3. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
bidimensional ambíguo tridimensional
4. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
composição ato ou
efeito de constituir um todo
modo pelo qual os elementos constituintes
dispõem
do todo se
PERCEPÇÃO DA FORMA
e integram; organização
Houaiss
5. teorias atomistas gestalt
=
MEIOS DIGITAIS III PERCEPÇÃO
Profa. Izabel Meister
DA FORMA =
o todo é percebido A forma é percebida
pelas partes – pela primeiro
observação das partes
leitura visual “todos” estruturados
resultado de relações
pregnância da forma
=
equilíbrio
clareza
harmonia
necessidade humana
6. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
“De acordo com a Gestalt, a arte se funda no princípio da pregnância
da forma. Ou seja, na formação de imagens, os fatores de equilíbrio,
clareza e harmonia visual constituem para o ser humano uma
necessidade e, por isso, considerados indispensáveis.”
João Gomes Filho*
* Gomes Filho, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma.Escrituras. São Paulo: 2003. 5ª. Edição
7. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Durante o século XIX e até o início do século XX, a Psicologia havia
se consolidado como um ramo da Filosofia, e limitava-se a estudar
tanto o comportamento como as emoções e a percepção. Nessa
época, os estudos sobre a percepção humana da forma tinham em
comum a análise atomista, ou seja, que procurava o conjunto a
partir de seus elementos. Sob esse ponto de vista, o homem
tenderia a somente perceber uma imagem através de suas partes
componentes, compreendendo-as por associações de experiências
passadas (associacionismo).
Em oposição direta a isto, surgiu a Teoria da GESTALT (ou
“configuração”) no início do século XX, com as idéias de psicólogos
alemães e austríacos, como Christian von Ehrenfels, Felix Krüger,
Wolfgang Köhler e Kurt Koffka.
8. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Gestalt = escola da psicologia experimental
Von Ehrenfels – filósofo de Viena – fins do séc. XIX = precursor
1910 (aproximadamente) = Max Werheimer, Wolfgang Kohler e
Kurt Koffka da Universidade de Frankfurt são os principiais
responsáveis pela difusão desta teoria.
TEORIA DA FORMA PERCEPÇÃO LINGUAGEM INTELIGÊNCIA
APRENDIZAGEM MEMÓRIA MOTIVAÇÃO CONDUTA EXPLORATÓRIA
DINÂMICA DE GRUPOS SOCIAIS
9. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Por que algumas formas agradam mais que outras?
10. A psicologia da forma se apoia
MEIOS DIGITAIS III fisiologia do sistema nervoso na
na
Profa. Izabel Meister
tentativa de explicar a relação
SUJEITO – OBJETO no campo da
percepção (percepção sensorial = sensação/
configuração do objeto + percepção representativa/
representação - sentido)
Integração das partes em oposição a soma do “todo”
(a forma é maior que suas partes)
Estrutura
Figura
Forma
Para o design = boa forma ou forma regular
ou imagem.
“Organização de dados sensoriais em unidades
que formam um todo ou um objeto”.
12. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Forma
Figura ou imagem visível do conteúdo = tudo que vemos
possui forma.
Perceopção da forma = resultado da interação entre o
objeto físico e o meio de luz + as imagens que prevalecem
no sistema nervoso do observador.
As diferenças acontecem quando da variação dos estímulos
visuais em função dos contrastes
13. O que acontece no cérebro
não é idêntico ao que
acontece na retina.
MEIOS DIGITAIS III Na percepção da forma, a
primeira sensação já é de
Profa. Izabel Meister FORMA, já é GLOBAL e
UNIFICADA.
Forças que regem a percepção da forma:
Forças externas: estímulos dados a retina pela objeto que
vemos
Forças internas: dinamismo cerebral
”O importante é perceber a forma por ela mesma; vê-la
como “todos” estruturados, resultado de relações. Deixar
de lado qualquer preocupação cultural e ir à procura
de uma ordem, dentro do todo.“
É como se fosse um entendimento universal.
14. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Vemos as coisas como as vemos por causa da organização
(forças internas) que se desenvolve a partir do estímulo
próximo (forças externas). Dito ainda de outra maneira:
cada imagem percebida é o resultado da interação dessas
duas forças.As forças externas sendo os agentes luminosos
bombardeando a retina, e as forças internas constituindo a
tendência de organizar, de estruturar, da melhor forma
possível, esses estímulos exteriores.
15. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Este entendimento universal é parte de uma época que acalantava esta
ideia de universalidade como um meio único – este processo cognitivo
ainda é válido?
O entendimento da forma é ainda uma linguagem universal ou trata da
universalidade do significado?
16. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
LEIS PADRÕES FATORES
PRINCÍPIOS DA GESTALT Unificação
formação da unidade
Segregação
para a percepção não há Fechamento
nenhuma qualidade
absoluta de cor, brilho ou Boa continuação
forma.
Há apenas relações. Proximidade
Semelhança
pregnância
17. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
UNIFICAÇÃO E SEGREGAÇÃO
- contraste +
18. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
UNIFICAÇÃO E SEGREGAÇÃO
Unidade = um único elemento ou como parte de um todo.
19. UNIFICAÇÃO: igualdade e
semelhança de
estímulos produzidos
pelo campo visual e
MEIOS DIGITAIS III pelo objeto.
Profa. Izabel Meister
Acontece pela
organização formal
(harmonia,
equilíbrio ordenação
visual) em
variação de grau
ou qualidade.
SEGREGAÇÃO: separar, identificar,
evidenciar ou
destacar
unidades formais.
pontos, planos,
volumes,
cores, sombras,
brilhos,
texturas....
24. BOA CONTINUIDADE OU BOA CONTINUAÇÃO
Sucessão das partes de modo coerente, sem quebras ou interrupções
MEIOS DIGITAIS III
na trajetória ou Meister visual.
Profa. Izabel fluidez
Toda a unidade linear a se prolongar na mesma direçãoe com o mesmo
movimento
Na primeira figura a linha anexa é a B.
Na segunda figura, o arranjo é menos definido: tanto B como C podem ser a continuação de A. Isso
significa que sempre temos uma certa impressão de como as partes sucessivas se seguirão umas às
outras, a nossa organização tende a se orientar no sentido da BOA CONTINUAÇÃO.
26. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
A figura A é bidimensional, por causa da continuação e
regularidade das diagonais.
A figura B é ambígua, pode parecer bi ou tridimensional. A
continuação da vertical impede uma percepção mais definida
do espaço.
Na figura C, a percepção é claramente tridimensional, pois há
quebra e irregularidade das linhas, sendo difícil uma
organização em continuidade.
27. PROXIMIDADE
Elementos DIGITAIS IIIpróximos tendem a ser vistos juntos: por forma,
MEIOS ópticos
Tamanho, Izabel Meister
Profa. textura, brilho, peso, direção....
O agrupamento natural é
AB/CD. Com muita dificuldade
conseguimos ver o arranjo AD
que, fatalmente, se perde ao
menor movimento dos olhos.
Neste exemplo, o agrupamento
é, ainda, mais imperioso.
Vemos ABC - filas de 3
pontinhos. Qualquer outro
arranjo é possível.
28. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
As diferentes distâncias, mais próximas,
provocam agrupamentos de quatro colunas em
pares.
30. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
SEMELHANÇA
Elementos ópticos próximos tendem a ser vistos juntos: por forma,
Tamanho, textura, brilho, peso, direção....
Os espaços são iguais, mas se formam
dois grupos alternados de colunas, pelo
fator de semelhança de cor.
A SEMELHANÇA é fator mais forte de
organização que a PROXIMIDADE. A
simples proximidade não basta para
explicar o agrupamento de elementos.
É necessário que estes tenham
qualidades em comum.
SEMELHANÇA e PROXIMIDADE: são
dois fatores que agem em comum,
muitas vezes se reforçam ou se
enfraquecem mutuamente.
31. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
Aqui não existe um agrupamento
ou uma unidade, apesar da proximidade
do hexágono e do ponto.
32. PREGNÂNCIA da forma ou força estrutural
Princípio geral que abrange todos os outros – indica níveis de pregnância.
MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
As forças de organização da forma buscam o sentido da clareza,
da unidade, do equilíbrio visual.
Um objeto de alta pregnância = máximo de equilíbrio, clareza e unificação
mínimo de complicação visual
O anel circular nesta figura é visto,
mais ou menos, homogeneamente
cinza. Entretanto, se colocarmos uma
agulha no meio do anel, formando
dois semicírculos, veremos que no
mesmo momento o semicírculo sobre
o fundo vermelho tomará uma cor
esverdeada e o semicírculo oposto
tomará uma cor avermelhada. –
exemplo elaborado por Wertheimer,
um dos fundadores da Escola Gestalt,
no início do século XX.
37. Gestalt por Luli Radfahrer
MEIOS DIGITAIS III EMERGÊNCIA: O rosto aparece por inteiro, depois
Profa. Izabel Meister identificamos suas partes. Ao contrário de um texto
escrito, não se vê pedaços de uma imagem que, aos
poucos, compôem um todo.
REIFICAÇÃO: O rosto é construído pelos traços que se
formam nos espaços entre as linhas e letras (repare a
franja). Eis um excelente exemplo da importância dos
espaços em branco (vazios) no desenho de uma página.
Eles dão suporte para os outros elementos.
PERCEPÇÃO MULTI-ESTÁVEL: Em uma composição
bem-feita, a visão não “pára” em um lugar. Perceba
como você olha para o rosto, o nome, o fundo. ISSO é
interatividade, muito mais interessante que um pop-up
ou qualquer outra chatice publicitária.
INVARIÂNCIA: As letras são reconhecidas e podem ser
lidas, pouco importa seu tamanho, distorção ou escala.
FECHAMENTO: Tendemos a “completar” a figura,
ligando as áreas similares para fechar espaços
próximos. É fácil ver as bochechas, a língua (escrita
“soul”, genial) etc. É o mesmo princípio que nos permite
compreender formas feitas de linhas pontilhadas.
38. Gestalt por Luli Radfahrer
MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister SIMILARIDADE: Agrupamos elementos parecidos,
instintivamente. Perceba que, por mais que você tente
evitar, o rosto se destaca do fundo, mesmo sendo da
mesma cor.
PROXIMIDADE: Elementos próximos são considerados
partes de um mesmo grupo.
SIMETRIA: Imagens simétricas são vistas como parte
de um mesmo grupo, pouco importa sua distância. É o
que forma o fundo - e o separa do rosto.
CONTINUIDADE: Compreendemos qualquer padrão
como contínuo, mesmo que ele se interrompa. É o que
nos faz ver a “pele” do sr. Brown como algo contínuo,
mesmo com todos os “buracos” das letras.
DESTINO COMUM: Elementos em uma mesma direção
são vistos como se estivessem em movimento e formam
uma unidade, como se percebe na “explosão” que
acontece no fundo do cartaz.
39. “Se considerarmos a gestalt de um artefato como um todo em
transformação, suaIII
MEIOS DIGITAIS aplicação se torna interessante para entender melhor
Profa. Izabel Meister
alguns aspectos do design de interação, por exemplo.
Enquanto o design gráfico trabalha com formas visuais e o design de
produto com formas físicas, o design de interação trabalha com formas
imateriais. Uma tela congelada de um software não pode representar sua
totalidade, pois não estão representadas inúmeras qualidades que só se
realizam no momento de uso. Só enquanto o software é usado é possível
perceber a dimensão do tempo, que se manifesta de forma
não-linear. À soma dessas qualidades, Jonas Löwgren dá o nome de
gestalt dinâmica, ou seja, a percepção geral das interações, sensações e
situações que são proporcionadas pelos artefatos interativos. (...)
Se os gestaltistas admitem que a percepção é influenciada pela experiência
prévia, porque não seria a percepção também influenciada pelas novas
experiências?”
http://usabilidoido.com.br/critica_a_gestalt_da_percepcao_visual.html - 06/09/2009
42. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
“Cada produtor anima as estruturas essenciais do design a
partir de seu próprio lugar no mundo.”
Ellen Lupton e Jennifer Cole Phillips
43. MEIOS DIGITAIS III
Profa. Izabel Meister
“na maioria dos casos, o desenho gráfico não é mais que uma
organização estética determinada.
Os ingredientes para as composições habitualmente são os
elementos básicos, como pontos, linhas, curvas, quadrados,
retângulos, triângulos, números, símbolos, etc.
A organização estética implica também na eleição de elementos
apropriados, assim como decidir sobre suas dimensões
específicas, cores, sombras, texturas, posições e direções.”
Wucius Wong e Benjamin Wong