1) O autor critica o termo "paralimpíadas", que considera uma palavra desnecessária e que não respeita as regras da língua portuguesa.
2) Ele argumenta que a palavra foi amplamente aceita pela mídia sem questionamentos, ao contrário do que ocorreu com o neologismo "imexível".
3) O autor defende que deveríamos classificar "paralimpíadas" como uma aberração linguística em vez de adotá-la sem reflexão.
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Tales - Formação de palavras com gabarito
1. FORMAÇÃO DE PALAVRAS
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Professor Jason Lima
01 - (UFTM MG)
Leia a charge.
(www.acharge.com.br.)
A charge ironiza
a) a velocidade na cobrança de impostos do cidadão
brasileiro. O título contém um substantivo formado por
hibridismo.
b) a carga tributária que recai sobre o cidadão brasileiro.
O título contém um substantivo composto a partir de
“imposto” e do radical grego “-metro”.
c) o método de cobrança de impostos do cidadão
brasileiro. O título contém um substantivo composto a
partir dos substantivos “imposto” e “metro”.
d) a falta de dinheiro do cidadão brasileiro. O título
contém um substantivo derivado de “imposto” com o
acréscimo do sufixo “-metro”.
e) a intensidade dos impostos cobrados do cidadão
brasileiro. O título contém um substantivo formado a
partir de um verbo.
02 - (IBMEC)
Paralimpíadas é a mãe
Certamente eu descobriria no Google, mas me deu
preguiça de pesquisar e, além disso, não tem importância
saber quem inventou essa palavra grotesca, que agora a
gente ouve nos noticiários de televisão e lê nos jornais. O
surpreendente não é a invenção, pois sempre houve
besteiras desse tipo, bastando lembrar os que se
empenharam em não jogarmos futebol, mas ludopédio ou
podobálio. O impressionante é a quase universalidade da
adoção dessa palavra (ainda não vi se ela colou em
Portugal, mas tenho dúvidas; os portugueses são bem mais
ciosos de nossa língua do que nós), cujo uso parece ter sido
objeto de um decreto imperial e faz pensar em por que não
classificamos isso imediatamente como uma aberração
deseducadora, desnecessária e inaceitável, além de
subserviente a ditames saídos não se sabe de que cabeça
desmiolada ou que interesse obscuro. Imagino que temos
autonomia para isso e, se não temos, deveríamos ter, pois
jornal, telejornal e radiojornal implicam deveres sérios em
relação à língua. Sua escrita e sua fala são imitadas e tidas
como padrão e essa responsabilidade não pode ser
encarada de forma leviana.
Que cretinice é essa? Que quer dizer essa palavra, cuja
formação não tem nada a ver com nossa língua? Faz
muitos e muitos anos, o então ministro do Trabalho,
Antônio Magri, usou a palavra "imexível" e foi gozado a
torto e a direito, até porque ele não era bem um intelectual
e era visto como um alvo fácil. Mas, no neologismo que
talvez tenha criado, aplicou perfeitamente as regras de
derivação da língua e o vocábulo resultante não está nada
"errado", tanto assim que hoje é encontrado em dicionários
e tem uso corrente. Já o vi empregado muitas vezes, sem
alusão ao ex-ministro. Infutucável, inesculhambável e
impaquerável, por exemplo, são palavras que não se acham
no dicionário, mas qualquer falante da língua as entende,
pois estão dentro do espírito da língua, exprimem bem o
que se pretende com seu uso e constituem derivações
perfeitamente legítimas.
Por que será que aceitamos sem discutir uma
excrescência como "paralimpíada"?
(João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 23/09/2012)
O que motivou a indignação do autor com a palavra
“paralimpíadas” foi o(a):
a) imposição da palavra, formada por um mecanismo
que dispensa elementos conhecidos da língua.
b) aceitação irrestrita do termo por parte da mídia,
especialmente pela televisão.
c) fato de que, ao contrário do neologismo “imexível”,
a palavra não foi incorporada aos dicionários.
d) tentativa de resgatar palavras arcaicas tal como se
fossem decretos imperiais.
e) recusa à adoção do neologismo pelos portugueses,
cuja atitude revela-se conservadora.
03 - (UNIFESP SP)
Examine a tira.
(Folha de S.Paulo, 26.12.2011.)
O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato
de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que
“carinho” e “caro” sejam vocábulos
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a) derivados de um mesmo verbo.
b) híbridos.
c) derivados de vocábulos distintos.
d) cognatos.
e) formados por composição.
04 - (UFRN)
Os fragmentos textuais abaixo foram extraídos de crônicas
de Luis Fernando Veríssimo (2001). Aquele em que o
termo sublinhado constitui uma onomatopeia é:
a) “Originalmente, portanto, „tintim por tintim‟ indicava
um pagamento feito minuciosamente, moeda por
moeda.” (Tintim, p. 64)
b) “Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair
na água.” (Defenestração, p. 60)
c) “Depois de dizer „quatrilhão‟ você tem que pular para
trás, senão ele esmaga os seus pés.” (Pudor, p. 70-71)
d) “É dizer „Sílfide‟ e ficar vendo suas evoluções no ar,
como as de uma borboleta.” (Pudor, p. 69)
05 - (UNIFOR CE)
Em relação aos vocábulos filósofo e teólogo é correto
afirmar que:
a) são exemplos de hibridismo, em que se unem radicais,
um de origem grega e outro de origem latina,
respectivamente.
b) o primeiro é formado por radicais de origem latina e o
segundo, por radicais de origem grega.
c) são, ambos, exemplos de composição por aglutinação,
em que os dois elementos de origem diversa se
fundem, para formar uma nova palavra.
d) ambos são formados pela junção de dois radicais de
origem grega.
e) ambos são formados pela junção de dois radicais de
origem latina.
06 - (FUVEST SP)
Os atuais simuladores de vôo militares estão em condições
não apenas de exibir uma imagem "realista" da paisagem
sobrevoada, mas também de confrontá-la com a ...... obtida
dos radares.
O termo que preenche adequadamente a lacuna no texto é
a) iconologia.
b) iconoclastia.
c) iconografia.
d) iconofilia.
e) iconolatria.
07 - (FUVEST SP)
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minh‟alma transformada,
que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
pois consigo tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semidéia,
que, como um acidente em seu sujeito,
assi co a alma minha se conforma,
está no pensamento como idéia:
e o vivo e puro amor de que sou feito,
como a matéria simples busca a forma.
(Camões, ed. A.J. da Costa Pimpão)
O prefixo presente em semideia tem o mesmo valor
semântico do prefixo que há em:
a) hipotensão.
b) perífrase.
c) anfiteatro.
d) subalterno.
e) hemisfério.
08 - (FUVEST SP)
Sinha Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu
a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e
cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado,
julgou que ela estivesse tresvariando.
(Graciliano Ramos, Vidas secas)
O prefixo assinalado em “tresvariando” traduz idéia de:
a) substituição.
b) contigüidade.
c) privação.
d) inferioridade.
e) intensidade.
09 - (UNIFOR CE)
A série em que os vocábulos são formados pelo mesmo
processo é:
a) enciclopédia - historietas - heróis
b) página - panorama - acordados
c) cachecol - restaurante - conhecimento
d) memória - certeza - realidade
e) inseparáveis - desconhecidos - desparafusando
10 - (UNIFOR CE)
O prefixo de origem grega que se encontra na palavra
metamorfose tem seu correspondente, de origem latina,
com o mesmo sentido em:
a) revolver.
b) envelhecer.
c) transformação.
d) despregada.
e) ignorada.
11 - (UNIFICADO RJ)
Os vocábulos aprimorar e encerrar classifica-se, quanto ao
processo de formação de palavras, respectivamente, em:
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a) parassíntese / prefixação.
b) parassíntese / parassíntese.
c) prefixação / parassíntese.
d) sufixação / prefixação e sufixação.
e) prefixação e sufixação / prefixação.
12 - (INTEGRADO RJ)
O que se indica nos parênteses NÃO está correto na opção:
a) bordado (vogal temática).
b) esforço-me (desinência número-pessoal).
c) desenrolando (característica de gerúndio).
d) imperceptível (derivado parassintético).
e) meia-idade (composto por justaposição).
13 - (UFRRJ)
O prefixo da palavra em destaque na oração "ao
TRANSPOR a porta para a rua..." tem, respectivamente, o
significado de
a) movimento através de.
b) movimento em torno.
c) posição além do limite.
d) movimento para além de.
e) movimento intermitente.
14 - (ITA SP)
Assinale a opção que apresenta somente palavras formadas
por derivação parassintética:
a) desvalorização, avistar, resfriado, infelizmente.
b) expropriar, entortar, amanhecer, desalmado,
ensurdecer.
c) escolarização, antiinflação, retrospectivo, comilão,
corpanzil.
d) desigualdade, endurecer, alfabetizar, abençoar,
chuviscar.
e) administração, entretela, contrabalançar,
semicondutor, relembrar.
15 - (UEL PR)
O vocábulo PRÉ-HISTÓRIA é formado por
a) derivação prefixal, somente.
b) derivação sufixal, somente.
c) derivação prefixal e sufixal.
d) composição por justaposição.
e) composição por aglutinação.
16 - (PUC RJ)
Indique a palavra resultante do mesmo processo de
formação que "término"
a) Fim.
b) Processo.
c) Ganho.
d) Caso.
e) Motivo.
17 - (UFC CE)
No período: "Vim do sertão, fedelhozinho ainda, bestaloide,
mas hipersensível.", há, em fedelhozinho, dois sufixos de
___________, um deles expressa idéia de _____________;
em bestaloide há um sufixo que indica __________,
carregado de conotação depreciativa e, em hipersensível,
um ___________ prefixal.
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do
período.
a) aumentativo, depreciação, aspecto de, superlativo.
b) diminutivo, afetividade, semelhante a, superlativo.
c) diminutivo, depreciação, forma de, aumentativo.
d) diminutivo, afetividade, aspecto de, aumentativo.
e) aumentativo, ironia, semelhante a, aumentativo.
18 - (PUC SP)
Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam
o mesmo valor semântico de INTER (ou entre), em
"Internet", e INTRA (ou intro), em "intranet".
a) internacional/entrever
introduzir/intraduzível
b) intercâmbio/interferência
intrafegável/intramuros
c) interação/interlocutor
intramuscular/introvertido
d) intervalo/interno
intra-uterino/intransigente
e) interlíngua/interface
intransitável/intramedular
19 - (UFLA MG)
Em: "... é um instinto inelutável, uma força espontânea...",
classifique o processo de formação da palavra
INELUTÁVEL:
a) derivação prefixal.
b) composição por justaposição.
c) derivação regressiva.
d) composição por aglutinação.
e) derivação parassintética.
20 - (UFPE)
Identifique a série em que todas as palavras se iniciam com
um prefixo de sentido idêntico ao do prefixo 'in', em
'incrível'.
a) desembarque; incalculável; ignição
b) indiscreta; imemorável; incoativo
c) irreparável; indexada; incoerente
d) desconhecido; injetável; ateu
e) atípico; inapto; ignoto
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21 - (PUC SP)
Está presente, no texto, o processo de formação de palavras
por derivação imprópria.
Assinale a alternativa em que ocorre tal processo.
a) A ética, como morada humana, não é algo pronto e
constituído de uma só vez.
b) O ser humano está sempre tornando habitável a
casa que constituiu para si.
c) ... tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o
ambiente.
d) Na ética, há o permanente e o mutável.
e) A casa, nos seus mais diferentes estilos, deverá ser
habitável.
22 - (UFSM RS)
Na redação de suas cartas, os leitores empregaram palavras
formadas com o auxílio de afixos. Em qual delas há um
sufixo que significa "de maneira", "de modo"?
a) instigante.
b) comportamento.
c) compreensão.
d) rivalidade.
e) infinitamente.
23 - (UFPE)
Assinale a série de palavras cujos prefixos indicam
negação, como em 'ilógico'.
a) inaproveitável / irremovível / irromper
b) invalidar / inativo / ingerir
c) irrestrito / improfícuo / imberbe
d) ateu / incoercível / imerso
e) incriminar / imiscuir / imanente
TEXTOS: Comuns à questão: 24
Fonte: HAGAR – Folha de S. Paulo, Ilustrada E 9, 17/08/2006.
Fonte: CHICO B. - Folha de S. Paulo, Ilustrada E 11,
25/08/2006.
24 - (UEL PR)
As onomatopeias da segunda tira referem-se,
respectivamente, a:
a) Escarro, pancada e soco.
b) Beijo, afago e escarro.
c) Escarro, afago e revide.
d) Bocejo, escarro e estouro.
e) Beijo, soco, grito de guerra.
TEXTO: 2 - Comum à questão: 25
Medicina dos Humores e Símbolos
01
Assim como as outras ciências, a Medicina não
escapou ao mito da estagnação medieval. Nas obras que
02
ainda alimentam esse clichê, lê-se que a Medicina
passou quase mil anos num sono profundo, entre a
Antigüidade e 03
o Renascimento. Os indícios que
sustentam essa conclusão convergem em alguns
aspectos: a ausência de invenções 04
espetaculares e de
médicos excepcionais, a feitiçaria onipresente e a
influência da Igreja sobre as ciências. A 05
Medicina era
domínio de monges, filósofos e charlatães.
06
Ainda hoje, nossa visão da Idade Média
permanece impregnada dessas idéias, que se baseiam,
no 07
entanto, num ponto de vista moderno: em vez de
serem colocadas na perspectiva da época, as ciências
são avaliadas 08
tomando como parâmetro os critérios
atuais. Assim a crítica segundo a qual a Igreja teria
exercido uma 09
dominação aniquiladora do progresso é
típica de uma sociedade laica. Para os cristãos da Idade
Média, ao contrário, não 10
existia alternativa: eles
acreditavam que os judeus, os pagãos e os hereges
estavam condenados às penas do 11
inferno. A Medicina
medieval era praticada na base de uma fé jamais
colocada em questão e encontrava seu lugar 12
numa
visão de mundo inteiramente religiosa. A Medicina era
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mais uma filosofia da Natureza que uma ciência da
13
Natureza, no sentido moderno do termo.
14
Ora, sem as bibliotecas monásticas, o trabalho dos
monges copistas e o interesse que os eruditos
15
eclesiásticos demonstravam pela terapêutica, os
escritos antigos de famosos médicos romanos, gregos
ou árabes estariam 16
perdidos. Depois da queda do
Império Romano, apenas os religiosos sabiam ler e
escrever e dominavam a 17
língua erudita européia, o
latim. Dessa forma, a Igreja permitia a continuidade da
cultura e a sobrevivência da filosofia 18
antiga e pagã.
19
Para o cristão devoto, a saúde e a salvação
estavam alegoricamente ligadas: a Medicina cuidava do
20
corpo que perecia, e a religião, da alma imortal. O
médico tinha de reconhecer as doenças e buscar tratá-
las pelos 21
meios terrestres. Só se ele atingisse seus
limites é que deveria ceder lugar _____ ajuda religiosa.
22
Os autores religiosos davam, assim, um grande
valor _____ saúde do corpo, pois a “carne fraca” do
23
ditado era particularmente vulnerável à influência do
Maligno. A representação mais popular do Cristo
médico mostra 24
as curas milagrosas do Novo
Testamento e legitima assim a intervenção dos médicos
em caso de doença (quando 25
ela não era um ato divino
irreversível). A existência de plantas medicinais
provava, ao crente, que o Criador tinha 26
previsto sua
utilização para o alívio e a cura. Ao contrário de um
preconceito bastante difundido, uma fé inabalável 27
não
impedia que se adotasse uma conduta ativa e
pragmática para resolver os problemas que surgiam:
como hoje, 28
os homens da Idade Média tentavam fazer
tudo o que estava _____ seu alcance para facilitar a
vida aqui na Terra e 29
preservar a saúde.
Texto adaptado de RIHA, Ortrun. Scientific American
Brasil. Especial História, n.1.
25 - (FFFCMPA RS)
Sobre os adjetivos irreversível (linha 25) e inabalável
(linha 26), considere as assertivas abaixo.
I. Ambos apresentam o mesmo sufixo, mas prefixos
diferentes.
II. Ambos têm uma única forma para os dois gêneros
gramaticais do Português.
III. O processo que ambos sofreram em sua
composição poderia ser aplicado aos verbos
reconhecer e alcançar.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
TEXTO: 3 - Comum à questão: 26
Dentro do politicovil
André Petry
Tudo já indicava que estamos cada vez mais distantes
da política e mais próximos da politicalha, mas a tragédia
de Congonhas jogou uma luz intensa sobre essa deformação
nacional. A politiquice pós-tragédia dividiu Brasília em
dois bandos. Os politiqueiros do governo torcem para que a
principal explicação do desastre seja um defeito no avião ou
erro do piloto, aliviando a barra governista. Os politiquetes
da oposição fazem figa para que a pista de Congonhas seja
a grande culpada, o que compromete o governo. Como as
investigações iniciais sugerem que o problema principal
ocorreu na cabine do avião, e não na pista do aeroporto,
politiquinhos governistas talvez se sintam autorizados a
voltar a brincar de top, top, top.
Essa versão amesquinhada da política não é
exclusividade brasileira, mas nas democracias mais
maduras os politicastros ao menos se empenham em
esconder seus impulsos. Aqui, as coisas estão mais
debochadas. É impressionante a incapacidade dos nossos
politicantes de fazer a política grande, nobre, a política que,
apesar de todas as divergências, leva em conta que, afinal,
vivemos todos juntos. Mas nossos politicóides são
indiferentes a esse projeto de bem comum. Vulgarizam-se
tanto que se apartaram do sentimento brasileiro médio, que
se espantou de verdade, se chocou de verdade com o avião
explodindo, se solidarizou de verdade com o drama das
famílias. O senhor Marco Aurélio “Top, Top, Top” Garcia
é exemplo dessa alienação. Filmado, como ele diz, de
“forma clandestina”, Garcia mostrou preocupar-se menos
com a comoção nacional e mais com o impacto eleitoral da
tragédia. Coisa de politiquilho.
Com o mesmo alheamento, o presidente Lula sumiu por
três dias depois do maior acidente aéreo do país, tal como
fazem os oposicionistas na hora em que são postos à prova.
José Serra desapareceu quando o PCC colocou São Paulo
de joelhos. Agora, como Congonhas não é obra sua, Serra
aparece em Congonhas. E Lula, como Congonhas é obra
sua, some de Congonhas, some de Porto Alegre e cancela
visitas a toda região Sul do país, exatamente para onde
deveria viajar se vencesse a covardia da politicagem, se
deixasse de fazer politicócoras.
Com politicalhões assim, corremos o risco de ficar
numa situação algo parecida com a condição a que o
nazismo relegou suas vítimas, conforme a formulação de
Hannah Arendt: não eram considerados seres humanos,
apenas futuros cadáveres.
Basta de politicoveiros. Precisamos de políticos.
In: Revista Veja. Edição 2019, 1º de agosto de 2007, p. 86.
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26 - (UFOP MG)
Assinale a alternativa que apresenta palavras compostas por
aglutinação.
a) politicovil / politicastros / politicócoras /
politicoveiros
b) politicoveiros / politiquilho / politiqueiros /
politicalha
c) politicóides / politiquice / politicagem / politiquetes
d) politicastros / politicoveiros / politiquinhos /
politiquilho
TEXTO: 4 - Comum à questão: 27
TEXTO III
(....)
1
“Os ruralistas defendem a proposta - o projeto de lei
(PL) que muda substancialmente a porcentagem de
autorização para derrubada de vegetação nativa em
propriedades privadas na Amazônia - , alegando que a
lei, Se aprovada, vai 5
incentivar a adesão dos
fazendeiros à legislação ambiental e, dessa forma,
garantir a sobrevivência de metade da biodiversidade
amazônica. A verdade, porém, é que, num ecossistema
frágil como o amazônico, ninguém sabe quanto de
biodiversidade resistiria se 50% dela fosse 10
destruída.
conforme a floresta encolhe, diminuem o volume de
chuvas e a capacidade de a vegetação reter água. Com
isso, a mata fica cada vez mais seca e vulnerável à ação
do calor e do fogo.”
ARAIA, Eduardo , Projeto de lei pode significar, no prazo de
algumas décadas, o fim da Floresta Amazônica. 28/05/2008.
www.terra.com.br/isto é/sumarios. Acesso em 04/08/08.
27 - (UFCG PB)
Julgue certas (C) ou erradas (E) as assertivas abaixo em
relação às palavras “biodiversidade” (l.9) e
“ecossistema”(l.8) utilizadas no texto III:
I. Apresentam, em sua constituição, radicais gregos
que significam respectivamente “vida” e “casa”.
II. São palavras formadas pelo processo de
composição por justaposição.
III. Apresentam radicais latinos e gregos que
significam respectivamente vida e ambiente.
IV. São palavras formadas pelo processo de prefixação
e sufixação com a presença de radicais eruditos.
A seqüência correta é:
a) CCEE.
b) CECE.
c) ECEC.
d) CECC.
e) EECE.
TEXTO: 5 - Comum à questão: 28
01
Grande parte de nossas decisões é tomada de
02
maneira mais ou menos automática. Esse processo 03
é
guiado pelo valor que se dá às diversas experiências 04
do
passado. Se uma pessoa desperta boas emoções 05
em mim,
toda vez que eu a encontrar vou reviver 06
uma memória que
se divide em dois aspectos: 07
o cognitivo (quem é essa
pessoa) e o emocional 08
(é alguém de quem eu gosto). Não
há memória ou 09
tomada de decisões neutras, sem emoção.
10
Na verdade, nada é mais essencial para a
identidade 11
de uma pessoa do que o conjunto de
experiências 12
armazenadas em sua mente. Por isso, o que
13
mais distingue a memória humana é a capacidade 14
de ter
uma autobiografia. Cada um de nós sabe quando
15
nascemos, quem são nossos pais, nossos amigos, 16
quais
são nossas preferências, o que já realizamos 17
na vida…
Enfim, qual é nossa história. Um chimpanzé 18
ou um cão
têm isso de forma limitada; sua memória 19
não possui a
mesma riqueza de detalhes e 20
abrangência. Essa diferença
é amplificada pela linguagem, 21
que codifica memórias não
verbais em formas 22
verbais, expandindo enormemente tudo
o que o 23
ser humano é capaz de memorizar.
24
Cada vez que a memória decai, e conforme a
idade 25
isso ocorre em maior ou menor grau, perde-se 26
um
pouco da interação com o mundo. Mas a ciência 27
vem
avançando no conhecimento dos mecanismos da 28
memória
e de como fazer para preservá-la. Pesquisas 29
recentes
permitem vislumbrar o dia em que será realidade 30
a
manipulação da memória humana. (...)
31
A neurociência é um campo tão promissor que,
nos 32
Estados Unidos, um quinto do financiamento em
pesquisas 33
médicas do governo federal vai para as
tentativas 34
de compreender os mecanismos do cérebro. E
os 35
estudos sobre a memória têm lugar destacado nesse
36
esforço científico. Afinal, mantê-la em perfeito
funcionamento 37
tornou-se preocupação central nas
sociedades 38
modernas, na qual dois fenômenos desafiam: a
exposição 39
a uma carga diária excessiva de informações,
40
que o cérebro precisa processar, selecionar e, se
relevantes, 41
reter para uso futuro; e o aumento da
expectativa 42
de vida, que se traduz em uma população mais
43
vulnerável a distúrbios associados à perda de memória.
Texto redigido com base em informações publicadas na revista
Veja, 13 de janeiro, 2010.
28 - (PUC RS)
Analise as informações a seguir e preencha os parênteses
com V (verdadeiro) ou F (falso).
Caso o leitor não conheça a palavra “neurociência” (ref.31),
ele pode chegar ao sentido aproximado
7. FORMAÇÃO DE PALAVRAS
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Professor Jason Lima
( ) decompondo a palavra em seus elementos
constitutivos e observando o que cada um
significa.
( ) buscando pistas do seu significado no conteúdo do
parágrafo anterior.
( ) identificando a classe gramatical e a função
sintática dessa palavra no contexto.
( ) relacionando a palavra com outras do mesmo
campo de significação, como “cérebro”, “estudos
sobre a memória”, “esforço científico”.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é
a) V – V – V – F
b) V – V – F – V
c) V – F – V – F
d) F – F – V – V
e) F – V – F – V
TEXTO: 6 - Comum à questão: 29
A morte do jangadeiro
Pe. Antônio Tomás
Ao sopro do terral abrindo a vela
Na esteira azul das águas arrastada,
Segue veloz a intrépida jangada,
Entre os uivos do mar que se encapela.
Prudente, o jangadeiro se acautela
Contra os mil acidentes da jornada;
Fazem-lhe, entanto, guerra encarniçada
O vento, a chuva, os raios, a procela.
Súbito, um raio o prostra e, furioso,
Da jangada o despeja na água escura
E, em brancos véus de espuma, desdiloso
Envolve e traga a onda intumescida,
Dando-lhe, assim, mortalha e sepultura
O mesmo mar que o pão lhe dera em vida.
29 - (UNIFOR CE)
Assinale, de acordo com o soneto do Pe. Antônio Tomás, a
alternativa em que o vocábulo onomatopaico traduz, no
texto, o perigo, a traição e a ferocidade do mar diante da
frágil embarcação:
a) Raios.
b) Uivos.
c) Véus.
d) Acidentes.
e) Mortalha.
TEXTO: 7 - Comum à questão: 30
Sua excelência
[O ministro] vinha absorvido e tangido por uma chusma
de sentimentos atinentes a si mesmo que quase lhe falavam
a um tempo na consciência: orgulho, força, valor, satisfação
própria etc. etc.
Não havia um negativo, não havia nele uma dúvida; todo
ele estava embriagado de certeza de seu valor intrínseco,
das suas qualidades extraordinárias e excepcionais de
condutor dos povos. A respeitosa atitude de todos e a
deferência universal que o cercavam, reafirmadas tão
eloquentemente naquele banquete, eram nada mais, nada
menos que o sinal da convicção dos povos de ser ele o
resumo do país, vendo nele o solucionador das suas
dificuldades presentes e o agente eficaz do seu futuro e
constante progresso.
Na sua ação repousavam as pequenas esperanças dos
humildes e as desmarcadas ambições dos ricos.
Era tal o seu inebriamento que chegou a esquecer as
coisas feias do seu ofício... Ele se julgava, e só o que lhe
parecia grande entrava nesse julgamento.
As obscuras determinações das coisas, acertadamente,
haviam-no erguido até ali, e mais alto levá-lo-iam, visto
que, só ele, ele só e unicamente, seria capaz de fazer o país
chegar ao destino que os antecedentes dele impunham.
(Lima Barreto. Os bruzundangas. Porto Alegre: L&PM, 1998, pp. 15-6)
30 - (FGV )
A palavra que apresenta, em sua formação, um prefixo e
um sufixo formador de adjetivo é:
a) esperanças.
b) sentimentos.
c) unicamente.
d) respeitosas.
e) extraordinárias.
TEXTO: 8 - Comum à questão: 31
01 Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer
nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu
Preceptor,
05 esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito
saudável,
o Padre me disse.
[...]
10 Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
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Professor Jason Lima
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor
de
agramática.
Manoel de Barros, “Poema VII”
31 - (MACK SP)
O valor do prefixo da palavra agramática encontra-se
também em:
a) anagrama.
b) acrópole.
c) adjunto.
d) amoral.
e) análise.
TEXTO: 9 - Comum à questão: 32
Volta às origens. Conheça trechos das versões
originais das histórias
Bia Reis − O Estado de S. Paulo
01
Animais que falam, princesas que sofrem, 02
reis
e rainhas, fadas madrinhas, gigantes. As 03
histórias se
passam em um lugar longínquo, 04
muitas começam
com “era uma vez” e os 05
personagens têm nomes
simples, às vezes 06
apelidos. E, como se fosse mágica,
o leitor 07
mergulha em um mundo onde tudo é
possível: um 08
pé de feijão pode crescer até o céu e um
tapete, 09
voar.
10
Conforme atravessaram os séculos, os contos 11
de fadas foram ganhando nova roupagem. A 12
narrativa central permaneceu, mas, em geral, eles 13
se
tornaram mais leves, açucarados. Na versão 14
original
de Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, 15
o Lobo
come a Vovó e a menina − e não há nem 16
sombra dos
caçadores.
17
O mesmo aconteceu com a história da Rainha 18
Má que tenta a todo custo acabar com a vida da 19
enteada, apontada pelo Espelho como a mulher 20
mais
bela do reino. Criado entre os séculos 16 e 21
17, o
conto foi reescrito pelos irmãos Jacob 22
(1785-1863) e
Wilhelm Grimm (1786-1859) e 23
ganhou o mundo
com a versão de Walt Disney 24
para o cinema, em
1937. Mas, nesse caso, foi o 25
americano quem
colocou o açúcar.
26
Na versão dos irmãos Grimm de Branca de 27
Neve, cujo texto está sendo relançado pela 28
Geração
Editorial, após receber do caçador 29
pulmões e fígado
de um javali, a madrasta pede ao 30
cozinheiro que
ferva os órgãos e os come 31
pensando que fossem da
moça.
32
A Rainha Má tenta matar a enteada não uma, 33
mas três vezes. Primeiro, vai à casa dos sete anões 34
e,
disfarçada de vendedora, oferece laços para 35
espartilho. Branca de Neve deixa que a senhora 36
coloque a fita, e ela a aperta com tanta força que 37
faz
a garota desmaiar. Depois, a rainha tenta 38
matá-la
com um pente envenenado para, 39
finalmente, lançar
mão de sua estratégia mais 40
conhecida: a maçã cheia
de veneno.
41
O fim da história também é mais dramático. 42
Não há o famoso beijo e o “então viveram felizes 43
para sempre”. Branca de Neve volta à vida 44
quando,
ao ser carregada pelos servos do príncipe, 45
um deles
tropeça e, com o solavanco, um pedaço 46
de maçã
envenenada sai da garganta da moça.
47
A madrasta é convidada para o casamento de 48
Branca de Neve com o príncipe, e os dois se 49
vingam
da rainha cruel fazendo com que ela calce 50
sapatos de
ferro aquecidos sobre carvões em brasa 51
e dance. (...)
(Texto adaptado. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/
impresso,volta-as-origens -conheca-trechos-das-versoes-originais-
das-
historias,897511,0. htm>. Publicado em 08/07/2012. Acesso em
15/08/2012)
32 - (UEM PR)
Assinale o que for correto em relação à flexão e à formação
de palavras no texto.
01. Os vocábulos “reescrito” (linha 21), “relançado”
(Ref. 27) e “receber” (Ref. 28) têm em comum o
prefixo “re-”, que indica repetição.
02. No vocábulo “açucarados” (Ref. 13), o sufixo “-
ado” forma um adjetivo a partir do substantivo
“açúcar”.
04. O vocábulo “envenenado” (Ref. 38) é formado a
partir de “envenenar”, em que há adição
simultânea de prefixo e de sufixo: en + veneno +
ar.
08. Em “Animais que falam” (Ref. 1), a desinência
número-pessoal “-m” indica que se trata de forma
da terceira pessoa do plural.
16. O vocábulo “personagens” (Ref 5), embora possa
ter referentes tanto do sexo masculino (“príncipe”,
por exemplo) quanto do sexo feminino
(“princesa”), é tratado pela autora do texto como
sendo do gênero masculino pela anteposição do
artigo “os”.
33 - (UNISA SP)
Pelo processo de derivação, as palavras sofrem
modificações incorporando diferentes sentidos. Assinale a
alternativa em que as palavras em destaque, nas frases,
resultantes do mesmo processo de formação, traduzem,
respectivamente, sentido de admiração e de menosprezo.
a) São Paulo, com todas as oportunidades que
oferece, é mesmo uma cidadona. / Quadrilhas
invadem restaurantes e roubam clientes em ondas
de ataque em São Paulo: que cidadezinha
violenta!
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Professor Jason Lima
b) As calçadas nas cidades europeias são
planejadíssimas. / Como houve mudança na
administração do bairro, a reforma da praça teve
de ser replanejada.
c) Algum coordenador de transportes tentou fazer
uma viagenzinha curta que seja, num coletivo
cheio, em dia de calor? / Moradora da periferia
enfrenta uma rotina diária de mais de cinco horas
dentro dos ônibus: é uma hiperviagem.
d) Ele é um supercoordenador e deveria conhecer os
problemas do trânsito. / A Prefeitura nomeou uma
pessoa incompetente para administrar o trânsito, é
um descoordenador.
e) A variedade dos desenhos forma um mix
desordenado de excrescência. / Que sorte temos
nós, nossa cidade é harmoniosa, ordenadíssima!
TEXTO: 11 - Comum à questão: 34
Articulista da Forbes ironiza o status que o
brasileiro dá para o automóvel
(1) Até a americana revista Forbes anda rindo da
obsessão do brasileiro em encarar o automóvel como
símbolo de status. No último sábado, o blog do
colaborador Kenneth Rapoza, especialista nos
chamados Bric´s (Brasil, Rússia, Índia e China), trouxe
um artigo intitulado “O Jeep Grand Cherokee de
ridículos 80 mil dólares do Brasil”. A tese do artigo: os
brasileiros confundem qualidade com preço alto e se
dispõem a pagar 189 mil reais (89.500 dólares) por um
carro desses que, nos Estados Unidos, é só mais um
carro comum. Por esse preço, ironiza Rapoza, “seria
possível comprar três Grand Cherokees se esses
brasileiros vivessem em Miami junto de seus amigos.”
(2) O articulista lembra que a Chrysler lançará o Dodge
Durango SUV, que nos Estados Unidos custa 54 mil
reais, no Salão do Automóvel de São Paulo por 190
mil reais. “Um professor de escola primária do Bronx
pode comprar um Durango. Ok, não um zero
quilômetro, mas um de dois ou três anos,
absolutamente bem conservado”, exemplifica, para
mostrar que o carro supostamente não vale o quanto
custa no País.
(3) O autor salienta que o alto custo ocorre por conta
da taxação de 50% em produtos importados e da
ingenuidade do consumidor que acredita que um
Cherokee tem o mesmo valor que um BMW X5 só
porque tem o mesmo preço. “Desculpem, „Brazukas‟,
mas não há nenhum status em um Toyota Corolla,
Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não
sejam enganados pelo preço de etiqueta. Vocês
definitivamente estão sendo roubados.”
(4) E conclui o artigo: “Pensando dessa maneira,
imagine que um amigo americano contasse que acabou
de comprar um par de Havaianas de 150 dólares. Você
diria que ele pagou demais. É claro que esses chinelos
são sexy e chic, mas não valem 150 dólares. Quando o
assunto é carro e seu status no Brasil, as camadas mais
altas estão servindo Pitu e 51 em suas caipirinhas e
pensando que é bebida de alta qualidade.”
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/articulista-da-
forbes-ironiza-o-status-que-o-brasileiro-da-para-oautomovel.
(Adaptado)
34 - (UPE)
Quanto aos aspectos morfológicos e semânticos do
vocabulário empregado no Texto, analise as proposições a
seguir.
I. O sufixo utilizado na formação da palavra
“articulista” (2º parágrafo) tem o mesmo valor
semântico daqueles presentes em palavras como
“motorista” e “equilibrista”.
II. O emprego do advérbio “supostamente” (2º
parágrafo) invalida o argumento contido no trecho
entre aspas no parágrafo.
III. A forma verbal “salienta” (3º parágrafo), que
serve para introduzir mais um comentário da
revista Forbes, poderia ser substituída por “diz”
sem nenhum prejuízo semântico ao trecho.
IV. A formalidade da expressão “Brazucas” (3º
parágrafo), em referência aos brasileiros, é
legítima, tendo em vista se tratar de um texto da
mídia impressa que prima pelo padrão formal da
língua.
V. A palavra “camadas” (4º parágrafo), no contexto
em que aparece no Texto, poderia ser substituída
por “classes” ou “grupos”, sem substanciais
mudanças de sentido.
Estão CORRETAS, apenas,
a) I, II e IV.
b) I e V.
c) II e IV.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.
35 - (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP)
Assinale a alternativa em que o primeiro termo é derivado
com prefixo de sentido negativo e o segundo composto por
justaposição.
a) desonrado, joão-ninguém.
b) humilhação, sussurra.
c) afora, de supetão.
d) urgência, arroz feijão.
e) digestão, quebra da rotina.
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36 - (Fac. Santa Marcelina SP)
Em rever e secamente, observam-se dois processos de
derivação muito comuns. Os mesmos tipos de formação de
palavras se encontram destacados, respectivamente, na
seguinte alternativa:
a) Amâncio convidou os companheiros do ano;
compareceram somente os pobres [...]
b) Os brindes reapareceram. Visivelmente
orgulhoso, o anfitrião se superava.
c) Vasconcelos era muito rigoroso quando recebia
gente em casa [...].
d) Alguns amigos do pai profetizavam nele uma
glória da pátria [...].
e) O Vasconcelos quis festejar o exame do filho, com
um jantar oferecido aos senhores examinadores
[...].
TEXTO: 14 - Comum à questão: 37
No português, encontramos variedades históricas, tais
como a representada na cantiga trovadoresca de João
Garcia de Guilhade, ilustrada a seguir.
Non chegou, madre, o meu amigo,
e oje est o prazo saido!
Ai, madre, moiro d‟amor!
Non chegou, madre, o meu amado,
e oje est o prazo passado!
Ai, madre, moiro d‟amor!
E oje est o prazo saido!
Por que mentiu o desmentido?
Ai, madre, moiro d‟amor!
E oje, est o prazo passado!
Por que mentiu o perjurado?
Ai, madre, moiro d‟amor!
37 - (IFSP)
Considerando a terceira estrofe, assinale a alternativa
que apresenta uma palavra formada por parassíntese.
a) desmentido
b) prazo
c) saido
d) d´amor
e) moiro
GABARITO:
1) Gab: B
2) Gab: A
3) Gab: D
4) Gab: A
5) Gab: D
6) Gab: C
7) Gab: E
8) Gab: E
9) Gab: E
10) Gab: C
11) Gab: A
12) Gab: D
13) Gab: D
14) Gab: B
15) Gab: A
16) Gab: C
17) Gab: B
18) Gab: C
19) Gab:E
20) Gab:E
21) Gab: D
22) Gab: E
23) Gab: C
24) Gab: A
25) Gab: D
26) Gab: A
27) Gab: A
28) Gab: B
29) Gab: B
30) Gab: E
31) Gab: D
32) Gab: 30
33) Gab: A
34) Gab: B
35) Gab: A
36) Gab: B
37) Gab: A