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Prof. Jack Póvoas   2010
IV UNIDADE - HISTÓRIA
     CONTEÚDO
    PROGRAMÁTICO                   PERIODIZAÇÃO
                                  IDADE MODERNA
 RENASCIMENTO E
  HUMANISMO                FIM DO IMPÉRIO BIZANTINO
                           SURGIMENTO DO CAPITALISMO
                            MERCANTIL
 AS MONARQUIAS            AFIRMAÇÃO DO PODER
  NACIONAIS EUROPÉIAS       ECONÔMICO DA BURGUESIA
                           UNIFICAÇÃO DO PODER POLÍTICO
                            DOS REIS – CRIAÇÃO DO ESTADO
 OS ESTADOS MODERNOS E     MODERNO
  O ABSOLUTISMO            REFORMA PROTESTANTE
                           RENASCIMENTO COMERCIAL,
                            CULTURAL E CIENTÍFICO
 REFORMA E CONTRA-
  REFORMA
UMA REVOLUÇÃO CHAMADA RENASCIMENTO
                                             CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
•   SÉCULO XIV: RENOVAÇÃO CULTURAL DE
                                         •     INDIVIDUALISMO: CAPACIDADE DO SER
    FORTE INFLUÊNCIA GRECO-ROMANA,             HUMANO DE FAZER ESCOLHAS LIVREMENTE
    QUE REJEITAVA A CULTURA MEDIEVAL,
    PRESA AOS PADRÕES DA IGREJA
                                         •     RACIONALISMO: A RAZÃO COMO PRINCIPAL
    CATÓLICA                                   INSTRUMENTO PARA COMPREENDER O
•   O RENASCIMENTO FOI A TRANSIÇÃO DA          UNIVERSO E A NATUREZA – O QUE
    SOCIEDADE FEUDAL PARA A SOCIEDADE          IMPULSIONOU O CONHECIMENTO NAS ÁREAS
    MODERNA                                    DA: ASTRONOMIA, MATEMÁTICA, FÍSICA,
                                               MEDICINA, LITERATURA, GEOMETRIA, PINTURA,
                                               ARQUITETURA, ENGENHARIA, FILOSOFIA,
      RAÍZES DO RENASCIMENTO:                  FÍSICA ETC.
•   CRESCIMENTO DAS CIDADES
                                         •     HUMANISMO:O SER HUMANO É O CENTRO DAS
•   DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES              PREOCUPAÇÕES E INDAGAÇÕES, POIS É OBRA
                                               SUPREMA DE DEUS (ANTROPOCENTRISMO)
    INTELECTUAIS E ARTÍSTICAS NAS
    CIDADES MAIS RICAS
                                         •     CLASSICISMO: VALORIZAÇÃO DA CULTURA
•   RESSURGIMENTO DO COMÉRCIO: A               GRECO-ROMANA ―ABAFADA‖ PELA IDADE DAS
    BURGUESIA PASSA A ACUMULAR                 TREVAS
    RIQUEZAS
                                         •     JUSTIFICAVAM O GOVERNO CENTRALIZADO
•   INOVAÇÕES TÉCNICAS: BÚSSOLA                ATRAVÉS DE IDÉIAS COMO O DIREITO DIVINO
    MAGNÉTICA, PÓLVORA, RELÓGIO                DOS REIS
    MECÂNICO, IMPRENSA, ETC.
                                         •     HEDONISMO: VALORIZAÇÃO DO CORPO E DOS
•   CRÍTICA À VISÃO RESTRITA DA IGREJA         PRAZERES TERRENOS E ESPIRITUAIS

•   ABSOLUTISMO                          •     NATURALISMO: ESTIMULOU O DOMÍNIO DO
                                               HOMEM SOBRE A NATUREZA
O Renascimento
• Renascença Italiana foi como ficou
  conhecida a fase de abertura do
  Renascimento, um período de grandes
  mudanças e conquistas culturais que
  ocorreram na Europa, entre o século XV e
  o século XVI.
• Este período marca a transição entre a
  Idade Média e a Idade Moderna.
• Surgem novos conceitos ligados ao
  Humanismo, Naturalismo e Classicismo.
Quais as razões
              para ser na Itália?
A Itália reunia, no século XV, condições que
favoreciam o desenvolvimento cultural:
- Era constituída por Estados autónomos. Entre
eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade:
todos pretendiam ter os mais belos palácios e
igrejas, os artistas e os pensadores mais
célebres.
- Abundam na Itália os vestígios da arte greco-
romana que viria a inspirar numerosos artistas.
Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros
guardavam cópias de muitas obras da
Antiguidade, que os intelectuais estudavam.
- Muitas cidades italianas tinham se tornado
centros de comércio. Graças a essa
prosperidade, os grandes senhores nobres e
eclesiásticos e os ricos burgueses apoiavam os    Estados italianos no Renascimento
escritores e os artistas.
Centro do Renascimento
A referência inicial é centrada na zona da Toscana, nas
cidades de Florença e Siena. Espalhou-se depois para o
sul, tendo um impacto muito significativo sobre Roma,
que foi praticamente reconstruída. Espalhou-se depois
para o resto da Europa.


                                                  Vista de
                                                  Florença,
                                                  dita de la
                                                  Catena,
                                                  Museu de
                                                  Florença,
                                                  1470-1490
• Florença era umas das mais
  prósperas cidades italianas.

• Os negociantes e financeiros,
  apreciadores das belas artes,
  criaram à sua volta um ambiente
  favorável aos artistas.

• Entre as famílias mais ricas de
  Florença     contavam-se     os
  Médicis, que acabaram por
  controlar o governo da cidade e
  tornar-se mecenas generosos.

• Sob o seu governo, Florença
  transformou-se na capital das
                                      Florença, o berço do
  artes: ali trabalharam inúmeros        Renascimento
  arquitetos, escultores e pintores
  famosos.
Os mais importantes

  Surgiram os nomes mais destacados do
  Renascimento e que influenciaram toda a
  obra ocidental posterior: Leonardo da
  Vinci (1452-1519) e Miguel Ângelo
  (1475-1564).


• Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro e
  cientista,   Leonardo     da   Vinci   foi
  importante, principalmente, na pintura
  onde introduziu o conceito de perspectiva
  atmosférica.

• Michelangelo, pintor, escultor, arquiteto e
  poeta, transformou-se em um dos
  maiores criadores que o mundo já
  conheceu.
CRISE DO FEUDALISMO : FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO
 IDADE MÉDIA: PODER DESCENTRALIZADO / SENHOR FEUDAL

 CRISE NA EUROPA OCIDENTAL NO FIM DA IDADE MÉDIA:
  GUERRAS, FOME, PESTE, ENRIQUECIMENTO DA BURGUESIA

 ALIANÇA BURGUESIA MERCANTIL E FINANCEIRA (COMERCIANTES
  E BANQUEIROS) COM OS REIS


       ―Os reis queriam mais poder pra si, a burguesia
 reivindicava segurança e liberdade para seus negócios, os
 senhores feudais se negavam a renunciar seus privilégios, a
 Igreja lutava para manter a posição que havia conquistado
 desde a Idade Média. Para fortalecer seu poder, o rei jogava
 com esses interesses, favorecendo ora um, ora outro entre
 diversos grupos sociais. Com o apoio financeiro da
 burguesia, o rei pôde formar uma burocracia personalizada
 a favor do Estado, justificou e legitimou o seu poder
 absoluto utilizando o Direito Romano e o apoio intelectual de
 juristas de formação universitária, formou exércitos
 permanentes, dispensando a nobreza dos laços de
 vassalagem e suserania, e, aos poucos, impôs sua
 autoridade sobre territórios cada vez mais vastos, fixando
 fronteiras. Dentro desses novos limites, prevaleceram
 idiomas oficiais e a cobrança de tributos assim como o
 controle da justiça também ficaram nas mãos do monarca.‖
O ESTADO MODERNO NA FRANÇA, INGLATERRA, ESPANHA E PORTUGAL

   ESTADOS
                     FRANÇA            INGLATERRA              ESPANHA             PORTUGAL
  MODERNOS
                 GUERRA DOS CEM      NORMANDOS:            RECONQUISTA:         CONDATO
                 ANOS: FRANÇA X      FEUDALISMO            EXPULSÃO DOS         PORTUCALENSE
                 INGLATERRA          CENTRALIZADO          ÁRABES               LIGADO POR LAÇOS
                                                           MUÇULMANOS DA        DE VASSALAGEM AO
                 (FRANÇA: AFASTAR
                                     RELAÇÕES              PENÍNSULA IBÉRICA:   REINO DE LEÃO E
                                     CONFLITUOSAS ENTRE    REINOS CRISTÃOS      CASTELA
                 FLANDRES DO         REI, NOBREZA E
                 CONTROLE INGLÊS /                         DE LEÃO, ARAGÃO E
                                     IGREJA                CASTELA
                 INGLATERRA:                                                    HENRIQUE DE
                                     1258: PARLAMENTO
                 REIVINDICAVA A                                                 BORGONHA
                 SUCESSÃO DO                               CASAMENTO DE         AUTOPROCLAMOU-
                 TRONO FRANCÊS)      PARA TAMBÉM LIMITAR   FERNANDO DE          SE REI DE
PRINCIPAIS
                                     O PODER DA NOBREZA
                                                           ARAGÃO E ISABEL DE   PORTUGAL,
                                     E DO CLERO O REI
                 CONSEQUÊNCIA DA     PROMOVEU O            CASTELA              TORNANDO-O REINO
ACONTECIMENTOS
                 GUERRA, A FRANÇA    INGRESSO DA                                INDEPENDENTE
                 PASSOU A TER UM     BURGUESIA NO          REINO CATÓLICO, A
                 EXÉRCITO            PARLAMENTO:           COROA IMPÔS A        CORTES GERAIS:
                 PERMANENTE E UM     CÂMARAS: DOS          CONVERSÃO OU O       FAMÍLIA REAL, CLERO
                                     COMUNS / DOS
                 IMPOSTO DESTINADO                         ABANDONO DO          E NOBREZA
                                     LORDES
                 A GARANTIR A                              REINO AOS JUDEUS
                 MANUTENÇÃO DA                                                  REVOLUÇÃO DE AVIS:
                 FORÇA ARMADA        GUERRA DAS DUAS
                                     ROSAS: YORK X         FORTALECIMENTO DA    D. JOÃO I APOIADO
                                     LANCASTER – TUDOR     ESPANHA:             PELA BURGUESIA E
                 IDIOMA FRANCÊS      HENRIQUE VII          EXPEDIÇÃO DE         POLO POVO
                                     IGREJA ANGLICANA      COLOMBO À
                                                           AMÉRICA              EXPANSÃO MARÍTIMA
A ORIGEM DO ABSOLUTISMO
•Na Baixa Idade Média (séculos XI a XV), a ampliação do
comércio levou a recém-formada burguesia a se sentir tolhida
em suas ambições.

•A economia urbana não mais atendia à demanda a se fazia
necessário a formação de um mercado nacional liberto dos
entraves feudais.

•Tal necessidade levou a burguesia a apoiar a realeza em suas
pretensões centralizadoras contra a poderosa nobreza feudal
possuidora de privilégios seculares.

•A grande crise feudal dos séculos XIV e XV e a crescente riqueza
móvel enfraqueciam progressivamente a nobreza feudal, apoiada
na riqueza fundiária.
•Tudo isso acelerou o processo de concentração de poderes em mãos
dos Reis que, além do apoio político e material da burguesia, ansiosa de
privilégios, contou com a justificação teórica da obra dos legistas
burgueses, baseados no revigorado Direito Romano, possibilitando a
constituição legal do edifício político-administrativo do Estado Nacional
Moderno.

•Nesse longo e desigual processo, a primeira fase foi de centralização
político-administrativa.

•Em uma segunda etapa, ou mesmo paralelamente, encontramos a
tendência ao absolutismo: O rei recebia seus poderes pela “graça divina”.

•A Monarquia Absoluta de direito divino é o traço marcante da Era Pré-
Capitalista, usualmente chamada de Idade Moderna. "
Feudalismo X Capitalismo
Como vimos, no sistema feudal predominavam as relações servis de
produção. No capitalismo, definem-se as relações assalariadas de
produção; há a nítida separação entre aqueles que detêm os meios
de produção e os que apenas possuem de seu a força de trabalho.

Além desse elemento essencial, o capitalismo também se caracteriza
pela produção destinada ao mercado, pelas trocas monetárias, pela
organização racional e sistemática do trabalho e pelo espírito de
lucro.

Dos fins da Idade Média até hoje, a sociedade capitalista passo, por
quatro fases bem distintas:

    Pré-Capitalismo
    Capitalismo Comercial
    Capitalismo Industrial
    Capitalismo Monopolista-Financeiro
QUARTO DE LUÍS XIV, DA FRANÇA
Luís XIV
FAMÍLIA DO REI CARLOS IV, DAESPANHA
DORMITÓRIO REAL NO PALÁCIO DE VERSALHES
Retrato de um artista
anônimo do rei D.
Sebastião em 1565,
quando tinha 11 anos. A
sua cruzada contra os
muçulmanos de
Marrocos levou a uma
crise no trono
português que acaba
por levar à União
Ibérica.
Joana D'arc é uma destas
grandes figuras históricas
cujo retrato é sempre fiel à
sua imagel real. Ela foi
responsável por grandes
vitórias dos franceses na
Guerra dos Cem anos
(1337 - 1453). Esta Joana
de aspecto solene,
retratada por um artista
anônimo franco-flamenco,
aparece num livro de
poemas manuscrito por
Carlos de Orleães.
Leonardo da Vinci
Dominou com sabedoria um jogo
expressivo de luz e sombra, gerador de
uma atmosfera que parte da realidade
mas estimula a imaginação do
observador. Foi possuidor de um espírito
versátil que o tornou capaz de pesquisar
e realizar trabalhos em diversos campos
do conhecimento humano.
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe
proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal
cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina,
e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Michelangelo
1475-1565
Entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da
Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela,
concebeu e realizou grande número de cenas do
Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a
genialidade do artista, uma particularmente
representativa é a criação do homem.




                               PIETÁ 1498
DAVI 1501
ESTUDO DE CABEÇA FEMININA
CRIAÇÃO DE EVA
Teto da Capela Sistina, Michelangelo
Ressureição
1499-1503
              Rafael Sanzio
              1483-1520
              Suas obras comunicam ao
              observador um sentimento de
              ordem e segurança, pois os
              elementos que compõem seus
              quadros são dispostos em
              espaços amplo, claros e de
              acordo com uma simetria
              equilibrada. Foi considerado
              grande pintor de ―Madonas‖.
A dúvida de São Tomé,
1599 - Caravaggio
A êxtase de Santa
Teresa
1646 - Bernini
MAPA DA EUROPA
Expansão Marítima Européia.
A expansão marítima européia, processo histórico ocorrido
entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa
superasse a crise dos séculos XIV e XV.
Através das Grandes Navegações há uma expansão das
atividades comerciais, contribuindo para o processo de
acumulação de capitais na Europa.
O contato comercial entre todas as partes do mundo (
Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história
em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos
conhecimento geográficos e o contato entre culturas
diferentes.
Fatores para a Expansão Marítima
A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este
processo como uma empresa comercial de navegação, ou como
grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade
comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.

Formação do Estado Nacional e a centralização política - as Grandes
Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político,
pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios,
armas, homens, recursos financeiros. A aliança rei-burguesia
possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão
marítima.

Avanços técnicos na arte náutica- o aprimoramento dos conhecimentos
geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o
desenvolvimento de instrumentos náuticos- bússola, astrolábio, sextante
- e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa
distância, como as naus e as caravelas.
Fatores para a Expansão Marítima
Interesses econômicos - a necessidade de ampliar a produção de
alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a
necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas;
romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo -
que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente;
tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda
mais os produtos do Oriente.

Sociais - o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da
burguesia mercantil.

Religiosos - a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo
mediante a ação missionária da Igreja Católica.
Reforma Religiosa
       O que foi a Reforma Religiosa?
•   No século XVI a Europa foi abalada por uma série de
    movimentos religiosos que contestavam abertamente os
    dogmas da igreja católica e a autoridade do papa.
•   Estes movimentos, conhecidos genericamente como
    Reforma, foram sem dúvida de cunho religioso.
•   No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as
    mudanças na economia européia, juntamente com a
    ascensão da burguesia.
•   Por isso, algumas correntes do movimento reformista se
    adequavam às necessidades religiosas da burguesia, ao
    valorizar o homem “empreendedor” e ao justificar a busca
    do “lucro”, sempre condenado pela igreja católica.
Os fatores que
 desencadearam a Reforma:
• Uma das causas importantes da Reforma foi o humanismo evangelista, crítico
  da Igreja da época.
• A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, como
  pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era uma religião
  de pompa, luxo e ociosidade.
• Surgiram críticas em livros como o Elogio da Loucura (1509), de Erasmo de
  Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho Lutero efetivasse
  o rompimento com a igreja católica.
• Durante o papado de Leão X (1483 - 1520) surgiu o movimento reformista, que
  levaria à divisão do Cristianismo na Europa.
• Moralmente, a Igreja estava em decadência: preocupava-se mais com as
  questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para
  aumentar ainda mais suas riquezas, a Igreja recorria a qualquer subterfúgio,
  como, por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias e,
  principalmente, a venda das famosas indulgências, que foram a causa imediata
  da crítica de Lutero. O papado garantia que cada cristão pecador poderia
  comprar o perdão da Igreja.
• A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de
  nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento este
  desconhecido na Europa feudal, Esse fato motivou o declínio da autoridade
  papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes.
MARTIN LUTERO
• Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a
  ascensão da burguesia, que, além do papel decisivo que
  representou na formação das monarquias nacionais e no
  pensamento humanista, foi fundamental na Reforma
  religiosa.
• Ora, na ideologia católica, a única forma de riqueza era a
  terra; o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias
  eram práticas pecaminosas; trabalhar pela obtenção do
  lucro, que é a essência do capital, era pecado.
• A burguesia precisava, portanto, de uma nova religião,
  que justificasse seu amor pelo dinheiro e incentivasse as
  atividades ligadas ao comércio.
• A doutrina protestante, criada pela Reforma, satisfazia
  plenamente os anseios desta nova classe, pois pregava o
  acúmulo de capital como forma de obtenção do paraíso
  celestial. Assim, grande parte da burguesia, ligada às
  atividades lucrativas, aderiu ao movimento reformista.
Por que a Reforma começou na
          Alemanha?
• No século XVI, a Alemanha não era um Estado
  politicamente centralizado. A nobreza era tão
  independente que cunhava moedas, fazia a justiça
  e recolhia impostos em suas propriedades. Para
  complementar sua riqueza, saqueava nas rotas
  comerciais,  expropriando   os  mercadores     e
  camponeses.
• A burguesia alemã, comparada à dos países da
  Europa, era débil: os comerciantes e banqueiros
  mais poderosos estabeleciam-se no sul, às
  margens do Reno e do Danúbio, por onde
  passavam as principais rotas comerciais; as
  atividades econômicas da região eram a exportação
  de vidro, de metais e a ―indústria‖ do papel; mas o
  setor mais forte da burguesia era o usurário.
Quem se opunha à igreja na
            Alemanha?
• A igreja católica alemã era muito rica. Seus maiores domínios
  se localizavam às margens do Reno, chamadas de ―caminho do
  clero‖, e eram estes territórios alemães que mais impostos
  rendiam à Igreja.
• A Igreja era sempre associada a tudo que estivesse ligado ao
  feudalismo. Por isso, a burguesia via a Igreja como inimiga.
• Os anseios da burguesia eram de uma Igreja que gastasse
  menos, que absorvesse menos impostos e, principalmente, que
  não condenasse a prática de ganhar dinheiro.
• Os senhores feudais alemães estavam interessados nas
  imensas propriedades da Igreja e do clero alemão.
• Os pobres identificavam a Igreja com o sistema que os oprimia:
  o feudalismo. Isto porque ela representava mais um senhor
  feudal, a quem deviam muitos impostos.
• Às vésperas da Reforma, a luta de classes e política acabou
  assumindo uma forma religiosa. "
O papa Leão X, no centro, em
pintura de Rafael Sanzio, de
1518. Durante o seu papado
(1483 - 1520) surgiu o
movimento reformista, que
levaria à divisão do Cristianismo
na Europa (Galeria delli Uffizi,
Florença)
A REFORMA NA FRANÇA - O CALVINISMO
• Enquanto a Reforma luterana se disseminava pela Alemanha, os franceses
  tentavam elaborar uma reforma mais pacífica, orientada pelos humanistas.
• Mas os setores católicos conservadores, que dominavam a Universidade de
  Sorbone, impediram o trabalho dos humanistas, preparando terreno para
  uma reforma muito mais radical e intransigente, liderada por João Calvino.
• Calvino era ex-aluno da Universidade de Paris,
  nascido em 1509 de uma família pequeno-
  burguesa e estudioso de leis. Em 1531 aderiu às
  idéias reformistas, bastante difundidas nos meios
  cultos da França.
• Perseguido por causa de suas idéias, foi obrigado
  a fugir para a cidade de Basiléia, onde publicou,
  em 1536. a Instituição da Religião Cristã,
  definindo seu pensamento.
• Calvino, como Lutero, partia da salvação pela fé,
  mas suas conclusões eram bem mais radicais; o
  homem seria uma criatura miserável, corrompida
  e cheia de pecados; somente a fé poderia salvá-
  lo, embora essa salvação dependesse da vontade
  divina — esta era a ―idéia da Predestinação‖.
JOÃO CALVINO
• Calvino foi para a Suíça, estabelecendo-se em Genebra, em 1536. A Suíça já
  conhecia o movimento reformista através de Ulrich Zwinglio e era um lugar
  propício para Calvino desenvolver suas idéias.

• Mas o fator principal para a difusão do calvinismo na Suíça foi a concentração,
  nesta região, de um número razoável de comerciantes burgueses, desejosos de
  uma doutrina que justificasse suas atividades lucrativas.

• Calvino transformou-se num verdadeiro ditador político, religioso e moral de
  Genebra. Formou um consistório (espécie de assembléia), composto por
  pastores e anciãos, que vigiava os costumes e administrava a cidade,
  inteiramente submetida à lei do evangelho. Eram proibidos o jogo a dinheiro, as
  danças, o teatro, o luxo.

• Calvino ofereceu uma doutrina adequada à burguesia capitalista, pois dizia que
  o homem provava sua fé e demonstrava sua predestinação através do sucesso
  material, do enriquecimento.

• Defendia o empréstimo de dinheiro a juros, considerava a pobreza como sinal
  do desfavor divino e valorizava o trabalho, o que ia ao encontro dos anseios da
  burguesia, que tinha no trabalho o elemento necessário para acumular o
  capital.
A DIFUSÃO DO CALVINISMO
• O calvinismo se difundiu na França, nos Países Baixos e na Escócia.
  Na França e nos Países Baixos sofreu resistência, mas na Escócia foi
  adotado como religião oficial. Foi John Knox (1505-1572) o
  introdutor do calvinismo na Escócia, e suas teorias foram
  rapidamente aceitas pela nobreza, interessada nas propriedades da
  igreja católica. Knox conseguiu que a religião católica fosse proibida
  pelo Parlamento escocês. A igreja escocesa foi organizada segundo
  o modelo da Igreja de Genebra e recebeu o nome de igreja
  presbiteriana, devido ao papel desempenhado pelos mais velhos
  (presbysteroi, em grego).

• Na França, os huguenotes (calvinistas) envolveram-se nas
  sangrentas guerras de religião que marcaram as lutas políticas do
  país. "
Anglicanismo
• Na Inglaterra, a difusão da Reforma foi facilitada pela disputa pessoal
  entre o soberano, Henrique VIII, e o papa.

• Henrique VIII era católico, mas rompeu com o papa quando este se
  recusou a dissolver seu casamento com Catarina de Aragão, que não
  lhe havia dado um filho homem. Ignorando a decisão papal, Henrique
  VIII casou-se, em 1533, com Ana Bolena, sendo excomungado pelo
  papa Clemente VII.

• O soberano encontrava assim uma justificativa para impedir que o
  poder da Igreja ofuscasse a autoridade de um rei absolutista.

• Além do mais, os bens da Igreja passaram para as mãos da nobreza,
  que apoiava o rei. Desta forma, as propriedades da nobreza
  aumentaram, facilitando a nova atividade econômica de produção de lã,
  que era procurada pelas manufaturas de tecidos.

• A oficialização do rompimento entre Henrique VIII e o papado deu-se
  quando o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que, em
  1534, colocou a Igreja sob a autoridade real: nascia a igreja
  anglicana.
“Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra (...) Nesta qualidade, o
 Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos (...)
     que sejam ou possam ser formados legalmente por autoridade
                  espiritual" (Ato de Supremacia, 1534)

• Pelo Ato dos Seis Artigos, assinado em 1539, Henrique VIII mantinha
  todos os dogmas católicos, exceto o da autoridade papal. Esta
  dubiedade foi atacada tanto por protestantes como por católicos: os
  protestantes reprovavam a fidelidade aos dogmas católicos, e os
  católicos reprovavam o cisma.

• Eduardo VI, filho e sucessor de Henrique VIII, impôs ao país a
  obrigatoriedade do culto calvinista. Maria Tudor, sua sucessora, tentou,
  sem sucesso, restaurar o catolicismo. Com a morte de Maria Tudor,
  subiu ao trono Elizabeth I (1558-1603), que instituiu oficialmente a
  religião anglicana, através de dois atos famosos: o Bill da
  Uniformidade, que criava a liturgia anglicana, e o Rui dos 39 Artigos,
  que fundamentava a fé anglicana. "
ABERTURA DO
PARLAMENTO PELA
RAINHA ELIZABETH I
Contra-reforma ou Reforma Católica
• A situação da igreja católica, em meados do século XVI, era
  bastante difícil: ela perdera metade da Alemanha, toda a Inglaterra
  e os países escandinavos; estava em recuo na França, nos Países
  Baixos, na Áustria, na Boêmia e na Hungria.

• A Contra-Reforma, ou Reforma católica, foi uma barreira colocada
  pela Igreja contra a crescente onda do protestantismo. Para
  enfrentar as novas doutrinas, a igreja católica lançou mão de uma
  arma muito antiga: a Inquisição.

• Percebendo que os livros e impressos tinham sido muito
  importantes para a difusão da ideologia protestante, o papado
  instituiu, em 1564, o Index Librorum Prohibitorum, uma lista de
  livros elaborada pelo Santo Ofício, cuja leitura era proibida aos fiéis
  católicos.

• Estas duas medidas (a Inquisição e o Index) detiveram o avanço do
  protestantismo, principalmente na Itália, na Espanha e em Portugal.
a contra-reforma
  Para remediar os abusos da Igreja e definir com clareza sua
  doutrina, organizou-se o Concilio de Trento (1545-1563). O Concilio
  tomou uma série de medidas, entre as quais citamos:
• Organizou a disciplina do clero: os padres deveriam estudar e formar-
se em seminários. Não poderiam ser padres antes dos 25 anos, nem
bispos antes dos 30 anos.
• Estabeleceu que as crenças católicas poderiam ter dupla origem: as
Sagradas Escrituras (Bíblia) ou as tradições transmitidas pela Igreja;
apenas esta estava autorizada a interpretar a Bíblia. Mantinham-se os
princípios de valia das obras, o culto da Virgem Maria e das imagens.
•        Reafirmava a infalibilidade do papa e o dogma da
transubstanciação.
                    A conseqüência mais importante deste Concilio foi o
                    fortalecimento da autoridade do papa, que, a partir de então,
                    passou a ter a palavra final sobre os dogmas defendidos pela
                    igreja católica.
CONSEQUÊNCIAS
• A partir da Contra-Reforma surgiram novas ordens religiosas,
  como a Companhia de Jesus, fundada por Ignácio de Loyola
  em 1534. Os jesuítas se organizaram em moldes quase
  militares e fortaleceram a posição da Igreja dentro dos países
  europeus que permaneciam católicos. Criaram escolas, onde
  eram educados os filhos das famílias nobres; foram
  confessores e educadores de várias famílias reais; fundaram
  colégios e missões para difundir a doutrina católica nas
  Américas e na Ásia.
O Tribunal da
Inquisição foi muito
poderoso na Europa
nos séculos XIII e
XIV, No decorrer do
século XV, porém,
perdeu sua força.
Entretanto, em
1542 este tribunal
foi reativado para
julgar e perseguir
indivíduos acusados
de praticar ou
difundir as novas
doutrinas
protestantes.



                       Morte na fogueira de Savonarola, 1498
A Igreja perdia
adeptos e
assistia à
contestação e
rejeição de seus
dogmas, mas
demostrou no
Concílio de
Trento que
ainda era muito
poderosa e tinha
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PAPA LEÃO X

A IGREJA
CATÓLICA NÃO
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IV UNIDADE

  • 2. IV UNIDADE - HISTÓRIA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PERIODIZAÇÃO IDADE MODERNA  RENASCIMENTO E HUMANISMO  FIM DO IMPÉRIO BIZANTINO  SURGIMENTO DO CAPITALISMO MERCANTIL  AS MONARQUIAS  AFIRMAÇÃO DO PODER NACIONAIS EUROPÉIAS ECONÔMICO DA BURGUESIA  UNIFICAÇÃO DO PODER POLÍTICO DOS REIS – CRIAÇÃO DO ESTADO  OS ESTADOS MODERNOS E MODERNO O ABSOLUTISMO  REFORMA PROTESTANTE  RENASCIMENTO COMERCIAL, CULTURAL E CIENTÍFICO  REFORMA E CONTRA- REFORMA
  • 3. UMA REVOLUÇÃO CHAMADA RENASCIMENTO CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO • SÉCULO XIV: RENOVAÇÃO CULTURAL DE • INDIVIDUALISMO: CAPACIDADE DO SER FORTE INFLUÊNCIA GRECO-ROMANA, HUMANO DE FAZER ESCOLHAS LIVREMENTE QUE REJEITAVA A CULTURA MEDIEVAL, PRESA AOS PADRÕES DA IGREJA • RACIONALISMO: A RAZÃO COMO PRINCIPAL CATÓLICA INSTRUMENTO PARA COMPREENDER O • O RENASCIMENTO FOI A TRANSIÇÃO DA UNIVERSO E A NATUREZA – O QUE SOCIEDADE FEUDAL PARA A SOCIEDADE IMPULSIONOU O CONHECIMENTO NAS ÁREAS MODERNA DA: ASTRONOMIA, MATEMÁTICA, FÍSICA, MEDICINA, LITERATURA, GEOMETRIA, PINTURA, ARQUITETURA, ENGENHARIA, FILOSOFIA, RAÍZES DO RENASCIMENTO: FÍSICA ETC. • CRESCIMENTO DAS CIDADES • HUMANISMO:O SER HUMANO É O CENTRO DAS • DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES PREOCUPAÇÕES E INDAGAÇÕES, POIS É OBRA SUPREMA DE DEUS (ANTROPOCENTRISMO) INTELECTUAIS E ARTÍSTICAS NAS CIDADES MAIS RICAS • CLASSICISMO: VALORIZAÇÃO DA CULTURA • RESSURGIMENTO DO COMÉRCIO: A GRECO-ROMANA ―ABAFADA‖ PELA IDADE DAS BURGUESIA PASSA A ACUMULAR TREVAS RIQUEZAS • JUSTIFICAVAM O GOVERNO CENTRALIZADO • INOVAÇÕES TÉCNICAS: BÚSSOLA ATRAVÉS DE IDÉIAS COMO O DIREITO DIVINO MAGNÉTICA, PÓLVORA, RELÓGIO DOS REIS MECÂNICO, IMPRENSA, ETC. • HEDONISMO: VALORIZAÇÃO DO CORPO E DOS • CRÍTICA À VISÃO RESTRITA DA IGREJA PRAZERES TERRENOS E ESPIRITUAIS • ABSOLUTISMO • NATURALISMO: ESTIMULOU O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A NATUREZA
  • 4. O Renascimento • Renascença Italiana foi como ficou conhecida a fase de abertura do Renascimento, um período de grandes mudanças e conquistas culturais que ocorreram na Europa, entre o século XV e o século XVI. • Este período marca a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. • Surgem novos conceitos ligados ao Humanismo, Naturalismo e Classicismo.
  • 5. Quais as razões para ser na Itália? A Itália reunia, no século XV, condições que favoreciam o desenvolvimento cultural: - Era constituída por Estados autónomos. Entre eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade: todos pretendiam ter os mais belos palácios e igrejas, os artistas e os pensadores mais célebres. - Abundam na Itália os vestígios da arte greco- romana que viria a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da Antiguidade, que os intelectuais estudavam. - Muitas cidades italianas tinham se tornado centros de comércio. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses apoiavam os Estados italianos no Renascimento escritores e os artistas.
  • 6. Centro do Renascimento A referência inicial é centrada na zona da Toscana, nas cidades de Florença e Siena. Espalhou-se depois para o sul, tendo um impacto muito significativo sobre Roma, que foi praticamente reconstruída. Espalhou-se depois para o resto da Europa. Vista de Florença, dita de la Catena, Museu de Florença, 1470-1490
  • 7. • Florença era umas das mais prósperas cidades italianas. • Os negociantes e financeiros, apreciadores das belas artes, criaram à sua volta um ambiente favorável aos artistas. • Entre as famílias mais ricas de Florença contavam-se os Médicis, que acabaram por controlar o governo da cidade e tornar-se mecenas generosos. • Sob o seu governo, Florença transformou-se na capital das Florença, o berço do artes: ali trabalharam inúmeros Renascimento arquitetos, escultores e pintores famosos.
  • 8. Os mais importantes Surgiram os nomes mais destacados do Renascimento e que influenciaram toda a obra ocidental posterior: Leonardo da Vinci (1452-1519) e Miguel Ângelo (1475-1564). • Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro e cientista, Leonardo da Vinci foi importante, principalmente, na pintura onde introduziu o conceito de perspectiva atmosférica. • Michelangelo, pintor, escultor, arquiteto e poeta, transformou-se em um dos maiores criadores que o mundo já conheceu.
  • 9. CRISE DO FEUDALISMO : FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO  IDADE MÉDIA: PODER DESCENTRALIZADO / SENHOR FEUDAL  CRISE NA EUROPA OCIDENTAL NO FIM DA IDADE MÉDIA: GUERRAS, FOME, PESTE, ENRIQUECIMENTO DA BURGUESIA  ALIANÇA BURGUESIA MERCANTIL E FINANCEIRA (COMERCIANTES E BANQUEIROS) COM OS REIS ―Os reis queriam mais poder pra si, a burguesia reivindicava segurança e liberdade para seus negócios, os senhores feudais se negavam a renunciar seus privilégios, a Igreja lutava para manter a posição que havia conquistado desde a Idade Média. Para fortalecer seu poder, o rei jogava com esses interesses, favorecendo ora um, ora outro entre diversos grupos sociais. Com o apoio financeiro da burguesia, o rei pôde formar uma burocracia personalizada a favor do Estado, justificou e legitimou o seu poder absoluto utilizando o Direito Romano e o apoio intelectual de juristas de formação universitária, formou exércitos permanentes, dispensando a nobreza dos laços de vassalagem e suserania, e, aos poucos, impôs sua autoridade sobre territórios cada vez mais vastos, fixando fronteiras. Dentro desses novos limites, prevaleceram idiomas oficiais e a cobrança de tributos assim como o controle da justiça também ficaram nas mãos do monarca.‖
  • 10. O ESTADO MODERNO NA FRANÇA, INGLATERRA, ESPANHA E PORTUGAL ESTADOS FRANÇA INGLATERRA ESPANHA PORTUGAL MODERNOS GUERRA DOS CEM NORMANDOS: RECONQUISTA: CONDATO ANOS: FRANÇA X FEUDALISMO EXPULSÃO DOS PORTUCALENSE INGLATERRA CENTRALIZADO ÁRABES LIGADO POR LAÇOS MUÇULMANOS DA DE VASSALAGEM AO (FRANÇA: AFASTAR RELAÇÕES PENÍNSULA IBÉRICA: REINO DE LEÃO E CONFLITUOSAS ENTRE REINOS CRISTÃOS CASTELA FLANDRES DO REI, NOBREZA E CONTROLE INGLÊS / DE LEÃO, ARAGÃO E IGREJA CASTELA INGLATERRA: HENRIQUE DE 1258: PARLAMENTO REIVINDICAVA A BORGONHA SUCESSÃO DO CASAMENTO DE AUTOPROCLAMOU- TRONO FRANCÊS) PARA TAMBÉM LIMITAR FERNANDO DE SE REI DE PRINCIPAIS O PODER DA NOBREZA ARAGÃO E ISABEL DE PORTUGAL, E DO CLERO O REI CONSEQUÊNCIA DA PROMOVEU O CASTELA TORNANDO-O REINO ACONTECIMENTOS GUERRA, A FRANÇA INGRESSO DA INDEPENDENTE PASSOU A TER UM BURGUESIA NO REINO CATÓLICO, A EXÉRCITO PARLAMENTO: COROA IMPÔS A CORTES GERAIS: PERMANENTE E UM CÂMARAS: DOS CONVERSÃO OU O FAMÍLIA REAL, CLERO COMUNS / DOS IMPOSTO DESTINADO ABANDONO DO E NOBREZA LORDES A GARANTIR A REINO AOS JUDEUS MANUTENÇÃO DA REVOLUÇÃO DE AVIS: FORÇA ARMADA GUERRA DAS DUAS ROSAS: YORK X FORTALECIMENTO DA D. JOÃO I APOIADO LANCASTER – TUDOR ESPANHA: PELA BURGUESIA E IDIOMA FRANCÊS HENRIQUE VII EXPEDIÇÃO DE POLO POVO IGREJA ANGLICANA COLOMBO À AMÉRICA EXPANSÃO MARÍTIMA
  • 11. A ORIGEM DO ABSOLUTISMO •Na Baixa Idade Média (séculos XI a XV), a ampliação do comércio levou a recém-formada burguesia a se sentir tolhida em suas ambições. •A economia urbana não mais atendia à demanda a se fazia necessário a formação de um mercado nacional liberto dos entraves feudais. •Tal necessidade levou a burguesia a apoiar a realeza em suas pretensões centralizadoras contra a poderosa nobreza feudal possuidora de privilégios seculares. •A grande crise feudal dos séculos XIV e XV e a crescente riqueza móvel enfraqueciam progressivamente a nobreza feudal, apoiada na riqueza fundiária.
  • 12. •Tudo isso acelerou o processo de concentração de poderes em mãos dos Reis que, além do apoio político e material da burguesia, ansiosa de privilégios, contou com a justificação teórica da obra dos legistas burgueses, baseados no revigorado Direito Romano, possibilitando a constituição legal do edifício político-administrativo do Estado Nacional Moderno. •Nesse longo e desigual processo, a primeira fase foi de centralização político-administrativa. •Em uma segunda etapa, ou mesmo paralelamente, encontramos a tendência ao absolutismo: O rei recebia seus poderes pela “graça divina”. •A Monarquia Absoluta de direito divino é o traço marcante da Era Pré- Capitalista, usualmente chamada de Idade Moderna. "
  • 13. Feudalismo X Capitalismo Como vimos, no sistema feudal predominavam as relações servis de produção. No capitalismo, definem-se as relações assalariadas de produção; há a nítida separação entre aqueles que detêm os meios de produção e os que apenas possuem de seu a força de trabalho. Além desse elemento essencial, o capitalismo também se caracteriza pela produção destinada ao mercado, pelas trocas monetárias, pela organização racional e sistemática do trabalho e pelo espírito de lucro. Dos fins da Idade Média até hoje, a sociedade capitalista passo, por quatro fases bem distintas: Pré-Capitalismo Capitalismo Comercial Capitalismo Industrial Capitalismo Monopolista-Financeiro
  • 14. QUARTO DE LUÍS XIV, DA FRANÇA
  • 16. FAMÍLIA DO REI CARLOS IV, DAESPANHA
  • 17. DORMITÓRIO REAL NO PALÁCIO DE VERSALHES
  • 18. Retrato de um artista anônimo do rei D. Sebastião em 1565, quando tinha 11 anos. A sua cruzada contra os muçulmanos de Marrocos levou a uma crise no trono português que acaba por levar à União Ibérica.
  • 19. Joana D'arc é uma destas grandes figuras históricas cujo retrato é sempre fiel à sua imagel real. Ela foi responsável por grandes vitórias dos franceses na Guerra dos Cem anos (1337 - 1453). Esta Joana de aspecto solene, retratada por um artista anônimo franco-flamenco, aparece num livro de poemas manuscrito por Carlos de Orleães.
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  • 26. Leonardo da Vinci Dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
  • 27. Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
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  • 31. Michelangelo 1475-1565 Entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. PIETÁ 1498
  • 33. ESTUDO DE CABEÇA FEMININA
  • 35. Teto da Capela Sistina, Michelangelo
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  • 37. Ressureição 1499-1503 Rafael Sanzio 1483-1520 Suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de ―Madonas‖.
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  • 47. A dúvida de São Tomé, 1599 - Caravaggio
  • 48. A êxtase de Santa Teresa 1646 - Bernini
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  • 51. Expansão Marítima Européia. A expansão marítima européia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV. Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa. O contato comercial entre todas as partes do mundo ( Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre culturas diferentes.
  • 52. Fatores para a Expansão Marítima A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional. Formação do Estado Nacional e a centralização política - as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros. A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima. Avanços técnicos na arte náutica- o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos- bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.
  • 53. Fatores para a Expansão Marítima Interesses econômicos - a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo - que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente. Sociais - o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil. Religiosos - a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.
  • 54. Reforma Religiosa O que foi a Reforma Religiosa? • No século XVI a Europa foi abalada por uma série de movimentos religiosos que contestavam abertamente os dogmas da igreja católica e a autoridade do papa. • Estes movimentos, conhecidos genericamente como Reforma, foram sem dúvida de cunho religioso. • No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as mudanças na economia européia, juntamente com a ascensão da burguesia. • Por isso, algumas correntes do movimento reformista se adequavam às necessidades religiosas da burguesia, ao valorizar o homem “empreendedor” e ao justificar a busca do “lucro”, sempre condenado pela igreja católica.
  • 55. Os fatores que desencadearam a Reforma: • Uma das causas importantes da Reforma foi o humanismo evangelista, crítico da Igreja da época. • A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, como pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era uma religião de pompa, luxo e ociosidade. • Surgiram críticas em livros como o Elogio da Loucura (1509), de Erasmo de Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho Lutero efetivasse o rompimento com a igreja católica. • Durante o papado de Leão X (1483 - 1520) surgiu o movimento reformista, que levaria à divisão do Cristianismo na Europa. • Moralmente, a Igreja estava em decadência: preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para aumentar ainda mais suas riquezas, a Igreja recorria a qualquer subterfúgio, como, por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias e, principalmente, a venda das famosas indulgências, que foram a causa imediata da crítica de Lutero. O papado garantia que cada cristão pecador poderia comprar o perdão da Igreja. • A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento este desconhecido na Europa feudal, Esse fato motivou o declínio da autoridade papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes.
  • 57. • Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a ascensão da burguesia, que, além do papel decisivo que representou na formação das monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamental na Reforma religiosa. • Ora, na ideologia católica, a única forma de riqueza era a terra; o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias eram práticas pecaminosas; trabalhar pela obtenção do lucro, que é a essência do capital, era pecado. • A burguesia precisava, portanto, de uma nova religião, que justificasse seu amor pelo dinheiro e incentivasse as atividades ligadas ao comércio. • A doutrina protestante, criada pela Reforma, satisfazia plenamente os anseios desta nova classe, pois pregava o acúmulo de capital como forma de obtenção do paraíso celestial. Assim, grande parte da burguesia, ligada às atividades lucrativas, aderiu ao movimento reformista.
  • 58. Por que a Reforma começou na Alemanha? • No século XVI, a Alemanha não era um Estado politicamente centralizado. A nobreza era tão independente que cunhava moedas, fazia a justiça e recolhia impostos em suas propriedades. Para complementar sua riqueza, saqueava nas rotas comerciais, expropriando os mercadores e camponeses. • A burguesia alemã, comparada à dos países da Europa, era débil: os comerciantes e banqueiros mais poderosos estabeleciam-se no sul, às margens do Reno e do Danúbio, por onde passavam as principais rotas comerciais; as atividades econômicas da região eram a exportação de vidro, de metais e a ―indústria‖ do papel; mas o setor mais forte da burguesia era o usurário.
  • 59. Quem se opunha à igreja na Alemanha? • A igreja católica alemã era muito rica. Seus maiores domínios se localizavam às margens do Reno, chamadas de ―caminho do clero‖, e eram estes territórios alemães que mais impostos rendiam à Igreja. • A Igreja era sempre associada a tudo que estivesse ligado ao feudalismo. Por isso, a burguesia via a Igreja como inimiga. • Os anseios da burguesia eram de uma Igreja que gastasse menos, que absorvesse menos impostos e, principalmente, que não condenasse a prática de ganhar dinheiro. • Os senhores feudais alemães estavam interessados nas imensas propriedades da Igreja e do clero alemão. • Os pobres identificavam a Igreja com o sistema que os oprimia: o feudalismo. Isto porque ela representava mais um senhor feudal, a quem deviam muitos impostos. • Às vésperas da Reforma, a luta de classes e política acabou assumindo uma forma religiosa. "
  • 60. O papa Leão X, no centro, em pintura de Rafael Sanzio, de 1518. Durante o seu papado (1483 - 1520) surgiu o movimento reformista, que levaria à divisão do Cristianismo na Europa (Galeria delli Uffizi, Florença)
  • 61. A REFORMA NA FRANÇA - O CALVINISMO • Enquanto a Reforma luterana se disseminava pela Alemanha, os franceses tentavam elaborar uma reforma mais pacífica, orientada pelos humanistas. • Mas os setores católicos conservadores, que dominavam a Universidade de Sorbone, impediram o trabalho dos humanistas, preparando terreno para uma reforma muito mais radical e intransigente, liderada por João Calvino. • Calvino era ex-aluno da Universidade de Paris, nascido em 1509 de uma família pequeno- burguesa e estudioso de leis. Em 1531 aderiu às idéias reformistas, bastante difundidas nos meios cultos da França. • Perseguido por causa de suas idéias, foi obrigado a fugir para a cidade de Basiléia, onde publicou, em 1536. a Instituição da Religião Cristã, definindo seu pensamento. • Calvino, como Lutero, partia da salvação pela fé, mas suas conclusões eram bem mais radicais; o homem seria uma criatura miserável, corrompida e cheia de pecados; somente a fé poderia salvá- lo, embora essa salvação dependesse da vontade divina — esta era a ―idéia da Predestinação‖.
  • 63. • Calvino foi para a Suíça, estabelecendo-se em Genebra, em 1536. A Suíça já conhecia o movimento reformista através de Ulrich Zwinglio e era um lugar propício para Calvino desenvolver suas idéias. • Mas o fator principal para a difusão do calvinismo na Suíça foi a concentração, nesta região, de um número razoável de comerciantes burgueses, desejosos de uma doutrina que justificasse suas atividades lucrativas. • Calvino transformou-se num verdadeiro ditador político, religioso e moral de Genebra. Formou um consistório (espécie de assembléia), composto por pastores e anciãos, que vigiava os costumes e administrava a cidade, inteiramente submetida à lei do evangelho. Eram proibidos o jogo a dinheiro, as danças, o teatro, o luxo. • Calvino ofereceu uma doutrina adequada à burguesia capitalista, pois dizia que o homem provava sua fé e demonstrava sua predestinação através do sucesso material, do enriquecimento. • Defendia o empréstimo de dinheiro a juros, considerava a pobreza como sinal do desfavor divino e valorizava o trabalho, o que ia ao encontro dos anseios da burguesia, que tinha no trabalho o elemento necessário para acumular o capital.
  • 64. A DIFUSÃO DO CALVINISMO • O calvinismo se difundiu na França, nos Países Baixos e na Escócia. Na França e nos Países Baixos sofreu resistência, mas na Escócia foi adotado como religião oficial. Foi John Knox (1505-1572) o introdutor do calvinismo na Escócia, e suas teorias foram rapidamente aceitas pela nobreza, interessada nas propriedades da igreja católica. Knox conseguiu que a religião católica fosse proibida pelo Parlamento escocês. A igreja escocesa foi organizada segundo o modelo da Igreja de Genebra e recebeu o nome de igreja presbiteriana, devido ao papel desempenhado pelos mais velhos (presbysteroi, em grego). • Na França, os huguenotes (calvinistas) envolveram-se nas sangrentas guerras de religião que marcaram as lutas políticas do país. "
  • 65. Anglicanismo • Na Inglaterra, a difusão da Reforma foi facilitada pela disputa pessoal entre o soberano, Henrique VIII, e o papa. • Henrique VIII era católico, mas rompeu com o papa quando este se recusou a dissolver seu casamento com Catarina de Aragão, que não lhe havia dado um filho homem. Ignorando a decisão papal, Henrique VIII casou-se, em 1533, com Ana Bolena, sendo excomungado pelo papa Clemente VII. • O soberano encontrava assim uma justificativa para impedir que o poder da Igreja ofuscasse a autoridade de um rei absolutista. • Além do mais, os bens da Igreja passaram para as mãos da nobreza, que apoiava o rei. Desta forma, as propriedades da nobreza aumentaram, facilitando a nova atividade econômica de produção de lã, que era procurada pelas manufaturas de tecidos. • A oficialização do rompimento entre Henrique VIII e o papado deu-se quando o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que, em 1534, colocou a Igreja sob a autoridade real: nascia a igreja anglicana.
  • 66. “Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra (...) Nesta qualidade, o Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos (...) que sejam ou possam ser formados legalmente por autoridade espiritual" (Ato de Supremacia, 1534) • Pelo Ato dos Seis Artigos, assinado em 1539, Henrique VIII mantinha todos os dogmas católicos, exceto o da autoridade papal. Esta dubiedade foi atacada tanto por protestantes como por católicos: os protestantes reprovavam a fidelidade aos dogmas católicos, e os católicos reprovavam o cisma. • Eduardo VI, filho e sucessor de Henrique VIII, impôs ao país a obrigatoriedade do culto calvinista. Maria Tudor, sua sucessora, tentou, sem sucesso, restaurar o catolicismo. Com a morte de Maria Tudor, subiu ao trono Elizabeth I (1558-1603), que instituiu oficialmente a religião anglicana, através de dois atos famosos: o Bill da Uniformidade, que criava a liturgia anglicana, e o Rui dos 39 Artigos, que fundamentava a fé anglicana. "
  • 68. Contra-reforma ou Reforma Católica • A situação da igreja católica, em meados do século XVI, era bastante difícil: ela perdera metade da Alemanha, toda a Inglaterra e os países escandinavos; estava em recuo na França, nos Países Baixos, na Áustria, na Boêmia e na Hungria. • A Contra-Reforma, ou Reforma católica, foi uma barreira colocada pela Igreja contra a crescente onda do protestantismo. Para enfrentar as novas doutrinas, a igreja católica lançou mão de uma arma muito antiga: a Inquisição. • Percebendo que os livros e impressos tinham sido muito importantes para a difusão da ideologia protestante, o papado instituiu, em 1564, o Index Librorum Prohibitorum, uma lista de livros elaborada pelo Santo Ofício, cuja leitura era proibida aos fiéis católicos. • Estas duas medidas (a Inquisição e o Index) detiveram o avanço do protestantismo, principalmente na Itália, na Espanha e em Portugal.
  • 69. a contra-reforma Para remediar os abusos da Igreja e definir com clareza sua doutrina, organizou-se o Concilio de Trento (1545-1563). O Concilio tomou uma série de medidas, entre as quais citamos: • Organizou a disciplina do clero: os padres deveriam estudar e formar- se em seminários. Não poderiam ser padres antes dos 25 anos, nem bispos antes dos 30 anos. • Estabeleceu que as crenças católicas poderiam ter dupla origem: as Sagradas Escrituras (Bíblia) ou as tradições transmitidas pela Igreja; apenas esta estava autorizada a interpretar a Bíblia. Mantinham-se os princípios de valia das obras, o culto da Virgem Maria e das imagens. • Reafirmava a infalibilidade do papa e o dogma da transubstanciação. A conseqüência mais importante deste Concilio foi o fortalecimento da autoridade do papa, que, a partir de então, passou a ter a palavra final sobre os dogmas defendidos pela igreja católica.
  • 70. CONSEQUÊNCIAS • A partir da Contra-Reforma surgiram novas ordens religiosas, como a Companhia de Jesus, fundada por Ignácio de Loyola em 1534. Os jesuítas se organizaram em moldes quase militares e fortaleceram a posição da Igreja dentro dos países europeus que permaneciam católicos. Criaram escolas, onde eram educados os filhos das famílias nobres; foram confessores e educadores de várias famílias reais; fundaram colégios e missões para difundir a doutrina católica nas Américas e na Ásia.
  • 71. O Tribunal da Inquisição foi muito poderoso na Europa nos séculos XIII e XIV, No decorrer do século XV, porém, perdeu sua força. Entretanto, em 1542 este tribunal foi reativado para julgar e perseguir indivíduos acusados de praticar ou difundir as novas doutrinas protestantes. Morte na fogueira de Savonarola, 1498
  • 72. A Igreja perdia adeptos e assistia à contestação e rejeição de seus dogmas, mas demostrou no Concílio de Trento que ainda era muito poderosa e tinha capacidade de reação.
  • 73. PAPA LEÃO X A IGREJA CATÓLICA NÃO ACEITOU COM FACILIDADE A EXPANSÃO DAS NOVAS RELIGIÕES