3. 2.1
O
Domínio
do
Discurso
Argumentativo
–
A
Procura
de
Adesão
do
Auditório
Sumário
Lógica
formal
e
argumentação
Elementos
da
comunicação
argumentativa:
ethos,
pathos
e
logos
Domínios
de
intervenção
da
retórica
Estrutura
e
organização
do
discurso
argumentativo
5. Discurso
argumentativo
e
a
adesão
do
auditório
Todos
os
dias
utilizamos
o
discurso
para
levar
os
nossos
interlocutores
a
aderir
às
nossas
opiniões
–
chamamos
a
isto
comunicação
argumentativa.
Estamos
no
domínio
da
lógica
informal,
mais
centrada
nos
efeitos
da
comunicação
do
que
na
validade
formal
dos
argumentos.
6. Lógica
formal
e
lógica
informal
Distingue-‐se
demonstração
de
argumentação
demonstração
argumentação
é
tarefa
da
lógica
é
tarefa
da
lógica
informal,
formal,
cujo
cujo
domínio
são
os
efeitos
domínio
da
comunicação
é
a
validade
a c
b
dos
argumentos
a2
=
b2
+
c2
7. Demonstração
Domínio Características
validade
dos
argumentos um
cálculo
impessoal
o
constringente avalia
a
validade
de
um
raciocínio
usa
linguagem
artificial,
não
equívoca
visa
uma
verdade
universal
e
necessária
8. Argumentação
(retórica)
argumentação retórica
Domínio
comunicação
Características
(visa
obter
é
pessoal:
supõe
um
auditório
a
adesão
é
comunicação,
diálogo
de
um
auditório)
e
discussão
o
verosímil
está
situada
num
contexto
preciso
é
um
poder
exercido
através
do
discurso
utiliza
a
linguagem
natural,
equívoca
9. O
que
é
a
retórica
Retórica
é
o
domínio
da
lógica
informal
que
estuda
a
arte
de
falar
com
eloquência.
Nasceu
na
democracia
da
Grécia
Clássica
e
foi
estudada
por
Aristóteles.
Aristóteles
distinguiu
entre:
raciocínios
analíticos,
ou
demonstrativos
e
raciocínios
dialécticos,
ou
argumentativos
Aristóteles
considerou
a
retórica
como
ARISTÓTELES
um
instrumento
necessário
para
discutir
384-‐322
a.C.
e
persuadir
acerca
do
que
é
apenas
provável.
10. O
que
é
a
retórica
No
século
XX,
os
debates
sobre
problemas
axiológicos,
éticos
e
jurídicos
levaram
à
renovação
da
retórica.
O
filósofo
Chaim
Perelman,
de
origem
polaca,
foi
um
dos
contribuiu
para
essa
renovação.
Retomando
a
concepção
aristotélica,
Perelman
construiu
uma
«teoria
da
argumentação»,
ou
«nova
retórica».
PERELMAN
1912-‐1984
11. Argumentação
–
condições
sine
qua
non
A
comunicação
argumentativa
é
uma
relação
intersubjectiva
e
pressupõe:
1 2
a
existência
de
uma
língua
o
reconhecimento
implícito,
tanto
comum,
em
geral,
uma
língua
pelo
orador
como
pelo
auditório,
natural,
uma
vez
que
de
que
a
outra
parte
é
constituída
por
a
comunicação
decorre
seres,
dotados
de
razão,
no
contexto
da
vida
quotidiana capazes
de
compreender
os
argumentos
e
de
ser
convencidos
através
dos
discursos
12. Argumentação
–
condições
sine
qua
non
A
comunicação
argumentativa
pressupõe:
3 5
o
carácter
persuasivo
o
recurso
a
técnicas
psicológicas
do
discurso e
a
elementos
capazes
de
desencadear
estados
emocionais
4 6
o
recurso
a
estratégias
a
utilização
de
imagens
e
/
ou
sons
para
de
persuasão criar
um
ambiente
adequado
à
mensagem
a
transmitir
e
à
reacção
a
obter
13. Características
gerais
da
retórica
A
comunicação
argumentativa:
1 3
usa
recursos
estilísticos
pretende
modificar
as
crenças,
e
artifícios
discursivos
as
atitudes
e
o
comportamento
como
meio
de
persuasão do
auditório
4
2 tem
maior
preocupação
com
serve-‐se
da
linguagem
a
sedução
do
auditório
do
que
comum com
a
verdade
14. A
maior
parte
da
comunicação
tem
um
carácter
persuasivo,
visa
influenciar
o
pensamento,
os
sentimentos
e
a
acção
dos
interlocutores.
O
meio
usado
é
o
discurso
argumentativo.
O
s
argumentos
podem
ser
válidos
e
não
convencerem.
Para
ser
convincente,
o
discurso
deve
usar
argumentos
válidos
e
com
força
persuasiva.
15. domínio
do
constringente
(argumentação)
domínio
do
verosímil
centra-‐se
na
análise
centra-‐se
nos
efeitos
da
validade
dos
argumentos
da
comunicação
demonstração
da
relação
processo
de
negociação
racional
necessária
entre
a
verdade
das
de
consensos
premissas
e
a
da
conclusão analisa
os
aspectos
expressos
processo
de
inferência
em
linguagem
natural
e
situados
impessoal
no
contexto
em
que
ocorrem
16. Retórica
Arte
de
falar
com
eloquência,
com
o
objectivo
de
persuadir.
Surgiu
na
Grécia
clássica.
Objectivo:
preparar
as
elites
políticas
para
falar
nas
assembleias,
fazendo-‐as
aprovar
as
propostas
apresentadas.
Exercícios 1 e 2
Aristóteles
teorizou
e
sistematizou
a
retórica
antiga.
Chaim
Perelman
renovou
a
importância
da
retórica,
17. Elementos
da
comunicação
argumentativa
A
comunicação
argumentativa
supõe
um
orador,
um
auditório
e
um
discurso.
Aristóteles
chamou…
ethos
pathos
logos
à
dimensão
à
disposição
à
organização
do
orador do
auditório
do
discurso
18. Elementos
da
comunicação
argumentativa
orador
ethos
Alguém
que
se
propõe
exercer
uma
certa
influência:
o
que
é
determinante
é
a
vontade
de
agradar,
de
persuadir,
de
seduzir,
de
convencer,
através
de
belos
discursos
ou
de
argumentos
racionais.
19. Elementos
da
comunicação
argumentativa
auditório
pathos
Pessoa
ou
pessoas
que
o
orador
pretende
influenciar.
O
que
conta
é
a
decifração
das
intenções
e
do
carácter
do
orador,
a
inferência
que
temos
o
direito
de
fazer
a
partir
daquilo
que
é
enunciado
literalmente.
20. Elementos
da
comunicação
argumentativa
discurso
logos
Conjunto
dos
argumentos
organizados
de
modo
a
persuadir.
Hoje
designa
o
medium
(meio
–
palavra
ou
imagem)
que
transmite
a
mensagem.
Refere
a
racionalidade
dos
argumentos
e
o
tipo
e
a
estrutura
dos
discursos.
21. Estratégias
discursivas
Para
exercer
influência
sobre
o
auditório
através
do
discurso
e
não
pela
força,
o
orador
tem
de
usar
estratégias
adequadas
ao
auditório,
às
suas
características
psicológicas,
conhecimentos,
crenças
e
valores,
para
o
levar
a
interessar-‐se,
a
ouvir
e
a
dialogar.
22. Estratégias
discursivas
Procedimentos
mais
usados:
Exemplos
Metáforas
e
Repetição
e
analogias
alegorias
de
uma
Situações
reais
Apelar
à
imaginação
ideia
ou
fictícias,
para
para
motivar
Insistir
numa
facilitar
e
facilitar
ideia-‐chave
a
compreensão
a
compreensão
da
mensagem da
mensagem
23. Estratégias
discursivas
Alteração
do
tom
de
voz
Procedimentos
Modular
a
voz
e
usar
o
tom
mais
usados: adequado
para
induzir
estados
emocionais
no
auditório
Uso
de
emoções
Ironia
Usar
a
dramatização
Linguagem
gestual
Dizer
o
contrário
(teatralização),
daquilo
que
Comunicar
através
a
sedução
amorosa
as
palavras
do
movimento
(como
e
o
jogo
para
produzir
num
bailado,
por
significam,
emoções
favoráveis
exemplo) alterando
o
tom
de
voz
ou
sorrindo
24. Estratégias
discursivas
Sugestão
de
Schopenhauer:
SCHOPENHAUER
«[Não
devemos
produzir
argumentos
1788-‐1860
excessivos.
Por
isso],
os
Chineses
enunciam
a
seguinte
máxima:
aquele
que
é
eloquente
e
que
tem
a
língua
afiada
só
deverá
enunciar
metade
de
uma
proposição;
e
aquele
que
tem
a
razão
do
seu
lado
pode
voluntariamente
sacrificar
três
décimas
do
seu
discurso.»
Schopenhauer,
A.
Le
monde
comme
volonté
et
comme
représentation.
25. Elementos
da
comunicação
argumentativa:
ethos,
pathos
e
logos
A
comunicação
argumentativa
supõe
um
orador,
um
auditório
e
um
discurso.
Aristóteles
chamou:
ethos
à
dimensão
do
orador;
o
seu
objectivo
é
persuadir
o
auditório
pathos
à
disposição
emocional
do
auditório;
o
seu
objectivo
é
ponderar
a
aceitação
da
mensagem
logos
à
organização
lógico-‐racional
do
discurso;
hoje
designa
o
meio
de
transmissão
da
mensagem
26. O
orador
pode
usar
diferentes
estratégias,
em
função
das
características
do
auditório:
partir
de
exemplos
e
invocar
situações
reais
ou
fictícias
usar
comparações
para
facilitar
a
compreensão
da
mensagem
apelar
à
imaginação
do
auditório
e
usar
imagens
apelativas
(caso
da
publicidade)
repetir
uma
frase
(um
slogan)
para
vincar
uma
ideia
usar
diferentes
gestos
e
modelações
de
voz
usar
figuras
de
estilo:
ironia,
metáforas,
analogia
e
metonímias
Exercício 3
27. Usos
da
retórica
São
muitos
os
domínios
onde
se
usa
a
retórica:
comunicação
quotidiana discurso
político
discurso
e
jurídico dos
meios
de
comunicação
social;
discurso
publicitário
28. Retórica
e
opinião
pública
Na
política,
quer
nos
regimes
democráticos
quer
nos
regimes
totalitários,
a
retórica
é
usada
para
formar,
controlar
e
manipular
a
opinião
pública.
Do
mesmo
modo,
quer
os
meios
de
comunicação
social
quer
a
publicidade
adoptam
procedimentos
retóricos
para
captar
a
atenção
dos
seus
auditórios.
29. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Factores
sociais
Factores
Emoções
individuais colectivas
Meios
Líderes
de
comunicação
de
opinião
social
30. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Factores
individuais
Como
os
seres
humanos
têm
tendência
gregária
(pertencer
a
um
grupo)
e
gostam
de
partilhar
crenças,
opiniões
e
valores,
estão
predispostos
a
aceitar
o
que
lhes
facilite
a
sua
integração
social.
31. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Factores
sociais
Cada
grupo
ou
classe
social
tem
um
conjunto
de
estereótipos
e
preconceitos
que
se
traduzem
em
atitudes
e
comportamentos
considerados
normais,
entre
os
membros
desse
grupo,
e
que
são
como
que
cartões
de
identificação,
ou
passwords,
necessários
para
que
se
estabeleça
a
comunicação.
32. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Emoções
colectivas
Quando
as
pessoas
estão
em
multidão,
o
nível
de
capacidade
crítica
e
de
discernimento
racional
diminui,
porque
as
mensagens
emotivas
se
comunicam
mais
rapidamente
e
são
mais
fortes.
Isto
cria
uma
empatia
que
permite
a
difusão
de
ideias
simples
(não
analisadas
pelo
auditório)
e
que
facilita
o
controlo
e
a
manipulação
da
multidão.
33. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Líderes
de
opinião
Os
líderes
de
opinião
são
pessoas
que,
pela
sua
autoridade,
prestígio
ou
carisma,
influenciam
a
constituição
de
representações
colectivas
e
orientam
os
comportamentos
das
pessoas.
34. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Meios
de
comunicação
social
É
conhecida
a
força
dos
meios
de
comunicação
social
para
condicionar
e
manipular
as
emoções
do
auditório
através
de
artigos
de
opinião,
filmes,
documentários
e
outros
programas.
O
poder
político
procura
controlar
os
meios
de
comunicação
social,
reconhecendo
a
capacidade
persuasiva
das
suas
mensagens.
35. Domínios
de
intervenção
da
retórica
A
retórica
é
usada
no
discurso
político
e
jurídico
nos
meios
de
comunicação
social
no
discurso
publicitário
Todos
estes
discursos
contribuem
para
a
formação
e
o
controlo
da
opinião
pública.
36. Factores
que
influenciam
a
opinião
pública
Factores
individuais
Factores
sociais
Emoções
colectivas
Líderes
de
opinião
Meios
de
comunicação
social
Exercício 4
37. Discurso
publicitário
Na
nossa
sociedade,
a
retórica
é
aplicada
na
actividade
publicitária
(quer
no
marketing
comercial,
quer
no
político),
que
usa
sobretudo
mensagens
visuais
e
auditivas.
«Vale mais uma
imagem il
que m
palavras» Ditado
chinês
38. Planificação
de
um
anúncio
publicitário
A
figura
de
retórica
a
utilizar
numa
campanha
é
discutida
e
analisada,
de
modo
a
compatibilizar
a
ideia
com
o
produto
anunciado
(acordo
entre
a
mensagem
e
o
signo).
Também
deve
adequar-‐se
ao
canal,
pois
deverá
ser
diferente
conforme
se
destine
a
ser
usada
num
anúncio
televisivo,
na
comunicação
escrita
ou
num
outdoor.
39. O
que
faz
a
publicidade
para
seduzir
o
seu
auditório
Utiliza
a
sedução,
provocando
carências
e
despertando
o
desejo
de
as
satisfazer
Explora
o
poder
da
palavra
e
da
imagem
Propõe
um
jogo
de
associações
semânticas
Impõe
uma
escala
de
valores
concretizada
nos
objectos
publicitados
40. O
que
faz
a
publicidade
para
seduzir
o
seu
auditório
Apela
à
sensibilidade
Mobiliza
o
desejo
Manipula
símbolos
para
alterar
a
avaliação
que
os
receptores
fazem
da
realidade
Induz
o
consumidor
à
opção
por
um
determinado
produto
41. Estratégias
da
publicidade
Estratégia Objectivos
usar
a
mensagem
afagar
o
ego
do
auditório
emotiva
envolvê-‐lo
emocionalmente
usar
artifícios
início
psicológicos
buscar
a
sua
simpatia
de
persuasão fazê-‐lo
identificar-‐se
com
o
apelo
faz
crer
que
aderir
ao
apelo
dá
um
estatuto
superior
42. Tácticas
da
publicidade
Texto
Marca
coloquial
curta
simples
directa
pessoal
memorizável;
informal
evocativa
das
qualidades
busca
a
associar
ao
produto
da
intimidade
Slogan
original
sintético
impessoal
com
sonoridade
44. A
publicidade
utiliza
a
retórica
para
induzir
o
consumo.
Recorre
a
símbolos,
imagens,
valores
e
associações
semânticas.
Estratégias
e
objectivos:
persuasão;
envolvimento
emocional
e
psicológico
do
auditório.
Tipos
de
mensagem:
texto,
marca
e
slogan.
45. Estrutura
do
discurso
argumentativo
Um
discurso
argumentativo
deve
ter
uma
estrutura
e
uma
organização
adequadas
ao
auditório.
Um
dos
modelos
de
organização
mais
utilizados
é
o
seguinte:
1.º
momento
Introdução 2.º
momento
3.º
momento
Tema
(subtemas) Campo
argumentativo
–
tese
do
autor
Argumento
1,
2,
n Conclusão
sobre
esse
tema Síntese
final
Refutação
de
possíveis
contra-‐argumentos
46. Estrutura
do
discurso
argumentativo
2
manual,
p.
10
Neste
sermão,
este
mestre
português
da
retórica
sugeriu,
para
o
discurso
argumentativo,
uma
organização
em
três
momentos:
48. Como
elaborar
um
discurso
argumentativo
Perguntas Tarefas
Qual
o
objectivo
deste
discurso? Estabelecer
um
objectivo
Qual
o
assunto
ou
tema
a
tratar? Definir
o
tema
Onde
obter
informação
sobre
o
tema? Estabelecer
as
fontes
de
informação
Qual
é
a
tese
a
defender?
Sublinhar
o
sentido
e
a
utilidade
da
tese
49. Como
elaborar
um
discurso
argumentativo
Perguntas Tarefas
Definir
conceitos,
estruturar
ideias
Como
organizar
o
discurso?
e
construir
bons
argumentos
Quais
são
as
conclusões
da
investigação? Apresentar
uma
conclusão
Como
responder
às
refutações? Antecipar
possíveis
respostas
Como
se
caracteriza
o
auditório? Fazer
um
diagnóstico
das
motivações
do
auditório
Pedir
opiniões
críticas
antes
O
discurso
está
inteligível?
da
apresentação
50. Regras
para
construir
Para
construir
bons
argumentos
(segundo
Anthony
Weston):
Distinguir
Apresentar
Usar
premissas
Usar
termos
claramente
entre
as
ideias
fidedignas,
consistentes
premissas
e
a
defender
evitando
e
um
só
sentido
conclusão segundo
uma
a
linguagem
para
cada
termo
ordem
natural tendenciosa
51. Regras
para
construir
bons
argumentos
Para
construir
bons
argumentos
(segundo
Sérgio
Navega):
Aceitabilidade Relevância Suporte
/
Refutabilidade
As
premissas
Premissas
justificação Um
bom
argumento
têm
de
ser
relevantes
As
premissas
deve
possibilitar
aceitáveis
fornecem
propostas
devem
e
proporcionar
(aceitável
as
razões
para
ser
suficientes
uma
refutação
é
diferente
que
possamos
para
podermos
efectiva
de
todos
de
verdadeiro) crer
na
aceitar
os
argumentos
que
veracidade
a
alegação
nelas
conduzam
da
conclusão implícita ao
oposto
do
que
estamos
a
afirmar
54. Usos
da
retórica
Discursos:
político
contribuem
para
jurídico a
formação
publicitário da
opinião
pública
dos
media
Estrutura
do
texto
argumentativo
introdução
campo
argumentativo
conclusão
56. Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações V
/
F
Discurso
–
processo
de
troca
de
mensagens
cuja
finalidade
é
a
procura
da
adesão
dos
outros
às
nossas
teses,
perspectivas
ou
opiniões. ?
F
Comunicação
argumentativa
–
exposição
metódica
que
visa
influenciar
o
pensamento,
os
sentimentos
e
a
acção
do
receptor. ?
F
Lógica
informal
–
estudo
da
argumentação
que
não
depende
exclusivamente
da
sua
forma
lógica.
A
lógica
formal
estuda
as
formas
de
argumento
válido. ?
V
Exercício 2
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
57. Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações V
/
F
A
demonstração
respeita
ao
domínio
do
constringente. ?
V
A
argumentação
respeita
ao
domínio
do
verosímil. ?
V
Verosímil
diz-‐se
de
uma
conclusão
que
necessariamente
decorre
das
premissas. ?
F
Constringente
diz-‐se
do
que
é
eventualmente
verdadeiro,
ou
seja,
o
provável. ?
F
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
58. Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações V
/
F
Aristóteles
chamou
logos
à
dimensão
do
orador. ?
F
Aristóteles
chamou
ethos
à
organização
do
discurso.
?
F
Aristóteles
chamou
pathos
à
disposição
do
auditório. ?
V
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
59. Indique
a
opção
verdadeira.
1
Opinião
pública
é
o
conjunto
de
representações
da
realidade
partilhadas
por
uma
dada
colectividade.
2
Opinião
pública
é
o
conjunto
de
representações
da
colectividade
que
um
indivíduo
tem.
Opinião
pública
é
o
conjunto
de
representações
que
os
cientistas
sociais
3 fazem
da
sua
colectividade.
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
60. Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações V
/
F
O
discurso
argumentativo
está
organizado
em
quatro
momentos:
introdução,
tema,
campo
argumentativo
e
conclusão. ?
F
O
discurso
argumentativo
está
organizado
em
três
momentos:
tema,
campo
argumentativo
e
conclusão. ?
F
O
discurso
argumentativo
está
organizado
em
três
momentos:
introdução,
campo
argumentativo
e
conclusão. ?
V
Exercício 6
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
61. Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações V
/
F
Num
discurso
argumentativo,
o
tema
deve
ser
apresentado
na
conclusão. ?
F
Num
discurso
argumentativo,
a
introdução
deve
apresentar
a
tese
do
autor
sobre
o
tema.
?
V
Num
discurso
argumentativo,
a
tese
do
autor
deve
ser
defendida
na
conclusão. ?
F
Num
discurso
argumentativo,
o
campo
argumentativo
destina-‐se
a
defender
a
tese
do
autor. ?
V
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
63. Comunicação
argumentativa
O
processo
de
troca
de
mensagens
cuja
finalidade
(telos)
é
a
procura
da
adesão
dos
outros
às
nossas
teses,
perspectivas
ou
opiniões.
64. Lógica
informal
Estudo
dos
aspectos
da
argumentação
que
não
dependem
exclusivamente
da
forma
lógica,
analisando
os
argumentos
em
linguagem
natural
e
no
contexto
em
que
ocorrem.
67. Argumentação
Designa
a
actividade
social,
intelectual
e
discursiva
que,
utilizando
um
conjunto
de
razões
bem
fundamentadas
(argumentos),
visa
justificar
ou
refutar
uma
opinião
e
obter
a
aprovação
e
a
adesão
de
um
auditório,
com
o
intuito
de
alterar
o
seu
comportamento.
68. Retórica
Nome
que
a
antiguidade
clássica
grega
e
romana
atribuía
à
arte
(a
um
conjunto
de
teoria
e
prática)
de
persuadir
através
da
palavra
(discurso).
Designa
a
arte
de
falar
com
eloquência
com
o
objectivo
de
conseguir
o
assentimento
(acordo)
e
o
convencimento
(adesão)
do
auditório.
Há
retórica
sempre
que
se
procura
convencer
outrem,
sempre
que
há
intenção
persuasiva.
No
século
XX,
a
retórica
clássica
deu
lugar
ao
que
alguns
autores
chamam
a
«nova
retórica»
69. Aristóteles
No
século
IV
a.C.,
este
filósofo
grego
definiu
retórica
como
«capacidade
de
descobrir
o
que
é
adequado
a
cada
caso
com
o
fim
de
persuadir».
70. Nova
retórica
Designação
atribuída
aos
estudos
levados
a
cabo
por
Chaim
Perelman
(século
XX),
que
contribuíram
para
recuperar
a
importância
da
retórica,
definida
como
uma
teoria
da
argumentação
e
coincidindo
com
o
domínio
da
lógica
informal.
71. Ethos
Designa
a
autoridade
moral
do
orador,
que
argumenta
(elemento
racional)
e
seduz
(elemento
emotivo)
para
persuadir
o
auditório.
72. Logos
Designa
o
elemento
racional
de
comunicação
orador
/
auditório
que
é
próprio
do
discurso.
73. Pathos
Designa
a
disposição
emocional
dos
ouvintes
para
ponderar
a
aceitação
da
mensagem
do
orador.
74. Schopenhauer
Filósofo
alemão
(1788-‐1860),
autor
de
O
mundo
como
vontade
e
como
representação.
Influenciado
pela
filosofia
kantiana,
especialmente
pela
concepção
de
fenómeno,
Schopenhauer
defendeu
que
o
mundo
é
apenas
representação.
75. Opinião
pública
Designa
a
convicção
ou
juízo
colectivo
a
respeito
de
um
determinado
assunto;
portanto,
é
o
conjunto
de
representações
da
realidade
partilhadas
por
uma
dada
comunidade.
76. Validade
Propriedade
formal
dos
argumentos
dedutivos.
É
diferente
de
verdade:
enquanto
esta
é
uma
propriedade
das
proposições,
a
validade
é
uma
propriedade
dos
argumentos.