O documento discute o papel do treinador no desenvolvimento dos atletas. O treinador deve dirigir a equipe, orientar os atletas, ensinar técnicas esportivas, demonstrar valores positivos, corrigir os atletas, estimulá-los e motivá-los. Um treinador de sucesso promove a aprendizagem dos atletas, a organização dos treinos e o planejamento efetivo.
3. Porquê ser Treinador ?
“Gosto pela modalidade a que estão ou estiveram
ligados como praticantes”.
“Gosto pela prática desportiva”.
“Gosto pelo ensino e pelo contacto com crianças e
jovens”.
“Acreditam no valor formativo do desporto”.
“Possibilidade de continuarem ligados à modalidade”.
4. PAPEL DO TREINADOR
1. DIRIGIR (A EQUIPA E O JOGO)
Convencer os jogadores a fazer tudo bem feito.
Avaliar a prestação competitiva dos jogadores.
A função pedagógica da observação.
Criar e desenvolver o espírito de equipa.
Formar uma equipa.
Formar um grupo.
Dirigir a equipa durante o jogo.
Organizar o jogo.
Teotónio Lima (2000) – “Saber Treinar aprende-se”
5. PAPEL DO TREINADOR
2. ORIENTAR
“O desporto infantil e o desporto juvenil devem ter uma
orientação que vise o desenvolvimento integral das
crianças e dos jovens que, no essencial, é incompatível
com solicitações de uma prestação maximal de esforços
de grande intensidade e com as pressões de uma
especialização precoce e acelerada”.
Teotónio Lima (2000) – “Saber Treinar aprende-se”
6. PAPEL DO TREINADOR
3. ENSINAR
“Ensinar primeiro e treinar depois deverá ser,
necessáriamente, a prática que os treinadores
responsáveis pela formação desportiva dos jovens têm
de seguir como opção pedagógica, resultante de uma
metodologia de ensino dos JDC que defenda em
primeiro lugar os interesses e as necessidades das
crianças e dos mais jovens”.
Teotónio Lima (2000) – “Saber Treinar aprende-se”
7. PAPEL DO TREINADOR
4. DEMONSTRAR
Todos aqueles que lideram equipas devem saber que, para muitos, a
figura do treinador se sobrepõe à figura do próprio pai. O Treinador
deve ser um exemplo a seguir pelos atletas. Valores como
APLICAÇÃO, EMPENHAMENTO, ESFORÇO, PONTUALIDADE,
DISCIPLINA, ORGANIZAÇÃO, COMPREENSÃO, RESPEITO,
CORRECÇÃO, JUSTIÇA, entre outros, devem estar sempre presentes
em toda a conduta do treinador.
NÃO PODEM ESPERAR QUE A VOSSA EQUIPA SIGA O VOSSO
CONSELHO E IGNORE O VOSSO EXEMPLO
8. PAPEL DO TREINADOR
5. CORRIGIR
Ajudar os atletas, corrigindo as suas execuções, a sua conduta no
treino e no jogo, a sua atitude sempre que esta não seja adequada, é
fundamental para que o atleta sinta admiração pelo treinador.
“OS ATLETAS TÊM DE COMEÇAR POR SABER QUE O SEU
TREINADOR SE PREOCUPA COM ELES, ANTES DE SE
PREOCUPAR COM AQUILO QUE ELES SABEM”
9. PAPEL DO TREINADOR
6. ESTIMULAR
O treinador deve dar aos atletas aquilo que eles precisam, mas da
forma que eles gostam.
A estimulação deve ser adequada ao nível e às capacidades dos atletas,
devendo ser propostas tarefas que eles tenham capacidade para
realizar. A estimulação deve ser constante, sempre na procura da
superação das dificuldades apresentadas.
10. PAPEL DO TREINADOR
7. MOTIVAR
Em si mesmo o desporto não é bom nem mau. Os
efeitos positivos e negativos associados ao desporto não
resultam da participação em si, mas da natureza da
experiência vivida. Frequentemente chegamos à
conclusão que um elemento importante na
determinação da natureza daquela experiência é a
qualidade da liderança dos adultos que a dirigem.
Os comportamentos de Afectividade Positiva por parte
do treinador em relação aos atletas, são extremamente
importantes porque aumentam a auto-estima e
motivam os atletas para a prática desportiva.
11. OBJECTIVOS DO TREINADOR
Contribuir para a formação do atleta em todas as suas
facetas;
Criar as premissas indispensáveis para os atletas
alcançarem, em cada etapa, o nível óptimo do seu
desenvolvimento;
Desenvolver o gosto e o hábito da prática desportiva
regular;
Desenvolver nos praticantes uma atitude positiva de
participação;
Orientar correctamente as expectativas dos atletas.
12. O QUE É UM TREINADOR DE
SUCESSO?
Sucesso
Vitórias Aprendizagem Educação
Motora Técnica Fair Play Socialização
13. PROPOSTA DE PERFIL
Perfil
Instrução/Feedback Organização Planeamento
•Anual
•Em quantidade •Poucos tempos de espera
•Em qualidade •Muita actividade motora
•Diário
•Individual
15. FACTORES QUE CONTRIBUEM PARA A
MELHORIA DO PROCESSO ENSINO-APZ
Dimensões do Treino
• DIMENSÃO INSTRUÇÃO
As tarefas de aprendizagem. Quem determina, conduz e avalia?
• DIMENSÃO GESTÃO
A ordem no treino. Quem estabelece e controla?
• DIMENSÃO CLIMA
A relação treinador/atleta. De que tipo é?
16. DIMENSÃO INSTRUÇÃO
FEEDBACK PEDAGÓGICO (FB)
Reacção do treinador à prestação dos atletas, com o objectivo de lhes
fornecer uma informação relativa à realização de uma acção motora.
TIPOS E FORMAS DE FB
CONTEÚDO (Específico global, Específico focado, Não-Específico)
VALOR (Apropriado, Inapropriado)
OBJECTIVO (Descritivo, Prescritivo, Avaliativo).
FORMA (Auditivo, Visual, Quinestésico, Misto)
DIRECÇÃO (Individual, grupo, equipa)
Devemos previlegiar os FB’s positivos em detrimento dos
FB’s negativos
17. RAZÕES PARA ERROS NA EXECUÇÃO DE
UMA TÉCNICA DESPORTIVA
• Insuficiente condição física
• Incorrecta compreensão do movimento
• Hábitos motores anteriores
• Fadiga do treino
• Ritmo inadequado
• Aspectos motivacionais
• Aspectos psicológicos
18. CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE
UMA TÉCNICA DESPORTIVA
CONHECER AS TÉCNICAS A ENSINAR
Saber descrever e demonstrar
Conhecer a técnica e os erros mais comuns
CONHECER A METODOLOGIA
Planear e ensaiar a explicação
ORGANIZAR DOSSIER DE EXERCÍCIOS
Exercícios de 3 tipos: global, variantes de
facilidade e dificuldade, exercícios de integração
(oposição, jogo)
19. ENSINO DE UMA TÉCNICA DESPORTIVA
DEVE DESENCADEAR ALEGRIA
INFORMAR DOS OBJECTIVOS
DIFICULDADE VARIÁVEL
VARIAÇÕES PARA O OBJECTIVO
PRECISÃO NAS EXECUÇÕES
LIGAÇÃO AO SUCESSO
O SUCESSO DEPENDE DE:
TEMPO
EMPENHAMENTO
ESFORÇO
20. O TEMPO DE TREINO
Tempo total previsto para o treino
Tempo útil (aproveitável)
Tempo disponível para a prática
Tempo de empenhamento motor
Tempo potencial de Apz.
21. FACTORES DE EFICÁCIA DO TREINO
AUMENTAR O TEMPO AUMENTAR O TEMPO DISPONÍVEL
PARA A PRÁTICA
ÚTIL DE TREINO
Reduzir ao indispensável os períodos
Promover actividades
de informação, transição,
interessantes
organização
Ser rigoroso na
Períodos de informação curtos e
pontualidade
claros
Reduzir as tarefas
Material em local acessível
administrativas
Encadeamento dos exercícios
Combinar sinais com os atletas
MAXIMIZAR O TEMPO POTENCIAL DE APRENDIZAGEM
Escolher formas de organização que minimizem o tempo de
espera e favoreça o número de repetições.
Ajustar o grau de dificuldade das tarefas
Fornecer FB’s específicos, oportunos e atempados
Estabelecer um ambiente de trabalho positivo
22. COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
1. Dar continuidade e saber sempre o que os atletas estão a
fazer – “olhos nas costas”.
2. Ser capaz de lidar com mais do que um assunto ao mesmo
tempo.
3. Ser capaz de manter a harmonia no treino, sem quebras no
desenrolar da actividade.
4. Ser capaz de manter a continuidade da actividade.
5. Ser capaz de manter os atletas atentos e empenhados.
6. Ser capaz de incutir nos atletas a responsabilidade pela
correcta execução das tarefas.
23. ERROS DE GESTÃO DO TREINO
1. Interromper desatempadamente a actividade.
2. Deixar-se levar por pormenores irrelevantes.
3. Acabar prematuramente uma actividade.
4. Mudar de actividade e voltar atrás.
5. Exagerar no tempo necessário para realizar uma actividade.
6. Fragmentar o grupo (muitos a trabalhar, poucos à espera).
7. Promover exercícios em que o tempo de prática seja reduzido
e o tempo de espera seja elevado.