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VERBUM
     DOMINI
           II PARTE
 VERBUM IN ECCLESIA

  A todos os que O receberam,
deu-lhes o poder de se tornarem
    filhos de Deus (Jo 1, 12)
1. A Igreja acolhe a Palavra
             (50)
 O Senhor pronuncia a sua
 Palavra para que seja
 acolhida.
 Receber o Verbo significa
 deixar-se plasmar por Ele.
 Os Santos são testemunhas
 dessa realidade nova (48).
A LITURGIA:
LUGAR
PRIVILEGIADO
DA PALAVRA
DE DEUS
A Palavra de Deus na Liturgia
             (52)
 A Igreja é casa da Palavra ,
e na Liturgia Deus nos fala
no momento presente da
nossa vida.
 Na ação litúrgica Cristo
está   presente    na    sua
palavra, pois é Ele que fala
ao ser lida na Igreja a
Sagrada Escritura (SC 7).
A Igreja lê as
Escrituras no ritmo
do ano litúrgico, cujo
centro é o Mistério
Pascal.
                  VD 52
Sagrada Escritura e Sacramentos –
                  53; 61
 A liturgia da Palavra é um elemento
 decisivo na celebração de cada um dos
 Sacramentos; existe um vínculo que
 une o gesto e a palavra.
   Na história da salvação, não há
   separação entre o que Deus diz e
   faz.
   Do mesmo modo, na ação litúrgica,
   somos colocados diante da sua
   Palavra que realiza aquilo que diz.
Palavra de Deus e Eucaristia
             (54)
Há uma unidade íntima entre
Palavra e Eucaristia, que nos levam
a reconhecer o Senhor ressuscitado
em nosso meio: “Não estava o nosso
coração a arder cá dentro, quando
Ele nos explicava as Escrituras?”
(Emaús – Lc 24,32).
                               VD 54
“A carne do Senhor é verdadeiro
alimento, e o seu sangue verdadeira
bebida; tal é o verdadeiro bem que
nos está reservado na vida
presente: nutrirmo-nos da sua
carne e beber o seu sangue, não só
na Eucaristia, mas também na
leitura da Sagrada Escritura”.
                        São Jerônimo
“A Igreja venerou sempre as
divinas Escrituras como venera o
próprio Corpo do Senhor, não
deixando jamais, sobretudo na
sagrada Liturgia, de tomar e
distribuir aos fiéis o PÃO DA VIDA,
quer da mesa da Palavra de Deus
quer da do Corpo de Cristo”

                       DV 21 e OLM 10
“O Evangelho é o Corpo de
Cristo. E quando Ele fala em
comer a sua carne e beber o seu
sangue (Jo 6, 53), embora estas
palavras se possam entender do
Mistério [eucarístico], todavia
também a palavra da Escritura é
verdadeiramente o corpo de
Cristo e o seu sangue...
...Quando   vamos     receber    o
Mistério [eucarístico], se cair uma
migalha sentimo-nos perdidos. E,
quando estamos a escutar a Palavra
de Deus e nos é derramada nos
ouvidos a Palavra de Deus que é
carne de Cristo e seu sangue, se nos
distrairmos com outra coisa, não
incorremos em grande perigo?”

                       São Jerônimo
O SERVIÇO DA PALAVRA

a) O Lecionário (57).
A estrutura atual, conforme as
determinações do Vaticano II (SC 107-
108), apresenta os textos mais
importantes da Escritura, e favorece a
compreensão da unidade do plano
divino, através da correlação entre as
leituras do Antigo e do Novo
Testamento, centrada em Cristo e no
seu mistério pascal.
O SERVIÇO DA PALAVRA
b) Leitores e leitoras - FORMAÇÃO:
 - Bíblica , enquadrar as leituras no
   seu contexto e identificarem o
   centro do anúncio revelado à luz da
   fé;
 - Litúrgica, poder perceber o sentido
   e a estrutura da liturgia da Palavra
   e os motivos da relação entre a
   liturgia da Palavra e o sacramento
   ou sacramental;
 - Técnica , arte de lerem em público
   tanto com a simples voz natural,
   como com a ajuda dos instrumentos
O SERVIÇO DA PALAVRA
c) A homilia (59-60).

É uma atualização da mensagem da
Escritura, de tal modo que os fiéis
sejam levados a descobrir a presença
e a eficácia da Palavra de Deus no
momento atual da sua vida, sejam
levados à compreensão do mistério
que se celebra, à missão, e se
preparem para a profissão de fé, a
oração universal e a liturgia
eucarística.
Liturgia das Horas (62)



 É uma forma de oração
que exalta a Sagrada
Escritura, pois constitui
«uma forma privilegiada de
escuta da Palavra de Deus,
porque põe os fiéis em
contacto com a Sagrada
Escritura e com a Tradição
viva da Igreja.
Liturgia das Horas (62)


  Na Liturgia das Horas
manifesta-se o ideal cristão
de   santificação   do   dia
inteiro, ritmado pela escuta
da Palavra de Deus e pela
oração dos Salmos, de modo
que    toda    a   atividade
encontre o seu ponto de
referência     no     louvor
prestado a Deus.
Sugestões
e propostas

 VD 64-71
As sugestões e propostas
concretas para a
animação litúrgica
desejam favorecer no
Povo de Deus, uma
crescente familiaridade
com a Palavra de Deus no
âmbito das ações
litúrgicas ou de algum
modo relacionadas com
Celebrações da Palavra de Deus
(65)

Essas celebrações são:
  - momentos privilegiados de
    encontro com o Senhor;
  - possibilidade de os fiéis
    penetrarem melhor na
    riqueza do Lecionário para
    meditar e rezar a Sagrada
    Escritura;
  - alimento da fé dos fiéis.
O silêncio (66)
  - A Palavra pode ser pronunciada e
    ouvida apenas no silêncio,
    quando, com a ajuda do Espírito
    Santo, a Palavra de Deus é
    acolhida no coração.

  - A Liturgia da Palavra deve ser
    celebrada de modo a favorecer a
    meditação (IGMR 56).

  - O silêncio, quando previsto, deve
    ser considerado parte da
    celebração (IGMR 45).
Proclamação do Evangelho
(67)
  -O Evangeliário, conduzido
processionalmente durante os
ritos iniciais, é depositado sobre
o altar e, depois, levado ao
ambão pelo diácono ou por um
sacerdote para a proclamação.
 -Deste modo ajuda-se o Povo de
Deus a reconhecer que “a leitura
do Evangelho constitui o ápice
A Palavra de Deus no templo cristão
(68)
  Para favorecer a escuta da Palavra
de Deus, são importantes:
 - a acústica;
 - a expressividade do próprio espaço
   sagrado;
 - o ambão, lugar litúrgico donde é
   proclamada a Palavra de Deus (e só
   a Palavra de Deus, não a do
   comentarista, nem a de quem dá
   avisos).
 Sugere-se que, nas igrejas, haja
   também um local de honra onde se
   possa colocar a Sagrada Escritura
Exclusividade       dos      textos
bíblicos (69)
  As leituras da Sagrada Escritura
nunca sejam substituídas por outros
textos, pois nenhum poderá atingir o
valor e a riqueza contida na Sagrada
Escritura que é Palavra de Deus.
 Recorde-se que também o Salmo
Responsorial é Palavra de Deus, pela
qual respondemos à voz do Senhor e
por isso não deve ser substituído por
outros textos.
Canto litúrgico (70)
  No âmbito da valorização da
Palavra de Deus durante a celebração
litúrgica, tenha-se presente também o
canto nos momentos previstos pelo
próprio rito,
  favorecendo o canto de clara
inspiração bíblica
  capaz de exprimir a beleza da
Palavra divina por meio de um
harmonioso acordo entre as palavras
e a música.
Atenção aos cegos e aos surdos
(71)

  As comunidades cristãs
  providenciem instrumentos
  adequados para ir ao encontro da
  dificuldade desses irmãos e irmãs,
  para que lhes seja possível
  também estabelecer um contato
  vivo com a Palavra do Senhor.
–LEITURA
 –ORANTE
   –DA
–PALAVRA
–DE DEUS
           –VD 87
Todo fiel necessita de uma abordagem
orante do texto sagrado como elemento
fundamental de sua vida espiritual. Por
isso, “debrucem-se gostosamente sobre
o texto sagrado.
  - “Quando lês, é Deus que te fala; quando
  rezas, és tu que falas a Deus” (Santo
  Agostinho).
  - Para Orígenes, a inteligência das
  Escrituras exige, mais do que o estudo, a
  intimidade com Cristo e a oração; não
  existe autêntico conhecimento de Cristo
  sem enamorar-se d’Ele.
Dimensão comunitária
da leitura bíblica .
  - Deve-se evitar o risco de uma
  abordagem individualista , tendo
  presente que a Palavra de Deus
  nos é dada precisamente para
  construir comunhão, para nos
  unir na Verdade no nosso caminho
  para Deus.
  - Sendo uma Palavra que se dirige
  a cada um pessoalmente, é
  também uma Palavra que constrói
  comunidade, que constrói a
Lectio divina (87)

A LEITURA do texto (lectio) suscita
a interrogação sobre o seu conteúdo:
O QUE DIZ O TEXTO BÍBLICO EM SI?

  Sem este momento, corre-se o risco que
  o texto se torne somente um pretexto
  para nunca ultrapassar os nossos
  pensamentos.
Segue-se a MEDITAÇÃO
( meditatio ), durante a qual
nos perguntamos:
O QUE NOS DIZ O TEXTO
BÍBLICO ?

  Aqui cada um, pessoalmente,
  mas também como realidade
  comunitária, deve deixar-se
  sensibilizar e questionar, pois
  são palavras pronunciadas no
  presente.
Chega-se   ao momento     da
ORAÇÃO ( oratio ), que supõe
a pergunta:
QUE DIZEMOS AO SENHOR,
EM    RESPOSTA      À   SUA
PALAVRA ?

  A oração enquanto pedido,
  intercessão, ação de graças e
  louvor é o primeiro modo como
  a Palavra nos transforma.
Conclui-se com a
CONTEMPLAÇÃO
( contemplatio ), durante a
qual assumimos como dom de
Deus o seu próprio olhar, ao
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Verbum Domini ii parte lit palavra (4)

  • 1. VERBUM DOMINI II PARTE VERBUM IN ECCLESIA A todos os que O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1, 12)
  • 2. 1. A Igreja acolhe a Palavra (50) O Senhor pronuncia a sua Palavra para que seja acolhida. Receber o Verbo significa deixar-se plasmar por Ele. Os Santos são testemunhas dessa realidade nova (48).
  • 4. A Palavra de Deus na Liturgia (52) A Igreja é casa da Palavra , e na Liturgia Deus nos fala no momento presente da nossa vida. Na ação litúrgica Cristo está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura (SC 7).
  • 5. A Igreja lê as Escrituras no ritmo do ano litúrgico, cujo centro é o Mistério Pascal. VD 52
  • 6. Sagrada Escritura e Sacramentos – 53; 61 A liturgia da Palavra é um elemento decisivo na celebração de cada um dos Sacramentos; existe um vínculo que une o gesto e a palavra. Na história da salvação, não há separação entre o que Deus diz e faz. Do mesmo modo, na ação litúrgica, somos colocados diante da sua Palavra que realiza aquilo que diz.
  • 7. Palavra de Deus e Eucaristia (54) Há uma unidade íntima entre Palavra e Eucaristia, que nos levam a reconhecer o Senhor ressuscitado em nosso meio: “Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos explicava as Escrituras?” (Emaús – Lc 24,32). VD 54
  • 8. “A carne do Senhor é verdadeiro alimento, e o seu sangue verdadeira bebida; tal é o verdadeiro bem que nos está reservado na vida presente: nutrirmo-nos da sua carne e beber o seu sangue, não só na Eucaristia, mas também na leitura da Sagrada Escritura”. São Jerônimo
  • 9. “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o PÃO DA VIDA, quer da mesa da Palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” DV 21 e OLM 10
  • 10. “O Evangelho é o Corpo de Cristo. E quando Ele fala em comer a sua carne e beber o seu sangue (Jo 6, 53), embora estas palavras se possam entender do Mistério [eucarístico], todavia também a palavra da Escritura é verdadeiramente o corpo de Cristo e o seu sangue...
  • 11. ...Quando vamos receber o Mistério [eucarístico], se cair uma migalha sentimo-nos perdidos. E, quando estamos a escutar a Palavra de Deus e nos é derramada nos ouvidos a Palavra de Deus que é carne de Cristo e seu sangue, se nos distrairmos com outra coisa, não incorremos em grande perigo?” São Jerônimo
  • 12. O SERVIÇO DA PALAVRA a) O Lecionário (57). A estrutura atual, conforme as determinações do Vaticano II (SC 107- 108), apresenta os textos mais importantes da Escritura, e favorece a compreensão da unidade do plano divino, através da correlação entre as leituras do Antigo e do Novo Testamento, centrada em Cristo e no seu mistério pascal.
  • 13. O SERVIÇO DA PALAVRA b) Leitores e leitoras - FORMAÇÃO: - Bíblica , enquadrar as leituras no seu contexto e identificarem o centro do anúncio revelado à luz da fé; - Litúrgica, poder perceber o sentido e a estrutura da liturgia da Palavra e os motivos da relação entre a liturgia da Palavra e o sacramento ou sacramental; - Técnica , arte de lerem em público tanto com a simples voz natural, como com a ajuda dos instrumentos
  • 14. O SERVIÇO DA PALAVRA c) A homilia (59-60). É uma atualização da mensagem da Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus no momento atual da sua vida, sejam levados à compreensão do mistério que se celebra, à missão, e se preparem para a profissão de fé, a oração universal e a liturgia eucarística.
  • 15. Liturgia das Horas (62) É uma forma de oração que exalta a Sagrada Escritura, pois constitui «uma forma privilegiada de escuta da Palavra de Deus, porque põe os fiéis em contacto com a Sagrada Escritura e com a Tradição viva da Igreja.
  • 16. Liturgia das Horas (62) Na Liturgia das Horas manifesta-se o ideal cristão de santificação do dia inteiro, ritmado pela escuta da Palavra de Deus e pela oração dos Salmos, de modo que toda a atividade encontre o seu ponto de referência no louvor prestado a Deus.
  • 18. As sugestões e propostas concretas para a animação litúrgica desejam favorecer no Povo de Deus, uma crescente familiaridade com a Palavra de Deus no âmbito das ações litúrgicas ou de algum modo relacionadas com
  • 19. Celebrações da Palavra de Deus (65) Essas celebrações são: - momentos privilegiados de encontro com o Senhor; - possibilidade de os fiéis penetrarem melhor na riqueza do Lecionário para meditar e rezar a Sagrada Escritura; - alimento da fé dos fiéis.
  • 20. O silêncio (66) - A Palavra pode ser pronunciada e ouvida apenas no silêncio, quando, com a ajuda do Espírito Santo, a Palavra de Deus é acolhida no coração. - A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de modo a favorecer a meditação (IGMR 56). - O silêncio, quando previsto, deve ser considerado parte da celebração (IGMR 45).
  • 21. Proclamação do Evangelho (67) -O Evangeliário, conduzido processionalmente durante os ritos iniciais, é depositado sobre o altar e, depois, levado ao ambão pelo diácono ou por um sacerdote para a proclamação. -Deste modo ajuda-se o Povo de Deus a reconhecer que “a leitura do Evangelho constitui o ápice
  • 22. A Palavra de Deus no templo cristão (68) Para favorecer a escuta da Palavra de Deus, são importantes: - a acústica; - a expressividade do próprio espaço sagrado; - o ambão, lugar litúrgico donde é proclamada a Palavra de Deus (e só a Palavra de Deus, não a do comentarista, nem a de quem dá avisos). Sugere-se que, nas igrejas, haja também um local de honra onde se possa colocar a Sagrada Escritura
  • 23. Exclusividade dos textos bíblicos (69) As leituras da Sagrada Escritura nunca sejam substituídas por outros textos, pois nenhum poderá atingir o valor e a riqueza contida na Sagrada Escritura que é Palavra de Deus. Recorde-se que também o Salmo Responsorial é Palavra de Deus, pela qual respondemos à voz do Senhor e por isso não deve ser substituído por outros textos.
  • 24. Canto litúrgico (70) No âmbito da valorização da Palavra de Deus durante a celebração litúrgica, tenha-se presente também o canto nos momentos previstos pelo próprio rito, favorecendo o canto de clara inspiração bíblica capaz de exprimir a beleza da Palavra divina por meio de um harmonioso acordo entre as palavras e a música.
  • 25. Atenção aos cegos e aos surdos (71) As comunidades cristãs providenciem instrumentos adequados para ir ao encontro da dificuldade desses irmãos e irmãs, para que lhes seja possível também estabelecer um contato vivo com a Palavra do Senhor.
  • 26. –LEITURA –ORANTE –DA –PALAVRA –DE DEUS –VD 87
  • 27. Todo fiel necessita de uma abordagem orante do texto sagrado como elemento fundamental de sua vida espiritual. Por isso, “debrucem-se gostosamente sobre o texto sagrado. - “Quando lês, é Deus que te fala; quando rezas, és tu que falas a Deus” (Santo Agostinho). - Para Orígenes, a inteligência das Escrituras exige, mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração; não existe autêntico conhecimento de Cristo sem enamorar-se d’Ele.
  • 28. Dimensão comunitária da leitura bíblica . - Deve-se evitar o risco de uma abordagem individualista , tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão, para nos unir na Verdade no nosso caminho para Deus. - Sendo uma Palavra que se dirige a cada um pessoalmente, é também uma Palavra que constrói comunidade, que constrói a
  • 29. Lectio divina (87) A LEITURA do texto (lectio) suscita a interrogação sobre o seu conteúdo: O QUE DIZ O TEXTO BÍBLICO EM SI? Sem este momento, corre-se o risco que o texto se torne somente um pretexto para nunca ultrapassar os nossos pensamentos.
  • 30. Segue-se a MEDITAÇÃO ( meditatio ), durante a qual nos perguntamos: O QUE NOS DIZ O TEXTO BÍBLICO ? Aqui cada um, pessoalmente, mas também como realidade comunitária, deve deixar-se sensibilizar e questionar, pois são palavras pronunciadas no presente.
  • 31. Chega-se ao momento da ORAÇÃO ( oratio ), que supõe a pergunta: QUE DIZEMOS AO SENHOR, EM RESPOSTA À SUA PALAVRA ? A oração enquanto pedido, intercessão, ação de graças e louvor é o primeiro modo como a Palavra nos transforma.
  • 32. Conclui-se com a CONTEMPLAÇÃO ( contemplatio ), durante a qual assumimos como dom de Deus o seu próprio olhar, ao julgar a realidade, e interrogamo-nos: QUAL É A CONVERSÃO DA MENTE, DO CORAÇÃO E DA VIDA QUE O SENHOR NOS PEDE ?