente, inchada ou escura na mama.
• Caroço, endurecimento ou engrossamento da pele.
• Mudança na forma ou tamanho
• Inversão do mamilo (quando o bico volta-se para dentro).
• Covinha ou enrugamento da pele.
• Dor contínua em alguma parte da mama, que não cede
naturalmente.
• Vermelhidão, coceira ou descamação no mamilo.
• Secreção que inicia de repende no mamilo.
10. Exames de Imagem - Mamografia
A mamografia é hoje uma prática comum para o diagnóstico
precoce do câncer de mama. O rastreamento consiste na
realização de exames periódicos em mulheres assintomáticas,
acima de 40 anos, para detectar o câncer em estágios iniciais, o
que pode levar a redução da mortalidade pela enfermidade.
Para mulheres de risco elevado (histórico familiar), o exame é
recomendado a partir dos 35 anos de idade.
As alterações patológicas da mama que podem ser vistas na
mamografia são: Massas, calcificações, áreas com densidades
assimétricas ou distorção de arquitetura, ductos proeminentes,
espessamento da pele ou mamilo e retração do mamilo.
11. Outros Exames
Além da mamografia, seu médico poderá solicitar outros exames
de imagem, como ultrassom e ressonância magnética.
O ultrassom pode determinar a presença de cistos.
A ressonância magnética pode complementar a mamografia e dar
um resultado específico para mulheres com alto risco de
desenvolver câncer de mama.
12. E se encontrarem um nódulo?
• Antes de qualquer coisa: NÃO entre em pânico!
• 80% dos nódulos encontrados nas mamas não são câncer. São,
geralmente, cistos benignos ou alterações relacionadas ao ciclo
menstrual.
• Porém, se algo diferente/estranho for encontrado, não deixe de
avisar seu médico o mais rápido possível.
• Se for câncer, quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são
as chances de cura.
13. Biópsia da Mama
A única maneira de identificar se o nódulo é cancerígeno (ou não)
é por meio da biópsia.
Isso significa que será retirada um amostra do nódulo para análise
pelo médico patologista e o resultado confirmará (ou não) o
diagnóstico e o tipo específico de câncer de mama.
14. Autocuidado das Mamas
O autoexame das mamas NÃO basta para diagnosticar
precocemente o câncer de mama e também não apresenta eficácia
para detecção de um tumor.
É importante que você saiba o que é normal para você e que
conheça as suas mamas. Fique atenta a qualquer tipo de
mudança!
Diante de qualquer alteração, entre em contato com seu médico
imediatamente.
Seja proativa com relação a sua própria saúde.
15. Hormônios ligados ao Câncer de Mama
Alguns tipos de câncer de mama são potencializados por
dois hormônios: Progesterona e Estrogênio. A biópsia pode
revelar se o tumor tem relação com a presença do estrogênio
(RE+) e/ou da progesterona (RP+).
Aproximadamente 2 em cada 3 tumores de mama estão
relacionados a esses hormônios. Existem diversas
medicações que são utilizadas para controlar a produção
desses tipos de hormônios.
Estrogênio
Progesterona
16. O que é HER2 – Positivo?
Em aproximadamente 20% das pacientes, as células do
câncer de mama estão ligadas à proteína HER2. Esse tipo de
câncer de mama é conhecido como HER2+ e tende a se
espalhar mais rápido do que outros tipos.
É importante determinar o tipo de câncer, pois existem
tratamentos específicos para as diferentes formas da doença.
17. Após o diagnóstico, determina-se o
estágio da doença:
• Estágio 0 - Tis, N0, M0.
• Estágio IA - T1, N0, M0.
• Estágio IB - T0 ou T1, N1mi, M0.
• Estágio IIA - T0 ou T1, N1 (mas, não
N1M1), M0; T2, N0, M0.
• Estágio IIB - T2, N1, M0; T3, N0, M0.
• Estágio IIIA - T0 a T2, N2, M0; T3, N1
ou N2, M0.
• Estágio IIIB - T4, N0 a N2, M0.
• Estágio IIIC - Qualquer T, N3, M0.
• Estágio IV - Qualquer T, qualquer N,
M1.
Estadiamento do Câncer de Mama
18. Tratamento do Câncer - Cirurgia
Conheça os diferentes tipos de cirurgias:
• Tumorectomia - Remove apenas o tumor.
• Quadrantectomia - Retira o tumor, parte do tecido normal que
o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor.
• Mastectomia simples ou total - Remove a mama e às vezes os
gânglios linfáticos próximos.
• Mastectomia Radical Modificada - Retira a mama, os
linfonodos axilares e o tecido que reveste os músculos
peitorais.
• Mastectomia Radical - Retira a mama, músculos do peito,
linfonodos axilares, gordura em excesso e pele.
19. Tratamento do Câncer - Radioterapia
A radioterapia utiliza radiações ionizantes para matar as
células cancerígenas. Geralmente, é realizada após a cirurgia
para destruir as possíveis células cancerígenas remanescentes.
Também pode ser utilizada junto com a quimioterapia, para o
tratamento da disseminação da doença para outros órgãos.
A radioterapia, assim como outros tratamentos, pode ter
alguns efeitos colaterais, como: Fadiga e sensação de
queimação na área atingida pela radiação.
20. Tratamento do Câncer - Quimioterapia
Tipo de tratamento que tem como finalidade matar às células
cancerígenas em qualquer local do corpo (ação sistêmica).
Geralmente a quimioterapia é realizada por via venosa, porém,
também pode ser realizada por via oral.
Em mulheres com câncer de mama avançado, a quimioterapia
pode controlar o crescimento desordenado das células
cancerígenas.
Por ser um tratamento sistêmico, podem aparecer efeitos
colaterais como: Náuseas, fadiga, queda de cabelo, queda do
sistema imunológico e infecções.
21. Tratamento do Câncer - Hormonioterapia
A mama necessita de hormônios sexuais para seu
crescimento e funcionamento, mantendo certa
dependência desses hormônios. A hormonioterapia busca
inibir o crescimento do câncer pela retirada desses
hormônios de circulação ou pela introdução de uma
substância com efeito contrário a eles (antagonista).
Assim como a quimioterapia, a hormonioterapia tem ação
sistêmica, ou seja, age em todas as partes do corpo.
Geralmente é utilizada em combinação com cirurgia,
radioterapia e quimioterapia.
É importante ressaltar que não deve se confundir
hormonioterapia com tratamento de reposição hormonal.
22. Tratamento do Câncer – Terapia Alvo
A terapia alvo é um tratamento inovador, que age
diretamente em determinadas células cancerosas, como
por exemplo, para as mulheres tipo HER2+. Com a
terapia alvo, é possível barrar a ação dessa proteína e
impedir que o tumor se desenvolva.
Geralmente, esse tratamento é utilizado junto à
quimioterapia e, como em qualquer outro tratamento,
pode apresentar efeitos colaterais.
23. A vida após o diagnóstico de Câncer de Mama: Saúde
Emocional
Não há dúvida que o câncer provoca grandes
mudanças na vida de uma pessoa. Os tratamentos
realizados podem provocar efeitos colaterais difíceis de
lidar, como fadiga ou queda dos cabelos e a mulher
pode sentir-se perdida, com dificuldades de
administrar suas atividades do dia a dia, como trabalho
e vida social.
Tudo isso pode levar a um sentimento de solidão e
isolamento. Por isso, é importante contar com o apoio
de amigos e familiares, que poderão lhe acompanhar
durante o tratamento ou simplesmente lembrá-la que
você não está sozinha.
24. Reconstrução Mamária
Muitas mulheres que são submetidas a cirurgia optam
pela reconstrução mamária. Trata-se de uma cirurgia que
restaura a pele, mamilos e tecido mamário retirados
durante a mastectomia.
A reconstrução pode ser feita com um implante
(silicone) ou com tecido de alguma parte do próprio
corpo, como a do abdome.
Algumas mulheres optam por fazer a reconstrução logo
após a mastectomia. Porém, também é possível fazer a
reconstrução meses ou anos após a cirurgia. Isso
dependerá do tipo de tratamento e da recomendação
médica.
25. Dicas para o Parceiro
• Esteja sempre ao lado dela.
• Defenda sempre o melhor tratamento.
• Seja organizado.
• Saiba: “Não é com Você!”.
• Reorganize as tarefas diárias.
• Seja mais sincero.
• Saiba pedir ajuda.
• Tire um tempo para você e cuide da sua saúde física e
mental.
26. Sexualidade e Câncer de Mama
A sexualidade é um dos pilares para construção de uma boa
qualidade de vida. Durante o tratamento contra o câncer, a
paciente vive situações físicas que podem interferir na vida
sexual.
Modificações no corpo, diminuição da libido, secura
vaginal, falta de apetite sexual e alterações no humor,
como: depressão, ansiedade e tristeza, acabam trazendo
consequências não apenas para a vida da paciente, mas
para a vida do casal.
Isso é normal e bastante comum entre as pacientes. Tenha
paciência e ofereça todo seu apoio a sua parceira.