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INDÚSTRIA
                          NO BRASIL
       Vamos continuar a estudar a economia brasileira tratando nessa aula do
setor secundário ou industrial brasileiro. Você deve conhecer a evolução
histórica de nossa indústria, sua distribuição geográfica e o perfil atual desse
setor.

             Número de empregos por gêneros da indústria
                         (mercado formal)


              DISCRIMINAÇÃO                 1996       1998      2000

              Indústria                    6.362.984 5.881.547 5.945.628
           Extrativa Mineral                117.289    112.904    115.281
            Construção Civil               1.121.580 1.070.875    956.106
      Indústria de Transformação           4.761.276 4.367.009 4.574.771




                               Classificação

      O setor industrial de transformação pode ser classificado quanto ao tipo
de indústria. Assim, podemos falar em:

*indústria de base – é aquela que vai produzir para outros setores
industriais. Podemos aí incluir o setor pesado como a siderurgia, a química e
os de equipamentos e máquinas como a mecânica e metalúrgica.
*indústria de bens de consumo – produz diretamente para o consumidor
final. Pode ser subdividida em durável (consumo e/ou reposição de longo
prazo) como a automobilística, eletro-eletrônicos, e não-durável (consumo
e/ou reposição de curto prazo) como a têxtil e alimentícia.

                      Localização das indústrias

      A concentração das indústrias em determinados lugares depende de
certos fatores que passamos a analisar abaixo:

*proximidade de matérias-primas – é mais importante no caso de setores
industriais que lidam com grandes volumes de matéria-prima, como o setor
pesado. A siderurgia, por exemplo, necessita de grandes quantidades de ferro
e manganês. Essa proximidade reduz o custo com o transporte e garante
maior eficiência na continuidade das atividades desenvolvidas pela empresa.
*oferta de energia – um dos insumos mais importantes para o setor
industrial é a energia. Determinados setores consomem muita energia, como a
indústria de base. A siderurgia requer o uso do carvão mineral, a indústria que
produz alumínio requer muita energia elétrica. A não interrupção do
fornecimento da energia é um fator essencial para a sobrevivência dessas
empresas e, em alguns casos, o custo final de seus produtos é fortemente
influenciado pelo custo da energia.

*mão-de-obra disponível – isso explica o porque das indústrias
concentrarem-se em áreas urbanas onde podem contar com essa oferta de
mão-de-obra. Evidentemente, alguns setores requerem mão-de-obra mais
qualificada e procuram cidades onde existam centros universitários e de
pesquisa.

*mercado consumidor – no caso das indústrias de bens de consumo, a
proximidade do mercado consumidor reduz o custo final do produto no varejo
pelo menor custo do transporte até os pontos de venda. Grandes
concentrações urbanas atraem mais indústrias que, assim, podem ficar
próximas de um grande mercado consumidor.

*boa rede de transportes – essencial para garantir a circulação das
matérias-primas, da energia e do produto acabado. A saturação dos
transportes em algumas áreas urbanas tem afugentado algumas empresas
desses locais.

       Além desses fatores é claro que precisamos lembrar de políticas de
fomento ao desenvolvimento industrial incluindo isenções de impostos e
facilidades para exportação. Assim como é importante também entender que o
elevado custo da mão-de-obra, movimento sindical forte e problemas como
enchentes, espaço físico disponível (para uma eventual expansão) e falta de
segurança motivam indústrias a procurarem novos locais para sua instalação.

                             Breve histórico

      Vamos fazer uma análise histórica do desenvolvimento do setor industrial
no Brasil. Inicialmente precisamos lembrar que durante o período colonial o
Brasil sofreu fortes restrições por parte da Coroa portuguesa que impedia a
instalação de indústrias em nosso país que concorressem com sua produção ou
que ferissem seus interesses comerciais na Europa e no Mundo. Mesmo após a
independência o desenvolvimento industrial foi seriamente limitado pelas
relações comerciais com os ingleses, maior potência da época. Em 1844, com
a adoção de tarifas protecionistas mais elevadas, o Império começa a tomar
medidas para promover o desenvolvimento do setor industrial no Brasil. Outros
fatores trouxeram contribuição ou foram muito relevantes nesse
desenvolvimento:

*cafeicultura – foi responsável pela atração dos imigrantes. Parte deles
fixou-se em áreas urbanas constituindo a mão-de-obra assalariada para a
indústria e, ao mesmo tempo, mercado consumidor. Além disso, a cafeicultura
permitiu um acúmulo de capitais, mais tarde aplicado em atividades
diversificadas, no setor bancário e industrial, e contribuiu para a expansão da
rede ferroviária e melhoria das instalações portuárias, melhorando a rede de
transporte.

*as Guerras Mundiais – durante as Guerras Mundiais, com a dificuldade de
manter o comércio importador com a Europa, procura se desenvolver aqui no
Brasil uma industrialização para substituição dos produtos importados e
atender o mercado consumidor interno.

*governos de Getúlio Vargas – a crise na cafeicultura, as mudanças
políticas do período Vargas (substituição de uma oligarquia exportadora pela
burguesia urbana e industrial) desviam os investimentos para o setor
secundário. Impulsiona-se a indústria de base com a criação da CSN
(Companhia Siderurgia Nacional), em 1946 e da PETROBRAS em 1953.
Também após o término da Segunda Guerra Mundial as importações de
equipamentos industriais apresentam um aumento o que indica uma fase de
crescimento nesse setor.

*governo de JK – através do Plano de Metas ampliam-se os investimentos na
infraestrutura necessária para o desenvolvimento da indústria (energia, rede
de transportes). Começa a aumentar a participação do Estado em setores
estratégicos como energia, mineração, transportes e criam-se estímulos para a
atração dos investimentos estrangeiros tanto no setor pesado como na
indústria de bens de consumo duráveis (automobilística).

*governos militares – trata-se de uma fase que alterna períodos de
estagnação e recessão com outros de forte crescimento (como no milagre
brasileiro entre 1969 e 1973). Amplia-se a diversificação da indústria no Brasil.
Adota-se uma política de incentivos às exportações, continua a atração do
capital estrangeiro setores de tecnologia mais avançada começam a mostrar
uma maior evolução (setor aeronáutico, bélico, nuclear e espacial). A política
salarial adotada é prejudicial aos trabalhadores e o modelo econômico que é
seguido leva a maior concentração de renda no período.

*redemocratização e década de 1990 – fase em que a economia
globalizada toma força e políticas econômicas neoliberais. Progressivamente há
uma abertura do mercado interno brasileiro, até então muito protegido, o que
eleva as importações e confirma-se a falta de competitividade do setor
industrial brasileiro no mercado externo. Para competir, ou sobreviver, esse
setor empreende uma rápida evolução tecnológica, empreende esforços pela
qualidade e pela redução de custos, o que provoca um aumento do
desemprego e falência ou venda de muitas empresas incapazes de enfrentar
essa nova realidade. Ao mesmo tempo, as necessidades de diminuir o tamanho
do Estado e de seus gastos (incapaz até mesmo de atuar com eficiência em
setores essenciais para a sociedade) levam ao desenvolvimento de uma
política de privatização de empresas estatais, como no setor siderúrgico
(processo que leva, ao mesmo tempo, a uma capitalização para fazer frente ao
pagamento de obrigações financeiras). Desenvolvem-se reformas no Estado,
como no setor previdenciário. É criado o Mercosul que, por um lado, expande o
mercado de consumo para a produção industrial brasileira e, por outro,
aumenta a concorrência com as indústrias de nossos vizinhos.

     Apesar de tudo, chega-se ao final do século XX e início do século XXI
com a certeza de que o Brasil ainda precisa definir uma política industrial que
permita um fortalecimento das empresas nacionais, maior criação de
empregos, estímulos para o setor exportador, além da continuidade do
processo de fortalecimento das indústrias para aumentar sua qualidade e
competitividade.


               Distribuição geográfica das indústrias

      Observa-se uma tendência à maior dispersão geográfica desse setor nos
últimos quinze anos, mas ainda é forte a concentração na Região Sudeste.
Podemos destacar:




*Região Sudeste – as maiores concentrações industriais se encontram nas
Regiões Metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.
Destacam-se também a Baixada Santista (Cubatão), o Vale do Paraíba, a
Região de Campinas e crescimento do setor na Região de Vitória, Triângulo
Mineiro, além de várias cidades no oeste paulista e sul de Minas Gerais;

*Região Sul – são importantes as Regiões Metropolitanas de Curitiba e Porto
Alegre, além do Vale do Itajaí (SC) e Serras Gaúchas;

*Região Nordeste – as maiores concentrações industriais estão em suas
regiões metropolitanas: Salvador, Recife e Fortaleza;

*Região Norte – é pouco industrializada destacando-se a Zona Franca de
Manaus e a Região de Belém;

*Região Centro-Oeste – possui um modesto setor industrial sem a formação
de grandes centros. As indústrias encontram-se espalhadas pelas principais
cidades da Região.


                    Destaques no setor industrial


      Passamos a analisar sucintamente alguns setores industriais de maior
destaque no Brasil e que, historicamente, tem se mostrado serem os mais
importantes ou pelo valor da produção ou pelo número de empresas e de
funcionários. Observa-se recentemente maior aquecimento em setores como o
de papel e papelão (embalagens – o que parece ser um sinal de aquecimento
da economia), além dos setores de borracha, metalúrgico e têxtil.


*Siderurgia – o Brasil está entre os dez maiores produtores de aço no mundo
iniciando maior desenvolvimento a partir da entrada em funcionamento da
CSN em 1946, no município de Volta Redonda – RJ. A maior parte das
siderúrgicas brasileiras concentra-se no Sudeste devido à proximidade do ferro
e manganês do Quadrilátero Ferrífero - MG, da boa rede de transportes
(ferrovias, proximidade de portos) e do mercado consumidor (representado
pelas indústrias que consomem o aço). Podemos destacar:
-MG : USIMINAS, ACESITA e Belgo-Mineira;
-RJ : CSN (Companhia Siderúrgica Nacional);
-SP : COSIPA (Companhia Siderúrgica Paulista);
-ES : CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão).
      Esse setor já foi privatizado. Busca nesse período a modernização e
eficiência para aumentar sua competitividade. A produção e os lucros
cresceram mas enfrenta-se no mercado externo um duro protecionismo no
Primeiro Mundo (EUA) que estabelece taxas e quotas para a compra do aço
brasileiro. Também melhorou a qualidade do aço produzido após a
privatização, assim como a diversificação de produtos fabricados pela
siderurgia no Brasil.
Produção Mundial de Aço Bruto - Em Milhões de Toneladas

Nº de
            País         1991 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Ordem

 01        China         71,0    92,6   95,4    101,2   108,9   114,6   124,0   127,2   148,9

 02        Japão         109,6   98,3   101,6   98,8    104,5   93,5    94,2    106,4   103,0

 03     Estados Unidos   79,7    91,2   95,2    95,5    98,5    98,7    97,4    101,8   90,1

 04        Rússia         ...    48,8   51,6    49,3    48,5    43,8    51,5    59,1    57,5

 05       Alemanha       42,2    40,8   42,1    39,8    45,0    44,0    42,1    46,4    44,8

 06     Coréia do Sul    26,0    33,7   36,8    38,9    42,6    39,9    41,0    43,1    43,9

 07        Ucrânia        ...    24,1   22,3    22,3    25,6    24,4    27,5    31,4    33,1

 08         Índia        17,1    19,3   22,0    23,8    24,4    23,5    24,3    26,9    27,3

 09        BRASIL        22,6    25,7   25,1    25,2    26,2    25,8    25,0    27,9    26,7

 10         Itália       25,1    26,2   27,8    23,9    25,8    25,7    24,9    26,7    26,5




*Química – setor que ainda promove uma abertura e modernização. Sua
produção também é crescente com grande destaque para o setor
petroquímico. A entrada do capital estrangeiro nesse setor e a quebra do
monopólio da PETROBRAS trazem a perspectiva de grande aumento da
produção e de aumento dos investimentos. Outro destaque é a produção de
adubos e fertilizantes. Reúne ainda as produções de cosméticos e perfumaria.
Permanecem ainda problemas na Química Fina que envolve uma tecnologia
mais avançada como no setor químico-farmacêutico.

*Automobilística – inicialmente com forte concentração na região do ABC, a
partir dos anos 70 inicia uma maior dispersão geográfica deslocando-se para
Betim – MG (FIAT) e Vale do Paraíba nos anos 80 (Taubaté e São José dos
Campos). As mudanças empreendidas na década de 90 alteram bastante o
perfil desse setor. A abertura do mercado interno provocou a necessidade de
produzir um automóvel de melhor qualidade. Posteriormente, a entrada de
novas montadoras (como a Renault, Peugeot, Toyota, Mitsubishi e Audi)
diversifica a oferta de produtos e aumenta a produção. O Brasil começa a se
tornar uma plataforma de produção para vendas não só no mercado interno
mas também para exportação. O baixo nível de renda no país, a ausência de
estímulos mais eficazes para o setor exportador e a ocorrência de crises no
país ou importadas de outros, ainda tem provocado instabilidades no setor com
quedas na produção e nas vendas. Trata-se também de uma indústria que
atualmente poupa mão-de-obra e terceiriza muitas etapas da produção.
Geograficamente, apresenta maior dispersão pelo território mas ainda
concentrada na Região Sudeste onde é maior o mercado consumidor.
Exportações e importações de veículos
                                               milhões US$

                       4



                       3
            Milhares




                       2



                       1



                       0
                               1996               1998                2000

                                      exportações        importações



   Balança comercial brasileira de autoveículos – em unidades


                                       1999                                  2000
  Discriminação
                           Export.    Import.       Saldo        Export.   Import.      Saldo

      Ônibus                1.396     10.646       -9.250         1.356      16.828    -15.472

   Automóveis 232.265                 154.809      77.456        328.363   167.251     161.112

   Caminhões                9.336      1.424        7.912        12.809       631       12.178

        Total              242.997    166.879      76.118        342.528   184.710     157.818




Nº de
            País              1993    1994      1995     1996     1997     1998     1999    2000
Ordem

 01     Estados Unidos 10.876 12.254 12.065 11.859 12.158 12.003 13.025                     12.800

 02        Japão             11.228 10.554 10.196 10.347 10.975 10.050 9.895                10.144

 03       Alemanha            4.032   4.356     4.667    4.843    5.023    5.727    5.688   5.527

 04        França             3.156   3.558     3.475    2.391    2.580    2.954    3.180   3.348

 05     Coréia do Sul         2.050   2.312     2.526    2.813    2.818    1.954    2.843   3.115

 06       Espanha             1.768   2.142     2.334    2.412    2.562    2.826    2.852   3.033

 07        Canadá             2.248   2.321     2.420    2.397    2.257    2.173    3.059   2.964

 08        China              1.162   1.351     1.435    1.470    1.580    1.628    1.830   2.069
09      México           1.097   1.123     937    1.226   1.360   1.453   1.550   1.935

    10    Reino Unido        1.569   1.695    1.765   1.920   1.936   1.976   1.973   1.814

    11       Itália          1.277   1.534    1.667   1.545   1.828   1.693   1.701   1.738

    12      BRASIL           1.391 1.581 1.629 1.804 2.070 1.586 1.357                1.691




*Têxtil – apresenta maior crescimento após a Segunda Guerra Mundial mas,
obsoleta nos anos 80, passa a enfrentar sérias dificuldades com a progressiva
abertura do mercado interno, especialmente durante os anos 90 com a entrada
do produto asiático que utiliza uma mão-de-obra muito barata. Essa mesma
abertura facilita o re-equipamento desse setor com a compra de novas
máquinas. Promove-se também uma modernização administrativa e na
produção. Várias indústrias têxteis não suportaram o quadro decorrente dessa
abertura e fecharam as portas nos anos 90. As que sobreviveram parecem
estar mais competitivas. A indústria têxtil dissemina-se por todo o país com
maior concentração nas Regiões Sudeste e Sul.

*Alimentícia – a produção brasileira é muito diversificada, de boa qualidade e
conta com a presença de algumas grandes multinacionais. Também se
encontram bastante dispersas pelo território com maior concentração no
Sudeste e no Sul (maior mercado consumidor, não só na quantidade mas
também observando-se o nível de renda da população). É um setor com fortes
ligações com a agropecuária preocupando-se com a procedência da matéria-
prima (regularidade na quantidade e qualidade) e, assim, acaba por influenciar
muito a vida do produtor rural. A exportação de alimentos industrializados tem
apresentado crescimento. Essa indústria reúne o setor do açúcar, leite e
derivados, óleos vegetais, massas, bebidas (como sucos, refrigerantes, vinho e
aguardente), carne e derivados, doces, chocolate, sorvete e outros.


                              Níveis de produção industrial
                                         número índice
             124

             122

             120

             118

             116

             114

             112

             110
                      1995      1996         1997     1998     1999      2000
Observe que, apesar do aumento dos níveis de produção
            industrial na década de 1990, o número de empregos
           na indústria de transformação decaiu. É uma indústria,
           atualmente, que procura poupar mão-de-obra, reduzir
                custos e aumentar sua eficiência e qualidade.


               Nº de empregos na ind. de transformação
               (mercado formal - em milhares de empregados)
               5100

               5000

               4900

               4800

               4700

               4600

               4500

               4400

               4300
                      1993 1994   1995   1996   1997   1998   1999   2000




                           Saiba mais na Internet

*Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior:
http://www.mdic.gov.br/

*Fiesp:
http://www.fiesp.org.br/

*Política industrial, privatização e atualidades:
http://www.planalto.gov.br/publi_04/COLECAO/NOVPOLI1.HTM
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/241/economia/241_50_anos_brasil_indust
rial.htm
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/240/economia/240_sera_aco.htm
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/04/07/eco024.html
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/02/07/eco028.html
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/04/02/eco040.html
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/03/10/eco018.html



                                Exercícios

1- (VUNESP) Um pólo de inovação tecnológica pode ser definido em função de
sua capacidade criativa, de reciclagem e de difusão de tecnologia de ponta.
Tecnopólo é a denominação atribuída à cidade que reúne as principais
características de um pólo de inovação tecnológica. Assinale a alternativa que
apresenta três cidades paulistas que, na atualidade, reúnem tais
características:
   a) Santos, Sorocaba e Taubaté
   b) São Carlos, São José dos Campos e Campinas
   c) Limeira, São Carlos e Ribeirão Preto
   d) Santo André, São José do Rio Preto e Presidente Prudente
   e) São José dos Campos, Lorena e Campinas

2- (FUVEST) As afirmações abaixo apontam algumas tendências da nova lógica
de localização industrial.
I – Distribuição dos estabelecimentos industriais das empresas em diferentes
localidades de tradição manufatureira.
II – Separação territorial entre processo produtivo e gerenciamento
empresarial com a reintegração de ambos por intermédio de redes
internacionais.
III – Desconcentração da atividade industrial e emergência de novos espaços
industriais, estruturando redes globalizadas.
IV – Concentração territorial da indústria dependente de fontes de energia e
matéria-prima.
       Está correto apenas o que se afirma em:
    a) I e II
    b) I e III
    c) II e III
    d) II e IV
    e) III e IV

3- (PUC-RIO) Nas últimas décadas, vem ocorrendo no Brasil uma tendência de
desconcentração industrial em direção às regiões periféricas. Observa-se
também uma concentração de investimentos nas áreas já mais dinâmicas e
competitivas do país, devido à presença dos fatores locacionais exigidos pelos
setores de produção mais modernos e de tecnologia avançada. Entre esses
fatores, podemos destacar os abaixo apresentados, exceto:
a)   matérias-primas industriais
  b)   mercado consumidor de alta renda
  c)   infraestrutura de telecomunicações
  d)   proximidade dos parceiros do Mercosul
  e)   centros de produção de conhecimento de tecnologia

4- (UNOPAR) As cidades de Volta Redonda (RJ) e Camaçari (BA) destacam-se,
respectivamente, na concentração de indústrias:
   a) siderúrgicas e alimentícias
   b) alimentícias e petroquímicas
   c) eletroeletrônicas e de calçados
   d) siderúrgicas e petroquímicas
   e) eletroeletrônicas e têxteis

5- Caracterize a concentração industrial na Região Central de Minas e no Vale
do Paraíba (SP):

                                  Respostas

         1-   B
         2-   C
         3-   A
         4-   D
         5-   A região central de Minas destaca-se pela concentração siderúrgica
              e metalúrgica devido à proximidade da extração de ferro e
              manganês do Quadrilátero Ferrífero, além da indústria
              petroquímica e automobilística em Betim, na Grande Belo
              Horizonte. O Vale do Paraíba reúne indústrias de bens de consumo
              (ex: automobilística), de base (ex: petroquímica) e de tecnologia
              de ponta (aeronáutica, bélica, espacial – em São José dos
              Campos).

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A evolução histórica e distribuição geográfica da indústria brasileira

  • 1. INDÚSTRIA NO BRASIL Vamos continuar a estudar a economia brasileira tratando nessa aula do setor secundário ou industrial brasileiro. Você deve conhecer a evolução histórica de nossa indústria, sua distribuição geográfica e o perfil atual desse setor. Número de empregos por gêneros da indústria (mercado formal) DISCRIMINAÇÃO 1996 1998 2000 Indústria 6.362.984 5.881.547 5.945.628 Extrativa Mineral 117.289 112.904 115.281 Construção Civil 1.121.580 1.070.875 956.106 Indústria de Transformação 4.761.276 4.367.009 4.574.771 Classificação O setor industrial de transformação pode ser classificado quanto ao tipo de indústria. Assim, podemos falar em: *indústria de base – é aquela que vai produzir para outros setores industriais. Podemos aí incluir o setor pesado como a siderurgia, a química e os de equipamentos e máquinas como a mecânica e metalúrgica. *indústria de bens de consumo – produz diretamente para o consumidor final. Pode ser subdividida em durável (consumo e/ou reposição de longo prazo) como a automobilística, eletro-eletrônicos, e não-durável (consumo e/ou reposição de curto prazo) como a têxtil e alimentícia. Localização das indústrias A concentração das indústrias em determinados lugares depende de certos fatores que passamos a analisar abaixo: *proximidade de matérias-primas – é mais importante no caso de setores industriais que lidam com grandes volumes de matéria-prima, como o setor pesado. A siderurgia, por exemplo, necessita de grandes quantidades de ferro e manganês. Essa proximidade reduz o custo com o transporte e garante maior eficiência na continuidade das atividades desenvolvidas pela empresa.
  • 2. *oferta de energia – um dos insumos mais importantes para o setor industrial é a energia. Determinados setores consomem muita energia, como a indústria de base. A siderurgia requer o uso do carvão mineral, a indústria que produz alumínio requer muita energia elétrica. A não interrupção do fornecimento da energia é um fator essencial para a sobrevivência dessas empresas e, em alguns casos, o custo final de seus produtos é fortemente influenciado pelo custo da energia. *mão-de-obra disponível – isso explica o porque das indústrias concentrarem-se em áreas urbanas onde podem contar com essa oferta de mão-de-obra. Evidentemente, alguns setores requerem mão-de-obra mais qualificada e procuram cidades onde existam centros universitários e de pesquisa. *mercado consumidor – no caso das indústrias de bens de consumo, a proximidade do mercado consumidor reduz o custo final do produto no varejo pelo menor custo do transporte até os pontos de venda. Grandes concentrações urbanas atraem mais indústrias que, assim, podem ficar próximas de um grande mercado consumidor. *boa rede de transportes – essencial para garantir a circulação das matérias-primas, da energia e do produto acabado. A saturação dos transportes em algumas áreas urbanas tem afugentado algumas empresas desses locais. Além desses fatores é claro que precisamos lembrar de políticas de fomento ao desenvolvimento industrial incluindo isenções de impostos e facilidades para exportação. Assim como é importante também entender que o elevado custo da mão-de-obra, movimento sindical forte e problemas como enchentes, espaço físico disponível (para uma eventual expansão) e falta de segurança motivam indústrias a procurarem novos locais para sua instalação. Breve histórico Vamos fazer uma análise histórica do desenvolvimento do setor industrial no Brasil. Inicialmente precisamos lembrar que durante o período colonial o Brasil sofreu fortes restrições por parte da Coroa portuguesa que impedia a instalação de indústrias em nosso país que concorressem com sua produção ou que ferissem seus interesses comerciais na Europa e no Mundo. Mesmo após a independência o desenvolvimento industrial foi seriamente limitado pelas relações comerciais com os ingleses, maior potência da época. Em 1844, com a adoção de tarifas protecionistas mais elevadas, o Império começa a tomar medidas para promover o desenvolvimento do setor industrial no Brasil. Outros fatores trouxeram contribuição ou foram muito relevantes nesse desenvolvimento: *cafeicultura – foi responsável pela atração dos imigrantes. Parte deles fixou-se em áreas urbanas constituindo a mão-de-obra assalariada para a indústria e, ao mesmo tempo, mercado consumidor. Além disso, a cafeicultura
  • 3. permitiu um acúmulo de capitais, mais tarde aplicado em atividades diversificadas, no setor bancário e industrial, e contribuiu para a expansão da rede ferroviária e melhoria das instalações portuárias, melhorando a rede de transporte. *as Guerras Mundiais – durante as Guerras Mundiais, com a dificuldade de manter o comércio importador com a Europa, procura se desenvolver aqui no Brasil uma industrialização para substituição dos produtos importados e atender o mercado consumidor interno. *governos de Getúlio Vargas – a crise na cafeicultura, as mudanças políticas do período Vargas (substituição de uma oligarquia exportadora pela burguesia urbana e industrial) desviam os investimentos para o setor secundário. Impulsiona-se a indústria de base com a criação da CSN (Companhia Siderurgia Nacional), em 1946 e da PETROBRAS em 1953. Também após o término da Segunda Guerra Mundial as importações de equipamentos industriais apresentam um aumento o que indica uma fase de crescimento nesse setor. *governo de JK – através do Plano de Metas ampliam-se os investimentos na infraestrutura necessária para o desenvolvimento da indústria (energia, rede de transportes). Começa a aumentar a participação do Estado em setores estratégicos como energia, mineração, transportes e criam-se estímulos para a atração dos investimentos estrangeiros tanto no setor pesado como na indústria de bens de consumo duráveis (automobilística). *governos militares – trata-se de uma fase que alterna períodos de estagnação e recessão com outros de forte crescimento (como no milagre brasileiro entre 1969 e 1973). Amplia-se a diversificação da indústria no Brasil. Adota-se uma política de incentivos às exportações, continua a atração do capital estrangeiro setores de tecnologia mais avançada começam a mostrar uma maior evolução (setor aeronáutico, bélico, nuclear e espacial). A política salarial adotada é prejudicial aos trabalhadores e o modelo econômico que é seguido leva a maior concentração de renda no período. *redemocratização e década de 1990 – fase em que a economia globalizada toma força e políticas econômicas neoliberais. Progressivamente há uma abertura do mercado interno brasileiro, até então muito protegido, o que eleva as importações e confirma-se a falta de competitividade do setor industrial brasileiro no mercado externo. Para competir, ou sobreviver, esse setor empreende uma rápida evolução tecnológica, empreende esforços pela qualidade e pela redução de custos, o que provoca um aumento do desemprego e falência ou venda de muitas empresas incapazes de enfrentar essa nova realidade. Ao mesmo tempo, as necessidades de diminuir o tamanho do Estado e de seus gastos (incapaz até mesmo de atuar com eficiência em setores essenciais para a sociedade) levam ao desenvolvimento de uma política de privatização de empresas estatais, como no setor siderúrgico (processo que leva, ao mesmo tempo, a uma capitalização para fazer frente ao pagamento de obrigações financeiras). Desenvolvem-se reformas no Estado,
  • 4. como no setor previdenciário. É criado o Mercosul que, por um lado, expande o mercado de consumo para a produção industrial brasileira e, por outro, aumenta a concorrência com as indústrias de nossos vizinhos. Apesar de tudo, chega-se ao final do século XX e início do século XXI com a certeza de que o Brasil ainda precisa definir uma política industrial que permita um fortalecimento das empresas nacionais, maior criação de empregos, estímulos para o setor exportador, além da continuidade do processo de fortalecimento das indústrias para aumentar sua qualidade e competitividade. Distribuição geográfica das indústrias Observa-se uma tendência à maior dispersão geográfica desse setor nos últimos quinze anos, mas ainda é forte a concentração na Região Sudeste. Podemos destacar: *Região Sudeste – as maiores concentrações industriais se encontram nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. Destacam-se também a Baixada Santista (Cubatão), o Vale do Paraíba, a
  • 5. Região de Campinas e crescimento do setor na Região de Vitória, Triângulo Mineiro, além de várias cidades no oeste paulista e sul de Minas Gerais; *Região Sul – são importantes as Regiões Metropolitanas de Curitiba e Porto Alegre, além do Vale do Itajaí (SC) e Serras Gaúchas; *Região Nordeste – as maiores concentrações industriais estão em suas regiões metropolitanas: Salvador, Recife e Fortaleza; *Região Norte – é pouco industrializada destacando-se a Zona Franca de Manaus e a Região de Belém; *Região Centro-Oeste – possui um modesto setor industrial sem a formação de grandes centros. As indústrias encontram-se espalhadas pelas principais cidades da Região. Destaques no setor industrial Passamos a analisar sucintamente alguns setores industriais de maior destaque no Brasil e que, historicamente, tem se mostrado serem os mais importantes ou pelo valor da produção ou pelo número de empresas e de funcionários. Observa-se recentemente maior aquecimento em setores como o de papel e papelão (embalagens – o que parece ser um sinal de aquecimento da economia), além dos setores de borracha, metalúrgico e têxtil. *Siderurgia – o Brasil está entre os dez maiores produtores de aço no mundo iniciando maior desenvolvimento a partir da entrada em funcionamento da CSN em 1946, no município de Volta Redonda – RJ. A maior parte das siderúrgicas brasileiras concentra-se no Sudeste devido à proximidade do ferro e manganês do Quadrilátero Ferrífero - MG, da boa rede de transportes (ferrovias, proximidade de portos) e do mercado consumidor (representado pelas indústrias que consomem o aço). Podemos destacar: -MG : USIMINAS, ACESITA e Belgo-Mineira; -RJ : CSN (Companhia Siderúrgica Nacional); -SP : COSIPA (Companhia Siderúrgica Paulista); -ES : CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão). Esse setor já foi privatizado. Busca nesse período a modernização e eficiência para aumentar sua competitividade. A produção e os lucros cresceram mas enfrenta-se no mercado externo um duro protecionismo no Primeiro Mundo (EUA) que estabelece taxas e quotas para a compra do aço brasileiro. Também melhorou a qualidade do aço produzido após a privatização, assim como a diversificação de produtos fabricados pela siderurgia no Brasil.
  • 6. Produção Mundial de Aço Bruto - Em Milhões de Toneladas Nº de País 1991 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Ordem 01 China 71,0 92,6 95,4 101,2 108,9 114,6 124,0 127,2 148,9 02 Japão 109,6 98,3 101,6 98,8 104,5 93,5 94,2 106,4 103,0 03 Estados Unidos 79,7 91,2 95,2 95,5 98,5 98,7 97,4 101,8 90,1 04 Rússia ... 48,8 51,6 49,3 48,5 43,8 51,5 59,1 57,5 05 Alemanha 42,2 40,8 42,1 39,8 45,0 44,0 42,1 46,4 44,8 06 Coréia do Sul 26,0 33,7 36,8 38,9 42,6 39,9 41,0 43,1 43,9 07 Ucrânia ... 24,1 22,3 22,3 25,6 24,4 27,5 31,4 33,1 08 Índia 17,1 19,3 22,0 23,8 24,4 23,5 24,3 26,9 27,3 09 BRASIL 22,6 25,7 25,1 25,2 26,2 25,8 25,0 27,9 26,7 10 Itália 25,1 26,2 27,8 23,9 25,8 25,7 24,9 26,7 26,5 *Química – setor que ainda promove uma abertura e modernização. Sua produção também é crescente com grande destaque para o setor petroquímico. A entrada do capital estrangeiro nesse setor e a quebra do monopólio da PETROBRAS trazem a perspectiva de grande aumento da produção e de aumento dos investimentos. Outro destaque é a produção de adubos e fertilizantes. Reúne ainda as produções de cosméticos e perfumaria. Permanecem ainda problemas na Química Fina que envolve uma tecnologia mais avançada como no setor químico-farmacêutico. *Automobilística – inicialmente com forte concentração na região do ABC, a partir dos anos 70 inicia uma maior dispersão geográfica deslocando-se para Betim – MG (FIAT) e Vale do Paraíba nos anos 80 (Taubaté e São José dos Campos). As mudanças empreendidas na década de 90 alteram bastante o perfil desse setor. A abertura do mercado interno provocou a necessidade de produzir um automóvel de melhor qualidade. Posteriormente, a entrada de novas montadoras (como a Renault, Peugeot, Toyota, Mitsubishi e Audi) diversifica a oferta de produtos e aumenta a produção. O Brasil começa a se tornar uma plataforma de produção para vendas não só no mercado interno mas também para exportação. O baixo nível de renda no país, a ausência de estímulos mais eficazes para o setor exportador e a ocorrência de crises no país ou importadas de outros, ainda tem provocado instabilidades no setor com quedas na produção e nas vendas. Trata-se também de uma indústria que atualmente poupa mão-de-obra e terceiriza muitas etapas da produção. Geograficamente, apresenta maior dispersão pelo território mas ainda concentrada na Região Sudeste onde é maior o mercado consumidor.
  • 7. Exportações e importações de veículos milhões US$ 4 3 Milhares 2 1 0 1996 1998 2000 exportações importações Balança comercial brasileira de autoveículos – em unidades 1999 2000 Discriminação Export. Import. Saldo Export. Import. Saldo Ônibus 1.396 10.646 -9.250 1.356 16.828 -15.472 Automóveis 232.265 154.809 77.456 328.363 167.251 161.112 Caminhões 9.336 1.424 7.912 12.809 631 12.178 Total 242.997 166.879 76.118 342.528 184.710 157.818 Nº de País 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Ordem 01 Estados Unidos 10.876 12.254 12.065 11.859 12.158 12.003 13.025 12.800 02 Japão 11.228 10.554 10.196 10.347 10.975 10.050 9.895 10.144 03 Alemanha 4.032 4.356 4.667 4.843 5.023 5.727 5.688 5.527 04 França 3.156 3.558 3.475 2.391 2.580 2.954 3.180 3.348 05 Coréia do Sul 2.050 2.312 2.526 2.813 2.818 1.954 2.843 3.115 06 Espanha 1.768 2.142 2.334 2.412 2.562 2.826 2.852 3.033 07 Canadá 2.248 2.321 2.420 2.397 2.257 2.173 3.059 2.964 08 China 1.162 1.351 1.435 1.470 1.580 1.628 1.830 2.069
  • 8. 09 México 1.097 1.123 937 1.226 1.360 1.453 1.550 1.935 10 Reino Unido 1.569 1.695 1.765 1.920 1.936 1.976 1.973 1.814 11 Itália 1.277 1.534 1.667 1.545 1.828 1.693 1.701 1.738 12 BRASIL 1.391 1.581 1.629 1.804 2.070 1.586 1.357 1.691 *Têxtil – apresenta maior crescimento após a Segunda Guerra Mundial mas, obsoleta nos anos 80, passa a enfrentar sérias dificuldades com a progressiva abertura do mercado interno, especialmente durante os anos 90 com a entrada do produto asiático que utiliza uma mão-de-obra muito barata. Essa mesma abertura facilita o re-equipamento desse setor com a compra de novas máquinas. Promove-se também uma modernização administrativa e na produção. Várias indústrias têxteis não suportaram o quadro decorrente dessa abertura e fecharam as portas nos anos 90. As que sobreviveram parecem estar mais competitivas. A indústria têxtil dissemina-se por todo o país com maior concentração nas Regiões Sudeste e Sul. *Alimentícia – a produção brasileira é muito diversificada, de boa qualidade e conta com a presença de algumas grandes multinacionais. Também se encontram bastante dispersas pelo território com maior concentração no Sudeste e no Sul (maior mercado consumidor, não só na quantidade mas também observando-se o nível de renda da população). É um setor com fortes ligações com a agropecuária preocupando-se com a procedência da matéria- prima (regularidade na quantidade e qualidade) e, assim, acaba por influenciar muito a vida do produtor rural. A exportação de alimentos industrializados tem apresentado crescimento. Essa indústria reúne o setor do açúcar, leite e derivados, óleos vegetais, massas, bebidas (como sucos, refrigerantes, vinho e aguardente), carne e derivados, doces, chocolate, sorvete e outros. Níveis de produção industrial número índice 124 122 120 118 116 114 112 110 1995 1996 1997 1998 1999 2000
  • 9. Observe que, apesar do aumento dos níveis de produção industrial na década de 1990, o número de empregos na indústria de transformação decaiu. É uma indústria, atualmente, que procura poupar mão-de-obra, reduzir custos e aumentar sua eficiência e qualidade. Nº de empregos na ind. de transformação (mercado formal - em milhares de empregados) 5100 5000 4900 4800 4700 4600 4500 4400 4300 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Saiba mais na Internet *Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior: http://www.mdic.gov.br/ *Fiesp:
  • 10. http://www.fiesp.org.br/ *Política industrial, privatização e atualidades: http://www.planalto.gov.br/publi_04/COLECAO/NOVPOLI1.HTM http://www.terra.com.br/istoedinheiro/241/economia/241_50_anos_brasil_indust rial.htm http://www.terra.com.br/istoedinheiro/240/economia/240_sera_aco.htm http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/04/07/eco024.html http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/02/07/eco028.html http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/04/02/eco040.html http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/03/10/eco018.html Exercícios 1- (VUNESP) Um pólo de inovação tecnológica pode ser definido em função de sua capacidade criativa, de reciclagem e de difusão de tecnologia de ponta. Tecnopólo é a denominação atribuída à cidade que reúne as principais características de um pólo de inovação tecnológica. Assinale a alternativa que apresenta três cidades paulistas que, na atualidade, reúnem tais características: a) Santos, Sorocaba e Taubaté b) São Carlos, São José dos Campos e Campinas c) Limeira, São Carlos e Ribeirão Preto d) Santo André, São José do Rio Preto e Presidente Prudente e) São José dos Campos, Lorena e Campinas 2- (FUVEST) As afirmações abaixo apontam algumas tendências da nova lógica de localização industrial. I – Distribuição dos estabelecimentos industriais das empresas em diferentes localidades de tradição manufatureira. II – Separação territorial entre processo produtivo e gerenciamento empresarial com a reintegração de ambos por intermédio de redes internacionais. III – Desconcentração da atividade industrial e emergência de novos espaços industriais, estruturando redes globalizadas. IV – Concentração territorial da indústria dependente de fontes de energia e matéria-prima. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV 3- (PUC-RIO) Nas últimas décadas, vem ocorrendo no Brasil uma tendência de desconcentração industrial em direção às regiões periféricas. Observa-se também uma concentração de investimentos nas áreas já mais dinâmicas e competitivas do país, devido à presença dos fatores locacionais exigidos pelos setores de produção mais modernos e de tecnologia avançada. Entre esses fatores, podemos destacar os abaixo apresentados, exceto:
  • 11. a) matérias-primas industriais b) mercado consumidor de alta renda c) infraestrutura de telecomunicações d) proximidade dos parceiros do Mercosul e) centros de produção de conhecimento de tecnologia 4- (UNOPAR) As cidades de Volta Redonda (RJ) e Camaçari (BA) destacam-se, respectivamente, na concentração de indústrias: a) siderúrgicas e alimentícias b) alimentícias e petroquímicas c) eletroeletrônicas e de calçados d) siderúrgicas e petroquímicas e) eletroeletrônicas e têxteis 5- Caracterize a concentração industrial na Região Central de Minas e no Vale do Paraíba (SP): Respostas 1- B 2- C 3- A 4- D 5- A região central de Minas destaca-se pela concentração siderúrgica e metalúrgica devido à proximidade da extração de ferro e manganês do Quadrilátero Ferrífero, além da indústria petroquímica e automobilística em Betim, na Grande Belo Horizonte. O Vale do Paraíba reúne indústrias de bens de consumo (ex: automobilística), de base (ex: petroquímica) e de tecnologia de ponta (aeronáutica, bélica, espacial – em São José dos Campos).