2. A conquista do Novo
Mundo
• Portugal: Périplo
Africano
►Espanha: testou aEspanha: testou a
teoria dateoria da
esfericidade daesfericidade da
TerraTerra
3. A 1ª controvérsia
diplomática
• 1493 – a Espanha tenta
emplacar a “Bula Inter
Coetera”
► 1494 – Espanha e Portugal1494 – Espanha e Portugal
firmam o “Tratado defirmam o “Tratado de
Tordesilhas”Tordesilhas”
► As demais nações apelam paraAs demais nações apelam para
o “Ut Possidetis”o “Ut Possidetis”
4. Portugal
• A conquista de Ceuta foi o
marco inicial de sua
grande empreitada
► Já sabia da existência doJá sabia da existência do
Brasil (fragilidade daBrasil (fragilidade da
teoria da casualidade)teoria da casualidade)
► O Brasil acabou sendo umO Brasil acabou sendo um
excelente entreposto noexcelente entreposto no
caminho para as Índiascaminho para as Índias
► Foi muito útil a herançaFoi muito útil a herança
cultural deixada peloscultural deixada pelos
árabesárabes (bússola, astrolábio...(bússola, astrolábio...))
► A posição geográficaA posição geográfica
favorável também ajudoufavorável também ajudou
muito...muito...
► Também é precisoTambém é preciso
considerar a Escola deconsiderar a Escola de
Sagres...Sagres...
► E a Revolução de Avis...E a Revolução de Avis...
5. Lembrete:
• Toda essa história começou
por que os europeus
almejavam chegar às
índias...
►As cidades italianas deAs cidades italianas de
Gênova e VenezaGênova e Veneza
monopolizavam omonopolizavam o
mediterrâneo. Navegar eramediterrâneo. Navegar era
preciso...preciso...
6. Modelos de colonização da América
• Modelo Português • Modelo Espanhol
► Colônia de ExploraçãoColônia de Exploração ► Colônia de ExploraçãoColônia de Exploração
► PlantationPlantation (latifúndio agro-exportador)(latifúndio agro-exportador)
► PlantationPlantation (latifúndio agro-(latifúndio agro-
exportador)exportador)
► Mão de obra escravaMão de obra escrava (mais(mais
índio do que negro)índio do que negro)► Mão de obra escravaMão de obra escrava (mais(mais
negro do que índio)negro do que índio)
► Sociedade menosSociedade menos
hierarquizadahierarquizada (livres e cativos)(livres e cativos)
► Sociedade maisSociedade mais
hierarquizadahierarquizada (chapetones, criollos,(chapetones, criollos,
mestiços, negros e índios)mestiços, negros e índios)
► Administração maisAdministração mais
simples e centralizadasimples e centralizada
► Administração mais complexa eAdministração mais complexa e
descentralizadadescentralizada
7.
8. OS TUPI-GUARANI
• Os povos Tupi-guarani, agricultores pouco
sedentários e de muita rivalidade intertribal, que
dominavam a costa brasileira de São Paulo ao
Pará,foram os primeiros a entrar em contato com
os europeus.
• Os Tupi-guarani estavam mais bem organizados
que as outras nações.Eram extremamente
preconceituosos,tanto que chamavam os Jês de
Tapuia, ou seja,”selvagens”. Este menosprezo dos
Tupi-guarani pelos outros povos acabou depois
sendo assimilado pelos conquistadores.
9. MODO DE VIDA
• O tipo de sociedade em
que estavam organizados
esses indígenas é
chamado pelos
antropólogos de sistema
tribal.
• O que domina na
organização tribal é a
relação de
parentesco,definida pela
cooperação entre
membros descendentes
de um ancestral comum.
10. • Nas aldeias não existia
uma autoridade formal,
responsável pelo controle
do grupo.O chefe de cada
aldeia não tinha o poder
de um rei.Ele trabalhava
como os outros do grupo, e
seu poder de liderança era
exercido durante as
reuniões, nos períodos de
guerra ou em situações de
calamidade. Era chamado
de cacique ou morubixaba.
11. • Outra figura importante
na organização das tribos
era o Pajé, também
conhecido por xamã,
mediador entre o plano
dos homens e o dos
espíritos.
• Os Tupi-guarani
acreditavam na vida futura
e na reencarnação dos
antepassados em uma
criança.
• Temiam os espíritos do
mal e as almas dos
mortos.
18. INFERNO E PARAÍSOINFERNO E PARAÍSO
A leitura cristã feita do encontro dos
europeus com os habitantes da América
tinha forte conotação maniqueísta. De um
lado, estava o “bem” , simbolizado por
Deus e pela busca do paraíso; de outro, o
“mal” , representado pelo Diabo e o
inferno. Assim, a idéia da conquista de
novas terras vinha acompanhada pelo
desejo de levar a palavra de Deus para as
“criaturas demonizadas” do Novo Mundo,
por meio da catequese.
19.
20.
21.
22. • Os jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega,
chegaram com o primeiro governador geral para
iniciar a conversão dos índios.
• Os índios recebiam a catequese, com prioridade na
conversão das crianças.
• Os índios eram agrupados em “reduções”, que eram
uma espécie de comunidade liderada pelos jesuítas.
Foram criadas para reformular o padrão cultural dos
índios e reforçar o processo de conversão.
• Fundação do povoado de São Paulo do Piratininga
em 1.554
REDUÇÕES
23. Drogas do Sertão
Drogas do sertão
• Drogas do sertão é um
termo que se refere a
algumas especiarias
extraídas da Amazônia
como: ervas aromáticas,
plantas medicinais,
cacau, canela, baunilha,
castanha do Pará e
outras.
24. A Coroa Portuguesa considerava o índio como um súdito,
o que legalmente não permitia que o índio fosse
considerado escravo.
O apogeu do trabalho escravo dos nativos ocorrera entre
1540 a 1570, principalmente nos atuais estados de
Pernambuco e Bahia. A partir de 1570, a Coroa
Portuguesa pretendeu criar legislação para proibir a
escravização indígena, porém permitindo brechas legais
para a sua utilização.
A proibição da escravização indígena
25. • Podemos observar,
no mapa ao lado, a
drástica redução dos
habitantes da costa
leste, de maioria
Tupi. Ao longo do
processo de
colonização e
mesmos após a
independência esses
índios foram
dominados,
dizimados e aos
poucos foram
refugiando nas terras
interioranas para
evitar o contato.
SÉCULO XXI
26.
27.
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29.
30.
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34.
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37. Capitanias Hereditárias
• Sistema adequado à política
colonizadora portuguesa:
“máximo de lucro e mínimo
de investimento”
► Donatários podiamDonatários podiam
legislar e controlarlegislar e controlar
quase tudo (podiamquase tudo (podiam
fundar vilas, concederfundar vilas, conceder
sesmarias, receber asesmarias, receber a
REDIZIMA ou seja, 1/10REDIZIMA ou seja, 1/10
das rendas da Coroa e adas rendas da Coroa e a
VINTENA, 5% doVINTENA, 5% do
arrecadado com a pescaarrecadado com a pesca
e o pau Brasil, cobrare o pau Brasil, cobrar
tributos sobre salinas,tributos sobre salinas,
moendas e engenhosmoendas e engenhos
em suas terrasem suas terras
► Deveriam arcar com os custos...Deveriam arcar com os custos...
► Índios hostis, natureza furiosa...Índios hostis, natureza furiosa...
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45. Povoamento litorâneo
• A ocupação do território brasileiro, por
muitos anos, ficou restrita ao litoral.
• Tal fato explica porque as densidades
demográficas e a degradação ambiental
nessa região são mais evidentes.
• Explica também o desenvolvimento das
primeiras vilas e cidades, bem como, a
presença de grandes aglomerações urbanas
próximas ao litoral.
46. Pecuária
Fator essencial na ocupação e povoamento do interior, a pecuária se
desenvolve no vale do rio São Francisco e na região sul da colônia. As
fazendas do vale do São Francisco são latifúndios assentados em
sesmarias e dedicados à produção de couro e criação de animais de
carga. Muitos proprietários arrendam as regiões mais distantes a
pequenos criadores. Não é uma atividade dirigida para a exportação e
combina o trabalho escravo com a mão-de-obra livre: mulatos, pretos
forros, índios, mestiços e brancos pobres. No sul, a criação de gado é
destinada à produção do charque para o abastecimento da região das
minas.
A remuneração, de uma maneira geral, baseava-se na participação
do crescimento do rebanho; uma cria a cada quatro nascidas, com o
acerto realizado a cada cinco anos.
47. Durante o período colonial, a empresa açucareira foi o grande
investimento dos portugueses nas terras brasileiras. Contudo,
as necessidades de consumo das populações nativas serviram
para o desenvolvimento de outras atividades econômicas
destinadas à subsistência. Tais empreendimentos econômicos
ficaram comumente conhecidos como atividades acessórias ou
secundárias e costumava abranger o plantio de pequenas e
médias culturas e produção de algodão, rapadura, aguardente,
tabaco e mandioca.
48. BRECHA CAMPONESA
Uma das mais novas modalidades pesquisadas nesse
campo trata, por exemplo, da criação da “brecha
camponesa”. Esse termo se refere ao costume que
alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns
lotes de sua propriedade para que os escravos
pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas
voltados para o próprio consumo e a venda no
mercado interno. Tal medida seria benéfica aos
escravos ao abrir oportunidade para a compra de
outros produtos e a relativa melhora de sua condição
de vida.
49. Por que estudar a África?Por que estudar a África?
Além de identificar e reconhecer as
influências das culturas africanas
(sobretudo da chamada África
Atlântica) sobre a formação do
Brasil, é necessário olhar outros
povos, histórias e tradições , indo
além do habitual costume que
privilegia o estudo do mundo
eurocêntrico (que tem a cultura de
origem europeia como base ou
referência).
50. O “Berço” da humanidadeO “Berço” da humanidade
O continente é reconhecidamente associado ao surgimento do
homem, pois em terras africanas foram identificadas várias e
antigas espécies que fizeram parte da evolução humana.
MigraçõesMigrações
Desde os tempos mais remotos as populações africanas
passaram por processos migratórios ou pela formação de
grupos isolados pouco numerosos, favorecendo a formação de
vários grupos étnicos e de uma grande diversidade de
estruturas sociais, tribos, comunidades e variadas formas de
organização política – que, embora utilizemos termos ocidentais
como “impérios” ou “reinos”, funcionavam de formas próprias e
diferenciadas.
51.
52. •Nos seus 30,2 milhões de Km², repartidos por 53
países
a África tem 1 bilhão de habitantes, cerca de 15% da
Humanidade, que aliás foi nela que teve a sua origem.
•Nos países africanos mais de 60% da população ainda
não completou 25 anos, o que perspectiva um grande
potencial de futuro para o menos desenvolvido dos
continentes.
•É preciso derrubar os principais obstáculos ao
renascimento de África, outrora, vista como um
reservatório de escravos para o engrandecimento das
Américas.
53. A descolonização da África, entre 1950 e 1970, dá origem a
sistemas políticos frágeis, que, em muitos países, acabam
degenerando em ditaduras ou em sangrentas guerras civis
envolvendo clãs e etnias rivais.
A instabilidade do continente é uma herança do caótico
processo de colonização.
Muitos dos conflitos africanos se arrastam há anos sem
perspectiva de se obter a paz, como as guerras civis que
devastam a Nigéria, o Sudão e a Somália .
As principais tensões na África contemporânea ocorrem
nos Grandes Lagos e na porção norte do continente.
ÁFRICA
54. Civilizações marcantesCivilizações marcantes
O Antigo Egito é certamente a mais
conhecida e grandiosa civilização africana,
tendo sido cenário de importantes
acontecimentos e tendo construído uma
formidável cultura.
Durante mais de 2 mil anos os egípcios
dominaram extensas regiões e
promoveram obras fantásticas para
honrar seus vários deuses e para produzir
através do aproveitamento do Rio Nilo.
55. Civilizações marcantesCivilizações marcantes
Abaixo do região egípcia, onde hoje está o Sudão, tendo
civilizações que deixaram suas marcas:
O Reino de Kush chegou a
ser conhecido como a
civilização dos “faraós
negros”, tendo como
capital a cidade de Meroé.
Os kushitas também
construíram pirâmides e
tiveram relações tensas
com os poderosos
egípcios. O reino só foi
extinto no século IV da Era
Cristã.
Ruínas da cidade de Meroé
57. A África AtlânticaA África Atlântica
É a região ocidental do
continente, banhada
pelo Oceano Atlântico
e que teve fortes in-
fluências sobre a for-
mação colonial das
Américas, pois foi a
origem dos escravos
que partiram para o
Novo Mundo.
Oceano
Atlântico
58. A África AtlânticaA África Atlântica
Oceano
Atlântico
Para os estudiosos da
História da África, a
região é formada pelos
seguintes países atuais:
Mauritânia, Senegal,
Gâmbia, Guiné Bissau,
Guiné, Serra Leoa,
Libéria, Costa do Marfim,
Gana, Togo, Benin,
Nigéria, Camarões, Guiné
Equatorial, São Tomé e
Príncipe, Gabão, Congo,
República Democrática
do Congo e Angola
59. A África AtlânticaA África Atlântica
A região sediou um dos mais importantes reinos históricos da
África, o poderoso Império de Gana, que desenvolveu intensa
atividade mineradora e comercial que negociava vários produtos e
também impulsionou o tráfico de escravos. Situado numa
movimentada rota entre as regiões atlânticas e subsaarianas, o
império manteve contatos com vários povos, o que facilitou os
negócios envolvendo escravos. Gana manteve sob seu controle
vários reinos na região e entrou em decadência após o domínio de
invasores islâmicos, no século XIII.
60. A África AtlânticaA África Atlântica
O reino de Mali estava nas proximidades da África Atlântica, mas
era bastante ligado à região. Mali adotou o islamismo e também
deveu seu desenvolvimento ao comércio, além de intensa vida
urbana, o que ocorria em grandes cidades como Tombuctu.
Ruínas de Jenné-jeno (Mali), reconhecida
como a mais antiga cidade da região sub-
saariana
61. A escravidão é uma característica marcante na vida da África
Atlântica, sendo o tráfico humano uma atividade que teve muita
importância na região. O escravismo era uma prática muito
comum na África e remonta aos tempos das civilizações mais
antigas do continente.
EscravidãoEscravidão
Arte egípcia retratando a escravidão
65. EscravidãoEscravidão
Com a expansão marítima europeia a partir do século XV, os
contatos entre a Europa e a África tornaram-se intensos e com
eles a escravidão ganhou mais mercados, através do tráfico
atlântico, que passou a ter o Novo Mundo como destino.
Os portugueses estabeleceram privilegiadas condições de
negociação, estabelecendo grande volume de atividades e
possibilitando o aumento das influências externas sobre a África
Atlântica.
Tráfico atlântico:
Fluxo externo para as Américas;
Preferência por escravos homens, por crianças e
adolescentes.
66. EscravidãoEscravidão
As intensas intromissões externas contribuíram para
desestabilizar os reinos africanos, cada vez mais dependentes das
potências europeias.
O tráfico atlântico
acentuou também os
problemas internos na
África, pois aumentou as
tensões entre os povos e
sociedades numa luta
entre aqueles que
buscavam escravos e
aqueles que buscavam
resistir à submissão.
Cena de ataque a população de aldeia
67. EscravidãoEscravidão
Cerca de 90% dos escravos transferidos para as Américas
partiram da África Atlântica;
No caso do fornecimento de escravos para o Brasil, os
interesses pelos controle do comércio escravista gerou atritos
entre lideranças e grupos africanos, comerciantes portugueses
e também brasileiros;
“Castelo” de São Jorge da Mina, em
Gana – Grande porto escravista
português
70. EscravidãoEscravidão
O fluxo escravista a partir da África Atlântica acabou também
disseminando, através do êxodo escravo, vários elementos da
cultura nativa africana para as Américas, então Significativa
parte da base sócio-cultural das sociedades formadas nas
Américas recebereu influências diretas dos povos da África
Atlântica.
As populações escravas passaram a constituir a população
americana, agindo no processo de produção colonial, mas a
devida integração à sociedade ainda não foi concluída mesmo
após o fim do trabalho escravo;
A continuidade do tráfico escravo foi trágica para vários reinos,
aldeias e povoados africanos, que passaram a ser atacados
para obtenção de pessoas que seriam submetidas ao
escravismo no Mundo Atlântico.
71. A África pré-colonial
• A África possuiu uma
História anterior a sua
exploração colonial
iniciada nos séculos
XV e XVI;
• Era um local onde
existiam grandes e
importantes
civilizações;
73. O Darwinismo
• Mas inspirados pelo
Darwinismo os europeus
passaram a ver o continente
como um lugar de pessoas
inferiores;
• A África e seus moradores
não deveriam ser levados,
mesmo que a força, a um
estágio mais elevado de
“cultura”.
74. • A África foi habitado por comerciantes,
ferreiros, ourives, guerreiros, reis e rainhas;
• Algumas civilizações são conhecidas desde o
século IV, como a primeira dinastia de Gana;
• Dentre os primeiros povos da África podemos
destacar os bérberes e os bantos.
• Os bérberes eram nômades e viviam em
caravanas que cortavam o deserto do Saara.
75.
76. • Os bantos habitavam o noroeste da África,
(atuais Estados da Nigéria, Mali, Mauritânia e
Camarões);
• Eram agricultores e faziam da pesca e da caça
atividades suplementares, dominavam a
metalurgia, fato que possibilitou conquistarem
povos vizinhos e assim formarem um grande
reino, que abrangia grande parte do noroeste do
continente, o reino do Congo.
77. • Durante os séculos V a XV, na África
ocidental, os impérios de Gana e de Mali, e
reinos da África central e oriental, como os
Luba e Lunda, se chocaram entre os séculos
XVI e XIX, sendo considerados semelhantes
aos Estados de modelo monárquico ou
imperial;
• Um dos motivos deste choque era o tráfico de
africanos para serem escravizados na América.
78. Áfricas
• O continente africano era habita por povos
distintos em “estágios evolutivos” distintos;
• Por isso não é correto pensar na África
como um continente habitado por pessoas
todas iguais;
• Cada tribo, ou civilização africana tinha sua
própria língua, costumes, leis e deuses.
79.
80. A África no Brasil
• Os africanos no Brasil,
durante o período da
escravidão, eram tratados
como mercadoria;
• Eram explorados e sua
cultura tida como inferior;
• Mas mesmo assim
conseguiram manter um
pouco de seus costumes
vivos.
81. Religião
• Através da religiosidade os africanos
preservaram parte de sua cultura;
• Nesta religião, criada no Brasil, mistura-se o
cristianismo e as crenças africanas;
83. Outras influências
• O português falado no Brasil é prova viva da
contribuição africana;
• Na música o samba;
• Na culinária a feijoada e o arroz doce
• Nas festas a congada, o maracatu...
94. Escravidão • O negro resistiu, fugindo, atacando seus
feitores, queimando senzalas,
dispersando o gado, suicidando-se,
abortando, disfarçando sua cultura
(sincretismo) etc.
► Os quilombos reuniam negros fugidos,Os quilombos reuniam negros fugidos,
índios e até foras-da-lei...índios e até foras-da-lei...
► Quase sempre foram mercadoria barataQuase sempre foram mercadoria barata
(mesmo portugueses pobres e até(mesmo portugueses pobres e até
escravos alforriados podiam possuirescravos alforriados podiam possuir
uma peça).uma peça).
► O número de mulheres trazidas daO número de mulheres trazidas da
África era cinco vezes menor que o deÁfrica era cinco vezes menor que o de
homens.homens.
95. Isto é preconceito, você sabia?
• Colocar apelidos nas pessoas negras, como Pelé, Mussum,
tição, café, chocolate, buiu, branca de neve. Os apelidos
pejorativos são uma forma perversa de desumanizar e
desqualificar seres humanos.
• Elogiar negros dizendo que são de “alma branca”.
• Fazer piada de mau gosto, usando o termo “coisa de preto”
ou “serviço de preto”.
• Querer agradar a negros dizendo que é negro, “mas” é bonito,
ou que “apesar” do “cabelo ruim” é inteligente.
• Usar eufemismo como “moreninho”, “escurinho”,
“pessoas de cor”, evitando a palavra negro ao se referir a
pessoas negras.
• Negar a ascendência negra do mulato, dizendo que ele
não é “totalmente” negro, que é de raça apurada, ou usar
as expressões “limpar o sangue” e “melhorar a raça”, ao
se referir à miscigenação.
• Fazer comparação, usando a cor branca como símbolo de
que é limpo, bom, puro e, em contrapartida, usar a cor preta
representando o que é sujo, feio, ruim.
Fonte: Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro – Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Nzinga.
96. Educação das Relações Étnico-RaciaisEducação das Relações Étnico-Raciais
A palavra é ...A palavra é ...
Etnocentrismo – Visão de mundo que considera o grupo a
que o indivíduo pertence o centro de tudo. Elegendo como
o mais correto e como padrão cultural a ser seguido por
todos, considera os outros, de alguma forma diferentes
como inferiores.
Identidade Étnica – Conjunto de caracteres próprios e
exclusivos de uma pessoa que a faz reconhecer-se
pertencente a um determinado povo, ao qual se liga por
traços comuns de semelhança física, cultural e histórica.
Afro-brasileiro – Adjetivo usado para referir-se à parcela
significativa da população brasileira com ascendência
parcial ou totalmente africana.
100. Sociedade
• Grande influência do catolicismo
(outros cultos não podiam ser
feitos em público...).
► Família patriarcal.Família patriarcal.
► Forte influência dos padrões daForte influência dos padrões da
aristocracia européia.aristocracia européia.
► Presença dos cristãos-novosPresença dos cristãos-novos
(judeus convertidos).(judeus convertidos).
► Possibilidade de alforriaPossibilidade de alforria
(Q(Quartações – Carta deuartações – Carta de
compromissocompromisso etc).etc).
► Rigidez no tempo do açúcar eRigidez no tempo do açúcar e
flexibilidade na mineração e naflexibilidade na mineração e na
pecuária.pecuária.
101.
102.
103.
104.
105.
106. Um trapiche é uma máquina destinada a moer a cana
de açúcar que consiste numa estrutura fixa onde se
encontra um conjunto de ao menos dois cilindros, um
recipiente, e um braço destinado a fazer rodar os
cilindros. A máquina é movida a tração animal,
geralmente bois.
107.
108.
109.
110.
111.
112.
113.
114. 05/10/13 114
Os Quilombos
• Do Banto: “Povoação”
• Núcleos habitacionais e comerciais,
além de local de resistência à
escravidão
115. 05/10/13 115
O Quilombo dos Palmares
• Criado no final de 1590 a partir de um
pequeno refúgio de escravos localizado na
Serra da Barriga, em Alagoas, Palmares se
fortificou, chegando a reunir quase 30 mil
pessoas. Transformou-se num estado
autônomo, resistiu aos ataques holandeses,
luso-brasileiros e bandeirantes paulistas, e foi
totalmente destruído em 1716.
118. União Ibérica (1580-1640)
Com a morte do rei de Portugal, D. Sebastião, em 1578, o trono português ficou vago.
Felipe II, rei da Espanha e neto de D. Manuel rei de Portugal, reivindicou o trono português
e conquistou à força;
Portugal era da Espanha ( União Ibérica )
Holanda X Espanha
Holanda pertencia a Espanha ( era uma região desenvolvida por causa do comércio );
A partir de 1572, começa a luta pela independência da Holanda e dos reinos adjacentes;
Em 1581, a Holanda torna-se independente
Como represália:
Espanha faz um embargo econômico que afeta a economia de Portugal, Holanda e Brasil;
Em 1621, é criada a Cia das Índias Ocidentais (pela Holanda) para enfrentar o embargo;
Os holandeses planejaram a invasão de Salvador em 1624.
119. Holandeses na Bahia
Em 1624, a Holanda invade Salvador e aprisiona o governador Diogo
de Mendonça Furtado
colonos organizam a resistência ( guerra de guerrilha)
Em 1625, a Espanha envia a Bahia uma esquadra com 50 navios e
12mil homens. Foi comandado pelo Fradique Toledo Osório.
120. Holandeses em Pernambuco
Em 1630, holandeses voltam a atacar o Brasil ( PE)= Olinda e Recife
A chegada dos holandeses levou parte da população para o interior,
criando focos de resistência em PE ( o maior foi o arraial do Bom
Jesus e seu chefe era Mathias de Albuquerque )
Tática militar era a guerra de guerrilhas
Em 1632, Domingos Jorge Calabar ajuda os holandeses a destruir o
Arraial, destruição 1635.
121. Resultado das conquistas holandesas até esse período (1630-1635)
Engenhos destruídos
Olinda incendiada e destruída
Fuga de negros ( cresce o Quilombo dos Palmares)
Plantações destruídas
Holandeses dominam o litoral nordestino.
122. Nassau chega ao Recife (1637-1644)
•Período de relativa "paz" por adotar algumas medidas, tais como:
* Aliança com Senhores de Engenho
* Reativa a produção açucareira
* Faz empréstimos aos Senhores de Engenho
* Garante o abastecimento de escravos
* Faz o saneamento e modernização do Recife
* Recife passou a se chamar Mauritzstad ou Maurícia
* criou o Jardim Botânico
* Fez pontes
* pratica a tolerância religiosa
* trouxe os pintores Albert Echout e Frans Post
•Trouxe cientistas como: Jorge Marcgrave ( naturalista ) e Wiliam Piso ( Médico)
138. Terceira fase do domínio holandês em Pernambuco (1645-1654)
Os holandeses começam a cobrar os empréstimos feitos aos
Senhores de Engenho
Intolerância religiosa
Inicia um sentimento de revolta
No dia 03/08/1645, Batalha dos Montes das Tabocas
139. Líderes :
João Fernandes Vieira (branco)
Henrique Dias (negro)
Felipe Camarão (índio)
* representação das três raças do Brasil.
141. Tratado de paz com a Holanda foi firmado em 08/1661, em Haia
Pontos do acordo:
Holanda renuncia qualquer pretensão sobre o Brasil
Portugal paga uma indenização de 4 milhões de cruzados
Portugal cede o Ceilão ( Sri Lanka, na Ásia) e Molucas na Indonésia.
No dia 26/01/1654 , os holandeses são expulsos definitivamente de
Recife
142. 1. O CICLO DO OURO
• Século XVIII.
• MG, MT, GO
• Movimento bandeirante
(séc XVII):
– Bandos armados que
percorriam o interior do
país em busca de
riquezas.
– Origem: São Vicente (São
Paulo).
143. – Tipos de bandeiras (expedições
exploradoras): apresamento (caça
ao índio), sertanismo de contrato
(destruição de quilombos ou
outros serviços no interior),
busca de metais preciosos.
– Importância histórica:
• alargamento informal das
fronteiras,
• ataque/destruição de missões
no sul, dando origem a
reserva de gado.
144. • descoberta de ouro (nos atuais
estados de MG, MT e GO)
• A administração aurífera:
– Intendência das Minas (1702) –
órgão criado por Portugal para
administrar a região das minas.
– Divisão em lotes (DATAS);
– Cobrança de impostos:
• Quinto (20%).
• Casas de Fundição (1720).
145. • Capitação (1735 – imposto sobre escravos)
• 100 arroubas anuais (1500kg/ano).
• Derrama (cobrança de impostos atrasados).
• Submissão de Portugal aos interesses ingleses:
Tratado de Methuen (1703) – acordo panos e
vinhos.
• Mudanças do Brasil a partir da descoberta de
ouro:
– Aumento populacional.
– Aumento do mercado interno.
– Integração econômica.
146. – Integração do sul (gado).
– Deslocamento do eixo econômico
(NE – SE).
– Mudança da capital (RJ – 1763).
– Interiorização.
– Urbanização (Vila Rica, Mariana,
Sabará, Diamantina...).
– Surgimento de classe média
urbana.
– Mobilidade social relativa.
148. • O distrito Diamantino:
– Maior controle de POR.
– Até 1740 cobrava-se o Quinto.
– A partir de 1740: concessão de contrato.
• Contratador.
– A partir de 1771: monopólio de POR.
• A arte na época do ouro:
– Estilo barroco.
– Obras de caráter religioso.
– Antônio Francisco Lisboa – O Aleijadinho
(maior representante).
149. Aleijadinho nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há registros
oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um mestre-de-
obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando
o trabalho de seu pai que também era entalhador.
Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença
degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença,
mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença
reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos.
Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para
poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para
continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua
trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas
Gerais.
150.
151.
152.
153. E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó
e em moedas para os reinos estranhos, e a menor é a que fica em
Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões,
arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as
mulatas de mau viver e as negras muito mais do que as senhoras. Nem
há pessoa prudente que não confesse haver Deus permitido que se
descubra nas Minas tanto ouro para castigar com ele ao Brasil, como
está castigando, no mesmo tempo tão abundante de guerras, aos
Europeus com o ferro."
André João Antonil, Jesuíta italiano, percorreu o Brasil.
Em 1711, publicou em Lisboa a obra Cultura e Opulência do Brasil
por suas Drogas e Minas.
156. • As Reformas Pombalinas (1750 – 1777):
– Marquês do Pombal*: despotismo esclarecido em POR.
– Tentativa de modernizar POR, diminuindo influência
inglesa no país.
– Estratégia: aumentar a exploração sobre o Brasil.
– Aumento do controle administrativo.
– Criação de companhias de comércio (reforço do
monopólio).
– Criação da Derrama.
– Expulsão de Jesuítas de POR – destruição das missões
no RS.
* Sebastião José de Carvalho e Melo
157. 1 - REVOLTAS NATIVISTAS:
• Revolta de Beckman (1684)
Causas:
As divergência entre fazendeiros e jesuítas quanto à escravização dos índios
Oposição ao monopólio da Cia de Comércio do Maranhão
Desenrolar dos fatos:
1621, foi criado o Estado do Maranhão ( Ceará, Piauí, Pará e Amazonas) capitanias reais estava
diretamente subordinado a metrópole.
1641, os holandeses ocuparam a região do Maranhão (expulsaram invasores).
A situação da região era de pobreza.
A economia baseava-se na agricultura de subsistência, criação de gado, cultivo da cana , cacau e
fumo ( em escala modesta).
Faltava dinheiro para comprar escravos negros Saída: índios (missões).
1682, foi criada a Cia de Comércio do Maranhão.
158. Líderes :
•Manuel Beckman, Tomás Beckman e Jorge Sampaio
Aderiram ao movimento: latifundiários, comerciantes luso-brasileiros, mascates, padres
contrários aos privilégios da Cia de Jesus.
Interessante: A revolta não era separatista. (elitista)
Movimento iniciou em 24/02/1684
•Revoltosos destituíram as autoridades e constituíram uma junta.
Organizou-se uma comissão representativa do comércio, da lavoura e do clero.
•Maio de 1685, Portugal manda novo governador Gomes de Freire de Andrade e prende
os revoltosos.
•Manuel Beckman e Jorge Sampaio são executados.
Resultado: a maioria dos objetivos alcançados.
159. Guerra dos Emboabas (MG 1707 – 1709):
– Bandeirantes paulistas X Emboabas
(forasteiros)*.
– Capão da Traição: grande massacre de paulistas.
– SP é separada de MG.
– Paulistas retiram-se em sua maioria e descobrem novas
jazidas de ouro em GO e MT.
160. • Guerra dos Mascates (PE – 1710):
– Olinda X Recife
– Causa básica: Recife obtém autonomia e Olinda não
aceita.
– Recife confirma sua autonomia e torna-se a capital de
Pernambuco (1714).
Latifundiários Comerciantes
portugueses
161. • Revolta de Vila Rica ou de Filipe dos
Santos (MG – 1720):
– Contra o estabelecimento das Casas de Fundição.
– Líder: Filipe dos Santos.
– Resultado: Filipe dos Santos é enforcado e
esquartejado.
162. 2 - REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS:
• Século XVIII (final) e XIX (início).
• Objetivo: separação de Portugal
(independência).
• Nacionalistas.
• Influenciadas pelo iluminismo,
independência dos EUA e Revolução
Francesa.
• Inconfidência Mineira (1789):
– Causas: esgotamento do ouro, crise econômica,
exploração abusiva de POR (impostos, derrama,
proibição de produção de manufaturados na colônia –
Alvará de D. Maria I).
– Penetração de ideais iluministas.
163. – Líderes: elite mineira
(Cláudio Manuel da Costa, Tomás
Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto,
Joaquim José da Silva Xavier – o
“Tiradentes”).
– Objetivos: proclamação da República,
fim do pacto colonial, estímulo ao
desenvolvimento de manufaturas,
criação de uma Universidade, bandeira
com a inscrição “Libertas quae sera
tamen” (Liberdade ainda que
tardia).
164. – Denunciada por Joaquim Silvério dos
Reis.
– Líderes presos e degredados para a
África.
– Tiradentes é enforcado e esquartejado
(exemplo).
169. Gêneros Literários
Quinhentismo: Esse é o primeiro movimento literário no Brasil e não
apresenta um autor específico. Possui uma característica mais
informativa e documental.
Barroco: A literatura barroca teve início em 1601 com o poema
épico Prosopopeia, de Bento Teixeira. Os sermões do padre Antônio
Vieira também foram importantes nesse período. O poeta mais
importante desse estilo no Brasil foi Gregório de Matos, chamado
também de Boca do Inferno, que fazia poesias satíricas.
Arcadismo: O início do Arcadismo no Brasil foi em 1768 com a
publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, cujo
pseudônimo era Glauceste Satúrnio. Esse movimento produz poesias
líricas e bucólicas com a valorização da vida no campo. Seu principal
autor é Tomás Antônio Gonzaga, que publicou Marília de Dirceu e
Cartas Chilenas.
170. Numa tarde quente da Bahia, uma Freira resolveu satirizar,
publicamente, Gregório de Matos(nasceu em 1636) , que tinha uma
fisionomia delgada e um nariz saliente, chamando-lhe de “Pica-Flor”
(passarinho, o mesmo que beija-flor). Gregório não deixou por menos e
lhe respondeu em versos:
“Se Pica-Flor me chamais,
Pica-Flor aceito ser,
Mas resta saber agora,
Se no nome que ma dais,
Meteis a flor, que guardais![...]
Se me dais este favor,
Sendo eu só o Pica,
E o mais vosso, claro fica,
que fico então Pica-Flor”
Provavelmente aí está a origem da palavra "pica" (Pênis).
171. O sermão do Padre Antônio Vieira, intitulado Pelo bom sucesso das
armas de Portugal contra as de Holanda, trata-se de um texto
religioso redigido pelo sacerdote, com vistas à pregação que realizou
no Brasil, no ano de 1640, na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, na
Bahia.
(...) Em castigar, vencei-nos a nós, que somos criaturas fracas;
mas em perdoar, vencei-Vos a Vós mesmo, que sois todo-
poderoso e infinito. Só esta vitória é digna de Vós, porque só
vossa justiça pode pelejar com armas iguais contra vossa
misericórdia; e sendo infinito o vencido, infinita fica a glória do
vencedor. (...).(VIEIRA, 1959, p. 322-323).
172. 1. O PERÍODO JOANINO (1808 – 1821)
• Período em que a família real portuguesa
instalou-se no Brasil.
• Causa: fuga das tropas napoleônicas.
– Não adesão ao Bloqueio Continental.
• 1808: Abertura dos Portos.
– Fim do Pacto Colonial.
Chegada da família real
portuguesa.
D. João
VI
173. • 1810: Tratados de comércio com a ING:
– Tratado de Aliança e Amizade – proibição da
Inquisição no Brasil e fim gradual do tráfico negreiro.
– Tratado de Comércio e Navegação – tarifas
alfandegárias reduzidas para produtos ingleses;
porto livre (SC).
• Realizações de D. João:
– Permissão para a produção de manufaturas (revogação
do Alvará de D. Maria I – 1763) – frustrado pela
concorrência inglesa.
– Academia militar.
– Banco do Brasil.
– Imprensa Régia.
174. – Biblioteca Real.
– Escola de Medicina (BA e RJ).
– Real Teatro de São João
– Jardim Botânico (RJ).
175. • Com a chegada de D. João VI e a corte portuguesa ao Brasil, este recebe forte influência
cultural européia, intensificada ainda mais com a chegada de um grupo de artistas franceses
(1816) encarregado da fundação da Academia de Belas Artes (1826), na qual os alunos
poderiam aprender as artes e os ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão
Artística Francesa.
• Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à
moda européia. Obedeciam ao estilo neoclássico (novo clássico), ou seja, um estilo artístico
que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antigüidade.
• Algumas características de construções neoclássicas:
· Colunas (de origem grega): Estrutura de sustentação das construções. Compõe-se de três
partes : base, fuste (parte maior) e capitel (parte superior com ornamentos).
· Arcos (de origem romana): Elemento de construção de formato curvo existente na parte
superior das portas e passagens que serve de sustentação.
· Frontões: Estrutura geralmente triangular existente acima de portas e colunas e abaixo do
telhado. Os frontões podem receber os mais variados tipos de decoração.
Os pintores deveriam seguir algumas regras na pintura tais como: inspirada nas esculturas
clássicas gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do
equilíbrio da composição e da harmonia do colorido.
176. ARTISTAS DA MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA
• Chefiada por Joaquim Lebreton, a missão artística francesa criou, no Rio
de Janeiro, a Escola Real das ciências, arte e ofícios.
• Nicolas-Antonine Taunay: (1775-1830) pintor francês de grande destaque
na corte de Napoleão Bonaparte e considerado um dos mais importantes da
Missão Francesa. Durante os cinco anos que residiu no Brasil, retratou
várias paisagens do Rio de Janeiro.
• Jean-Baptiste Debret: (1768-1848) foi chamado de "a alma da Missão
Francesa". Ele foi desenhista, aquarelista, pintor cenográfico, decorador,
professor de pintura e organizador da primeira exposição de arte no Brasil
(1829). Em 1818 trabalhou no projeto de ornamentação da cidade do Rio
de Janeiro para os festejos da aclamação de D.João VI como rei de
Portugal, Brasil e Algarve. Mas é em Viagem pitoresca ao Brasil, coleção
composta de três volumes com um total de 150 ilustrações, que ele retrata e
descreve a sociedade brasileira. Seus temas preferidos são a nobreza e as
cenas do cotidiano brasileiro e suas obras nos dão uma excelente idéia da
sociedade brasileira do século XIX.
177. Características do neoclássico
Igreja de Santa Genoveva em Paris
Forte influência da
arquitetura neoclássica
foi a descoberta
arqueológica das
cidades italianas de
Pompéia e Herculano
que, no ano de 79 a.C.,
foram cobertas pelas
lavas do vulcão
Vesúvio. Diante
daquelas construções,
num erro de
interpretação, os
historiadores de arte
acreditavam que os
edifícios gregos eram
recobertos com
mármore branco,
ocasionando a
construção de tantos
edifícios brancos.
Exemplo: Casa Branca
dos Estados Unidos.
Porta do Brandemburgo, em Berlim
A pintura desse
período foi
inspirada
principalmente na
escultura clássica
grega e na pintura
renascentista
italiana, sobretudo
em Rafael, mestre
inegável do
equilíbrio da
composição.
A grande odalisca - Ingres
Vênus
Anadioneme
_Ingres
178. Retrato da Marquesa de Belas, 1816.
Largo da Carioca em 1816. Museu Nacional de Belas
Artes
NICOLAS-ANTOINE TAUNAY
Vista do Pão-de-Açúcar a Partir do Terraço de
Sir Henry Chamberlain
179. Debret: Negra vendendo caju
JEAN-BAPTISTE DEBRET
Em "Viagem Pitoresca ao Brasil",
coleção composta de três volumes
com um total de 150 ilustrações,
Debret retrata e descreve a
sociedade brasileira. Seus temas
preferidos são a nobreza e as
cenas do cotidiano brasileiro. Sua
obra dá uma excelente idéia da
sociedade brasileira do século 19,
como se vê na figura acima.
Detalhe de A Coroação de D. Pedro I, de J.B.
Debret
180. Grandjean de Montigny – Introduziu o Neoclássico na arquitetura brasileira.
• Grandjean de Montigny – Em 1816, desembarca no Rio de Janeiro.
• Impedido de lecionar por falta de lugar adequado, Montigny entregou-se a vários
projetos oficiais e particulares.
• Desde sua chegada ao Brasil até sua morte, em 1850, realizou numerosos projetos de
arquitetura e urbanismo, dos quais bem poucos se concretizaram.
• Entre os projetos que se concretizaram, figuram a Escola Real de Ciências Artes e
Ofícios
• Teatro da Paz, construção em estilo neoclássico que, no tempo do Império, foi a maior
casa de óperas e até hoje permanece entre os mais destacados teatros do país, por sua
tradição artística. Erguido na época áurea da borracha pelo arquiteto Grandjean de
Montigny, o teatro serviu de palco para grandes figuras do mundo das artes
• Em sua fachada e nas laterais erguem-se colunas que lhe dão o equilíbrio de templo
grego. Nas colunatas coríntias, sobre a fachada principal, existem quatro bustos de
mármore representando a música, a poesia, a comédia e a tragédia. Suas escadarias,
adornadas por bustos em mármore de Carrara de Gonçalves Dias e José de Alencar,
ligam o salão de entrada ao pavilhão superior, onde imensa lâmina ladeia a entrada de
um amplo corredor, em arcadas, que comunica as frizas e as varandas.
ARQUITETURA
181. Pórtico da Escola Real de Ciências, Artes e
Ofícios, na altura da antiga Travessa do
Sacramento, no Rio de Janeiro. Atual Escola de
Belas Artes, hoje unidade da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, O pórtico da antiga
Academia Imperial de Belas Artes, hoje no Jardim
Botânico
Projetado por Grandjean de Montigny, para ordenar a feira de pescado do
Largo do Paço, este mercado funcionou de 1840 a 1933, quando a Bolsa de
Valores o demoliu para construir sua sede.
GRANDJEAN DE MONTIGNY
Teatro da Paz, a fachada e detalhe das escadarias:
requinte de arquitetura, retrato do período áureo da
borracha. Projeto de Grandjean de Montigny
Entrada do teatro da Paz em
Belém do Pará
182. • Conseqüências sociais da instalação da
Corte no Brasil:
– Costumes importados da Europa no RJ.
– Alta do custo de vida.
– Crescimento populacional do RJ (urbanização).
– Criação de cargos públicos para ocupar nobres.
– Distribuição de títulos nobiliárquicos.
• Apoio de proprietários rurais locais.
– Aumento de impostos para financiar despesas da corte.
183. • 1815: Elevação do Brasil à categoria de REINO UNIDO
A PORTUGAL E ALGARVES (legitimação da Corte no
Brasil – Congresso de Viena).
• Lembrar: 1816: Missão artística francesa no RJ (vinda de
vários artistas, entre eles o pintor Jean Baptiste Debret).
184. • Política externa:
– 1807 – invasão da Guiana Francesa
(devolvida em 1817).
– 1816 – anexação da Província
Cisplatina (URU) – independente em
1828.
• A Revolução Liberal do Porto
(1820):
– POR – crise econômica e domínio
inglês.
– Liderança da burguesia portuguesa.
185. – Objetivos:
• Volta de D. João VI.
• Constituição.
• Recolonização do Brasil (volta
do monopólio português).
– 1821: D. João VI retorna a Portugal.
• D. Pedro assume como Regente.
186. 2 - O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
(1821 – 1822):
• Cortes portuguesas (parlamento) tentam
recolonizar o Brasil.
• Exigência da volta de D. Pedro para
Portugal.
• JAN/1822: “Dia do Fico”.
Elites coloniais brasileiras
aproximam-se de D. Pedro.
D. Pedro anuncia permanência
no Brasil.
187. • MAI/1822: Decreto do “Cumpra-se”.
• JUN/1822: D. Pedro convoca Assembléia
Constituinte.
• AGO/1822: tropas portuguesas no Brasil
consideradas inimigas.
• 7/9/1822: Após receber ultimato de POR,
D. Pedro proclama a independência.
188. • DEZ/1822: D. Pedro é coroado (DOM PEDRO I).
• Dependência econômica em relação a ING.
• Manutenção das estruturas sociais e econômicas:
– Latifúndio.
– Agroexportação.
– Monocultura.
– Escravismo.
• Sem participação popular no processo de
independência.
Aliança circunstancial de interesses de
D. Pedro e das elites brasileiras para
manter seus privilégios.
190. • Províncias que não aceitaram a
proclamação:
• Bahia;
• Cisplatina;
• Grão-Pará.
• Maranhão
• Grenfell e Cochrane
Guerra de Independência
191. • 1824: Estados Unidos (primeiro país devido à
Doutrina Monroe)
• 1825: Em Londres, os britânicos mediam o encontro
entre os diplomatas brasileiros e portugueses.
Portugal reconhece com a indenização brasileira de
2 milhões de libras esterlinas;
• Posteriormente são os ingleses que reconhecem a
independência do Brasil.
Reconhecimento da
independência
192. Inicia os trabalhos a 17 de abril e é fechada por ato
autoritário do Imperador a 12 de novembro;
O ante-projeto constitucional foi considerado muito
liberal pelo monarca;
O projeto constituinte é conhecido com
“Constituição da Mandioca”
Constituinte de 1823
193. Outorgada em 25 de março;
4 poderes: executivo, legislativo, judiciário e Moderador;
Catolicismo apostólico romano: religião oficial do Império;
Voto censitário;
Regime do Padroado;
Regime do Beneplácito;
Constituição de 1824
195. • 100 mil-réis a 199 mil-réis: cidadão passivo, não votava
nem era votado;
• 200 mil-réis a 399 mil-réis: cidadão ativo, eleitor de
paróquia (ou de 1º grau), votava mas não era votado;
• 400 mil-réis a 799 mil-réis: cidadão ativo, eleitor de
província (ou de 2º grau), votava e era votado para
deputado;
• 800 mil-réis ou mais: cidadão ativo, eleitor de província (ou
de 2º grau), votava e era votado para senador.
Voto censitário
196. Somente os católicos poderiam assumir cargos
públicos;
Somente os templos católicos poderiam ser
públicos;
Porém, formalmente, havia liberdade religiosa;
O monarca era o chefe da Igreja Católica brasileira
e não o Papa.
Padroado (União Igreja-Estado)
197. O imperador sagrava os bispos;
O imperador poderia conceder títulos de nobreza;
A Assembléia Nacional não tinha autoridade para
concessão de títulos (poderia, no máximo, sugerir) e o
monarca não necessitaria de sua autorização para
concedê-los.
Beneplácito
198. Luta Política
“Partido Português” “Partido Brasileiro”
• Apoiavam o absolutismo de
D. Pedro;
• Institucionalmente eram
fortes no Senado;
• Socialmente eram os
grandes comerciantes da
Corte
Liberais: eram contra o
absolutismo de D. Pedro;
Institucionalmente eram
fortes na Câmara dos
Deputados;
Socialmente eram os
médios e pequenos
comerciantes da Corte e os
grandes fazendeiros;
199. • A elite do nordeste não aceita o absolutismo
de D. Pedro I;
• Não aceita os altos impostos decretados
pelo monarca sem consentimento das
assembléias provinciais;
• O movimento foi continuação da revolução
pernambucana de 1817;
Confederação do Equador
200. Características principais:
• Republicanismo;
• Separatismo;
• Ideais liberais-iluministas;
• Líderes eram grandes senhores-de-engenho
com participação da classe-média intelectual
de Olinda e Recife (clérigos, jornalistas etc).
• Repressão violenta comandada por Grenfell.
Confederação do Equador
201. • Brasil e Argentina disputam o território que
iniciou uma guerra pela autonomia;
• Guerra impopular que D. Pedro I insistiu
em lutar. O Brasil teve milhares de mortos,
principalmente da região de Santa Catarina
e Rio Grande do Sul;
• A região consegue sua independência e não
fica nem para o Brasil nem para a
Argentina: torna-se a República Oriental do
Uruguai.
Guerra da Cisplatina 1825-1828
203. O Brasil possuía uma estrutura de “plantation”
O açúcar e o algodão – produção em declínio;
A crise dura de 1765 a 1850;
Durante o Primeiro Reinado, o café começa a se
espalhar pela Província do Rio de Janeiro, mas de
maneira ainda incipiente.
Crise Econômica
204. • Fechamento da Constituinte;
• Outorga da Constituição de 1824;
• Envolvimento de D. Pedro I na sucessão portuguesa (guerra
civil contra o irmão D. Miguel que usurpara o trono);
• Repressão violenta ao movimento separatista e republicano
das províncias do nordeste (Confederação do Equador) 1824;
• Guerra da Cisplatina (1825-28).
Crise Política do I Reinado
205. • Manifestações populares contra o monarca após a
morte de Líbero Badaró (jornalista liberal de São
Paulo) por pessoas ligadas a D. Pedro;
• Noites das Garrafadas (março de 1831);
• Revolta de militares brasileiros;
• 07 de abril de 1831: abdicação de D. Pedro I em
favor de seu filho Pedro de Alcântara.
Abdicação de D. Pedro I
206. • Como não havia nenhum parente maior de
idade para assumir a regência em nome de D.
Pedro II, a constituição determinava que a
Assembléia Nacional indicasse três nomes que
comporiam a Regência Trina que governaria
até a maioridade do imperador criança.
Início do Período Regencial
207. • Transição até a maioridade de D. Pedro II.
• Instabilidade política (agitações internas).
• Fases:
– Regência Trina Provisória (abr/jul 1831);
– Regência Trina Permanente (1831 – 1834);
– Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837);
– Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840).
BRASIL IMPÉRIO (1822 – 1889)
Período Regencial (1831 – 1840)
208. • Tendências políticas do período:
– Restauradores ou Caramurus:
• Portugueses, descendentes de portugueses e burocratas
ligados ao antigo governo de D. Pedro I.
• Contrários a qualquer reforma política (conservadores).
• Absolutistas.
• Objetivo: volta de D. Pedro I.
– Liberais Moderados ou Chimangos:
• Proprietários rurais especialmente do Sudeste.
• Monarquistas e escravistas.
• Federalismo com forte controle do RJ (centralizadores).
• Principal força política que controlava o governo na época.
209. – Liberais Exaltados ou Farroupilhas ou Jurujubas:
• Proprietários rurais de regiões periféricas sem influência do
RJ, classe média urbana e setores do exército.
• Fim da monarquia e proclamação da República.
• Federalismo (grande autonomia provincial).
• Alguns pregavam ideais democráticos inspirados na
Revolução Francesa.
• Foco de revoltas.
211. • Regência Trina Provisória (abr/jul 1831):
– Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de
Campos Vergueiro e José Carneiro de Campos.
– Suspensão provisória do Poder Moderador.
– Proibição de criar novos impostos.
– Proibição de dissolver a Câmara de Deputados.
– Eleição de uma Regência Permanente.
212. • Regência Trina Permanente (1831 – 1834):
– Brigadeiro Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz (Norte) e
José da Costa Carvalho (sul).
– Criação da Guarda Nacional (ago/1831 – Padre Diogo Feijó).
• Redução do exército e da Marinha.
• Comando: “coronéis” (patente vendida ou eleita entre os
chamados “cidadãos ativos” – eleitores).
• Defesa de interesses pessoais dos grandes fazendeiros.
213. – Criação do Código de Processo Criminal (nov/1832):
• Autoridade judiciária e policial (nos municípios) aos “juízes de
paz”, eleito entre os grandes proprietários.
– Ato Adicional de 1834:
• Reforma constitucional.
• Objetivo: conciliação entre moderados e exaltados.
• Assembléias Legislativas Provinciais (Deputados Estaduais).
Capital nomeava os Presidentes de Província.
• RJ = Município Neutro.
• Substituição da Regência Trina por Regência Una.
• Suspensão do Poder Moderador e do Conselho de Estado até o
fim do Período Regencial.
214. • Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837):
– Várias revoltas pelo país (Cabanagem, Sabinada e Revolução
Farroupilha).
– Divisão nos Liberais Moderados (ver quadro do slide 4):
• Progressistas (posteriormente liberais): classe média urbana,
alguns proprietários rurais e alguns membros do clero.
Favoráveis a Feijó e ao Ato Adicional.
• Regressistas (posteriormente conservadores): maioria dos
grandes proprietários, grandes comerciantes e burocratas.
Centralizadores e contrários ao Ato Adicional.
– Feijó renuncia em 1837 (oposição crescente).
215. • Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840):
– Regressistas no poder.
– Retorno da centralização monárquica.
– Criação do Colégio Pedro II, Arquivo Público Nacional e Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (“Ministério das Capacidades”
– Bernardo Pereira de Vasconcelos, ministro da Justiça).
– Lei Interpretativa do Ato Adicional (mai/1840): anulação prática
do Ato Adicional.
• Capital (RJ) com poderes para nomear funcionários públicos,
controlar órgãos da polícia e da justiça nos Estados.
216. – Fundação do “Clube da Maioridade” (1840):
• Grupo Progressista (ou Liberais).
• Antecipação da maioridade de D. Pedro II.
• Imperador = paz interna.
• “Golpe da Maioridade” – vitória do
grupo liberal.
• Fim do período regencial.
218. • Revolta dos Malês (BA 1835):
– Revolta de negros escravos islâmicos (alfabetizados que liam o
Alcorão). No mínimo 100 negros foram massacrados.
219. • Cabanagem (PA/AM 1835 – 1840):
– Ampla participação popular (índios, negros, mestiços, escravos ou
livres, porém, todos sem posses).
– Luta contra desigualdades.
– Sem programa político definido.
– Chegaram a tomar o poder mas foram traídos (Antônio Malcher,
Francisco Vinagre e Eduardo Angelim).
– Por ser a mais popular das revoltas, foi a mais severamente
reprimida (30 mil mortos ou 25% da população total da Província).
220. – As lideranças anônimas da Cabanagem: Domingos Onça, Mãe
da Chuva, João do Mato, Sapateiro, Remeiro, Gigante do
Fumo, Piroca Cana, Chico Viado, Pepira, Zefa de Cima, Zefa
de Baixo, Maria da Bunda, etc.
221. • A Sabinada (BA – 1837 – 1838):
– Francisco Sabino Barroso (líder).
– Dificuldades econômicas da Província (causa principal) e
recrutamento forçado para lutar contra os Farrapos no sul
(causa imediata).
– Obj: República Provisória até a maioridade de D. Pedro II.
– Adesão da classe média urbana.
– Líderes presos ou mortos e expulsos da Bahia.
Bandeira da República
Bahiense, proclamada
durante a rebelião.
222. • A Balaiada (MA 1838 – 1841):
– Manuel dos Anjos Ferreira (o “Balaio”), Raimundo Gomes (o
“Cara Preta”) e Negro Cosme Bento: principais líderes.
– Causas: pobreza generalizada: concorrência com algodão dos
EUA, privilégios de latifundiários e comerciantes portugueses.
– Vinganças pessoais (sem projeto político).
– Desunião entre participantes.
Manipulados e traídos pelos liberais locais (“bem-te-vis”).
Reprimidos por Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de
Caxias).
223. • Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos
(RS 1835 – 1845):
– A mais elitista e longa de todas as revoltas.
– Principais lideranças (estancieiros): Bento Gonçalves (maior
líder), Davi Canabarro, Guiuseppe Garibaldi.
– Causas:
• Altos impostos sobre o charque gaúcho;
• Baixos impostos de importação sobre o charque platino (ARG e
URU);
• Nomeação do Presidente de Província (governador) pelo Rio de
Janeiro, contrário aos interesses gaúchos.
224. – Proclamação da República do Piratini, ou República Rio-
Grandense (RS, a partir de 1835) e da República Juliana (SC,
de jul-nov de 1839).
Bandeira dos farrapos
Garibaldi
Bandeira da República Juliana
225. – Experiência de combate (guerras fronteiriças) e recursos
econômicos para manter a guerra (elite provincial).
– Não houve unanimidade: Porto Alegre apoiou o governo
central, bem como áreas de colonização germânica ou ligadas
ao comércio com a capital.
Brasão de Porto Alegre: o
termo “leal e valerosa”
refere-se ao apoio prestado
pela cidade ao governo
central (RJ).
226. – Acordo encerra conflito em 1845: “Paz de
Ponche Verde”
• Anistia dos envolvidos gaúchos;
• Incorporação dos farrapos no exército
nacional;
• Permissão para escolher o Presidente de
Província;
• Devolução de terras confiscadas na guerra;
• Proteção ao charque gaúcho da
concorrência externa;
228. POLÍTICA INTERNA
• 3 fases:
– Consolidação (1840 – 1850):
– Conciliação (1850 – 1870):
– Crise (1870 – 1889):
• 2 correntes políticas:
– Liberais: profissionais liberais urbanos, latifundiários ligados a
produção para o mercado interno (áreas mais novas).
– Conservadores: grandes comerciantes, latifundiários ligados ao
mercado externo, burocracia estatal.
– Sem divergências ideológicas, disputavam o poder mas
convergiam para a conciliação. Ambos representavam elites
econômicas.
229. • Parlamentarismo às avessas:
– Poder legislativo subordinado ao executivo.
– Imperador = peça central nas decisões.
D. PEDRO II
Liberais e Conservadores manipulados por D. Pedro II,
cientes de que precisavam de sua proteção.
230. • A Lei de Terras (1850):
– Terras sem registro = “devolutas” (pertencentes ao
Estado).
– Regularização mediante a compra de registro.
– Conseqüências:
• Pequenos proprietários perdem suas terras.
• Concentração de terras nas mãos de grandes
latifundiários.
• Imigrantes e escravos libertos sem acesso a terra.
• Mão-de-obra barata e numerosa para grandes
latifundiários.
231. • A Questão Christie (1863 – 1865):
– Rompimento de relações diplomáticas entre BRA e
ING.
– Causas:
• Roubo de carga de navio inglês naufragado no RS
(ING exige indenização);
• Prisão de marinheiros ingleses no RJ (ING exige
desculpas).
– W. D. Christie (embaixador inglês no Brasil) aprisiona
5 navios brasileiros no porto do RJ a título de
indenização.
– BRA paga indenização mas exige desculpas da ING por
invadir porto do RJ.
– Arbítrio internacional de Leopoldo I (BEL) favorável
ao BRA;
– BRA rompe relações diplomáticas com a ING.
– ING desculpa-se oficialmente em 1865.
232. • A Guerra do Paraguai (1865
– 1870):
– Maior conflito armado da América
Latina.
– Antecedentes:
• PAR: sem dívida externa, sem
analfabetismo, miséria ou
escravidão, com indústrias,
estradas de ferro, universidades,
telégrafo, exército desenvolvido,
governado ditatorialmente por
Solano López.Solano López segundo
a imprensa brasileira
233. – Causas:
• PAR sem saída para o mar
(anexações no BRA e
ARG).
• “Mau exemplo” – oposição
inglesa ao projeto
paraguaio.
• Rompimento de relações
diplomáticas com o BRA
(represália a invasão do
URU e deposição de
Aguirre).
• Invasão paraguaia ao MT e
ARG (1865).
234. – TRÍPLICE ALIANÇA (BRA + ARG + URU)* X
PAR
– ING: retaguarda (empréstimos).
– Conseqüências:
• PAR: 600 mil mortos (99% dos homens), dívidas,
perdas territoriais.
POPULAÇÃO
(1864):
PAÍS SOLDADOS
(1864):
10 milhões BRASIL 18 mil
1,5 milhão ARGENTINA 8 mil
300 mil URUGUAI 1 mil
800 mil PARAGUAI 64 mil
235. O MASSACRE DA POPULAÇÃO
PARAGUAIA
População no começo da guerra 800 mil
População morta durante a guerra 606 mil (75,75%)
População após a guerra 194 mil (24,25%)
Homens sobreviventes 14 mil (1,75%)
Mulheres sobreviventes 180 mil (22,5%)
Homens sobreviventes menores de 10 anos 9800 (1,225%)
Homens sobreviventes até 20 anos 2100 (0,2625%)
Homens sobreviventes maiores de 20 anos 2100 (0,2625%)
236. • BRA: endividamento, fortalecimento político do
exército, crise do escravismo e do Império.
• ING: afirmação de interesses econômicos na
região.
237. ECONOMIA:
• Café: principal produto.
– Mercado externo (EUA/EUROPA).
– Alto valor.
– Solo (“terra roxa”) e clima favoráveis.
– Região Sudeste.
– Desenvolvimento dos transportes (estradas de ferro, portos).
– Desenvolvimento de comunicações (telégrafo, telefone).
– Desenvolvimento de atividades urbanas paralelas (comércio,
bancos, indústrias)
238. – Vale do Paraíba (RJ – SP): 1ª zona de cultivo. Início
no final do século XVIII. Latifúndio escravista
tradicional, sem inovações técnicas. Principal até
aproximadamente 1860-70.
– Oeste paulista: 2ª zona de cultivo. Início
aproximadamente a partir de 1850. Tecnologicamente
mais avançado. Introdução do trabalho de imigrantes
paralelamente ao escravismo. “Terra Roxa”.
239.
240. • Açúcar: decadência
– Concorrência externa.
– Açúcar de beterraba (Europa).
– Queda no preço.
• Outros produtos:
– Algodão (MA): importante entre 1861 e 1865 (18%)
• Guerra de Secessão (EUA)
– Borracha (AM e PA): importante a partir de 1880
(8%)
• II Revolução Industrial – automóveis.
– Couros e peles (6 – 8%)
– Fumo (2 – 3%)
241. • A “Era Mauá” (1850 – 1870):
– Início da industrialização.
– Irineu Evangelista de Souza (Barão e
Visconde de Mauá).
– Causas:
• Tarifa Alves Branco (1844):
– Aumento de tarifas para importados.
– Aumento de arrecadação para o Estado.
– Estímulo involuntário para a indústria
nacional.
• Fim do tráfico negreiro (1850):
– Liberação de capitais.
Mauá: o primeiro
empresário
capitalista
brasileiro.
242. – Mercado interno.
– Bens de consumo não duráveis.
– Setor têxtil: principal.
– Surto industrial que não alterou o a estrutura econômica
nacional.
– Motivos do fracasso:
• Falta de apoio do governo.
• Sabotagens (oposição
de latifundiários).
• Concorrência inglesa.
243. SOCIEDADE:
• A Revolução Praieira (PE – 1848):
– Causas: concentração fundiária e crise econômica.
– Líderes: Pedro Ivo e Abreu Lima.
– Jornal “Diário Novo” – Rua da Praia.
– Manifesto ao Mundo: voto universal, liberdade de
imprensa, abolição da escravidão, proclamação da
República, nacionalização do comércio, direito ao
trabalho.
– Última grande revolta do período.
– Influência das revoluções liberais européias.
244. • A imigração:
– Superação da crise do escravismo.
– Mito do “embranquecimento”.
– Necessidade de mão-de-obra (cafeicultura – sudeste).
– Ocupação e defesa (região sul).
– Crise econômica e social em países europeus.
245. – Os sistemas de imigração nos cafezais:
PARCERIA (fracasso) COLONATO (sucesso)
Primeiro sistema introduzido (1847). Oeste Paulista (por volta de 1870),
subvencionada pelo governo.
Trabalho familiar camponês. Trabalho familiar camponês.
Colono dividia lucros e prejuízos.
Ficava com metade do produzido.
Camponês recebia 2 salários:
fixo anual e por produtividade.
Colonos se endividavam (passagens,
mantimentos, juros elevados...).
Governo paulista pagava as
passagens.
Eventualmente era permitida uma
pequena roça ao imigrante.
Era garantido um pedaço de roça
para subsistência ou comércio.
246. • A crise do
escravismo:
– Oposição inglesa (Bill
Aberdeen – 1845).
– Lei Eusébio de Queirós
(1850).
• Fim do tráfico de
escravos.
• Tráfico interprovincial
(NE – SE).
• Aumento do valor dos
escravos.
247. – Movimento abolicionista: intelectuais, camadas médias urbanas,
setores do exército.
– Prolongamento da escravidão por meio de leis inócuas:
• Lei do Ventre Livre (1871).
• Lei dos Sexagenários
ou Saraiva-Cotegipe (1885).
248. – Radicalização do movimento abolicionista – caifazes.
– Lei Áurea (1888):
• Fim da escravidão sem indenizações.
• Marginalização de negros.
• Crise política do império.
249. A CRISE GERAL DO IMPÉRIO (a partir
de 1870):
• A questão religiosa:
– Igreja atrelada ao Estado (Constituição de 1824).
• Padroado e Beneplácito.
– 1864 – Bula Syllabus (Papa Pio IX): maçons expulsos
dos quadros da Igreja.
– D. Pedro II proíbe tal determinação no Brasil.
Bispos de Olinda e Belém
descumprem imperador e
são presos.
Posteriormente anistiados.
Igreja deixa de prestar
apoio ao Imperador.
250. • Questão militar:
– Exército desprestigiado pelo governo: baixos soldos,
pouca aparelhagem e investimentos.
– Exército fortalecido nacionalmente após a Guerra do
Paraguai.
– Punições do governo a oficiais que manifestavam-se
politicamente.
• Sena Madureira, Cunha Matos.
– Penetração de idéias abolicionistas e republicanas
positivistas nos quadros do exército associam o Império
ao atraso institucional e tecnológico do país.
251. • Questão Republicana:
– 1870: Manifesto Republicano (RJ) – dissidência radical do
Partido Liberal.
– 1873: Fundação do PRP (Partido Republicano Paulista),
vinculado a importantes cafeicultores do Estado.
– Descompasso entre poderio econômico dos cafeicultores do
Oeste Paulista e sua pequena participação política.
– Abolicionismo em contradição com o escravismo defendido por
velhas elites aristocráticas cariocas.
– Idéia do Federalismo – maior autonomia estadual.
– Apoio de classes médias urbanas, também pouco representadas
pelo governo imperial.
252. • Questão
Abolicionista:
– Abolição da Escravidão
(1888) retira do governo
imperial sua última base
de sustentação:
aristocracia tradicional.
• Império é atacado
por todos os setores,
sendo associado ao
atraso e decadência.
253. • A Proclamação da República
(15/11/1889):
– 1888 – D. Pedro II tenta implementar
reformas políticas inspiradas no
republicanismo através de Visconde de
Ouro Preto:
• Autonomia provincial, liberdade de
culto e ensino, senado temporário,
facilidades de crédito...
– Reformas negadas pelo parlamento que é
dissolvido pelo imperador.
– Republicanos espalham boatos de
supostas prisões de líderes militares.
– Marechal Deodoro da Fonseca lidera
rebelião que depõe D. Pedro II.