3. TCAR do Interstício Pulmonar
Anatomia Normal
- Rede contínua de fibras de tecido conjuntivo, que
começa no hilo pulmonar e estende-se periféricamente
até a pleura visceral
- Interstício Centrolobular
- Interstício Periférico ou subpleural
- Intersticio Intralobular, parenquimatoso ou alveolar
- Lóbulo Pulmonar Secundário – Subsegmento de pulmão
suprido por 3 a 5 bronquíolos terminais e separado dos
lóbulos pulmonares adjacentes por tecido conjuntivo
interveniente (septos interlobulares)
4.
5. Achados Normais na TCAR
Os septos interlobulares têm normalmente 0,1mm de
espessura e podem ser vistos na periferia do pulmão.
As artérias centrolobulares (1 mm de diâmetro) são
estruturas em forma de V ou Y, vistas a 5 a 10 mm da
superfície pleural. As vias aéreas normais são vistas até
3 cm de distância da pleura.
As veias pulmonares (0,5 cm) às vezes são vistas
como estruturas lineares ou puntiformes a menos de 1 a
2 cm da pleura
Os compartimentos intersticiais peribroncovascular,
centrolobular e intralobular normalmente não são
visiveis na TCAR
6.
7.
8. Sinais de Doença Na TCAR
Linhas Interlobulares (septais)
- O espessamento septal é visto mais freqüentemente
como linhas finas e curtas, de 1 a 2 cm, orientadas
perpendicularmente à pleura costal e fazendo interseção
com ela.
- São mais grossas e mais numerosas em indivíduos com
patologias afetando basicamente o interstício interlobular
como: edema intersticial pulmonar, fibrose pulmonar
idiopática e carcinomatose linfangítica.
9.
10.
11. Sinais de Doença Na TCAR
Linhas Intralobulares
- Retículo de linhas finas na parte central dos lóbulos
pulmonares, irradiando-se para fora em direção as bordas
lobulares espessadas.
- “Roda com aros” ou “teia de aranha”
- Fibrose pulmonar Idiopática (FPI) e Pneumonia
Intersticial Usual (PIU)
- Proteinose Alveolar Pulmonar (PAP)
12. Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
13. Sinais de Doença Na TCAR
Fissuras Espessadas
- Geralmente é uma extensão direta do espessamento dos
septos interlobulares envolvendo o intersticio subpleural
do pulmao
- Liso: praticamente indistingüível de uma pequena
quantidade de liquido pleural dentro da fissura,
associado a edema pulmonar.
- Nodular: Nódulos se situam dentro dos canais linfáticos
subpleurais, visto comumente na sarcoidose e na
carcinomatose linfangítica
14. Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
15.
16. Sinais de Doença Na TCAR
Estruturas Broncovasculares
Espessadas
- Resultam do espessamento do interstício
peribroncovascular, o que produz aumento
aparente das estruturas vasculares periilares e o
espessamento das paredes brônquicas. Um
espessamento nodular ou irregular pode ser visto
na sarcoidose.
18. Sinais de Doença Na TCAR
Anormalidades Centrolobulares
- Proeminência anormal da arteríola centrolobular
“puntiforme” ou ramificada
- Edema pulmonar, carcinomatose linfangítica e a PIU.
- Nódulo Centrolobulares – acometimento do bronquíolo e
parenquima adjacente. Podem ser vistos na Pneumonite
por Hipersensibilidade Aguda e na pneumonia
criptogênica em organização.
19. Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
20.
21. Sinais de Doença Na TCAR
Linhas Subpleurais
- Opacidades curvilíneas de 5 a 10cm de comprimento são
encontradas a menos de 1 cm da pleura, paralelas a
parede torácica.
- Relacionadas a abestose e mais raramente a FPI
- Faixas no Parênquima – opacidades lineares que não se
afilam progressivamente
22. Sinais de Doença Na TCAR
Faveolamento
- Pequenos espaços císticos com paredes
espessas
- Representa o estágio terminal da fibrose
pulmonar por diversas etiologias
- Cistos revestidos de epitélio bronquiolar e
resultam de bronquietasia.
- FPI, Pneumonite por hipersensibilidade e
sarcoidose.
25. Sinais de Doença Na TCAR
Micronódulos
- Opaciadades arredondadas com
margens nítidas e 1-3 mm de tamanho,
constituem aglomerados de granulomas
ou células tumorais no interstício.
- Sarcoidose, GE, silicose, TB miliar ou
histoplasmose
26.
27. Sinais de Doença Na TCAR
Opacidade em vidro fosco
- Aspecto granular, com manutenção da
visibilidade dos vasos pulmonares e ausência de
broncogramas aéreos.
- Produzida pelo espessamento dos septos
alveolares
- Pneumonia intersticial descamativa (PID),
pneumonia por Pneumocistis Jiroveci, pneumonite
por hipersensibilidade aguda, pneumonia
intersticial inespecífica (PII) e o edema intersticial
pulmonar
29. Sinais de Doença Na TCAR
Distorção da Arquitetura e
Bronquiectasia por Tração
- Fibrose traciona as paredes
brônquicas, ocasionando dilatação
irregular
- FPI, pneumonia intersticial usual
30.
31. Condensação
- Aumento da densidade pulmonar que obscurece
os vasos pulmonares subjacentes, broncogramas
aéreos estão comumente presentes.
- Pode ser visto em qualquer processo que
preencha os espaços aéreos, mas asa vezes
ocorre em doenças intersticiais, como pneumonia
intersticial usual e sarcoidose;
32.
33. DOENÇAS PULMONARES
INTERSTICIAIS CRÔNICAS
Edema Pulmonar Intersticial Crônico
- Elevação crônica da pressão venosa pulmonar
pode exacerbar a trama intersticial em radiografia
simples.
- Distenção dos vasos linfáticos e edeme
intersticial crônico podem levar a fibrose.
- Mais comum em pacientes com estenose mitral
de evolução longa ou insuficiência de VE.
- Redistribuição do fluxo sangüíneo aos lobos
superiores (HAP)
34. Doenças do Tecido
Conjuntivo
- Associadas a Inflamação e dano imunológicamente
mediado aos tecidos conjuntivos em todo o corpo
Doença Pulmonar Reumatóide
- Na artrite reumatóide manifestações extra-articulares são
vistas em até 75% dos pacientes.
- Envolvimento pulmonar mais comum em homens
- Manifestação radiológica mais comum é de fibrose e
pneumonite intersticial.
- Ocorre alveolite (opacificações finas em vidro fosco) que
evolui para fibrose pulmonar terminal (faveolamento)
35.
36.
37. Doenças do Tecido Conjuntivo
Lupus Eritematoso Sistêmico
- Mulheres jovens, meia idade
- O acometimento torácico pode ser o local inicial do envolvimento.
- Limita-se freqüentemente a pleura e ao pericárdio embora o pulmão, o
coração e o diafragma e os músculos intercostais sejam afestados em
até 1/3 dos pacientes.
- Pneumonite Lúpica: aparecimento rápido de febre, dispnéia e
hipoxemia
- Dano alveolar difuso, edema intraalveolar exudativo, com formação de
membranas hialinas.
- Raio-X: opaciadades bilaterais / elevação do hemidiafragma / volumes
pulmonares diminuidos / áreas bibasais de atelectasia linear
- TCAR: opacidade em vidro fosco
39. Doenças do Tecido
Conjuntivo
Esclerodermia
Inflamação e fibrose da pele, do esôfago, do sistema músculo-
esquelético, coração, pulmôes e rins em mulheres jovens e de
meia idade.
Acometimento pulmonar grave reflete-se num padrão reticular
grosseiro ou retículo-nodular.
HAP com artérias centrais dilatadas e dilatação do VD é vista
em até 50% dos paciente apresentando esclerodermia e pode
ser observada na ausêcia de fibrose intersticial
Achados adicionais na radiografia de tórax: calcificação em
casca de ovo dos linfonodos mediastinais (mais comum na
sarcoidose e silicose), esôfago dilatado e cheio de ar.
41. Doenças do Tecido
Conjuntivo
Dermatomiosite e polimiosite
- Evolvem inflamação auto-imune e destruição dos
músculos esqueléticos, produzindo dor e fraqueza
musculares proximais (polimiosite) e associando-se
ocasionalmente a exantema (dermatomiosite).
- As manisfestações torácicas incluem fraqueza de
músculos respiratórios e faríngeos e pneumonite
intersticial associada.
- Avaliar presença de massa pulmonar - aumentado risco
para carcinoma broncogênico
42.
43. Pneumonias Intersticiais
Crônicas Idiopáticas
Pneumonia Intersticial Usual
- Provavelmente resulta de lesões repetidas do pulmão.
- Estágio Inicial da Fibrose: Proliferação acentuada de
macrófagos nos espaços aéreos alveolares, associada ao
espessamento leve e uniforme do interstício por células
alveolares. Mais tardiamente espessamento do interstício
alveolar por células inflamatórias mononucleares e
tecido fibroso
- Opacidades reticulares finas a médias bibasais ou
opacidades em vidro fosco
- Espessamento septal ou subpleural irregular,
faveolamento, bronquiectasias por tração.
45. Pneumonias Intersticiais
Crônicas Idiopáticas
Pneumonia Intersticial Aguda
- Sídrome de Hamman-Rich, forma aguda e
agressiva.
- Tosse, febre e dispnéia que evolui rapidamente
para hipoxemia grave e insuficiência
respiratória.
- “SARA Idiopática”
- Opacidade em vidro fosco difusa e consensação
com broncogramas aéreos.
47. Pneumonias Intersticiais
Crônicas Idiopáticas
Pneumonia Criptogênica em
Organização (PCO)
- Também designada como Bronquiolite Obliterante
Idiopática com Pneumonia em Organização (BOPO)
- Caracteriza-se por depósitos generalizados de tecido de
granulação nos bronquíolos e nos espaços aéreos
peribronquiolares.
- Doença subaguda com história de tosse improdutiva e
dispnéia de alguns meses de duração
- Ex. físico: estertores ou roncos e sibilos.
- Radiografia com opacidades dos espaços aéreos ou em
vidro fosco, esparsas bilaterais.
48.
49. Doenças Por Inalação
Pneumoconioses
- Reação não-neoplásica dos pulmões a partículas de pó
inorgânicas inaladas (asbesto, sílica ou carvão)
- Fibrose (focal/nodular ou difusa/reticular)
- Asbestose
- Silicose
- Pneumoconiose dos Mineradores de carvão
50. Pneumoconioses
Asbestose
- Fibrose difusa do interstício parenquimatoso causado
pela inalação de fibras de asbesto.
- Seu desenvolvimento depende tanto da duração quanto
da gravidade da exposição.
- Maioria dos pacientes com doença pleuropulmonar
relacionada ao asbesto são assintomáticos
- A inalção do asbesto pode causar doença na pleura, no
parênquima, nas vias aéreas e nos linfonodos.
- As manisfestações da inalação de asbesto incluem
fibrose intersticial (asbestose), atelectasia e carcinoma
broncogênico.
51. Asbestose
Reticulação fina –zonas pulmonares
inferiores
Padrão reticular grosseiro
Acometimento zonas pulmonares médias
e superiores, com obscuresimento
progressivo das margens cardíacas e
diafragmáticas
52.
53. Asbestose - TCAR
- Espessamento dos
septos
interlobulares e
intralobulares,
pequenas
opacidades
centrolobulares
“puntiformes”.
Faveolamento
54. Pneumoconioses
SILICOSE
Ocupações associadas: mineração, extração de pedras, trabalho com
cerâmica e aplicação de jatos de areia.
Reaçoes hispatológicas :
- Nódulos Silicóticos: medem de 1 a 10mm de diâmetro e são contituídos
de densas lamelas concêntricas de colágeno. Mais numerorosos nos lobos
superiores e nas regiões para-hilares. A coalescência desses nódulos
produz áreas de fibrose maciça progressiva (FMP)
- Silicoproteinose: enchimento dos espaços alveolares por um material
ipoproteináceo.
- Maior suscetibilidade à TB.
55.
56. Pneumoconioses
Silicose
- Exposição por 10 a 20 anos é necessária para o
desenvolvimento das alterações radiográficas
da silicose.
- Múltiplos nódulos bem definidos com diâmetro
variável de 1 a 10 mm, esses nódulos, que se
calcificam em 20% dos casos, são difusos e
predominam nas zonas superiores
- O aumento dos linfonodos hilares pode ser
visto em qualque estágio, freqüentemente
exigem calcificações periféricas em “casca de
ovo”.
57.
58.
59. Sarcoidose
Doença granulomatose multissistêmica de etiologia
desconhecida. Caracterizada histologicamente por granulomas
não-caseosos que podem evoluir para fibrose.
Os granulomas são encontrados mais comumente no intertício
axial.
Em 20 % dos pacientes, tecido fibroso deposita-se na periferia
dos granulomas e acaba por cresce internamente e
substituílos, ocasionando fibrose intersticial.
QC: Dispnéia e tosse improdutiva, febre mal estar, uveíte e
eritema nodoso
O aumento dos linfonodos hilares e mediatinais é encontrado
em 80% dos pacientes com sarcoidose e se associa a pulmôes
radiograficamente normais em mais da metade deles.