A ética trata da capacidade humana de fazer escolhas livres e assumir as consequências delas. A ética depende dos valores de cada sociedade e época histórica, mas cabe a cada indivíduo refletir e decidir qual ética seguir. A ética busca o bem viver em sociedade através do equilíbrio entre liberdade individual e responsabilidade coletiva.
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
Vídeo 1 ética direitos humanos cidadania
1. Profº Me. Israel Serique
Ética, Direitos Humanos e Cidadania
VÍDEO: Filosofia no Cotidiano
2. INTRODUÇÃO
Ética não é uma tabela pronta pois os desafios relacionados à moral são renovados a cada
dia.
A ética tem relação necessária com a liberdade. A capacidade e imperiosa necessidade de
decidirmos como devemos conviver. Pois a ética parte da premissa que nossa convivência pode
ser melhor do que ela já é. A Ética é a inteligência compartilhada a serviço do bem viver.
Somente os homens são seres éticos pois nestes há a liberdade. Os animais racionais agem
e se relacionem pelo instinto.
a. As ações dos animais não são boas ou más, pois eles são seres aéticos.
b. As construções dos animais se limitam aos instintos
c. As ações dos animais se modificam a partir de influencias externas (mutação por
ambiente).
Somos seres éticos pois somos capazes de: decidir, escolher e julgar por nós mesmos.
Denomina-se má fé quando o ser humano nega a capacidade de agente livre e capaz de
fazer escolhas, especialmente para justificar comportamentos que nos envergonham e que
sabemos que não deveríamos ter feito.
Filosofia no Cotidiano
Mario Cortella e Clóvis de Barros Filho
3. A ANGÚSTIA
Para escolher é preciso atribuir valor aquilo que escolhemos, pois “Escolher é identificar a
alternativa me maior valor”. E a avaliação ocorre quando temos um padrão de análise
a. A avaliação no processo ensino-aprendizagem através de um gabarito
Contudo, na vida não há um gabarito, não há um padrão fixo que se aplique a todas as
circunstâncias de forma linear.
Por isso, é o homem livre que deve:
a. fazer as suas escolhas;
b. Assumir o ônus e o bônus de suas escolhas;
c. Criar uma hierarquia de valores.
Estas ações cabem ao ser humano enquanto indivíduo ético que deve solitariamente assumir
todas consequências de sua ações.
A questão da transparência e da verdade como valor ético
a. O jogo de cartas
b. Os segredos das empresas
c. Os refugiados da segunda guerra mundial
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4. A IMPORTÂNCIA DOS VALORES NA ÉTICA
A importância que atribuímos a determinados valore determinam nossas ações éticas.
a. Respeito x Prazer (fumar em locais públicos; fidelidade etc)
b. Preservação da integridade pessoal x Preservação da integridade de outrem
c. Verdade x Mentira (os fugitivos do nazismo).
Por isso, a Ética não é um protocolo pronto e acabado.
A ética é emancipadora, devolve para você a liberdade que é sua, com tudo o que ela possui:
angustia.
Martin Heidegger diz que a angustia é a possiblidade plena, é a sensação do nada, pu seja, a
sensação de que você precisa preencher algo que está a sua frente.
Ética é o conjunto de valores e princípios que nós utilizamos para realizarmos nossas escolhas;
por isso é preciso ter critérios para agir eticamente.
CONTUDO, é preciso entender o que a é Ética a partir dos conceitos de relatividade e relativismo.
a. Relatividade: tem haver como a situação, com o tempo histórico, da ocasião. Minhas
escolhas dependem das circunstância nas quais estamos vivendo
b. Relativismo: tem haver com o “vale tudo”, as ações são indiferentes e iguais e seus
valores e não valores.
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5. ÉTICA: A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL E O COLETIVO
A RELAÇÃO ENTRE O PRESENTE E A HISTÓRIA
A Ética tem haver com o tempo, com a cultura e com universalidade.
Não há uma ética individual, ela é uma construção da coletividade em um dado momento
histórico e cultural.
a. Igreja (princípios teológicos)
b. Maçonaria (princípios filosóficos, humanísticos e teológicos)
c. Rotary (princípios humanísticos)
Os indivíduos agem pela ético do grupo.
MAS, como seres livres, os indivíduos podem escolher outros sistemas éticos, os quais são
igualmente construções de outras coletividades.
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6. ÉTICA E CONVIVÊNCIA: o valor da abdicação pessoal
A Ética é um zelo coletivo pela convivência.
Individualmente temos, pretensões e apetites que colocam em risco a melhor convivência
possível.
A ética é a decisão por submeter os nossos apetites ao crivo da convivência e satisfazê-los
somente se estes apetites não forem lesivos a melhor convivência possível.
Uma sociedade desenvolvida é aquela na qual todos, por educação e cultura, consideram
abrir mão de parte de nossas pretensões em nome deste zelo coletivo pela convivência. A ética é
necessariamente social e coletiva
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7. ÉTICA E AFETOS: A questão da vergonha
A Ética é uma construção social. Sua influência se faz presente em nosso vestir, pensar, agir
e sentir (vida afetiva).
Nossos afetos são dirigidos pelo sistema Ético que decidimos aceitar e esta é a origem de
nossa “vergonha na cara”. A “vergonha” é um afeto especial.
A vergonha é uma tristeza especial cuja a causa é próprio comportamento. É um sentimento
a respeito de si mesmo e um afeto moral por excelência, pois a moral é uma reflexão do eu com o
eu sobre como o eu deve agir.
A moral não depende de fiscalizações. É aquilo que não faríamos por uma simples questão
de princípios.
A vergonha é o autojulgamento de nossos valores morais.
As vezes somos a causa de nossas próprios tristezas. O risco maior é perder a possiblidade
de nos entristecermos conosco mesmo, é o de perder a vergonha.
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8. ÉTICA E CARÁTER: a decisão contínua por construirmos nossa identidade moral
Aristóteles acreditava que a ética fosse uma reflexão sobre a vida como um todo. A ética é
um aperfeiçoamento gradativo e o caráter tem haver com repetição. Quanto mais agimos
corretamente por hábito, mais seremos excelentes.
CONTUDO, este conceito é equivocado pois desconsidera a questão intelectiva da vida
ética, na qual é preciso refletir, julgar e agir.
É preciso rejeitar a habitualidade impensada das ações éticas. É preciso enfrentar a
deliberação diária em nome de um aperfeiçoamento progressivo da convivência.
Sem esta ação perdemos a possiblidade de subvertemos a realidade que nos cerca e
alienamos a outros nossa condição de seres livre e responsáveis e que também constrói a história.
Assim como a ética, o caráter também é uma escolha.
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Mario Cortella e Clóvis de Barros Filho
9. Profº Ms. Israel Serique dos Santos [Doutorando e Mestre em Ciências da Religião (PUC-
Goiás); Licenciado em Pedagogia (UVA-Ceará) e História (UVA-Ceará)]; Bacharel em Teologia (FACETEN-
Roraima); licenciando em Matemática (UNIFAN-Goiás).
e-mail: israelserique@gmail.com
Ética, Direitos Humanos e Cidadania
Resumo da palestra de Mario Cortella e Clóvis de Barros Filho.
Tema: Ética no Cotidiano
Os grifos são acréscimos e reflexões pessoais sobre a palestra.
Este material tem fim unicamente pedagógico de ensino e reflexão.
Postado em: https://www.youtube.com/watch?v=eE9J4oHop0E
Filosofia no Cotidiano
Mario Cortella e Clóvis de Barros Filho