1. :: Nós e Amarrações
Os nós podem ser utilizados para unir a cordas, para as ancoragens, amarrar
solteiras, dentre outras aplicações. A escolha de um nó deve passar por uma
análise criteriosa sobre o uso. Fatores como força de blocagem, facilidade de fazer
e desfazer o nó e perdas de resistência, etc, devem ser levadas em consideração na
hora da escolha. Abaixo alguns nós mais utilizados:
- Nó de Azelha Simples – Pode ser usado em ancoragem principal, mas não deve
ser utilizado em ancoragem reserva. Diminui a resistência da corda em 50% - R0:
50%, além de ser difícil desfazer, quando submetido à tensão. Deve ser usado
como nó amortecedor entre a ancoragem principal e a reserva.
- Nó de Azelha em “8” – Mais tradicional, é usado tanto em espeleologia quanto
em alpinismo. Pode ser utilizado em qualquer ancoragem, ou para prender coisas
na corda com segurança. Pode ser desfeito bem mais fácil que o azelha. Seu R0:
60%. Também poderá ser feito da forma induzida e deverá ser arrematado.
- Nó de Azelha em “9” – É um bom nó de ancoragem. Deve ser usado na
ancoragem reserva, e em situações específicas, nas quais exijam tensões elevadas.
Seu R0: 50%.
- Nó Volta do Fiel – Ótimo para ser usado na ancoragem principal. Esse nó
“abraça” cada vez mais forte o local onde foi feito. Com tensões elevadas (acima de
400 Kg), faz com que a corda deslize sobre ele, não a rompendo (com exceção de
quando feito ao redor de locais de grande diâmetro ou rugosos).
2. - Nó de Fita – Usado para unir fitas tubulares e cordas de mesmo diâmetro.
R0: 40%
- Nó de Pescador Duplo – Excelente nó de junção para cordas de mesmo
diâmetro. Pode ser empregado também em arremates. Rompe a corda com 56% de
R0, sendo o melhor deles.
- Nó Prussik – É um nó empregado para fixar cordas auxiliares a uma outra de
maior diâmetro, para dar tensão a outros cabos, para segurança e para ascensão
em um cabo vertical com o uso de estribos. Possui a peculiaridade de prender e
segurar quando for exercida tração sobre ele. Uma vez feito o nó e estando seguro,
faz-se correr no sentido que se deseja e para mantê-lo firme no lugar, basta larga-
lo, tracionando-o com firmeza ou deixando que o próprio peso do corpo exerça a
tensão.
3. Laços e Nós
volta do Fiel
O fiel é bastane conhecido e usado em ancoragens principais. Ele corre
quando submetido a tensões elevadas, não rompendo a corda.
8 e 9:
Esses dois nós são largamente utilizados em ancoragens e cabos vida. O
oito se desfaz facilmente torcendo e destorcendo a corda. Como todo
nó, reduz a resistência da corda, deixando-a com 60% do valor
original. O nó nove tira 30% da resistência da corda, sendo, por isso,
utilizado para tensões elevadas em ancoragens reserva.
4. Machard
Uma alternativa para o nó do Prussik é o Machard. Ele é muito
parecido com o Prussik, porém menos conhecido. Alguns acham esse
nó mais fácil de afrouxar, consequentemente melhor.
5. Nó de Fita:
Esse nó é utilizado na união de fitas tubulares e cordinhas. É feito
primeiramente em uma ponta e então seguido pela outra.
Prussik:
O nó do Prussik, como todos os nós blocantes, tem a característica de
travar quando submetido a tensão, e correr quando frouxo. É o mais
utilizado em subidas pela corda por ser facil e rápido.
Nó UIAA
O UIAA é um método de segurança muito eficiente que se utiliza apenas da corda e um
mosquetão para criar a fricção necessária para frear uma queda. O mosquetão deve ser de
base larga com rosca para permitir que o nó passe facilmente por seu interior. O UIAA amplifica
a força da mão com o atrito da corda com a corda e da corda com o mosquetão. Ele é
provavelmente um dos métodos mais fortes, perdendo apenas para o Grigri, SRC e Trango 8.
Pode ser usado tanto no baudrier, como um freio comum para segurança do guia, quanto preso
à ancoragem, para segurança do participante.
O UIAA é o único método de segurança tradicional que proporciona atrito suficiente qualquer
que seja o ângulo entre a corda que entra e a que sai. Daí advém sua maior vantagem: não
requer nenhuma posição especial de travamento. Basta que o assegurador segure a corda
para travá-a, não sendo necessário puxá-la para trás, como nos outros métodos.
6. O atrito do UIAA tem a peculiaridade de ser menor quando as cordas formam um ângulo de
180º do que quando estão lado a lado, a 0º. Isso significa que sua força máxima é
relativamente menor para queda de guia do que para queda de participantes. Mas em termos
absolutos o UIAA proporciona mais atrito do que o oito, a plaqueta e a cestinha. Esse atrito
maior significa uma frenagem mais rápida em uma queda extrema.
O UIAA tem alguns defeitos. Ele torce a corda mais do que qualquer outro método, deixando-a
bem encocada após alguns esticões, principalmente se a mesma pessoa guiar o tempo todo.
Para desenrolar a corda, pendure-a esticada e sacuda-a bastante. Outro problema é que o
calor gerado pelo atrito dinâmico de uma queda longa pode queimar a capa, deixando-a com
aspecto vitrificado, conseqüência que tem repercussões apenas cosméticas.
O UIAA também pode ser utilizado para rappel, mas tem a enorme desvantagem de torcer
demasiadamente a corda (uma volta a cada 1,5m).
Frederico Yasuo Noritomi
Diretor Técnico do CEG
Tipos de nós:
Nós de arrematar
Nó Overhand ou Nó de segurança:dá segurança às pontas
da corda que ficam soltas depois que outro nó foi dado, não
permitindo que os cordões se afrouxem.
Nó Overhand Duplo: considerado pequeno e compacto se comparado a outros nós
duplos, mas difícil de ser desfeito. Também é aplicado em outras funções, como a conexão de
duas cordas.
Nós de amarrar
Nó D'Água ou Nó de Fita: usado para amarrar as pontas da fita
tubular para se fazer uma solteira. Entretanto, é um nó difícil de
desatar quando suporta carga ( quanto maior a carga mais apertado
fica). Quando aplicado, lembrar-se de que deve, sempre, sobrar
alguns centímetros nas pontas
7. Nó de Azelha ou Nó Oito Duplo: conhecido na europa como "Nó dos
Guias", é excelente para se amarrar a corda na cadeirinha. É muito empregado
para fazer a segurança, para amarrar a corda na ancoragem, para os estribos
de corda, na aplicação de um mosquetão e quando o comprimento da corda
não permitir seu uso duplamente. Deve ser arrematado por um ou dois nós
overhands nas pontas soltas. É um nó grande e fácil de desfazer. Porém,
quando a corda está molhada, torna-se difícil de desatar.
Nó Boca de Lobo: ultilizado para se fazer a segurança,
ancoragens e outros,através de fitas, cordas, cordonetes, etc...
Nós de Fricção
Nó prussik: é o mais conhecido dentre os nós de fricção. Pode ser usado tanto nas
subidas quanto nas descidas. apresenta a particularidade de prender e segurar muito mais
quanto maior for o peso exercido sobre ele. Seu emprego é fixar cordas suplementares em
forma de anel a uma corda de ataque. O cordonê, sempre de diâmetro menor ao da corda, é
enrolado duas ou três vezes em volta da corda. Uma vez feito o nó e estando seguro, faz-se
correr o nó no sentido da corda e, para mantê-lo firme no lugar, basta largá-lo deixando o peso
do corpo exercer sobre o mesmo;
Nó Bachmann: tem o mesmo propósito que o nó prussik. Entretanto, é amarrado em volta
de um mosquetão. Sua característica particular é de ser mais fácil de aliviar e escorregar que o
prussik;
Nós de emendar
Nó Quadrado ou Nó Direito: são muito usado para unir as pontas de cordas do mesmo
diâmetro ou de pequena diferença, em que a carga aplicada não é elevada.
Nó de Pescador: utilizado para unir cordas molhadas e grossas.
Nó de Pescador Duplo: é o substituto preferido do nó de pescador por apresentar maior
segurança na união de duas cordas. Porém, é considerado um nó complicado e volumoso,
embora seja fácil de ser desfeito depois de suportar carga.