Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Giberelinas
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
GIBERELINAS
Anna Fernanda
Ivete Marcelino
Valéria Gonçalves
2. A descoberta das Gibrelinas
• Hormônio vegetal Fungos
• “Doença da planta-boba” bakanae (1920)
Gibberella fujikuroi
Imagem: FARMD
3. • No Japão, isolaram a substância produzida pelo fungo,
denominando-a de “giberelina”;
• Foram obtidos cristais impuros também com atuação
no crescimento dos vegetais a partir do fungo:
Giberelina A e giberelina B
• Apenas em 1950, a sua estrutura química na forma
ativa foi explicada “ácido giberélico”
• Giberelina A A1, A2, A3
• Já são conhecidas 126 formas diferentes (AG1, AG2, ...,
AGx), porém, poucas ativas.
4. 80%
plantas
superiores
126
giberelinas
10% em
plantas e
fungos
10%
fungos
Poucas em
bactérias
6. Biossíntese
• Nas plantas, vem sendo explicada pela
combinação de abordagens bioquímicas e
genéticas;
• É fortemente regulada por fatores
ambientais;
• Locais: sementes, frutos em
desenvolvimento e tecidos vegetativos em
rápido crescimento. Regiões jovens +
eficientes.
7. As giberelinas são definidas mais por sua
estrutura química do que sua atividade biológica.
Fonte: Kerbauy, 2008
8. Etapas da via biossintética
• Etapa 1. Reação de
Ciclização.
• Etapa 2. Oxidação
para formar o AG12-
aldeído.
• Etapa 3. Conversão
de AG12- aldeído em
outras AGs.
Fonte: Kerbauy, 2008
10. Conjugação
• Giberelinas glicosiladas: principalmente em
sementes;
• Glicose: principal açúcar que se liga à
giberelina por meio do grupo carboxila;
• Giberelinas bioativas são desativadas por:
2β-hidroxilação
11. Transporte
GIBERELINAS
Produzidas em locais
próximos, ou no
próprio local de sua
ação
Possibilidade de
transporte por
existirem dentro de
diferentes tecidos
vegetais
12. Transporte de giberelinas entre tecidos
• Durante a germinação de
sementes de Arabidopsis:
tecido provascular, córtex
e endoderme da raiz.
Fonte: www.flickriver.com
• Plântulas de ervilha: entrenós imaturos, gemas e
folhas jovens.
13. Representação esquemática da semente de
cevada em germinação
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/giberelinas/giberelinas.php
14. Efeitos fisiológicos das giberelinas
• Desempenham papel importante no controle de todos
os estágios de desenvolvimento das plantas.
• Sua ação, frequentemente ocorre de maneira integrada
a outros hormônios.
15. Quebra da dormência em sementes e
germinação
• Sementes dormentes que requerem luz ou frio, se
tratadas com GA bioativa, finalizam a dormência e
promovendo a germinação
• Agem no enfraquecimento da camada do
endosperma que envolve o embrião promovendo a
emergência da plântula
• Induz a produção de enzimas hidrolíticas (proteases
e amilases) que degradam as reservas nutritivas
acumuladas no endosperma ou embrião.
16. Estimulam o crescimento do caule em
plantas anãs ou em roseta
• Plantas anãs são
geneticamente incapazes
de produzir GA.
• A aplicação de GA
estimula o alongamento
dos entrenós em varias
espécies.
• Diminuição da espessura
do caule e do tamanho da
folha, que fica mais clara.
17. Transição da fase juvenil para a adulta
• Plantas lenhosas perenes não florescem até
atingirem certo estagio de maturidade.
• Dependendo da espécie, aplicação de GA pode regular a
juvenilidade em ambos os sentidos.
• Em coníferas, por exemplo, essa fase pode durar 20 anos,
GAs aplicadas podem acelerar ou retardar a transição.
• Plantas muito jovens podem ser estimuladas a entrar
precocemente na fase reprodutiva.
18. Indução floral e determinação do sexo
• Em plantas unissexuais o sexo é determinado
geneticamente, mas fatores ambientais e nutrição, também
podem influenciar.
As GAs podem substituir esses fatores,
Aplicação ou GA : flores femininas
• Em dicotiledôneas, como pepino, espinafre, canhâmo, GAs
promovem a formação de flores estaminadas, os inibidores de
sua biossíntese promovem a formação de flores pistiladas.
Em espécies, como milho GA tem o efeito contrario.
19. Promoção no estabelecimento do fruto
e na partenocarpia
• Favorecem a fixação do fruto após a polinização;
• Os frutos no pé mantem a coloração verde por mais
tempo;
• Na ausência de polinização, GA induz o
estabelecimento do fruto, resultando num fruto
partenocárpico ( fruto sem sementes);
• O GA promove o estimulo à expansão e o crescimento
do pedicelo (talo que sustenta o fruto)
20. Laranjas peras sem sementes
tratadas com GA3
Uvas Thompson sem sementes
induzidas com GA3.
21. Aplicações comerciais das GAs e dos
inibidores da sua biossíntese
Produção de frutos
Aumentar o comprimento do pedúnculo de uvas
sem sementes
Maltagem da cevada
Acelera o processo de germinação das sementes
de cevada, que são secadas e pulverizadas para
produzir o malte.
Cana-de-açúcar
Estímulo do alongamento do entrenó durante o
inverno (maior acúmulo de sacarose).
22. Aplicações comerciais das GAs e dos
inibidores da sua biossíntese
Melhoramento vegetal
Estimulação do crescimento de plantas em
roseta bianuais, como beterraba e repolho.
Inibidores da biossíntese de giberelinas
Evitam o alongamento em algumas plantas
ornamentais (crisântemos, lírios, etc.)