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O Empirismo

Preparado para: Curso de Artes Visuais
Preparado por: Jorge Barbosa

16 de Fevereiro de 2013
FILOSOFIA




JORGE BARBOSA
ESMGA, 2013
JB




O EMPIRISMO

Introdução
O termo “empirismo” deriva da palavra grega que significa “experiência”. Na sua origem histórica, referia-se ao
domínio da medicina, que só se apoiava em práticas. Em termos gerais, o empirismo é a doutrina filosófica que
defende que as ideias e o conhecimento provêm da experiência, tanto no sentido psicológico (ou cronológico,
temporal: o conhecimento nasce com a experiência), como no sentido epistemológico (ou lógico: o
conhecimento é justificado pela experiência). Isto significa que os empiristas defendem que a experiência dos
sentidos é a única fonte de conhecimento no homem, sendo portanto os adversários mais óbvios dos
racionalistas. Não há nada no entendimento que não provenha da experiência sensorial é o seu princípio
básico. Note-se que o empirismo não se refere à experiência, no sentido em que a ela se referem os
construtivistas. Para os empiristas, a experiência é a experiência sensorial e, portanto, não inclui o conceito de
experiência que inclui as representações mentais (sejam elas sensoriais ou operatórias).

Foi Kant quem melhor definiu o conceito atual de empirismo (doutrina que ele critica). Também foi Kant que
considerou Aristóteles como o principal empirista da história da filosofia, de quem os autores como John Locke
(e David Hume) seriam seguidores. Com efeito, com Aristóteles (discípulo de Platão) nasce a primeira corrente
de pensamento que vincula de forma sistemática o conhecimento humano à experiência sensível (contra o
idealismo platónico). No entanto, o empirismo, como doutrina filosófica sistemática, tem origem na filosofia
inglesa, a partir dos séculos XVII - XVIII.

As Teses Básicas do Empirismo Inglês
As teses básicas, defendidas pelo empirismo de Locke e Hume, podem resumir-se em dez, digamos,
mandamentos:

1.     Não há ideias inatas.

2.     A origem do conhecimento não está nas ideias (como pensava Descartes), mas no mundo exterior.

3.     Todo o conhecimento procede da sensação.

4.     A origem do conhecimento está nos sentidos.

5.     A experiência é o critério de validade do conhecimento e é também o seu limite. A experiência interna é a
       “percepção” interna, a própria vida anímica (não é o mesmo que representação mental no sentido
       construtivista, porque não se refere aos processos de tratamento e de elaboração de informação); a
       experiência externa é a “percepção” dos objetos físicos externos.

Empirismo
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6.    Não há intuição intelectual; só se admite a intuição sensível, empírica.

7.    As ciências da natureza são o modelo para todas as ciências.

8.    Apoia os ideais éticos e políticos do iluminismo.

9.    A dedução só se aplica aos domínios da lógica e da matemática; o conhecimento do mundo exige
      sempre processos indutivos.

10.   Reduz (sobretudo Hume) a objetividade (moral, científica e estética) a atividades psicológicas.




O Empirismo de David Hume


David Hume (1711-1776) desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de certas modalidades de
cepticismo e do empirismo.

Hume ficou famoso na história da filosofia ao recusar a ideia de causalidade, argumentando que “a razão nunca
poderá mostrar-nos a ligação entre um objeto e outro, se não se apoiar na experiência e na observação da sua
relação com situações do passado. Portanto, quando a mente passa da ideia ou impressão de um objeto, para
a ideia ou crença noutro, não se guia pela razão, mas por princípios que associam ambas as ideias desses
objetos e os relaciona na imaginação”. A recusa da causalidade implica também uma recusa das leis científicas,
que se baseiam na premissa de que um fenómeno provoca outro de forma necessária, sendo, por isso,
previsível que sempre provocará. Segundo a filosofia de Hume, o conhecimento das causas dos fenómenos é
impossível, embora admita que, na prática, as pessoas têm de pensar em termos de causas e efeitos, e têm de
assumir a validade das suas ideias para não enlouquecerem. Admitia, em todo o caso, a possibilidade de
conhecimento sobre as relações entre as ideias, que fossem do tipo das relações entre os números nas
matemáticas. O ponto de vista céptico de Hume negava também a existência da substância espiritual, ou de
substância material. Negava, na verdade, a existência de uma identidade do eu, argumentando que, como as
pessoas não têm uma percepção constante de si mesmas como entidades em mudança, não são mais do que
um conjunto ou colecção de diferentes percepções (aqui, seria interessante reler as críticas de Platão a
Protágoras e à influência de Heraclito nos pensadores do seu tempo… Estão no Teeteto).

As crenças filosóficas de Hume foram muito influenciadas por John Locke e pelo bispo irlandês George
Berkeley. Tanto Hume como Berkeley distinguiam a razão dos sentidos. Mas Hume foi mais longe e tentou
provar que a razão e os juízos racionais são simples associações, aprendidas por hábito, entre diferentes
sensações ou experiências. Assume, como ponto de partida, que as ideias são fenómenos da consciência,
mas critica não só a ideia de substância externa, mas também a de substância interna, ou eu. Daqui resulta o
seu cepticismo, na medida em que considera que o que pensamos está para além do percepcionado, e na
medida em que só há certeza do que é percepcionado. Na época de Hume, o modelo científico de Newton já
se tinha constituído como uma ciência empírica de pleno direito, com raízes em Galileu e Descartes (modelo
Empirismo
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matemático da razão) que Hume contesta de alguma forma. No entanto, a grande ambição de Hume será a de
conseguir no mundo da moral aquilo que Newton conseguiu no domínio da Física. Hume era, de facto, um
empirista; o seu empirismo conduziu-o a uma forma, digamos, suave de cepticismo (como sempre acontece
aos empiristas); mesmo assim, acreditava na ciência do seu tempo. Como arranjaria ele forma de conviver com
as leis de Newton (a força da gravidade em particular) sem um modelo teórico (matemático) que desse sentido
às suas observações?

A inovação fundamental de Hume na teoria do conhecimento é a sua distinção entre impressões e ideias, a
relação que existe entre elas e a possibilidade de as ideias se associarem entre si.

1.    Uma impressão é percepção que, por ser imediata e actual, é viva e intensa.

2.    Uma ideia é uma cópia de uma impressão e, por isso, é uma percepção menos viva e menos intensa,
      que consiste na reflexão da mente sobre uma impressão. Esta reflexão recorre à memória e à
      imaginação.

As ideias relacionam-se entre si por uma espécie de atracção mútua necessária entre elas:

★     Por semelhança

★     Por contiguidade, e

★     Por causalidade

Tal como no universo de Newton a atracção explica o movimento das partículas, no sistema filosófico de
Hume, as ideias simples relacionam-se e associam-se entre si por uma tripla lei (semelhança, contiguidade e
causalidade) que as une. No conhecimento de questões de facto, a “relação de causalidade” exerce uma
função fundamental: síntese das duas leis anteriores (semelhança e contiguidade) é ambas as coisas ao
mesmo tempo (tem de haver semelhança entre causa e efeito, e é necessária a contiguidade no espaço e no
tempo entre causa e efeito. Estas relações, associadas ao costume, ou hábito, de generalizar em forma de lei,
ou enunciado universal, as sucessões de fenómenos que se sucedem regularmente no tempo, constituem o
seu conceito de causalidade. (Esta é a sua resposta interpretativa à Física de Newton, que ele não conseguiria,
por muito que quisesse, deixar de apreciar).

A exigência básica de que a toda a ideia tem de corresponder uma impressão para que tenha sentido, ou para
que à palavra corresponda uma ideia com conteúdo verdadeiro, constitui-se no instrumento mais poderoso de
crítica a todos os conceitos fundamentais da filosofia tradicional: causalidade, substância, alma, Deus e
liberdade. A que impressão corresponde cada uma destas ideias? Esta crítica acaba num certo tipo de
cepticismo, apesar de tudo, um cepticismo “mitigado”, ou “suave”, na medida em que não deixa de
impulsionar o esforço científico da sua época. O valor histórico do empirismo está justamente nesta sua crítica,
que dá origem ao “positivismo lógico”, mas sobretudo ao desenvolvimento de perspetivas razoáveis de
conhecimento provável, dados os limites do próprio conhecimento. Esta crítica é, no entanto, de efeitos,



Empirismo
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também eles, limitados, porque, embora ofereça uma alternativa ao racionalismo e ao dogmatismo, não
consegue verdadeiramente superar nem um nem outro.

Vamos ter de esperar por Kant.




Empirismo
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Empirismo de Hume

  • 1. JB O Empirismo Preparado para: Curso de Artes Visuais Preparado por: Jorge Barbosa 16 de Fevereiro de 2013 FILOSOFIA JORGE BARBOSA ESMGA, 2013
  • 2. JB O EMPIRISMO Introdução O termo “empirismo” deriva da palavra grega que significa “experiência”. Na sua origem histórica, referia-se ao domínio da medicina, que só se apoiava em práticas. Em termos gerais, o empirismo é a doutrina filosófica que defende que as ideias e o conhecimento provêm da experiência, tanto no sentido psicológico (ou cronológico, temporal: o conhecimento nasce com a experiência), como no sentido epistemológico (ou lógico: o conhecimento é justificado pela experiência). Isto significa que os empiristas defendem que a experiência dos sentidos é a única fonte de conhecimento no homem, sendo portanto os adversários mais óbvios dos racionalistas. Não há nada no entendimento que não provenha da experiência sensorial é o seu princípio básico. Note-se que o empirismo não se refere à experiência, no sentido em que a ela se referem os construtivistas. Para os empiristas, a experiência é a experiência sensorial e, portanto, não inclui o conceito de experiência que inclui as representações mentais (sejam elas sensoriais ou operatórias). Foi Kant quem melhor definiu o conceito atual de empirismo (doutrina que ele critica). Também foi Kant que considerou Aristóteles como o principal empirista da história da filosofia, de quem os autores como John Locke (e David Hume) seriam seguidores. Com efeito, com Aristóteles (discípulo de Platão) nasce a primeira corrente de pensamento que vincula de forma sistemática o conhecimento humano à experiência sensível (contra o idealismo platónico). No entanto, o empirismo, como doutrina filosófica sistemática, tem origem na filosofia inglesa, a partir dos séculos XVII - XVIII. As Teses Básicas do Empirismo Inglês As teses básicas, defendidas pelo empirismo de Locke e Hume, podem resumir-se em dez, digamos, mandamentos: 1. Não há ideias inatas. 2. A origem do conhecimento não está nas ideias (como pensava Descartes), mas no mundo exterior. 3. Todo o conhecimento procede da sensação. 4. A origem do conhecimento está nos sentidos. 5. A experiência é o critério de validade do conhecimento e é também o seu limite. A experiência interna é a “percepção” interna, a própria vida anímica (não é o mesmo que representação mental no sentido construtivista, porque não se refere aos processos de tratamento e de elaboração de informação); a experiência externa é a “percepção” dos objetos físicos externos. Empirismo 1
  • 3. JB 6. Não há intuição intelectual; só se admite a intuição sensível, empírica. 7. As ciências da natureza são o modelo para todas as ciências. 8. Apoia os ideais éticos e políticos do iluminismo. 9. A dedução só se aplica aos domínios da lógica e da matemática; o conhecimento do mundo exige sempre processos indutivos. 10. Reduz (sobretudo Hume) a objetividade (moral, científica e estética) a atividades psicológicas. O Empirismo de David Hume David Hume (1711-1776) desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de certas modalidades de cepticismo e do empirismo. Hume ficou famoso na história da filosofia ao recusar a ideia de causalidade, argumentando que “a razão nunca poderá mostrar-nos a ligação entre um objeto e outro, se não se apoiar na experiência e na observação da sua relação com situações do passado. Portanto, quando a mente passa da ideia ou impressão de um objeto, para a ideia ou crença noutro, não se guia pela razão, mas por princípios que associam ambas as ideias desses objetos e os relaciona na imaginação”. A recusa da causalidade implica também uma recusa das leis científicas, que se baseiam na premissa de que um fenómeno provoca outro de forma necessária, sendo, por isso, previsível que sempre provocará. Segundo a filosofia de Hume, o conhecimento das causas dos fenómenos é impossível, embora admita que, na prática, as pessoas têm de pensar em termos de causas e efeitos, e têm de assumir a validade das suas ideias para não enlouquecerem. Admitia, em todo o caso, a possibilidade de conhecimento sobre as relações entre as ideias, que fossem do tipo das relações entre os números nas matemáticas. O ponto de vista céptico de Hume negava também a existência da substância espiritual, ou de substância material. Negava, na verdade, a existência de uma identidade do eu, argumentando que, como as pessoas não têm uma percepção constante de si mesmas como entidades em mudança, não são mais do que um conjunto ou colecção de diferentes percepções (aqui, seria interessante reler as críticas de Platão a Protágoras e à influência de Heraclito nos pensadores do seu tempo… Estão no Teeteto). As crenças filosóficas de Hume foram muito influenciadas por John Locke e pelo bispo irlandês George Berkeley. Tanto Hume como Berkeley distinguiam a razão dos sentidos. Mas Hume foi mais longe e tentou provar que a razão e os juízos racionais são simples associações, aprendidas por hábito, entre diferentes sensações ou experiências. Assume, como ponto de partida, que as ideias são fenómenos da consciência, mas critica não só a ideia de substância externa, mas também a de substância interna, ou eu. Daqui resulta o seu cepticismo, na medida em que considera que o que pensamos está para além do percepcionado, e na medida em que só há certeza do que é percepcionado. Na época de Hume, o modelo científico de Newton já se tinha constituído como uma ciência empírica de pleno direito, com raízes em Galileu e Descartes (modelo Empirismo 2
  • 4. JB matemático da razão) que Hume contesta de alguma forma. No entanto, a grande ambição de Hume será a de conseguir no mundo da moral aquilo que Newton conseguiu no domínio da Física. Hume era, de facto, um empirista; o seu empirismo conduziu-o a uma forma, digamos, suave de cepticismo (como sempre acontece aos empiristas); mesmo assim, acreditava na ciência do seu tempo. Como arranjaria ele forma de conviver com as leis de Newton (a força da gravidade em particular) sem um modelo teórico (matemático) que desse sentido às suas observações? A inovação fundamental de Hume na teoria do conhecimento é a sua distinção entre impressões e ideias, a relação que existe entre elas e a possibilidade de as ideias se associarem entre si. 1. Uma impressão é percepção que, por ser imediata e actual, é viva e intensa. 2. Uma ideia é uma cópia de uma impressão e, por isso, é uma percepção menos viva e menos intensa, que consiste na reflexão da mente sobre uma impressão. Esta reflexão recorre à memória e à imaginação. As ideias relacionam-se entre si por uma espécie de atracção mútua necessária entre elas: ★ Por semelhança ★ Por contiguidade, e ★ Por causalidade Tal como no universo de Newton a atracção explica o movimento das partículas, no sistema filosófico de Hume, as ideias simples relacionam-se e associam-se entre si por uma tripla lei (semelhança, contiguidade e causalidade) que as une. No conhecimento de questões de facto, a “relação de causalidade” exerce uma função fundamental: síntese das duas leis anteriores (semelhança e contiguidade) é ambas as coisas ao mesmo tempo (tem de haver semelhança entre causa e efeito, e é necessária a contiguidade no espaço e no tempo entre causa e efeito. Estas relações, associadas ao costume, ou hábito, de generalizar em forma de lei, ou enunciado universal, as sucessões de fenómenos que se sucedem regularmente no tempo, constituem o seu conceito de causalidade. (Esta é a sua resposta interpretativa à Física de Newton, que ele não conseguiria, por muito que quisesse, deixar de apreciar). A exigência básica de que a toda a ideia tem de corresponder uma impressão para que tenha sentido, ou para que à palavra corresponda uma ideia com conteúdo verdadeiro, constitui-se no instrumento mais poderoso de crítica a todos os conceitos fundamentais da filosofia tradicional: causalidade, substância, alma, Deus e liberdade. A que impressão corresponde cada uma destas ideias? Esta crítica acaba num certo tipo de cepticismo, apesar de tudo, um cepticismo “mitigado”, ou “suave”, na medida em que não deixa de impulsionar o esforço científico da sua época. O valor histórico do empirismo está justamente nesta sua crítica, que dá origem ao “positivismo lógico”, mas sobretudo ao desenvolvimento de perspetivas razoáveis de conhecimento provável, dados os limites do próprio conhecimento. Esta crítica é, no entanto, de efeitos, Empirismo 3
  • 5. JB também eles, limitados, porque, embora ofereça uma alternativa ao racionalismo e ao dogmatismo, não consegue verdadeiramente superar nem um nem outro. Vamos ter de esperar por Kant. Empirismo 4