SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
Administração Mercadológica



                  Considerações Sobre a Qualidade na
                      Criação de Produtos e Serviços

                                      Aspectos Gerais


Origem e significado do termo:

       A palavra qualidade provém do Latim “Qualitate”, e está definida gramaticalmente
em nossa língua como sendo:




        Aquilo que caracteriza uma pessoa ou coisa, e que a distingue das outras.

                                                      Dicionário da Língua Portuguesa on-line




       Podemos perceber então que a expressão qualidade refere-se a algo peculiar em
determinado objeto sobre o qual nos referirmos, seja ele pessoa, produto ou serviço.
Atribuímos qualidades a algo com a intenção de diferenciá-lo dos demais, agregando
inclusive valor e utilidade as quais estivermos nos referindo.
       Melhores serão as qualidades de algo na proporção em que suas peculiaridades
permitam que o mesmo adapte-se a determinada situação, a qual irá gerar resultados. Vemos
assim que o conceito qualidade não define de imediato se algo é bom ou ruim, na verdade o
fator determinante da qualidade será a situação a qual nos encontrarmos.
       Uma característica pode ser benéfica em determinado momento ou período histórico, e
tornar-se inviável em outro.
       Definimos assim a origem e significado da expressão qualidade, vimos que trata-se de
um termo amplo, passível de muitas indagações. Iremos então “recortar” melhor o tema, visto
que nosso objeto de estudo é a qualidade e suas considerações para as empresas, embora,
como veremos adiante, todas estejam correlacionadas.




                                                            Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 1
Administração Mercadológica




Gráfico 1         Qualidade                           Qualidade
                   para as                             para as                    Objeto de estudo
                   pessoas                            empresas




            Fatores Psicológicos:                 Fatores Técnicos e Financeiros:

            - Teoria do Consumidor                - Custo, 4 P’s, Recursos, Margem.




Definição da Qualidade para o Consumidor

       Podemos analisar o mecanismo de satisfação do cliente por uma simplificação da
Teoria do Consumidor em Microeconomia, através de três questões-chave:


   1- O que eu quero ?
   2- O que eu preciso ?
   3- O que eu tenho ?


       Embora simples, estes três conceitos combinados criam uma poderosa ferramenta de
análise da relação empresa/consumidor.
       Veja, problemas e insatisfações surgem, em geral, quando temos respostas distintas
para as três questões. Quando temos respostas idênticas, o processo mercadológico será
considerado praticamente perfeito, pois o cliente desejará aquilo que precisa e terá
acessibilidade ao bem/serviço.
       Este mecanismo é facilmente verossímil em produtos simples, de baixa tecnologia
agregada.
       Entretanto,   em    produtos   complexos    vemos    as   possibilidades    de   conflito
potencializadas, visto a grande dificuldade em coesão nas respostas obtidas.


                                                           Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 2
Administração Mercadológica




       O maior potencial de dano à relação empresa/consumidor ocorre quando temos
respostas díspares entre as questões 1 e 3.
       Divergências entre os itens 2 e 3 são relativamente comuns, estando associadas ao
fenômeno do consumismo, criado especialmente pela demanda “inflada” de bens não
essenciais. Nesta conjuntura, existe necessidade de esforço permanente de marketing, visando
direcionar a resposta da questão 2, criando necessidades onde estas não existiam inicialmente,
convergindo a questão 2 em relação à 1.




Definição de Qualidade para as empresas



       Empresarialmente qualidade tem se mostrado em constante mudança, visto que a
mesma faz parte dos processos de trabalho interno de organizações que tem por finalidade o
comércio, e estas têm a necessidade constante de mudança e adaptação as condições sócio-
econômicas, assim como aos novos paradigmas nas sociedades em que estão inseridas.
       Empresas devem gerar artigos ou serviços que atendam a padrões de qualidade de seus
consumidores. Quando estes são humanos, existem fatores psicológicos (veja gráfico 1) a
serem trabalhados que vão desde um padrão de imagem até mesmo a questões de
necessidades de prazer pessoal. Já para as empresas, qualidade assume uma abordagem mais
analítica e racional, um produto deve possuir qualidades que o tornem mais barato e que
gerem o melhor resultado final possível, com índices de eficiência comparados à média do
mercado. Além da questão do simples consumo, atualmente a qualidade é trabalhada em cada
momento de atividade da empresa.
       A melhor forma de se fazer qualquer coisa, desde a pesquisa de mercado, passando
pelo momento da compra de insumos, até a produção, venda e a assistência técnica ao cliente,
tudo pode e deve ser inovado, aperfeiçoado, na busca que ambas as partes envolvidas na
negociação ganhem no final.
       Mais uma vez o termo qualidade torna-se muito abrangente, levando-nos a um novo
“recorte”, já que nossa intenção principal é avaliar a qualidade principalmente no ambiente
interno da empresa.



                                                          Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 3
Administração Mercadológica


                                  Ambientes Organizacionais

 Ambiente externo
                                                                                   Gráfico 2


                 Ambiente interno
                                                Relacionamentos


                      Gerência                                                       Objeto
                                         Empresa                                       de
                                                                                     estudo


                             Processos                Serviços



          Clientes           Parceiros estratégicos          Competidores




       Embora não apresente todos os elementos presentes nos ambientes de uma empresa, o
gráfico 2 serve para demonstrarmos melhor que nosso foco está concentrado prioritariamente
no ambiente interno, nos processos de produção e organização, entre outros. Inevitavelmente
acabaremos citando questões que envolvem a qualidade diretamente em outros setores, já que
todos estão relacionados, mas visto a enorme quantidade de informações presente em cada um
destes, decidimos optar por um foco de estudo, colhendo assim maior número de informações
úteis sobre o tema.


Definição Empresarial:


       Atualmente qualidade em uma empresa pode ser definida como:

- Estar em conformidade com os requisitos dos clientes.
- Grau de ajuste de um produto à demanda que pretende satisfazer.
- Antecipar e satisfazer os desejos dos clientes.
- Escrever tudo o que se deve fazer, e fazer tudo o que se escreve...
- Qualidade não possui significado, exceto quando definida pelos desejos e necessidades de
seus clientes. (Deming)


                                                             Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 4
Administração Mercadológica


       Existem inúmeras outras definições, pois como vimos a qualidade depende das
circunstâncias e peculiaridades de algo.


       Concluindo as definições, para fins comerciais existe uma norma técnica reconhecida
em todo território nacional, e que define qualidade:




                                          NBR ISO 8402 *

       Qualidade é a totalidade das características de uma entidade que lhe confere
            a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas.




Entidade: Produto do qual estamos falando (bem ou serviço)
Necessidades Explícitas: Condições e objetivos propostos pelo produtor
Necessidades Implícitas: Diferenças entre os usuários, evolução do tempo, implicações
éticas, questões de segurança e outras visões subjetivas.




     * ISO é um padrão de normas técnicas reconhecido internacionalmente, a sigla NBR significa que esta foi
               adaptada as normas brasileiras, e a numeração 8402 representam seu código de identificação.



                                                                  Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 5
Administração Mercadológica



                                        “Case”

Considerando:


                                                                  Implícitas
1 – NBR ISO 8402                    Necessidades
                                                                  Explícitas




                                            O que eu quero ?
2 – Teoria do Consumidor                    O que eu preciso ?
                                            O que eu tenho ?




                                                           Alto Custo
3 – Objeto de estudo                Tênis
                                                           Baixo Custo




- Analise como estes produtos exploram as necessidades implícitas e explícitas do cliente.


- Analise como a empresa busca responder as três perguntas do consumidor.




                                                          Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 6

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Administração mercadológica aula 02 - legislação + estudo de caso
Administração mercadológica   aula 02 - legislação + estudo de casoAdministração mercadológica   aula 02 - legislação + estudo de caso
Administração mercadológica aula 02 - legislação + estudo de casoivanjacomassi
 
Administração mercadológica aula 06 - compostos de marketing - 4 e 7 p's +...
Administração mercadológica   aula 06 - compostos de marketing - 4  e 7 p's +...Administração mercadológica   aula 06 - compostos de marketing - 4  e 7 p's +...
Administração mercadológica aula 06 - compostos de marketing - 4 e 7 p's +...ivanjacomassi
 
Aula 7 administração mercadologica gestao mkt
Aula 7   administração mercadologica gestao mktAula 7   administração mercadologica gestao mkt
Aula 7 administração mercadologica gestao mktMKTMAIS
 
Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012
Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012
Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012Anderson Oliveira
 
Administração mercadológica aula 01 - história e conceito
Administração mercadológica   aula 01 - história e conceitoAdministração mercadológica   aula 01 - história e conceito
Administração mercadológica aula 01 - história e conceitoivanjacomassi
 
Administração Mercadológica I - Conceitos Parte I
Administração Mercadológica I - Conceitos Parte IAdministração Mercadológica I - Conceitos Parte I
Administração Mercadológica I - Conceitos Parte IAlexandre Siqueira
 

Destaque (6)

Administração mercadológica aula 02 - legislação + estudo de caso
Administração mercadológica   aula 02 - legislação + estudo de casoAdministração mercadológica   aula 02 - legislação + estudo de caso
Administração mercadológica aula 02 - legislação + estudo de caso
 
Administração mercadológica aula 06 - compostos de marketing - 4 e 7 p's +...
Administração mercadológica   aula 06 - compostos de marketing - 4  e 7 p's +...Administração mercadológica   aula 06 - compostos de marketing - 4  e 7 p's +...
Administração mercadológica aula 06 - compostos de marketing - 4 e 7 p's +...
 
Aula 7 administração mercadologica gestao mkt
Aula 7   administração mercadologica gestao mktAula 7   administração mercadologica gestao mkt
Aula 7 administração mercadologica gestao mkt
 
Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012
Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012
Aula Marketing de Varejo - Professor Robert - 09-03-2012
 
Administração mercadológica aula 01 - história e conceito
Administração mercadológica   aula 01 - história e conceitoAdministração mercadológica   aula 01 - história e conceito
Administração mercadológica aula 01 - história e conceito
 
Administração Mercadológica I - Conceitos Parte I
Administração Mercadológica I - Conceitos Parte IAdministração Mercadológica I - Conceitos Parte I
Administração Mercadológica I - Conceitos Parte I
 

Semelhante a Considerações sobre qualidade na criação de produtos e serviços

Gestao da qualidade - unesav
Gestao da qualidade - unesavGestao da qualidade - unesav
Gestao da qualidade - unesavcasa
 
Real Time Decisioning - Oracle
Real Time Decisioning - OracleReal Time Decisioning - Oracle
Real Time Decisioning - OracleCarolina Morgado
 
Cadernos de Excelência - Clientes
Cadernos de Excelência - ClientesCadernos de Excelência - Clientes
Cadernos de Excelência - ClientesAdeildo Caboclo
 
Gestão da Qualidade nas Organizações
Gestão da Qualidade nas OrganizaçõesGestão da Qualidade nas Organizações
Gestão da Qualidade nas OrganizaçõesAdeildo Caboclo
 
Aula 7 e 8 modelos de gestão 2011.1 final
Aula 7 e 8    modelos de gestão 2011.1 finalAula 7 e 8    modelos de gestão 2011.1 final
Aula 7 e 8 modelos de gestão 2011.1 finalAngelo Peres
 
E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010
 E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010 E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010
E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010DOM Strategy Partners
 
2016 2017 manual de apoio sgq
2016 2017 manual de apoio sgq2016 2017 manual de apoio sgq
2016 2017 manual de apoio sgqXavier Cedeño
 
T U R I S M O QUALIDADE: CONDIÇÃO DE COMPETITIVIDADE
T U R I S M O QUALIDADE:  CONDIÇÃO DE  COMPETITIVIDADET U R I S M O QUALIDADE:  CONDIÇÃO DE  COMPETITIVIDADE
T U R I S M O QUALIDADE: CONDIÇÃO DE COMPETITIVIDADECláudio Carneiro
 
Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...
Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...
Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...Impacta Eventos
 
02 admg - carlos xavier - anatel
02   admg - carlos xavier - anatel02   admg - carlos xavier - anatel
02 admg - carlos xavier - anatelEster Almeida
 
Levantamento Ágil de Requisitos
Levantamento Ágil de RequisitosLevantamento Ágil de Requisitos
Levantamento Ágil de RequisitosPaulo Furtado
 
Ferramentas de Qualidade Total
Ferramentas de Qualidade TotalFerramentas de Qualidade Total
Ferramentas de Qualidade Totalelliando dias
 

Semelhante a Considerações sobre qualidade na criação de produtos e serviços (20)

APSI2
APSI2APSI2
APSI2
 
Gestao da qualidade - unesav
Gestao da qualidade - unesavGestao da qualidade - unesav
Gestao da qualidade - unesav
 
Real Time Decisioning - Oracle
Real Time Decisioning - OracleReal Time Decisioning - Oracle
Real Time Decisioning - Oracle
 
Cadernos de Excelência - Clientes
Cadernos de Excelência - ClientesCadernos de Excelência - Clientes
Cadernos de Excelência - Clientes
 
Gestão da Qualidade nas Organizações
Gestão da Qualidade nas OrganizaçõesGestão da Qualidade nas Organizações
Gestão da Qualidade nas Organizações
 
Aula 7 e 8 modelos de gestão 2011.1 final
Aula 7 e 8    modelos de gestão 2011.1 finalAula 7 e 8    modelos de gestão 2011.1 final
Aula 7 e 8 modelos de gestão 2011.1 final
 
Aula lumus
Aula lumusAula lumus
Aula lumus
 
E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010
 E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010 E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010
E-Book Relacionamento com Clientes DOM Strategy Partners 2010
 
Atendimento clientes william
Atendimento clientes williamAtendimento clientes william
Atendimento clientes william
 
2016 2017 manual de apoio sgq
2016 2017 manual de apoio sgq2016 2017 manual de apoio sgq
2016 2017 manual de apoio sgq
 
T U R I S M O QUALIDADE: CONDIÇÃO DE COMPETITIVIDADE
T U R I S M O QUALIDADE:  CONDIÇÃO DE  COMPETITIVIDADET U R I S M O QUALIDADE:  CONDIÇÃO DE  COMPETITIVIDADE
T U R I S M O QUALIDADE: CONDIÇÃO DE COMPETITIVIDADE
 
Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...
Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...
Usuários são peças fundamentais no quebra-cabeça da inovação: entenda e inter...
 
Trabalho de semestre b2 b parte ii
Trabalho de semestre b2 b parte iiTrabalho de semestre b2 b parte ii
Trabalho de semestre b2 b parte ii
 
Qualidade
QualidadeQualidade
Qualidade
 
Gestão por Indicadores
Gestão por IndicadoresGestão por Indicadores
Gestão por Indicadores
 
02 admg - carlos xavier - anatel
02   admg - carlos xavier - anatel02   admg - carlos xavier - anatel
02 admg - carlos xavier - anatel
 
Apostila2.2011.doc
Apostila2.2011.docApostila2.2011.doc
Apostila2.2011.doc
 
Levantamento Ágil de Requisitos
Levantamento Ágil de RequisitosLevantamento Ágil de Requisitos
Levantamento Ágil de Requisitos
 
Ferramentas de Qualidade Total
Ferramentas de Qualidade TotalFerramentas de Qualidade Total
Ferramentas de Qualidade Total
 
Endomarketing
EndomarketingEndomarketing
Endomarketing
 

Último

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 

Último (20)

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 

Considerações sobre qualidade na criação de produtos e serviços

  • 1. Administração Mercadológica Considerações Sobre a Qualidade na Criação de Produtos e Serviços Aspectos Gerais Origem e significado do termo: A palavra qualidade provém do Latim “Qualitate”, e está definida gramaticalmente em nossa língua como sendo: Aquilo que caracteriza uma pessoa ou coisa, e que a distingue das outras. Dicionário da Língua Portuguesa on-line Podemos perceber então que a expressão qualidade refere-se a algo peculiar em determinado objeto sobre o qual nos referirmos, seja ele pessoa, produto ou serviço. Atribuímos qualidades a algo com a intenção de diferenciá-lo dos demais, agregando inclusive valor e utilidade as quais estivermos nos referindo. Melhores serão as qualidades de algo na proporção em que suas peculiaridades permitam que o mesmo adapte-se a determinada situação, a qual irá gerar resultados. Vemos assim que o conceito qualidade não define de imediato se algo é bom ou ruim, na verdade o fator determinante da qualidade será a situação a qual nos encontrarmos. Uma característica pode ser benéfica em determinado momento ou período histórico, e tornar-se inviável em outro. Definimos assim a origem e significado da expressão qualidade, vimos que trata-se de um termo amplo, passível de muitas indagações. Iremos então “recortar” melhor o tema, visto que nosso objeto de estudo é a qualidade e suas considerações para as empresas, embora, como veremos adiante, todas estejam correlacionadas. Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 1
  • 2. Administração Mercadológica Gráfico 1 Qualidade Qualidade para as para as Objeto de estudo pessoas empresas Fatores Psicológicos: Fatores Técnicos e Financeiros: - Teoria do Consumidor - Custo, 4 P’s, Recursos, Margem. Definição da Qualidade para o Consumidor Podemos analisar o mecanismo de satisfação do cliente por uma simplificação da Teoria do Consumidor em Microeconomia, através de três questões-chave: 1- O que eu quero ? 2- O que eu preciso ? 3- O que eu tenho ? Embora simples, estes três conceitos combinados criam uma poderosa ferramenta de análise da relação empresa/consumidor. Veja, problemas e insatisfações surgem, em geral, quando temos respostas distintas para as três questões. Quando temos respostas idênticas, o processo mercadológico será considerado praticamente perfeito, pois o cliente desejará aquilo que precisa e terá acessibilidade ao bem/serviço. Este mecanismo é facilmente verossímil em produtos simples, de baixa tecnologia agregada. Entretanto, em produtos complexos vemos as possibilidades de conflito potencializadas, visto a grande dificuldade em coesão nas respostas obtidas. Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 2
  • 3. Administração Mercadológica O maior potencial de dano à relação empresa/consumidor ocorre quando temos respostas díspares entre as questões 1 e 3. Divergências entre os itens 2 e 3 são relativamente comuns, estando associadas ao fenômeno do consumismo, criado especialmente pela demanda “inflada” de bens não essenciais. Nesta conjuntura, existe necessidade de esforço permanente de marketing, visando direcionar a resposta da questão 2, criando necessidades onde estas não existiam inicialmente, convergindo a questão 2 em relação à 1. Definição de Qualidade para as empresas Empresarialmente qualidade tem se mostrado em constante mudança, visto que a mesma faz parte dos processos de trabalho interno de organizações que tem por finalidade o comércio, e estas têm a necessidade constante de mudança e adaptação as condições sócio- econômicas, assim como aos novos paradigmas nas sociedades em que estão inseridas. Empresas devem gerar artigos ou serviços que atendam a padrões de qualidade de seus consumidores. Quando estes são humanos, existem fatores psicológicos (veja gráfico 1) a serem trabalhados que vão desde um padrão de imagem até mesmo a questões de necessidades de prazer pessoal. Já para as empresas, qualidade assume uma abordagem mais analítica e racional, um produto deve possuir qualidades que o tornem mais barato e que gerem o melhor resultado final possível, com índices de eficiência comparados à média do mercado. Além da questão do simples consumo, atualmente a qualidade é trabalhada em cada momento de atividade da empresa. A melhor forma de se fazer qualquer coisa, desde a pesquisa de mercado, passando pelo momento da compra de insumos, até a produção, venda e a assistência técnica ao cliente, tudo pode e deve ser inovado, aperfeiçoado, na busca que ambas as partes envolvidas na negociação ganhem no final. Mais uma vez o termo qualidade torna-se muito abrangente, levando-nos a um novo “recorte”, já que nossa intenção principal é avaliar a qualidade principalmente no ambiente interno da empresa. Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 3
  • 4. Administração Mercadológica Ambientes Organizacionais Ambiente externo Gráfico 2 Ambiente interno Relacionamentos Gerência Objeto Empresa de estudo Processos Serviços Clientes Parceiros estratégicos Competidores Embora não apresente todos os elementos presentes nos ambientes de uma empresa, o gráfico 2 serve para demonstrarmos melhor que nosso foco está concentrado prioritariamente no ambiente interno, nos processos de produção e organização, entre outros. Inevitavelmente acabaremos citando questões que envolvem a qualidade diretamente em outros setores, já que todos estão relacionados, mas visto a enorme quantidade de informações presente em cada um destes, decidimos optar por um foco de estudo, colhendo assim maior número de informações úteis sobre o tema. Definição Empresarial: Atualmente qualidade em uma empresa pode ser definida como: - Estar em conformidade com os requisitos dos clientes. - Grau de ajuste de um produto à demanda que pretende satisfazer. - Antecipar e satisfazer os desejos dos clientes. - Escrever tudo o que se deve fazer, e fazer tudo o que se escreve... - Qualidade não possui significado, exceto quando definida pelos desejos e necessidades de seus clientes. (Deming) Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 4
  • 5. Administração Mercadológica Existem inúmeras outras definições, pois como vimos a qualidade depende das circunstâncias e peculiaridades de algo. Concluindo as definições, para fins comerciais existe uma norma técnica reconhecida em todo território nacional, e que define qualidade: NBR ISO 8402 * Qualidade é a totalidade das características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas. Entidade: Produto do qual estamos falando (bem ou serviço) Necessidades Explícitas: Condições e objetivos propostos pelo produtor Necessidades Implícitas: Diferenças entre os usuários, evolução do tempo, implicações éticas, questões de segurança e outras visões subjetivas. * ISO é um padrão de normas técnicas reconhecido internacionalmente, a sigla NBR significa que esta foi adaptada as normas brasileiras, e a numeração 8402 representam seu código de identificação. Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 5
  • 6. Administração Mercadológica “Case” Considerando: Implícitas 1 – NBR ISO 8402 Necessidades Explícitas O que eu quero ? 2 – Teoria do Consumidor O que eu preciso ? O que eu tenho ? Alto Custo 3 – Objeto de estudo Tênis Baixo Custo - Analise como estes produtos exploram as necessidades implícitas e explícitas do cliente. - Analise como a empresa busca responder as três perguntas do consumidor. Prof. Esp. Ivan Jacomassi Junior 6