Este documento descreve a história da região do Rio Negro e Alto Amazonas entre 1824-1850, incluindo sua transformação de Capitania para Comarca e depois para Província. Detalha os conflitos entre autoridades locais e o governo da Província do Pará, o movimento autonomista de 1832 e a repressão subsequente, assim como o impacto da Cabanagem na região entre 1836-1840.
2. Estado do Grão- Pará e Rio Negro e a
independência do Brasil
• A elevação do Brasil a
categoria de Reino Unido a
Portugal e Algarves, não
alterou o status do Grão-
Pará e Rio Negro. Este
continuava distinto do
Brasil.
• Quando D. João VI e sua
corte retornaram a Lisboa,
as autoridades do Grão-Pará
voltavam a receber ordens
de Portugal ignorando a
regência de D. Pedro no Rio
de Janeiro.
3. Comarca do Rio Negro ( 1824-1833)
• A região do Rio do
Negro recebeu um
status inferior, de
Comarca da província
do Pará, neste caso a
incorporação da
Amazônia portuguesa
ao Brasil não alterou o
caráter subalterno do
Rio Negro em relação
ao Pará.
4. 1)Conflitos dos Poderes Internos
O governo provincial
paraense adotou as
seguintes medidas:
• Aboliu a junta governativa
do Rio Negro
• Reforçou a autoridade
judiciaria do Ouvidor e a
municipal na Câmara de
Barcelos, a ser transferida
para a Barra do Rio Negro
• Nomeou um comandante
militar, o capitão Hilário
Pedro Gurjão.
5. 2) Movimento
Autonomista do Rio
Negro de 1832
• Observa-se o
relacionamento tenso,
embora pacífico, entre o
bacharel Manoel Bernardo
de Souza e Figueiredo e o
coronel Joaquim dos Reis.
O primeiro havia assumido
a Ouvidoria no início de
1828, substituindo Ramos
Ferreira, e mostrava-se
simpático as ideias
autonomistas, ao contrario
do segundo, nomeado
comandante militar, cujo
comportamento hostil as
causas autonomistas era
conhecido.
6. 3)Repressão do
governo
paraense
• O governo paraense, na
pessoa do presidente José
Joaquim Machado de
Oliveira, ao saber dos
acontecimentos,
condenou os
procedimentos das
autoridades e da
população do Rio Negro,
enfatizando a ilegalidade
da separação. Além disso
enviou forças militares
que tinham a incumbência
de restaurar a legalidade
constitucional e punir
revoltosos.
7. 4) Quadro Geral da
Comarca do Rio Negro
• Era uma população
que pouco tinha
crescido, se
comparada com a do
censo demográfico de
1796 que totalizou a
população para a
Capitania do Rio
Negro de 14.232
habitantes
8. Comarca do alto Amazonas (1833-
1850)
• Em 29 de setembro de 1832, a
Regência promulgou o Código
do Processo Criminal do
Império, unificando a legislação
que se encontrava dispersa.
Pelo artigo 3 deste código, as
Províncias teriam que fazer uma
divisão interna administrativo-
judiciária, devido aos seus
resultados ser submetidos ao
parlamento imperial para
última aprovação.
9. 1) Manaus, Sede
da Comarca
• Por volta dessa
reforma, o Lugar da
Barra do Rio Negro foi
elevado a categoria de
Vila, com o nome de
Manaus, pois se
tornou sede da
Comarca onde
funcionaria um juizado
de direito, um de
órfãos e uma
promotoria pública,
além da Câmara
Municipal.
10. 2) Novos Rumos, a
Liderança de
Manaus
• Em 1834, a Comarca do
Alto Amazonas voltou a
viver momentos
agitados. Já em fevereiro
daquele ano houve
protestos em Manaus,
cuja população livre for
atingida e prejudicada
pela medida do governo
provincial em retirar as
moedas de cobre, que
eram o meio circulante
mais comum na região.
11. 3) Cabanagem no
Alto
Amazonas(1836-
1840)
A Cabanagem atingiu o
Amazonas, que se iniciara
no Grão-Pará.
Deve ser encarada como
uma ‘’revolta aberta” já
que seus setores
populares agiram de
forma autônoma.
Representou uma
oportunidade de mudança
social extremamente
revolucionaria para as
condições sociais.
12. Processo Insurrecional
Cabano no Alto Amazonas
Tomada do Amazonas
Cabanos, Senhores do
Alto Amazonas
Conflitos Internos:
Cabanos X Cabanos
14. Alto Amazonas Pós-Cabanagem
A situação da comarca se
torna critica, sobretudo
ao nível da geopolítica.
Era perturbadora ampla
zona de fronteira,
verdadeiramente porta
aberta para penetração.
15. A Decadência
Pra melhor estabelecermos a
Comarca do AM, as vésperas
da sua elevação a categoria de
Província, duas impressões se
fazem necessárias:
a. A primeira é a do coronel João
Matos
b. Revelações do naturalista
Alfred Russel
Eles fizeram uma serie de
anotações sobre a atividade
comercial e os costumes dos
habitantes da cidade.
16. Referências
• FRANCISCO, santos- Historia Geral da Amazônia-
Ed.MemVaMem.
• PONTES, Filho. Estudos de História do Amazonas.
Editora Valer