SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  23
Télécharger pour lire hors ligne
Teoria dos
Grafos
Entendendo os grafos
• Relações entre os membros de um conjunto
Um conjunto pode possuir elementos que possuem
alguma relação entre si. Por exemplo, um conjunto
pode consistir de uma coleção de pessoas, países,
carros, etc. Supondo o conjunto que consiste numa
coleção de pessoas, duas pessoas, ou seja, dois
elementos do conjunto podem possuir uma relação
entre si, nesse exemplo, essas pessoas podem ser
parentes.
Entendendo os grafos
O problema de Euler:
A cidade de Königsberg que pertencia a antiga Prússia, é banhada pelo rio Pregel
que, ao atravessar a cidade se ramifica forma uma ilha (Kneiphof) que está ligada à
restante parte da cidade por sete pontes. Dizia-se que os habitantes da cidade, nos
dias soalheiros de descanso, tentavam efetuar um percurso que os obrigasse a
passar por todas as pontes, mas apenas uma vez em cada uma. Como as suas
tentativas foram sempre falhadas, muitos deles acreditavam que não era possível
encontrar tal percurso. Será que tinham razão?
Entendendo os grafos
Leonhard Euler , em 1736, não somente
elucidou a natureza desse problema, como
acabou por criar uma teoria que se aplica a
vários problemas desse tipo.
Euler pensou: “este é um tipo de problema no
qual as distâncias envolvidas são irrelevantes,
o que importa é como as várias porções de
terra estão interligadas entre si.”
Ele usou um modelo simplificado das ligações entre as regiões.
Euler estabeleceu um teorema que diz em que condições é possível
percorrer cada linha exatamente uma vez e voltar ao ponto inicial. Foi o
primeiro teorema da Teoria dos Grafos.
Euler provou que para o problema das 7 pontes de Königsberg não existia
solução...
Um grafo é uma estrutura G(V,E) em que V é o
um conjunto finito não vazio e E é um
conjunto de pares não ordenados de
elementos distintos de V.
Visualmente, os grafos são representados por um conjunto de
pontos e um conjunto de linhas ou setas ligando esses pontos.
V = {1, 2, 3, 4, 5}
E = {(1, 2), (1, 4), (2, 3), (2, 5), (4, 3), (5, 1)}
Definições básicas
• Laço: uma aresta que incide com um único
vértice é chamada de laço.
• Orientação – é a direção para a qual uma seta aponta. Se a
aresta não tiver seta, diz-se que ela não tem orientação.
• Incidente – Diz-se que uma aresta é incidente com os vértices
que ela liga (não importa a orientação).
• Vértices Adjacentes – dois vértices são adjacentes se estão
ligados por uma aresta.
• Vértice isolado – Um vértice é dito isolado se não existe
aresta incidente sobre ele.
• Arestas paralelas – Duas arestas incidentes nos mesmos
vértices (não importa a orientação). Ou seja, se a1 = (v,w) e
a2 = (v,w), então as arestas a1 e a2 são paralelas.
• Ordem – Ordem de um grafo é definida pelo número de vértices.
• Dimensão – A dimensão de um grafo representa o número de arestas
desse grafo.
• Passeio – É uma sequência de vértices e arestas com eventual
repetições de ambos.
• Caminho – É uma sequencia de arestas adjacentes que liga dois
vértices, sem repetições de arestas.
• Circuito – É um caminho que acaba e começa no mesmo vértice,
repetições de arestas.
• Grafo conexo – É um grafo em que para cada par de vértices existe
pelo menos um passeio que os une.
• Grau – Grau de um vértice v equivale ao número de arestas incidentes
sobre ele (um laço equivale a duas arestas)
Caminhos de Euler
• Um grafo G conexo possui caminho euleriano se e somente se
ele tem exatamente zero ou dois vértices de grau impar.
• Portanto, prova-se que o problema das 7 pontes de
Königsberg, não tem solução pelo fato de existir mais de 2
vértices com grau ímpares no grafo resultante do problema.
Grafos Dirigidos
Basicamente, um grafo é chamado dirigido se
suas arestas possuem orientação.
Matriz de vértices
Dado um grafo dirigido de n vértices, podemos
associar ao grafo uma matriz M = [mij] de
tamanho n x n chamada matriz de vértices, cujos
elementos são definidos da seguinte maneira:
Logo, por definição:
i – Todas as entradas são 1 ou 0.
ii – Todas as entradas na diagonal principal são 0.
Teorema: Seja M a matriz de vértices de um
grafo dirigido e seja m(r)
ij o (i,j)-ésimo
elemento de Mr, então m(r)
ij é igual ao número
de conexões de r passo de Pi para Pj.
Panelas
Um subconjunto de um grafo dirigido é chamado panela
se satisfaz as três condições a seguir:
• i - O subconjunto contém pelo menos três vértices;
• ii - para cada par de vértices Pi e Pj no subconjunto,
ambos Pi→ Pj e Pj → Pi são verdadeiros;
• iii - O subconjunto é tão grande quanto possível, ou
seja, não é possível acrescentar mais um vértice ao
subconjunto e ainda satisfazer a condição ii
Grafos dirigidos por dominância
• Um grafo dirigido por dominância é um grafo dirigido tal que, para
qualquer par de vértices distintos Pi e Pj, ocorre Pi → Pj ou Pj → Pi,
não ambos.
• Em grafos dirigidos por dominância, existe pelo menos um vértice
do qual existem conexões de 1 ou 2 passos para qualquer outro
vértice.
• O poder de um vértice num grafo dirigido por dominância é o
número total de suas conexões de 1 e de 2 passos para os outros
vértices do grafo. Alternativamente, o poder de um vértice Pi é a
soma das entradas da i-ésima linha da matriz A = M + M2, onde M
é a matriz de vértices do grafo dirigido.
• Exemplo – Torneio de Tênis
Suponha que cinco tenistas jogam exatamente uma vez entre
si e que os resultados são indicados no grafo dirigido por
dominância a seguir:
A matriz de vértices do grafo é:
Então:
A soma das linhas de A é:
1ª linha - 4; 2ª linha - 9; 3ª linha - 2; 4ª linha - 4; 5ª linha - 7
Como a segunda linha tem a maior soma de entradas, o vértice P2 deve ter uma conexão de
um ou dois passos com cada um dos demais vértices (o que pode ser verificado observando a
representação gráfica do grafo).
Podemos também, dessa maneira, classificar os tenistas quanto ao seu “poder”: O segundo
tenista é o mais forte, o quinto tenista vem depois, seguido pelo primeiro e quarto tenistas
empatados, e por último o terceiro tenista, o mais fraco entre eles.
Exercícios
• Construa a matriz dos vértices da cada um dos
grafos explicitados abaixo:
Exercícios
• Desenhe um diagrama do grafo
correspondente a cada uma das seguintes
matrizes de vértices:

Contenu connexe

Tendances (20)

O espaço
O espaçoO espaço
O espaço
 
Matematica: Progressao Aritmetica
Matematica: Progressao AritmeticaMatematica: Progressao Aritmetica
Matematica: Progressao Aritmetica
 
Isometrias
IsometriasIsometrias
Isometrias
 
Isometrias porto ed[1]
Isometrias porto ed[1]Isometrias porto ed[1]
Isometrias porto ed[1]
 
Resumo do 7º e 8º ano
Resumo do 7º e 8º anoResumo do 7º e 8º ano
Resumo do 7º e 8º ano
 
Aula 29 estudo do plano
Aula 29   estudo do planoAula 29   estudo do plano
Aula 29 estudo do plano
 
Razao e proporção
Razao e proporçãoRazao e proporção
Razao e proporção
 
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matériaGráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
 
Sucessões: Exercícios Resolvidos
Sucessões: Exercícios ResolvidosSucessões: Exercícios Resolvidos
Sucessões: Exercícios Resolvidos
 
Probabilidades
ProbabilidadesProbabilidades
Probabilidades
 
Proporcionalidade direta
Proporcionalidade diretaProporcionalidade direta
Proporcionalidade direta
 
Modelos de probabilidade
Modelos de probabilidadeModelos de probabilidade
Modelos de probabilidade
 
06 retas-e-planos
06 retas-e-planos06 retas-e-planos
06 retas-e-planos
 
As Cidades Cbd
As Cidades CbdAs Cidades Cbd
As Cidades Cbd
 
Número pi
Número piNúmero pi
Número pi
 
MACS - modelos populacionais
MACS - modelos populacionaisMACS - modelos populacionais
MACS - modelos populacionais
 
Aula Grafos
Aula GrafosAula Grafos
Aula Grafos
 
SucessõEs 4
SucessõEs 4SucessõEs 4
SucessõEs 4
 
âNgulos
âNgulosâNgulos
âNgulos
 
Aula - semelhança de figuras
Aula - semelhança de figurasAula - semelhança de figuras
Aula - semelhança de figuras
 

En vedette

Introdução à Teoria dos Grafos
Introdução à Teoria dos GrafosIntrodução à Teoria dos Grafos
Introdução à Teoria dos GrafosBianca Dantas
 
Introdução a Teoria dos Grafos
Introdução a Teoria dos GrafosIntrodução a Teoria dos Grafos
Introdução a Teoria dos GrafosChromus Master
 
Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...
Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...
Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...Thiago Colares
 
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes SociaisIntrodução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociaisfabiomalini
 
Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)
Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)
Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)Juliana Lilian de Souza
 
Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...
Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...
Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...Murilo Adriano Vasconcelos
 
Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)
Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)
Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)Luiz Agner
 
Caminhos Mínimos - Algoritmo de Dijkstra
Caminhos Mínimos - Algoritmo de DijkstraCaminhos Mínimos - Algoritmo de Dijkstra
Caminhos Mínimos - Algoritmo de DijkstraMarcos Castro
 
Caminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-Ford
Caminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-FordCaminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-Ford
Caminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-FordGabriel Albuquerque
 
Algoritmos Voraces - Dijkstra
Algoritmos Voraces - DijkstraAlgoritmos Voraces - Dijkstra
Algoritmos Voraces - DijkstraCarlos Uscamayta
 
Redes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - FundamentosRedes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - FundamentosRicardo Murer
 
graphtheorysftfc
graphtheorysftfcgraphtheorysftfc
graphtheorysftfcS Fontes
 
Graph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part II
Graph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part IIGraph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part II
Graph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part IIMichel Alves
 
G.O. - Grafos Online
G.O. - Grafos OnlineG.O. - Grafos Online
G.O. - Grafos Onlinedudleyy
 
Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9
Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9
Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9Michel Alves
 

En vedette (20)

Introdução à Teoria dos Grafos
Introdução à Teoria dos GrafosIntrodução à Teoria dos Grafos
Introdução à Teoria dos Grafos
 
Introdução a Teoria dos Grafos
Introdução a Teoria dos GrafosIntrodução a Teoria dos Grafos
Introdução a Teoria dos Grafos
 
Grafos
GrafosGrafos
Grafos
 
Grafos e Árvores
Grafos e ÁrvoresGrafos e Árvores
Grafos e Árvores
 
Apostila grafos
Apostila grafosApostila grafos
Apostila grafos
 
Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...
Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...
Aplicação da Teoria dos Grafos e Algoritmos na Engenharia de Software: Hyperl...
 
Estrutura de Dados - Grafos
Estrutura de Dados - GrafosEstrutura de Dados - Grafos
Estrutura de Dados - Grafos
 
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes SociaisIntrodução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
 
Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)
Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)
Teoria Dos Grafos (ColoraçãO De Mapas E O Teorema Das Quatro Cores)
 
Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...
Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...
Treinamento Para competições de Programação do INF-UFG - Grafos Parte 1 - Tur...
 
Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)
Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)
Introdução à Teoria das Redes (estudo dos graphos)
 
Caminhos Mínimos - Algoritmo de Dijkstra
Caminhos Mínimos - Algoritmo de DijkstraCaminhos Mínimos - Algoritmo de Dijkstra
Caminhos Mínimos - Algoritmo de Dijkstra
 
Caminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-Ford
Caminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-FordCaminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-Ford
Caminho Mínimo em Grafos - Algoritmo de Bellman-Ford
 
Algoritmos Voraces - Dijkstra
Algoritmos Voraces - DijkstraAlgoritmos Voraces - Dijkstra
Algoritmos Voraces - Dijkstra
 
Redes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - FundamentosRedes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
 
graphtheorysftfc
graphtheorysftfcgraphtheorysftfc
graphtheorysftfc
 
Graph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part II
Graph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part IIGraph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part II
Graph Theory - Exercises - Chapter 2 - Part II
 
Cap1 grafos 2001
Cap1 grafos 2001Cap1 grafos 2001
Cap1 grafos 2001
 
G.O. - Grafos Online
G.O. - Grafos OnlineG.O. - Grafos Online
G.O. - Grafos Online
 
Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9
Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9
Graph Theory - Exercises - Chapters 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, and 9
 

Similaire à Teoria dos Grafos: Entendendo as Relações entre Elementos de um Conjunto

Introdução aos grafos: Principais conceitos
Introdução aos grafos: Principais conceitosIntrodução aos grafos: Principais conceitos
Introdução aos grafos: Principais conceitosssusera0fc94
 
2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf
2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf
2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdfIndiaAndreiaCostaSiq
 
Com red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworld
Com red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworldCom red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworld
Com red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworldGabriel Teodoro
 
Números Complexos - Representação Geométrica
Números Complexos - Representação GeométricaNúmeros Complexos - Representação Geométrica
Números Complexos - Representação GeométricaRaphael Silveira
 
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de GrafosAnálise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de GrafosDelacyr Ferreira
 
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01Carlos Andrade
 
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
Apostila geometria analítica plana   2º ed.Apostila geometria analítica plana   2º ed.
Apostila geometria analítica plana 2º ed.day ....
 
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.numerosnamente
 

Similaire à Teoria dos Grafos: Entendendo as Relações entre Elementos de um Conjunto (20)

Introdução aos grafos: Principais conceitos
Introdução aos grafos: Principais conceitosIntrodução aos grafos: Principais conceitos
Introdução aos grafos: Principais conceitos
 
Grafos_1.pptx
Grafos_1.pptxGrafos_1.pptx
Grafos_1.pptx
 
Grafos.ppt
Grafos.pptGrafos.ppt
Grafos.ppt
 
2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf
2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf
2 - Geometria Analítica Vetores Completo.pdf
 
Grafos1
Grafos1Grafos1
Grafos1
 
Percursos em grafos
Percursos em grafosPercursos em grafos
Percursos em grafos
 
Grafosv2
Grafosv2Grafosv2
Grafosv2
 
Com red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworld
Com red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworldCom red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworld
Com red2011q1mirisola grafosaleatoriossmallworld
 
Números Complexos - Representação Geométrica
Números Complexos - Representação GeométricaNúmeros Complexos - Representação Geométrica
Números Complexos - Representação Geométrica
 
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de GrafosAnálise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
 
Vetores1.pdf
Vetores1.pdfVetores1.pdf
Vetores1.pdf
 
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
 
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
Apostila geometria analítica plana   2º ed.Apostila geometria analítica plana   2º ed.
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
 
Grafos
GrafosGrafos
Grafos
 
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
 
Grafos .pptx
Grafos .pptxGrafos .pptx
Grafos .pptx
 
Vetores
VetoresVetores
Vetores
 
Materia matematica(2003)
Materia matematica(2003)Materia matematica(2003)
Materia matematica(2003)
 
Aula 21 vetores
Aula 21   vetoresAula 21   vetores
Aula 21 vetores
 
Paralelismo
ParalelismoParalelismo
Paralelismo
 

Plus de Gabriel Albuquerque

Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem de Conceitos Nu...
Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem  de Conceitos Nu...Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem  de Conceitos Nu...
Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem de Conceitos Nu...Gabriel Albuquerque
 
Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"
Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"
Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"Gabriel Albuquerque
 
Star Wars e a Cultura da Convergência
Star Wars e a Cultura da ConvergênciaStar Wars e a Cultura da Convergência
Star Wars e a Cultura da ConvergênciaGabriel Albuquerque
 
Cultura Empresarial: Definição e Cases
Cultura Empresarial: Definição e CasesCultura Empresarial: Definição e Cases
Cultura Empresarial: Definição e CasesGabriel Albuquerque
 
Algoritmos Gulosos - Troco Mínimo
Algoritmos Gulosos - Troco MínimoAlgoritmos Gulosos - Troco Mínimo
Algoritmos Gulosos - Troco MínimoGabriel Albuquerque
 
Programação Dinâmica - Segmento de Soma Máxima
Programação Dinâmica - Segmento de Soma MáximaProgramação Dinâmica - Segmento de Soma Máxima
Programação Dinâmica - Segmento de Soma MáximaGabriel Albuquerque
 

Plus de Gabriel Albuquerque (10)

Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem de Conceitos Nu...
Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem  de Conceitos Nu...Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem  de Conceitos Nu...
Eati 2014 - Jogos Cognitivos Eletrônicos para a Aprendizagem de Conceitos Nu...
 
Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"
Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"
Planejamento Estratégico: Livraria Fictícia "Papiros Virtuais"
 
Star Wars e a Cultura da Convergência
Star Wars e a Cultura da ConvergênciaStar Wars e a Cultura da Convergência
Star Wars e a Cultura da Convergência
 
Cultura Empresarial: Definição e Cases
Cultura Empresarial: Definição e CasesCultura Empresarial: Definição e Cases
Cultura Empresarial: Definição e Cases
 
Tecnologia Bluetooth
Tecnologia BluetoothTecnologia Bluetooth
Tecnologia Bluetooth
 
Algoritmos Gulosos - Troco Mínimo
Algoritmos Gulosos - Troco MínimoAlgoritmos Gulosos - Troco Mínimo
Algoritmos Gulosos - Troco Mínimo
 
Programação Dinâmica - Segmento de Soma Máxima
Programação Dinâmica - Segmento de Soma MáximaProgramação Dinâmica - Segmento de Soma Máxima
Programação Dinâmica - Segmento de Soma Máxima
 
Algoritmo Shell Sort
Algoritmo Shell SortAlgoritmo Shell Sort
Algoritmo Shell Sort
 
WordPress
WordPressWordPress
WordPress
 
OOCSS - Object Oriented CSS
OOCSS - Object Oriented CSSOOCSS - Object Oriented CSS
OOCSS - Object Oriented CSS
 

Teoria dos Grafos: Entendendo as Relações entre Elementos de um Conjunto

  • 2. Entendendo os grafos • Relações entre os membros de um conjunto Um conjunto pode possuir elementos que possuem alguma relação entre si. Por exemplo, um conjunto pode consistir de uma coleção de pessoas, países, carros, etc. Supondo o conjunto que consiste numa coleção de pessoas, duas pessoas, ou seja, dois elementos do conjunto podem possuir uma relação entre si, nesse exemplo, essas pessoas podem ser parentes.
  • 3. Entendendo os grafos O problema de Euler: A cidade de Königsberg que pertencia a antiga Prússia, é banhada pelo rio Pregel que, ao atravessar a cidade se ramifica forma uma ilha (Kneiphof) que está ligada à restante parte da cidade por sete pontes. Dizia-se que os habitantes da cidade, nos dias soalheiros de descanso, tentavam efetuar um percurso que os obrigasse a passar por todas as pontes, mas apenas uma vez em cada uma. Como as suas tentativas foram sempre falhadas, muitos deles acreditavam que não era possível encontrar tal percurso. Será que tinham razão?
  • 4. Entendendo os grafos Leonhard Euler , em 1736, não somente elucidou a natureza desse problema, como acabou por criar uma teoria que se aplica a vários problemas desse tipo. Euler pensou: “este é um tipo de problema no qual as distâncias envolvidas são irrelevantes, o que importa é como as várias porções de terra estão interligadas entre si.”
  • 5. Ele usou um modelo simplificado das ligações entre as regiões. Euler estabeleceu um teorema que diz em que condições é possível percorrer cada linha exatamente uma vez e voltar ao ponto inicial. Foi o primeiro teorema da Teoria dos Grafos. Euler provou que para o problema das 7 pontes de Königsberg não existia solução...
  • 6. Um grafo é uma estrutura G(V,E) em que V é o um conjunto finito não vazio e E é um conjunto de pares não ordenados de elementos distintos de V.
  • 7. Visualmente, os grafos são representados por um conjunto de pontos e um conjunto de linhas ou setas ligando esses pontos. V = {1, 2, 3, 4, 5} E = {(1, 2), (1, 4), (2, 3), (2, 5), (4, 3), (5, 1)}
  • 8. Definições básicas • Laço: uma aresta que incide com um único vértice é chamada de laço.
  • 9. • Orientação – é a direção para a qual uma seta aponta. Se a aresta não tiver seta, diz-se que ela não tem orientação. • Incidente – Diz-se que uma aresta é incidente com os vértices que ela liga (não importa a orientação).
  • 10. • Vértices Adjacentes – dois vértices são adjacentes se estão ligados por uma aresta. • Vértice isolado – Um vértice é dito isolado se não existe aresta incidente sobre ele. • Arestas paralelas – Duas arestas incidentes nos mesmos vértices (não importa a orientação). Ou seja, se a1 = (v,w) e a2 = (v,w), então as arestas a1 e a2 são paralelas.
  • 11. • Ordem – Ordem de um grafo é definida pelo número de vértices. • Dimensão – A dimensão de um grafo representa o número de arestas desse grafo. • Passeio – É uma sequência de vértices e arestas com eventual repetições de ambos. • Caminho – É uma sequencia de arestas adjacentes que liga dois vértices, sem repetições de arestas. • Circuito – É um caminho que acaba e começa no mesmo vértice, repetições de arestas. • Grafo conexo – É um grafo em que para cada par de vértices existe pelo menos um passeio que os une. • Grau – Grau de um vértice v equivale ao número de arestas incidentes sobre ele (um laço equivale a duas arestas)
  • 12. Caminhos de Euler • Um grafo G conexo possui caminho euleriano se e somente se ele tem exatamente zero ou dois vértices de grau impar. • Portanto, prova-se que o problema das 7 pontes de Königsberg, não tem solução pelo fato de existir mais de 2 vértices com grau ímpares no grafo resultante do problema.
  • 13. Grafos Dirigidos Basicamente, um grafo é chamado dirigido se suas arestas possuem orientação.
  • 14. Matriz de vértices Dado um grafo dirigido de n vértices, podemos associar ao grafo uma matriz M = [mij] de tamanho n x n chamada matriz de vértices, cujos elementos são definidos da seguinte maneira: Logo, por definição: i – Todas as entradas são 1 ou 0. ii – Todas as entradas na diagonal principal são 0.
  • 15.
  • 16. Teorema: Seja M a matriz de vértices de um grafo dirigido e seja m(r) ij o (i,j)-ésimo elemento de Mr, então m(r) ij é igual ao número de conexões de r passo de Pi para Pj.
  • 17.
  • 18. Panelas Um subconjunto de um grafo dirigido é chamado panela se satisfaz as três condições a seguir: • i - O subconjunto contém pelo menos três vértices; • ii - para cada par de vértices Pi e Pj no subconjunto, ambos Pi→ Pj e Pj → Pi são verdadeiros; • iii - O subconjunto é tão grande quanto possível, ou seja, não é possível acrescentar mais um vértice ao subconjunto e ainda satisfazer a condição ii
  • 19. Grafos dirigidos por dominância • Um grafo dirigido por dominância é um grafo dirigido tal que, para qualquer par de vértices distintos Pi e Pj, ocorre Pi → Pj ou Pj → Pi, não ambos. • Em grafos dirigidos por dominância, existe pelo menos um vértice do qual existem conexões de 1 ou 2 passos para qualquer outro vértice. • O poder de um vértice num grafo dirigido por dominância é o número total de suas conexões de 1 e de 2 passos para os outros vértices do grafo. Alternativamente, o poder de um vértice Pi é a soma das entradas da i-ésima linha da matriz A = M + M2, onde M é a matriz de vértices do grafo dirigido.
  • 20. • Exemplo – Torneio de Tênis Suponha que cinco tenistas jogam exatamente uma vez entre si e que os resultados são indicados no grafo dirigido por dominância a seguir:
  • 21. A matriz de vértices do grafo é: Então: A soma das linhas de A é: 1ª linha - 4; 2ª linha - 9; 3ª linha - 2; 4ª linha - 4; 5ª linha - 7 Como a segunda linha tem a maior soma de entradas, o vértice P2 deve ter uma conexão de um ou dois passos com cada um dos demais vértices (o que pode ser verificado observando a representação gráfica do grafo). Podemos também, dessa maneira, classificar os tenistas quanto ao seu “poder”: O segundo tenista é o mais forte, o quinto tenista vem depois, seguido pelo primeiro e quarto tenistas empatados, e por último o terceiro tenista, o mais fraco entre eles.
  • 22. Exercícios • Construa a matriz dos vértices da cada um dos grafos explicitados abaixo:
  • 23. Exercícios • Desenhe um diagrama do grafo correspondente a cada uma das seguintes matrizes de vértices: