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Física Quântica
Alex S. Xavier
Jaziel C. Silva
Rafhael W. S. Lemes
“Qualquer um que não se choque com a Mecânica Quântica é porque não a
entendeu." (Niels Bohr) ”
A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas
físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como
moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas subatômicas, muito
embora também possa descrever fenômenos macroscópicos em diversos casos. A
Mecânica Quântica é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria
quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente
inexplicados tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do elétron.
Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante para descrever
sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente perceptíveis
em tal escala. Por exemplo, a explicação de fenômenos macroscópicos como a
super fluidez e a supercondutividade só é possível se considerarmos que o
comportamento microscópico da matéria é quântico. A quantidade característica da
teoria, que determina quando ela é necessária para a descrição de um fenômeno, é
a chamada constante de Planck, que tem dimensão de momento angular ou,
equivalentemente, de ação.
 Quântico tem origem grega: Quantum, “quantidade”; ou quantidade fundamental.
Mecânica Quântica
O Pai da Física Quântica
Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, 23 de
Abril de 1858 — Göttingen, 4 de Outubro de
1947) foi um físico alemão, considerado o
pai da física quântica e um dos físicos mais
importantes do século XX. Planck foi
agraciado com o Nobel de Física em 1918.
A constante de Planck, representada por h,
é uma das constantes fundamentais da
Física, usada para descrever o tamanho dos
quanta. Tem um papel fundamental na teoria
de Mecânica Quântica, aparecendo sempre
no estudo de fenômenos em que a
explicação por meio da mecânica quântica
se torna influente. Um dos usos dessa
constante é a equação da energia do fóton,
dada pela seguinte equação:
E = h.v
Max Karl Ernst Ludwig Planck
Modelos atômicos
Modelo Atômico de Dalton.
John Dalton, professor inglês, propôs, baseado em suas experiências, uma
explicação da natureza da matéria. Os principais postulados da teoria de Dalton são:
 “Toda matéria é composta por minúsculas partículas chamadas átomos”.
 “Os átomos de um determinado elemento são idênticos em massa e apresentam as
mesmas propriedades químicas”.
 “Átomos de elementos diferentes apresentam massa e propriedades diferentes”.
 “Átomos são permanentes e indivisíveis e não podem ser criados, nem destruídos”.
 “As reações químicas comuns não passam de uma reorganização dos átomos”.
 “Os compostos são formados pela combinação de átomos de elementos diferentes
em proporções fixas”.
As idéias de Dalton permitiram, na época, explicar com sucesso por que a massa é
conservada durante uma reação química (Lei de Lavoisier) e também a lei da
composição definida (Lei de Proust) .
Modelo Atômico de Thomson
Em 1897, J.J. Thomson, baseando-se em alguns
experimentos, propôs um novo modelo atômico.
Segundo Thomson, o átomo seria um aglomerado
composto de uma parte de partículas positivas pesadas
(prótons) e de partículas negativas (elétrons), mais leves.
Este modelo ficou conhecido como “pudim de passas".
Modelo Atômico de Rutherford
Em 1911, Ernest Rutherford, estudando a trajetória de
partículas alfa (partículas positivas) emitidas pelo elemento
radioativo polônio, bombardeou uma lâmina fina de ouro. Ele
observou que a maioria das partículas a atravessavam a
lâmina de ouro sem sofrer desvio em sua trajetória; que
algumas das partículas sofriam desvio em sua trajetória;
outras, em número muito pequeno, batiam na lâmina e
voltavam.
Ernest Rutherford
Rutherford concluiu que a lâmina de ouro
não era constituída de átomos maciços e
propôs que um átomo seria constituído de
um núcleo muito pequeno carregado
positivamente (no centro do átomo) e muito
denso, rodeado por uma região
comparativamente grande onde estariam os
elétrons em movimentos orbitais. Essa
região foi chamada de eletrosfera.
Segundo o modelo de Rutherford, o
tamanho do átomo seria de 10 000 e 100
000 vezes maior que seu núcleo.
Observemos que Rutherford teve que
admitir os elétrons orbitando ao redor do
núcleo, porque, sendo eles negativos, se
estivessem parados, acabariam indo de
encontro ao núcleo, que é positivo.
Experiência de Rutherford
Modelo atômico de Rutherford
Modelo Atômico Rutherford-Bohr
Bohr, baseando-se nos estudos feitos em relação ao
espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta em
1900 por Planck (Teoria Quântica), segundo a qual a
energia não é emitida em forma contínua, mas em
”blocos”, denominados quanta de energia, propôs os
seguintes postulados:
 Os elétrons nos átomos descrevem sempre órbitas
circulares ao redor do núcleo, chamadas de camadas ou
níveis de energia.
 Cada um desses níveis possui um valor determinado de
energia (estados estacionários).
 Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma
determinada quantidade de energia.
 Os elétrons podem saltar de um nível para outro mais
externo, desde que absorvam uma quantidade bem
definida de energia (quantum de energia).
Niels Henrick David Bohr
 Ao voltar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia, na forma
de luz de cor bem definida ou outra radiação eletromagnética (fóton).
Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser designada por
letras K, L, M, N, O, P, Q. As camadas podem apresentar:
K = 2 elétrons
L = 8 elétrons
M = 18 elétrons
N = 32 elétrons
O = 32 elétrons
P = 18 elétrons
Q = 2 elétrons
Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que
pode assumir valores inteiros: 1, 2, 3, etc.
O que seria uma medida quântica?
Mecânica Clássica: Mecânica Quântica:
Exemplo (Efeito Hall)
 Em 1980 o físico alemão Klaus von
Klitzing descobriu que a resitência
de Hall não varia de forma linear,
mas "em saltos“.
 Dizemos que a resistência é
quantizada. Nos valores quantizados
da resistência Hall, a resistência
ôhmica normal desaparece e o
material se torna em uma espécie de
supercondutor.
Efeito Hall
Magnetização
 Barkhausen descobriu que o
campo magnético no ferro
progride em "pequenos saltos".
 Atreve-se a dizer que é um efeito
quântico. E vai mais longe: afirma
que é possível fabricar um
computador quântico baseado
nesse princípio.
 Os saltos na magnetização são
devido aos domínios magnéticos:
os spins se alinham e formam
domínios. Para mudar a
magnetização da amostra é
preciso vencer a energia de
superfície dos domínios (não
apenas a energia local de um
spin) e por isto os saltos. O
magnetismo é essencialmente um
efeito quântico.
Dualidade – Onda e Partícula
Característica de partícula:
Característica de onda:
Experimento utilizando elétrons:
Conceito de Bohr
 Segundo Bohr, não tem sentido perguntar o que é "realmente" um elétron. Ou ao
menos, se coloca a questão, a física não pode dar uma resposta.
 As propriedades ondulatórias e corpuscular de um objeto quântico constituem
aspectos complementares de seu comportamento. Bohr argumentou que não
deveríamos encontrar nunca experimentos em que estes dois comportamentos
diferentes entram em conflito entre si.
 Um conceito central na filosofia de Bohr é a afirmação de que incerteza e confusão
são intrínsecas ao mundo quântico e não meramente o resultado de nossa
percepção incompleta do mesmo.
Após a aceitação do paradigma bohreano para interpretação da física quântica, no
famoso Congresso Internacional Solvay de 1927, o modo habitual de pensar,
herdeiro da tradição grega, onde cada acontecimento tem sempre necessariamente
uma causa, foi drasticamente modificado. A causalidade é considerada obsoleta e a
realidade objetiva é então negada.
O Gato de Schrödinger
Para melhor ilustrar o paradigma incompleto
da mecânica quântica, Schrödinger aplicou
a teoria da mecânica quântica em uma
entidade viva que podia ou não estar
consciente. No experimento mental original
de Schrödinger ele descreveu como um
poderia, em princípio, transformar a
superposição dentro de um átomo para uma
superposição em grande escala de um gato
morto e vivo por relacionar gato e átomo
com a ajuda de um "mecanismo diabólico".
Ele propôs um cenário com um gato em
uma caixa lacrada, onde a vida ou morte do
gato é dependente do estado de uma
partícula subatômica. De acordo com
Schrödinger, a interpretação de
Copenhague implica que o gato permanece
vivo e morto até que a caixa seja aberta.
E os Cálculos?
Como é possível tal paradigma criar uma teoria matemática coerente e
funcional:
A solução encontrada foi a utilização da análise de Fourier:
Soma de ondas planas harmônicas Representação gráfica da partícula quântica
Descrição causal e real da experiência das duas fendas Síntese global dos níveis de descrição quântico e clássico
Computação Clássica X Quântica
Paralelamente ao desenvolvimento da Mecânica
Quântica, uma outra revolução tomou corpo na
década de 30, através principalmente do trabalho
do matemático e lógico inglês Alan Turing.
Atendendo a um desafio de um outro grande
matemático da época, David Hilbert, Turing criou
um modelo computacional abstrato que se tornou
um paradigma de computação conhecido como
Máquina de Turing. Em última análise, uma
máquina de Turing é um aparato idealizado que
opera com seqüências lógicas de unidades de
informação chamadas de bits (do inglês binary
digit). Um bit pode adquirir apenas um dentre dois
valores: "0" ou "1". Qualquer informação é
codificada e processada como uma seqüência de
'zeros' e 'uns' em uma máquina de Turing. Um
computador, tal qual os que temos hoje sobre as
nossas mesas, é uma realização física de uma
máquina de Turing. Toda informação fornecida a
eles é lida, processada e retornada sob a forma
de seqüências de bits.
Alan Mathison Turing
Por serem idealizações matemáticas, máquinas de Turing independem de quais objetos
físicos irão representar bits, bastando apenas que eles existam. Nos computadores atuais,
esses objetos são componentes eletrônicos que existem aos bilhões dentro dos chips. A
necessidade do aumento de memória e da velocidade de processamento fizeram com que
os chips cada vez mais acomodassem um número maior desses componentes. Em 1970,
Gordon Moore, um dos fundadores da empresa fabricante de microprocessadores Intel,
percebeu que havia um crescimento muito rápido no número de componentes por unidade
de volume nos chips ao longo dos anos e, conseqüentemente, uma redução no "tamanho
físico" dos bits. Traduzindo em números de átomos necessários para representar um bit
de informação, podemos ter uma idéia dessa redução: em 1950 eram necessários cerca
de 10^19 (10 elevado a 19) átomos para representar um bit. Atualmente são "apenas" cerca
de 10^9 (10 elevado a 9), uma redução de 10 ordens de magnitude! Se aplicarmos a Lei
de Moore e fizermos uma projeção sobre os próximos vinte anos, o resultado é algo
espantoso: em 2020, um bit de informação será representado por apenas 1 único átomo!
O Limite do Modelo Atual
Aparentemente, isto poderia significar o
limite físico natural dos computadores. Com
1 átomo representando 1 bit, não haveria
mais como aumentar a densidade de bits
por chip e conseqüentemente não seria
mais possível aumentar a capacidade dos
computadores. No entanto, não é assim. De
fato, algo muito mais dramático do que uma
mera limitação física de memória deverá
acontecer até 2020 e a razão é bem
simples: na escala atômica, o paradigma
clássico da Máquina de Turing deixa de ser
válido, pois quem governa os fenômenos
físicos nessa escala é a Mecânica Quântica,
e os processos computacionais deverão
obedecer às leis dessa teoria física, e não
às regras de uma idealização matemática.
O Computador Quântico
Unidade Básica de Amazenamento – O qubit
Também conhecido como qubit ou simplesmente qbit, o bit quântico também
assume valores 0 e 1, mas ao contrário do bit comum, suas informações podem ser
sobrepostas umas às outras. Enquanto a base binária soma a informação de cada
bit, uma sobreposição de qubits resulta na multiplicação de suas possibilidades.
Logo, 1 bit equivale a 1 qubit e armazena uma única informação. Mas enquanto 2
bits juntos armazenam apenas duas informações, 2 qubits armazenam 4
informações diferentes, do mesmo modo que 3 bits armazenam 3 informações
contra 8 informações armazenadas por 3 qubits. Enquanto a informação total
armazenadas pelos bits é igual à soma direta deles (1 + 1 + 1 + ... = n), a
informação armazenada por um conjunto de qubits cresce exponencialmente (2 x 2
x 2 ... = 2^n). Cada bit adiciona uma única informação ao conjunto, já um único
qubit dobra a capacidade de informações do mesmo.
Tabela de equivalência
A Superposição
Essa estranha propriedade da superposição já foi demonstrada muitas vezes em
laboratórios de física em todas as partes do mundo, e é uma verdade incontestável.
Para a computação, ela representa um ganho inimaginável de velocidade de
processamento, pois todas as seqüências de bits possíveis em um computador
poderiam ser manipuladas simultaneamente. A demonstração mais espetacular
deste ganho de velocidade foi feita em 1993 por um cientista americano chamado
Peter Shor. Ele inventou um algoritmo quântico para fatorar números grandes, um
problema muito difícil para computadores clássicos. A tabela abaixo mostra
comparações entre os tempos de fatoração necessários para algoritmos clássicos e
o algoritmo de Shor, em função do tamanho do número a ser fatorado.
Comprimento do número a ser
fatorado (em bits)
Tempo de fatoração por
algoritmo clássico
Tempo de fatoração com o
algoritmo de Shor
512 4 dias 3,4 segundos
1024 100 mil anos 4,5 minutos
2048 100 mil bilhões de anos 36 minutos
4096 100 bilhões de quatrilhões de
anos
4,8 horas
O Primeiro Computador Quântico
A empresa canadense D-Wave demonstrou nesta semana(2007), o primeiro
computador quântico do mundo.
O Orion é baseado num único chip quântico. Sobre uma base de silício, esse chip
abriga os 16 qubits. Cada um deles é formado por uma porção de nióbio circundada
por uma bobina. Quando a bobina é estimulada eletricamente, ela gera um campo
magnético, que provoca alterações de estado nos átomos de nióbio. Essas
mudanças de estado são captadas pelos circuitos e transformadas em dados.
Para processar informações, elas primeiro são convertidas em impulsos analógicos,
que são enviados às bobinas. Depois, os sinais analógicos coletados são novamente
convertidos em bits. Como os sinais analógicos podem sofrer interferências, um
complexo filtro de 128 canais é usado para eliminar o ruído. Assim, o processador
quântico pode interagir com circuitos digitais convencionais.
Para que tudo isso funcione, o chip quântico precisa ser congelado a 4 milikelvins,
temperatura muito próxima do zero absoluto. Isso é feito por meio de um sistema de
refrigeração com hélio líquido. O nióbio torna-se supercondutor nessa temperatura
Arquitetura dos Computadores
Um computador quântico pode ser implementado
com alguns sistemas com partículas pequenas,
desde que obedeçam à natureza descrita pela
mecânica quântica. Pode-se construir
computadores quânticos com átomos que podem
estar excitados e não excitados ao mesmo tempo,
ou com fótons que podem estar em dois lugares
ao mesmo tempo, ou com prótons e nêutrons, ou
ainda com elétrons e pósitrons que podem ter um
spin ao mesmo tempo "para cima" e "para baixo" e
se movimentam em velocidades próximas à da
luz. Com a utilização destes, ao invés de nano-
cristais de silício, o computador quântico será
menor que um computador tradicional.
Computador de 16 qubits (2007).
Teletransporte Quântico
Foi teoricamente proposto em 1993 pelo físico Charles Bennet e experimentado em 1997 pelo grupo
de Dik Bouwmeester em Viena (Oliveira, 2005).
O teleporte consiste no envio de informações quânticas de um qbit para outro que se encontra
espacialmente separado.
A base de funcionamento do teletransporte quântico é um fenômeno conhecido como entrelaçamento
(ou emaranhamento), que ocorre somente em escala atômica ou subatômica. O entrelaçamento
quântico é um fenômeno no qual duas ou mais "partículas" em escala atômica tornam-se
indissociáveis, de modo que a medição de certas propriedades de uma revela informações sobre a
outra, mesmo se elas estiverem separadas por milhares de quilômetros.
O poder dos computadores quânticos vai além do que podemos imaginar, eles são capazes de
quebrar sistemas criptográficos atualmente em uso, deixando inseguro toda e qualquer forma de
navegação por meio de internet, é como se alguém estivesse te olhando através do seu computador.
Mas, as quebras desses códigos teriam um impacto significativo para o uso de computadores, tendo
como única forma de proteção, tornar maior o tamanho da chave do que o computador quântico.
Ficção Cientifica? Por Enquanto!
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Planck
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/modelos-atomicos/modelos-atomicos-1.php
http://www.infoescola.com/fisica/dualidade-onda-particula
http://www.if.ufrj.br/teaching/hall/hall.html
http://universofantastico.wordpress.com/2009/01/25/o-gato-de-schrodinger/
http://informatica.hsw.uol.com.br/computadores-quanticos.htm
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=entrelacamento-quantico-decoerencia&id=010110101109
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=entrelacamento-3-qubits&id=010110101021
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hardware-computador-quantico&id=010165100506
http://inovabrasil.blogspot.com/2010/10/usp-cientistas-estudam-o-efeito-de.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teletransporte_quântico
http://www.fisica.net/quantica/uma_breve_introducao_ao_problema_da_medida.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bit_quântico
http://www.baixaki.com.br/info/2666-e-hora-de-descobrir-os-segredos-da-computacao-quantica.htm

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  • 1. Física Quântica Alex S. Xavier Jaziel C. Silva Rafhael W. S. Lemes “Qualquer um que não se choque com a Mecânica Quântica é porque não a entendeu." (Niels Bohr) ”
  • 2. A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente inexplicados tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do elétron. Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante para descrever sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente perceptíveis em tal escala. Por exemplo, a explicação de fenômenos macroscópicos como a super fluidez e a supercondutividade só é possível se considerarmos que o comportamento microscópico da matéria é quântico. A quantidade característica da teoria, que determina quando ela é necessária para a descrição de um fenômeno, é a chamada constante de Planck, que tem dimensão de momento angular ou, equivalentemente, de ação.  Quântico tem origem grega: Quantum, “quantidade”; ou quantidade fundamental. Mecânica Quântica
  • 3. O Pai da Física Quântica Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, 23 de Abril de 1858 — Göttingen, 4 de Outubro de 1947) foi um físico alemão, considerado o pai da física quântica e um dos físicos mais importantes do século XX. Planck foi agraciado com o Nobel de Física em 1918. A constante de Planck, representada por h, é uma das constantes fundamentais da Física, usada para descrever o tamanho dos quanta. Tem um papel fundamental na teoria de Mecânica Quântica, aparecendo sempre no estudo de fenômenos em que a explicação por meio da mecânica quântica se torna influente. Um dos usos dessa constante é a equação da energia do fóton, dada pela seguinte equação: E = h.v Max Karl Ernst Ludwig Planck
  • 4. Modelos atômicos Modelo Atômico de Dalton. John Dalton, professor inglês, propôs, baseado em suas experiências, uma explicação da natureza da matéria. Os principais postulados da teoria de Dalton são:  “Toda matéria é composta por minúsculas partículas chamadas átomos”.  “Os átomos de um determinado elemento são idênticos em massa e apresentam as mesmas propriedades químicas”.  “Átomos de elementos diferentes apresentam massa e propriedades diferentes”.  “Átomos são permanentes e indivisíveis e não podem ser criados, nem destruídos”.  “As reações químicas comuns não passam de uma reorganização dos átomos”.  “Os compostos são formados pela combinação de átomos de elementos diferentes em proporções fixas”. As idéias de Dalton permitiram, na época, explicar com sucesso por que a massa é conservada durante uma reação química (Lei de Lavoisier) e também a lei da composição definida (Lei de Proust) .
  • 5. Modelo Atômico de Thomson Em 1897, J.J. Thomson, baseando-se em alguns experimentos, propôs um novo modelo atômico. Segundo Thomson, o átomo seria um aglomerado composto de uma parte de partículas positivas pesadas (prótons) e de partículas negativas (elétrons), mais leves. Este modelo ficou conhecido como “pudim de passas". Modelo Atômico de Rutherford Em 1911, Ernest Rutherford, estudando a trajetória de partículas alfa (partículas positivas) emitidas pelo elemento radioativo polônio, bombardeou uma lâmina fina de ouro. Ele observou que a maioria das partículas a atravessavam a lâmina de ouro sem sofrer desvio em sua trajetória; que algumas das partículas sofriam desvio em sua trajetória; outras, em número muito pequeno, batiam na lâmina e voltavam. Ernest Rutherford
  • 6. Rutherford concluiu que a lâmina de ouro não era constituída de átomos maciços e propôs que um átomo seria constituído de um núcleo muito pequeno carregado positivamente (no centro do átomo) e muito denso, rodeado por uma região comparativamente grande onde estariam os elétrons em movimentos orbitais. Essa região foi chamada de eletrosfera. Segundo o modelo de Rutherford, o tamanho do átomo seria de 10 000 e 100 000 vezes maior que seu núcleo. Observemos que Rutherford teve que admitir os elétrons orbitando ao redor do núcleo, porque, sendo eles negativos, se estivessem parados, acabariam indo de encontro ao núcleo, que é positivo. Experiência de Rutherford Modelo atômico de Rutherford
  • 7. Modelo Atômico Rutherford-Bohr Bohr, baseando-se nos estudos feitos em relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta em 1900 por Planck (Teoria Quântica), segundo a qual a energia não é emitida em forma contínua, mas em ”blocos”, denominados quanta de energia, propôs os seguintes postulados:  Os elétrons nos átomos descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas de camadas ou níveis de energia.  Cada um desses níveis possui um valor determinado de energia (estados estacionários).  Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia.  Os elétrons podem saltar de um nível para outro mais externo, desde que absorvam uma quantidade bem definida de energia (quantum de energia). Niels Henrick David Bohr
  • 8.  Ao voltar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia, na forma de luz de cor bem definida ou outra radiação eletromagnética (fóton). Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser designada por letras K, L, M, N, O, P, Q. As camadas podem apresentar:
  • 9. K = 2 elétrons L = 8 elétrons M = 18 elétrons N = 32 elétrons O = 32 elétrons P = 18 elétrons Q = 2 elétrons Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode assumir valores inteiros: 1, 2, 3, etc.
  • 10. O que seria uma medida quântica? Mecânica Clássica: Mecânica Quântica:
  • 11. Exemplo (Efeito Hall)  Em 1980 o físico alemão Klaus von Klitzing descobriu que a resitência de Hall não varia de forma linear, mas "em saltos“.  Dizemos que a resistência é quantizada. Nos valores quantizados da resistência Hall, a resistência ôhmica normal desaparece e o material se torna em uma espécie de supercondutor. Efeito Hall
  • 12. Magnetização  Barkhausen descobriu que o campo magnético no ferro progride em "pequenos saltos".  Atreve-se a dizer que é um efeito quântico. E vai mais longe: afirma que é possível fabricar um computador quântico baseado nesse princípio.  Os saltos na magnetização são devido aos domínios magnéticos: os spins se alinham e formam domínios. Para mudar a magnetização da amostra é preciso vencer a energia de superfície dos domínios (não apenas a energia local de um spin) e por isto os saltos. O magnetismo é essencialmente um efeito quântico.
  • 13. Dualidade – Onda e Partícula Característica de partícula:
  • 16. Conceito de Bohr  Segundo Bohr, não tem sentido perguntar o que é "realmente" um elétron. Ou ao menos, se coloca a questão, a física não pode dar uma resposta.  As propriedades ondulatórias e corpuscular de um objeto quântico constituem aspectos complementares de seu comportamento. Bohr argumentou que não deveríamos encontrar nunca experimentos em que estes dois comportamentos diferentes entram em conflito entre si.  Um conceito central na filosofia de Bohr é a afirmação de que incerteza e confusão são intrínsecas ao mundo quântico e não meramente o resultado de nossa percepção incompleta do mesmo. Após a aceitação do paradigma bohreano para interpretação da física quântica, no famoso Congresso Internacional Solvay de 1927, o modo habitual de pensar, herdeiro da tradição grega, onde cada acontecimento tem sempre necessariamente uma causa, foi drasticamente modificado. A causalidade é considerada obsoleta e a realidade objetiva é então negada.
  • 17. O Gato de Schrödinger Para melhor ilustrar o paradigma incompleto da mecânica quântica, Schrödinger aplicou a teoria da mecânica quântica em uma entidade viva que podia ou não estar consciente. No experimento mental original de Schrödinger ele descreveu como um poderia, em princípio, transformar a superposição dentro de um átomo para uma superposição em grande escala de um gato morto e vivo por relacionar gato e átomo com a ajuda de um "mecanismo diabólico". Ele propôs um cenário com um gato em uma caixa lacrada, onde a vida ou morte do gato é dependente do estado de uma partícula subatômica. De acordo com Schrödinger, a interpretação de Copenhague implica que o gato permanece vivo e morto até que a caixa seja aberta.
  • 18. E os Cálculos? Como é possível tal paradigma criar uma teoria matemática coerente e funcional: A solução encontrada foi a utilização da análise de Fourier: Soma de ondas planas harmônicas Representação gráfica da partícula quântica
  • 19. Descrição causal e real da experiência das duas fendas Síntese global dos níveis de descrição quântico e clássico
  • 20.
  • 21. Computação Clássica X Quântica Paralelamente ao desenvolvimento da Mecânica Quântica, uma outra revolução tomou corpo na década de 30, através principalmente do trabalho do matemático e lógico inglês Alan Turing. Atendendo a um desafio de um outro grande matemático da época, David Hilbert, Turing criou um modelo computacional abstrato que se tornou um paradigma de computação conhecido como Máquina de Turing. Em última análise, uma máquina de Turing é um aparato idealizado que opera com seqüências lógicas de unidades de informação chamadas de bits (do inglês binary digit). Um bit pode adquirir apenas um dentre dois valores: "0" ou "1". Qualquer informação é codificada e processada como uma seqüência de 'zeros' e 'uns' em uma máquina de Turing. Um computador, tal qual os que temos hoje sobre as nossas mesas, é uma realização física de uma máquina de Turing. Toda informação fornecida a eles é lida, processada e retornada sob a forma de seqüências de bits. Alan Mathison Turing
  • 22. Por serem idealizações matemáticas, máquinas de Turing independem de quais objetos físicos irão representar bits, bastando apenas que eles existam. Nos computadores atuais, esses objetos são componentes eletrônicos que existem aos bilhões dentro dos chips. A necessidade do aumento de memória e da velocidade de processamento fizeram com que os chips cada vez mais acomodassem um número maior desses componentes. Em 1970, Gordon Moore, um dos fundadores da empresa fabricante de microprocessadores Intel, percebeu que havia um crescimento muito rápido no número de componentes por unidade de volume nos chips ao longo dos anos e, conseqüentemente, uma redução no "tamanho físico" dos bits. Traduzindo em números de átomos necessários para representar um bit de informação, podemos ter uma idéia dessa redução: em 1950 eram necessários cerca de 10^19 (10 elevado a 19) átomos para representar um bit. Atualmente são "apenas" cerca de 10^9 (10 elevado a 9), uma redução de 10 ordens de magnitude! Se aplicarmos a Lei de Moore e fizermos uma projeção sobre os próximos vinte anos, o resultado é algo espantoso: em 2020, um bit de informação será representado por apenas 1 único átomo! O Limite do Modelo Atual
  • 23. Aparentemente, isto poderia significar o limite físico natural dos computadores. Com 1 átomo representando 1 bit, não haveria mais como aumentar a densidade de bits por chip e conseqüentemente não seria mais possível aumentar a capacidade dos computadores. No entanto, não é assim. De fato, algo muito mais dramático do que uma mera limitação física de memória deverá acontecer até 2020 e a razão é bem simples: na escala atômica, o paradigma clássico da Máquina de Turing deixa de ser válido, pois quem governa os fenômenos físicos nessa escala é a Mecânica Quântica, e os processos computacionais deverão obedecer às leis dessa teoria física, e não às regras de uma idealização matemática.
  • 24. O Computador Quântico Unidade Básica de Amazenamento – O qubit Também conhecido como qubit ou simplesmente qbit, o bit quântico também assume valores 0 e 1, mas ao contrário do bit comum, suas informações podem ser sobrepostas umas às outras. Enquanto a base binária soma a informação de cada bit, uma sobreposição de qubits resulta na multiplicação de suas possibilidades. Logo, 1 bit equivale a 1 qubit e armazena uma única informação. Mas enquanto 2 bits juntos armazenam apenas duas informações, 2 qubits armazenam 4 informações diferentes, do mesmo modo que 3 bits armazenam 3 informações contra 8 informações armazenadas por 3 qubits. Enquanto a informação total armazenadas pelos bits é igual à soma direta deles (1 + 1 + 1 + ... = n), a informação armazenada por um conjunto de qubits cresce exponencialmente (2 x 2 x 2 ... = 2^n). Cada bit adiciona uma única informação ao conjunto, já um único qubit dobra a capacidade de informações do mesmo.
  • 26. A Superposição Essa estranha propriedade da superposição já foi demonstrada muitas vezes em laboratórios de física em todas as partes do mundo, e é uma verdade incontestável. Para a computação, ela representa um ganho inimaginável de velocidade de processamento, pois todas as seqüências de bits possíveis em um computador poderiam ser manipuladas simultaneamente. A demonstração mais espetacular deste ganho de velocidade foi feita em 1993 por um cientista americano chamado Peter Shor. Ele inventou um algoritmo quântico para fatorar números grandes, um problema muito difícil para computadores clássicos. A tabela abaixo mostra comparações entre os tempos de fatoração necessários para algoritmos clássicos e o algoritmo de Shor, em função do tamanho do número a ser fatorado. Comprimento do número a ser fatorado (em bits) Tempo de fatoração por algoritmo clássico Tempo de fatoração com o algoritmo de Shor 512 4 dias 3,4 segundos 1024 100 mil anos 4,5 minutos 2048 100 mil bilhões de anos 36 minutos 4096 100 bilhões de quatrilhões de anos 4,8 horas
  • 27. O Primeiro Computador Quântico A empresa canadense D-Wave demonstrou nesta semana(2007), o primeiro computador quântico do mundo. O Orion é baseado num único chip quântico. Sobre uma base de silício, esse chip abriga os 16 qubits. Cada um deles é formado por uma porção de nióbio circundada por uma bobina. Quando a bobina é estimulada eletricamente, ela gera um campo magnético, que provoca alterações de estado nos átomos de nióbio. Essas mudanças de estado são captadas pelos circuitos e transformadas em dados. Para processar informações, elas primeiro são convertidas em impulsos analógicos, que são enviados às bobinas. Depois, os sinais analógicos coletados são novamente convertidos em bits. Como os sinais analógicos podem sofrer interferências, um complexo filtro de 128 canais é usado para eliminar o ruído. Assim, o processador quântico pode interagir com circuitos digitais convencionais. Para que tudo isso funcione, o chip quântico precisa ser congelado a 4 milikelvins, temperatura muito próxima do zero absoluto. Isso é feito por meio de um sistema de refrigeração com hélio líquido. O nióbio torna-se supercondutor nessa temperatura
  • 28. Arquitetura dos Computadores Um computador quântico pode ser implementado com alguns sistemas com partículas pequenas, desde que obedeçam à natureza descrita pela mecânica quântica. Pode-se construir computadores quânticos com átomos que podem estar excitados e não excitados ao mesmo tempo, ou com fótons que podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, ou com prótons e nêutrons, ou ainda com elétrons e pósitrons que podem ter um spin ao mesmo tempo "para cima" e "para baixo" e se movimentam em velocidades próximas à da luz. Com a utilização destes, ao invés de nano- cristais de silício, o computador quântico será menor que um computador tradicional. Computador de 16 qubits (2007).
  • 29. Teletransporte Quântico Foi teoricamente proposto em 1993 pelo físico Charles Bennet e experimentado em 1997 pelo grupo de Dik Bouwmeester em Viena (Oliveira, 2005). O teleporte consiste no envio de informações quânticas de um qbit para outro que se encontra espacialmente separado. A base de funcionamento do teletransporte quântico é um fenômeno conhecido como entrelaçamento (ou emaranhamento), que ocorre somente em escala atômica ou subatômica. O entrelaçamento quântico é um fenômeno no qual duas ou mais "partículas" em escala atômica tornam-se indissociáveis, de modo que a medição de certas propriedades de uma revela informações sobre a outra, mesmo se elas estiverem separadas por milhares de quilômetros. O poder dos computadores quânticos vai além do que podemos imaginar, eles são capazes de quebrar sistemas criptográficos atualmente em uso, deixando inseguro toda e qualquer forma de navegação por meio de internet, é como se alguém estivesse te olhando através do seu computador. Mas, as quebras desses códigos teriam um impacto significativo para o uso de computadores, tendo como única forma de proteção, tornar maior o tamanho da chave do que o computador quântico. Ficção Cientifica? Por Enquanto!
  • 30. Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Planck http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/modelos-atomicos/modelos-atomicos-1.php http://www.infoescola.com/fisica/dualidade-onda-particula http://www.if.ufrj.br/teaching/hall/hall.html http://universofantastico.wordpress.com/2009/01/25/o-gato-de-schrodinger/ http://informatica.hsw.uol.com.br/computadores-quanticos.htm http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=entrelacamento-quantico-decoerencia&id=010110101109 http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=entrelacamento-3-qubits&id=010110101021 http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hardware-computador-quantico&id=010165100506 http://inovabrasil.blogspot.com/2010/10/usp-cientistas-estudam-o-efeito-de.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Teletransporte_quântico http://www.fisica.net/quantica/uma_breve_introducao_ao_problema_da_medida.php http://pt.wikipedia.org/wiki/Bit_quântico http://www.baixaki.com.br/info/2666-e-hora-de-descobrir-os-segredos-da-computacao-quantica.htm