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Sociologia da Saúde - 2º Semestre de Farmácia Águas Claras - Matutino
Alunos: Durval, Ednard, Gerrard, Ismar, Lucas e Walison
Endereço do Blog:
http://sociologiadasaudesus.blogspot.com
Antecedentes do SUS

Antes da criação do Sistema Único de Saúde
(SUS), o Ministério da Saúde (MS), com o
apoio dos estados e municípios, desenvolvia
quase que exclusivamente ações de
promoção da saúde e prevenção de doenças,
com destaque para as campanhas de
vacinação e controle de epidemias.


                              A grande atuação do poder público nessa área se
                              dava através do Instituto Nacional de Previdência
                              Social (INPS) que depois passou a ser denominado
                              Instituto Nacional de Assistência Médica da
                              Previdência Social (INAMPS), autarquia do
                              Ministério da Previdência e Assistência Social.
Em 1975 na 5ª Conferência Nacional de Saúde, é criado o Sistema Nacional de
Saúde através da Lei 6.229, que é a primeira tentativa de organizar o Sistema
Nacional de Saúde.

Aumentam o número de IAP s, mas a população não aceita a unificação dos
IAP s, pela diferença de poder entre eles. Os mais ricos construíam seus próprios
hospitais, mas algumas empresas não estavam satisfeitas com o atendimento
médico que os IAP s podiam oferecer.

Foi aí que surgiu a medicina de grupo,
onde empresas prestam serviços médicos
particulares aos empregados de outras
empresas que as contratam (é a
previdência privada). Consequentemente
surge     a    ABRAMGE        (Associação
Brasileira de Medicina de Grupo)

Em 1978 – acontece o 1º Encontro Nacional de Secretários Municipais de Saúde e
começa-se a pensar em Planos Municipais de Saúde.
Na década de 80 surge o PREV-SAÚDE, projeto que pretendia estender a
cobertura dos serviços para toda a população com ênfase nos serviços básicos
de saúde. Depois surgiu o CONASP (Conselho Nacional de Administração
Previdenciária), que elaborou um plano retomando as idéias do PREV-SAÚDE,
com a descentralização e a utilização prioritária dos serviços públicos, para
atender a clientela.

A partir desse plano surgiu o programa de Ações
Integradas de Saúde (AIS), que pretendia integrar os
serviços que atendiam a população de uma região,
visando ações mais eficientes e eficazes. Havia a idéia
de integração da saúde publica com a assistência
médica individual, e por isso foram combatidas pelos
grupos médicos privados e pela burocracia do próprio
INAMPS. Na visão das empresas de medicina de
grupo, a saúde e a doença são ótimas fontes de lucro.
As conferências Nacionais de Saúde existem desde 1941, mas só a partir de 1986
é que os trabalhadores de saúde e os representantes dos movimentos populares
puderam participar.


Em 1986 – Depois da 8ª. Conferência Nacional
de Saúde, junto com os movimentos de saúde da
população, foi aprovada a “Reforma Sanitária”.


Em 1987, o movimento pela reforma sanitária
conseguiu intervir nas resoluções da Assembléia
Nacional Constituinte, inscrevendo um capítulo
exclusivo referente à saúde na Constituição 1988, instituindo o Sistema Único
de Saúde (SUS), definido como uma nova formulação política e organizacional
para o reordenamento dos serviços e ações de saúde.
Conceito
Funcionamento
                            O SUS “é o conjunto de ações e serviços
                            de saúde prestados por órgãos e
                            instituições públicas Federais, Estaduais
                            e Municipais, da Administração direta ou
                            indireta e das Fundações, mantidas pelo
                            poder público e complementarmente pela
                            iniciativa privada.”
                                               (Lei Federal 8.080/ 90)

Sistema universal, regionalizado e
hierarquizado, que integra o
conjunto de ações de saúde da
União, estados, Distrito Federal e
municípios; cada esfera de gestão
(federal, estadual, municipal)
possui funções e competências
específicas e articuladas entre si.
Princípios Organizativos


Regionalização/ Hierarquização;
Descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera;
Participação popular.

                                            Regionalização/ Hierarquização

                                             A rede de serviços do SUS
                                             deve ser organizada de
                                             forma     regionalizada    e
                                             hierarquizada,    permitindo
                                             um conhecimento maior dos
                                             problemas de saúde da
                                             população de uma área
                                             delimitada.
Descentralização político-administrativa e
comando único em cada esfera

Redistribuição das responsabilidades
das ações e serviços de saúde entre as
esferas de governo-municipal, estadual
e federal; a partir da idéia de que quanto
mais perto do fato a decisão for tomada,
mais chance haverá de acerto.


                                               Participação popular.
                                        É um direito e um dever da sociedade
                                        participar das gestões públicas em geral e
                                        da saúde pública, em particular; é dever
                                        do poder público garantir as condições
                                        para essa participação, assegurando a
                                        gestão comunitária do SUS.
Princípios do SUS
O primeiro princípio: assegura ao cidadão o acesso
ordenado e organizado aos sistemas de saúde,
visando a um atendimento mais justo e eficaz.
Ex.: Todos os cidadãos têm direito ao acesso às
ações e aos serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde promovidos pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).


                             O segundo princípio: assegura ao cidadão o
                             tratamento adequado e efetivo para seu problema,
                             visando à melhoria da qualidade dos serviços
                             prestados.
                             Ex.: É direito dos cidadãos terem atendimento
                             resolutivo com qualidade, em função da natureza do
                             agravo, com garantia de continuidade da atenção,
                             sempre que necessário,
Terceiro princípio: assegura ao cidadão o
                             atendimento acolhedor e livre de discriminação,
                             visando à igualdade de tratamento e a uma
                             relação mais pessoal e saudável.

Ex.: É direito dos cidadãos atendimento acolhedor na
rede de serviços de saúde de forma humanizada, livre
de qualquer discriminação, restrição ou negação em
função de raça, cor, etnia, orientação sexual, condições
econômicas ou sociais, entre outras


                                Quarto princípio: assegura ao cidadão o atendimento
                                que respeite os valores e direitos do paciente, visando a
                                preservar sua cidadania durante o tratamento.

                                Ex.: O sigilo e a confidencialidade de todas as informações
                                pessoais, mesmo após a morte, salvo quando houver
                                expressa autorização do usuário ou em caso de imposição
                                legal, como situações de risco à saúde pública.
Quinto princípio: assegura as responsabilidades
que o cidadão também deve ter para que seu
tratamento aconteça de forma adequada.
Ex.: Todo cidadão deve se comprometer a
seguir o plano de tratamento recomendado pelo
profissional e pela equipe de saúde responsável
pelo seu cuidado, se compreendido e aceito,
participando ativamente do projeto terapêutico.


                               Sexto princípio: assegura o comprometimento
                               dos gestores para que os princípios anteriores
                               sejam cumpridos.

                               Ex.: Os gestores do SUS, das três esferas de
                               governo, para observância desses princípios, se
                               comprometem a:
                               Promover o respeito e o cumprimento desses
                               direitos e deveres com a adoção de medidas
                               progressivas para sua efetivação.
Desvantagens do SUS


Passados 22 anos, usuários enfrentam filas e esperam meses e
até anos para conseguir realizar uma cirurgia eletiva – os
procedimentos não emergenciais. Seria ainda pior se parte da
população – 26,3% – não tivesse abandonado o SUS, pagando
um valor extra por planos privados de saúde.


                             Muita gente não consegue ter
                             acesso ao SUS. Em algumas
                             cidades, principalmente nos
                             grandes centros, é longa a fila
                             de espera para consultas,
                             exames e cirurgias.
De acordo com pesquisas realizadas
pelo Idec, em 2002, apenas 54% de 61
medicamentos      básicos     estavam
disponibilizados em centros de saúde
de 11 cidades. Outra pesquisa do Idec
demonstrou que em alguns municípios
os usuários precisam chegar de
madrugada ou retornar várias vezes
para marcar um exame preventivo.


                                  O atendimento às emergências está longe
                                  de ser o adequado, principalmente às
                                  vítimas da violência e dos acidentes de
                                  trânsito. São precários os serviços de
                                  reabilitação, o atendimento aos idosos, a
                                  assistência em saúde mental e os serviços
                                  odontológicos.
Dependendo do local, é comum não haver
vagas para internação, faltam médicos, pessoal,
medicamentos e até insumos básicos. Também
é grande a demora nos encaminhamentos e na
marcação para serviços mais especializados.




                               Muitas vezes os profissionais não estão
                               preparados para atender bem a população,
                               sem contar que as condições de trabalho e
                               de remuneração são geralmente muito
                               ruins
Não são poucas as dificuldades do SUS. As
dificuldades do SUS são conhecidas, mas não
podem ser generalizadas. Parte do dinheiro da
saúde, que já é pouco, está sendo desviada
para pagamento de salários de aposentados,
pagamento de dívidas, obras de outros setores
e até pagamento de planos privados de saúde
para funcionários públicos.



                        A saúde da população não depende somente do SUS,
                        mas também de investimento de recursos, de políticas
                        econômicas e sociais. A garantia de emprego, salário,
                        casa, comida, educação, lazer e transporte interfere nas
                        condições de saúde e de vida. Saúde não é só
                        atendimento médico, mas também prevenção,
                        educação, recuperação e reabilitação.
Você já deve ter ouvido falar muito
mal do SUS. Freqüentemente, jornais,
rádios e TVs apresentam o seu lado
ruim: filas de espera, hospitais lotados e
sucateados,     situações     de      mau
atendimento, falta de remédios e outros
problemas.

O lado bom do SUS é mesmo muito pouco conhecido, pois há preconceito,
desinformação e até má fé de alguns setores que lucram com a exposição negativa dos
serviços públicos de saúde.
                                 90 % da população brasileira é, de algum modo,
                                  usuária do SUS;
                                 28,6 % da população é usuária exclusiva do SUS;
                                 61,5 % usa o SUS e algum outro sistema de
                                  atenção;
                                 8,7 % da população não usa o SUS
                                 Pesquisa SUS
                                                 Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.
Conheça alguns dos avanços e das conquistas do SUS:


                               Dá assistência integral e totalmente gratuita para
                              a população de portadores do HIV e doentes de
                              AIDS, renais crônicos e pacientes com câncer.


Realiza 85% de todos os procedimentos de alta complexidade do país. Em 2000, fez
72 mil cirurgias cardíacas, 420 mil internações psiquiátricas, 90 mil atendimentos de
politraumatizados no sistema de urgência emergência, 7.234 transplantes de órgãos.



       O orçamento do SUS conta com menos de
   R$ 20,00 reais mensais por pessoa. Isso é dez
   vezes menos do que é destinado pelos sistemas
   de saúde dos países desenvolvidos e bem
   abaixo do valor de qualquer mensalidade de um
   plano de saúde.
                                                     Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.
Por outro lado, os planos privados de
saúde, que atendem 35 milhões de
brasileiros, estão longe de representar a
solução para a saúde no Brasil. É ilusão
achar que os planos prestam serviços de
qualidade. Além de custarem caro, muitas
vezes negam o atendimento quando o
cidadão mais precisa: deixam de fora
medicamentos, exames, cirurgias e muitas
vezes dificultam o atendimento dos
cidadãos idosos, dos pacientes crônicos,
dos portadores de patologias e deficiências.



                                             Alguns donos de planos de saúde já
                                        compararam os doentes e idosos a “carros
                                        batidos”. Como só visam o lucro, eles
                                        preferem ter como “clientes” apenas os
                                        jovens e os sadios.
Compare a diferença entre os dois sistemas
                  PLANOS DE SAÚDE                                                SUS
        Só tem direito quem adere ao plano                     Todos têm direito, desde o nascimento
          Só tem direito quem pode pagar                              Os serviços são gratuitos

                A finalidade é o lucro                      A finalidade é a promoção e a recuperação da
                                                                                saúde
 Quem paga mais, recebe mais e melhores serviços           Não há discriminação. Todos têm direito a todos
                                                                             os serviços
              Idosos pagam mais caro                                    Não há discriminação

 Doentes sofrem restrições e precisam pagar mais                        Não há discriminação
            caro para ter atendimento

             Há carências de até 2 anos                                 Não existem carências

     Só realiza atendimento médico-hospitalar                          Dá atendimento integral


   Há planos que não cobrem internação e parto                         Dá atendimento integral

Há planos que não cobrem exames e procedimentos                        Dá atendimento integral
                    complexos

      Em geral, os planos não cobrem Doenças                  Não há restrições, apesar das deficiências
       profissionais e acidentes de trabalho
Não têm compromisso com a prevenção de doenças               Realiza prevenção de doenças e campanhas
                                                                        educativas em saúde
  Aposentados, ex-funcionários, ex-sindicalizados e ex-     Pode ser utilizado independentemente de qualquer
associados perdem direitos do plano coletivo com o tempo             situação ou vínculo empregatício
Especialistas são unânimes quanto ao remédio que poderia curar o SUS:


 Mais dinheiro, o Brasil precisaria ao
menos dobrar os recursos destinados ao
setor. Mas não é fácil, uma vez que boa
parte    do    Orçamento     federal    é
comprometida com outras despesas. E não
é tudo. Além de mais dinheiro, o SUS
precisa de mais gestão. “É necessário um
re-ordenamento do destino dos atuais
gastos, priorizando o investimento em
setores que dinamizem o setor”, diz Lígia
Bahia, professora de Saúde Pública da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
Referências:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao_sus_v.1.pd

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/11/biblioteca.html

http://www.faepesul.org.br/arquivos/Historia_da_Saude_Publica_no_Brasil.pdf




                                                                        Obrigado!

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  • 1. Sociologia da Saúde - 2º Semestre de Farmácia Águas Claras - Matutino Alunos: Durval, Ednard, Gerrard, Ismar, Lucas e Walison Endereço do Blog: http://sociologiadasaudesus.blogspot.com
  • 2. Antecedentes do SUS Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde (MS), com o apoio dos estados e municípios, desenvolvia quase que exclusivamente ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de epidemias. A grande atuação do poder público nessa área se dava através do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que depois passou a ser denominado Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência Social.
  • 3. Em 1975 na 5ª Conferência Nacional de Saúde, é criado o Sistema Nacional de Saúde através da Lei 6.229, que é a primeira tentativa de organizar o Sistema Nacional de Saúde. Aumentam o número de IAP s, mas a população não aceita a unificação dos IAP s, pela diferença de poder entre eles. Os mais ricos construíam seus próprios hospitais, mas algumas empresas não estavam satisfeitas com o atendimento médico que os IAP s podiam oferecer. Foi aí que surgiu a medicina de grupo, onde empresas prestam serviços médicos particulares aos empregados de outras empresas que as contratam (é a previdência privada). Consequentemente surge a ABRAMGE (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) Em 1978 – acontece o 1º Encontro Nacional de Secretários Municipais de Saúde e começa-se a pensar em Planos Municipais de Saúde.
  • 4. Na década de 80 surge o PREV-SAÚDE, projeto que pretendia estender a cobertura dos serviços para toda a população com ênfase nos serviços básicos de saúde. Depois surgiu o CONASP (Conselho Nacional de Administração Previdenciária), que elaborou um plano retomando as idéias do PREV-SAÚDE, com a descentralização e a utilização prioritária dos serviços públicos, para atender a clientela. A partir desse plano surgiu o programa de Ações Integradas de Saúde (AIS), que pretendia integrar os serviços que atendiam a população de uma região, visando ações mais eficientes e eficazes. Havia a idéia de integração da saúde publica com a assistência médica individual, e por isso foram combatidas pelos grupos médicos privados e pela burocracia do próprio INAMPS. Na visão das empresas de medicina de grupo, a saúde e a doença são ótimas fontes de lucro.
  • 5. As conferências Nacionais de Saúde existem desde 1941, mas só a partir de 1986 é que os trabalhadores de saúde e os representantes dos movimentos populares puderam participar. Em 1986 – Depois da 8ª. Conferência Nacional de Saúde, junto com os movimentos de saúde da população, foi aprovada a “Reforma Sanitária”. Em 1987, o movimento pela reforma sanitária conseguiu intervir nas resoluções da Assembléia Nacional Constituinte, inscrevendo um capítulo exclusivo referente à saúde na Constituição 1988, instituindo o Sistema Único de Saúde (SUS), definido como uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde.
  • 7. Funcionamento O SUS “é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas Federais, Estaduais e Municipais, da Administração direta ou indireta e das Fundações, mantidas pelo poder público e complementarmente pela iniciativa privada.” (Lei Federal 8.080/ 90) Sistema universal, regionalizado e hierarquizado, que integra o conjunto de ações de saúde da União, estados, Distrito Federal e municípios; cada esfera de gestão (federal, estadual, municipal) possui funções e competências específicas e articuladas entre si.
  • 8. Princípios Organizativos Regionalização/ Hierarquização; Descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera; Participação popular. Regionalização/ Hierarquização A rede de serviços do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de saúde da população de uma área delimitada.
  • 9. Descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre as esferas de governo-municipal, estadual e federal; a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Participação popular. É um direito e um dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da saúde pública, em particular; é dever do poder público garantir as condições para essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS.
  • 10. Princípios do SUS O primeiro princípio: assegura ao cidadão o acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde, visando a um atendimento mais justo e eficaz. Ex.: Todos os cidadãos têm direito ao acesso às ações e aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O segundo princípio: assegura ao cidadão o tratamento adequado e efetivo para seu problema, visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados. Ex.: É direito dos cidadãos terem atendimento resolutivo com qualidade, em função da natureza do agravo, com garantia de continuidade da atenção, sempre que necessário,
  • 11. Terceiro princípio: assegura ao cidadão o atendimento acolhedor e livre de discriminação, visando à igualdade de tratamento e a uma relação mais pessoal e saudável. Ex.: É direito dos cidadãos atendimento acolhedor na rede de serviços de saúde de forma humanizada, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em função de raça, cor, etnia, orientação sexual, condições econômicas ou sociais, entre outras Quarto princípio: assegura ao cidadão o atendimento que respeite os valores e direitos do paciente, visando a preservar sua cidadania durante o tratamento. Ex.: O sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após a morte, salvo quando houver expressa autorização do usuário ou em caso de imposição legal, como situações de risco à saúde pública.
  • 12. Quinto princípio: assegura as responsabilidades que o cidadão também deve ter para que seu tratamento aconteça de forma adequada. Ex.: Todo cidadão deve se comprometer a seguir o plano de tratamento recomendado pelo profissional e pela equipe de saúde responsável pelo seu cuidado, se compreendido e aceito, participando ativamente do projeto terapêutico. Sexto princípio: assegura o comprometimento dos gestores para que os princípios anteriores sejam cumpridos. Ex.: Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para observância desses princípios, se comprometem a: Promover o respeito e o cumprimento desses direitos e deveres com a adoção de medidas progressivas para sua efetivação.
  • 13. Desvantagens do SUS Passados 22 anos, usuários enfrentam filas e esperam meses e até anos para conseguir realizar uma cirurgia eletiva – os procedimentos não emergenciais. Seria ainda pior se parte da população – 26,3% – não tivesse abandonado o SUS, pagando um valor extra por planos privados de saúde. Muita gente não consegue ter acesso ao SUS. Em algumas cidades, principalmente nos grandes centros, é longa a fila de espera para consultas, exames e cirurgias.
  • 14. De acordo com pesquisas realizadas pelo Idec, em 2002, apenas 54% de 61 medicamentos básicos estavam disponibilizados em centros de saúde de 11 cidades. Outra pesquisa do Idec demonstrou que em alguns municípios os usuários precisam chegar de madrugada ou retornar várias vezes para marcar um exame preventivo. O atendimento às emergências está longe de ser o adequado, principalmente às vítimas da violência e dos acidentes de trânsito. São precários os serviços de reabilitação, o atendimento aos idosos, a assistência em saúde mental e os serviços odontológicos.
  • 15. Dependendo do local, é comum não haver vagas para internação, faltam médicos, pessoal, medicamentos e até insumos básicos. Também é grande a demora nos encaminhamentos e na marcação para serviços mais especializados. Muitas vezes os profissionais não estão preparados para atender bem a população, sem contar que as condições de trabalho e de remuneração são geralmente muito ruins
  • 16. Não são poucas as dificuldades do SUS. As dificuldades do SUS são conhecidas, mas não podem ser generalizadas. Parte do dinheiro da saúde, que já é pouco, está sendo desviada para pagamento de salários de aposentados, pagamento de dívidas, obras de outros setores e até pagamento de planos privados de saúde para funcionários públicos. A saúde da população não depende somente do SUS, mas também de investimento de recursos, de políticas econômicas e sociais. A garantia de emprego, salário, casa, comida, educação, lazer e transporte interfere nas condições de saúde e de vida. Saúde não é só atendimento médico, mas também prevenção, educação, recuperação e reabilitação.
  • 17. Você já deve ter ouvido falar muito mal do SUS. Freqüentemente, jornais, rádios e TVs apresentam o seu lado ruim: filas de espera, hospitais lotados e sucateados, situações de mau atendimento, falta de remédios e outros problemas. O lado bom do SUS é mesmo muito pouco conhecido, pois há preconceito, desinformação e até má fé de alguns setores que lucram com a exposição negativa dos serviços públicos de saúde.  90 % da população brasileira é, de algum modo, usuária do SUS;  28,6 % da população é usuária exclusiva do SUS;  61,5 % usa o SUS e algum outro sistema de atenção;  8,7 % da população não usa o SUS  Pesquisa SUS Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.
  • 18. Conheça alguns dos avanços e das conquistas do SUS: Dá assistência integral e totalmente gratuita para a população de portadores do HIV e doentes de AIDS, renais crônicos e pacientes com câncer. Realiza 85% de todos os procedimentos de alta complexidade do país. Em 2000, fez 72 mil cirurgias cardíacas, 420 mil internações psiquiátricas, 90 mil atendimentos de politraumatizados no sistema de urgência emergência, 7.234 transplantes de órgãos. O orçamento do SUS conta com menos de R$ 20,00 reais mensais por pessoa. Isso é dez vezes menos do que é destinado pelos sistemas de saúde dos países desenvolvidos e bem abaixo do valor de qualquer mensalidade de um plano de saúde. Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.
  • 19. Por outro lado, os planos privados de saúde, que atendem 35 milhões de brasileiros, estão longe de representar a solução para a saúde no Brasil. É ilusão achar que os planos prestam serviços de qualidade. Além de custarem caro, muitas vezes negam o atendimento quando o cidadão mais precisa: deixam de fora medicamentos, exames, cirurgias e muitas vezes dificultam o atendimento dos cidadãos idosos, dos pacientes crônicos, dos portadores de patologias e deficiências. Alguns donos de planos de saúde já compararam os doentes e idosos a “carros batidos”. Como só visam o lucro, eles preferem ter como “clientes” apenas os jovens e os sadios.
  • 20. Compare a diferença entre os dois sistemas PLANOS DE SAÚDE SUS Só tem direito quem adere ao plano Todos têm direito, desde o nascimento Só tem direito quem pode pagar Os serviços são gratuitos A finalidade é o lucro A finalidade é a promoção e a recuperação da saúde Quem paga mais, recebe mais e melhores serviços Não há discriminação. Todos têm direito a todos os serviços Idosos pagam mais caro Não há discriminação Doentes sofrem restrições e precisam pagar mais Não há discriminação caro para ter atendimento Há carências de até 2 anos Não existem carências Só realiza atendimento médico-hospitalar Dá atendimento integral Há planos que não cobrem internação e parto Dá atendimento integral Há planos que não cobrem exames e procedimentos Dá atendimento integral complexos Em geral, os planos não cobrem Doenças Não há restrições, apesar das deficiências profissionais e acidentes de trabalho Não têm compromisso com a prevenção de doenças Realiza prevenção de doenças e campanhas educativas em saúde Aposentados, ex-funcionários, ex-sindicalizados e ex- Pode ser utilizado independentemente de qualquer associados perdem direitos do plano coletivo com o tempo situação ou vínculo empregatício
  • 21. Especialistas são unânimes quanto ao remédio que poderia curar o SUS: Mais dinheiro, o Brasil precisaria ao menos dobrar os recursos destinados ao setor. Mas não é fácil, uma vez que boa parte do Orçamento federal é comprometida com outras despesas. E não é tudo. Além de mais dinheiro, o SUS precisa de mais gestão. “É necessário um re-ordenamento do destino dos atuais gastos, priorizando o investimento em setores que dinamizem o setor”, diz Lígia Bahia, professora de Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).