SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  70
PROGNÓSTICO E RISCO EM ODONTOLOGIA ULBRA – Cachoeira do Sul Disciplina de Clínica Integral III Professores: João B. Zanirato; Fernando  B.Ramirez;  Juliano Cardoso; Luis Henrique  M. Pinto
INTRODUÇÃO Diagnóstico Prognóstico Risco GDC, 2008
DIAGNÓSTICO Está baseado na anamnese, exame clínico e/ou exames complementares; Visa a identificação (classificação) da doença do paciente; Diagnóstico presuntivo e final. GDC, 2008
Anamnese Motivo da consulta Histórico de saúde – doenças e medicamentos Hábitos alimentares – consumo de açúcar Hábitos de higiene bucal Exposição a fluoretos – água potável, dentifrício, bochechos, tabletes, aplicação profissional, Medicação. Profissão Nível sócio-econômico-cultural Tempo ocorrido desde a última visita a dentista Preocupação do paciente em relação a sua saúde oral
Exames necessários para obtenção do diagnóstico EXAME CLÍNICO EXTRA-BUCAL: Observação do paciente Propedêutica facial (cadeias ganglionares) Propedêutica da articulação têmporo-mandibular EXAME CLÍNICO INTRA-BUCAL: Exame das mucosas e glândulas salivares Exame periodontal Exame dentário EXAMES COMPLEMENTARES: Exame radiográfico Teste de sensibilidade pulpar Medição do fluxo salivar Exames de saúde geral
EXAME CLÍNICO INTRA-BUCAL EXAME DENTÁRIO – identificação das alterações CODIFICAÇÃO DE ACORDO COM PRONTUÁRIO 0.  Superfície hígida Lesão cariosa ativa, sem cavidade Lesão cariosa inativa, sem cavidade Lesão cariosa ativa, com cavidade Lesão cariosa inativa, com cavidade Superfície restaurada, sem alterações Superfície restaurada, com alterações
Dente/prótese adaptada Dente/prótese desadaptada Indicação de exodontia Dente ausente por exodontia cárie Dente ausente por exodontia outro motivo Microdontia Macrodontia por fusão Macrodontia por geminação Abrasão  Atrição  Erosão
Exame Clínico Intra-oral Mucosa oral Presença de placa e gengivite Experiência anterior de cárie Fluxo salivar Exame das lesões de cárie Tipo de lesão (ativa/inativa) Localização da lesão superfície lisa livre superfície proximal  Superfície oclusal Sondagem? Radiografias interproximais e periapicais
BASES PARA O CORRETO DIAGNÓSTICO Coleta de dados (anamnese + exame clínico + exames complementares) hoje em dia os médicos se baseiam muito nos exames complementares Conhecimento da etiopatogenia das doenças bucais se eu conhecer o processo da doença vou pedir ou não exame complementar e evitar custos desnecessários ao paciente Observação sistemática dos sinais e sintomas das doenças com a experiência podemos reduzir nossa coleta de dados, mas cuidar para não tornar-nos negligentes. Nem sempre você verá tudo. GDC, 2008
PROGNÓSTICO É prever o curso provável e o resultado final da doença. É a base do clínico para explicar os riscos e benefícios ao paciente, para que este escolha um tipo de tratamento. As explicações devem estar baseadas no modelo atual de evidências científicas. GDC, 2008
RISCO Fator de risco: “aspecto do comportamento pessoal ou do estilo de vida, uma característica adquirida ou congênita, que, com base na evidência epidemiológica, sabe-se estar associada às condições relacionadas a saúde”. Fator que aumenta a probabilidade da doença ocorrer e pode representar um alvo das intervenções terapêuticas (Thomaz e Mealey, 2005). GDC, 2008
SE TODAS DOENÇAS TIVESSEM O MESMO PROGNÓSTICO E NECESSITASSEM O MESMO TRATAMENTO, NÃO SERIA NECESSÁRIO O DIAGNÓSTICO e RISCO. Apenas presença ou ausência seria suficiente. GDC, 2008
Cárie “A doença cárie é, provavelmente, a mais prevalente de todas as doenças bacterianas infecciosas que acometem o homem” Centro de Controle de Doenças (CDC) – Atlanta - USA
Retirado de: Newmann, Takei e Carranza, 2004
CÁRIE FATOR ETIOLÓGICO HOSPEDEIRO MEIO LESÃO  CARIOSA TEMPO MALTZ E CARVALHO, 1997
PERIODONTITES Fatores Ambientais e Comportamentais PGE  e MMP Anticorpo DESAFIO  MICROBIANO RESPOSTA DO HOSPEDEIRO METABOLISMO DO TEC. CONJ. Citocinas Antígeno Fatores Genéticos PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA Page; Korman, 1997
EXAME CLÍNICO INTRA-BUCAL ,[object Object]
COROA: lesão branca com superfície opaca, rugosa
RAIZ: área de coloração amarelada e levemente amolecida,[object Object]
BASES BIOLÓGICAS DO DIAGNÓSTICO CÁRIE DOENÇA PERIODONTAL  ,[object Object]
 O que influi nas condições que podem aumentar ou diminuir sua expressão?Idade, raça, gênero, fatores sócio-econômicos, conhecimento, estresse, saliva, dieta, tipo de bactérias, última visita ao dentista, fatores emocionais, fumo, doenças sistêmicas, higiene  bucal, quantidade de doença prévia…  GDC, 2008
BASES BIOLÓGICAS DO DIAGNÓSTICO CÁRIE Estudo de Vipeholm (1956) DOENÇA PERIODONTAL  Estudo de gengivite experimental em humanos (Loe et al., 1965). Estudo de periodontite induzida em cães (Lindhe et al., 1975). Estudo dos plantadores de chá do Sri Lanka (Loe et al., 1986).
A META DO DIAGNÓSTICO É CLASSIFICAR DE MANEIRA BIOLÓGICA A DOENÇA, PARA ESTABELECER UM PLANO DE TRATAMENTO ADEQUADO E PLANEJAR UM PROGNÓSTICO REAL.  QUAL A UTILIDADE DO DIAGNÓSTICO? Planos de saúde, convênios, laudos e comunicação entre colegas GDC, 2008
A resposta ao tratamento será adequada caso o diagnóstico tenha sido correto.  O tratamento visa eliminar ou reduzir o agente etiológico Caso não responda ao tratamento devo questionar o diagnóstico inicial O problema está quando o prognóstico da enfermidade é grave para a saúde do paciente!!!!! CONSIDERAÇÕES GDC, 2008
 EXEMPLOS
Retirado de: Newmann, Takei e Carranza, 2004
PROGNÓSTICO Prever o curso provável e os resultados de uma doença/tratamento. Auxilia o paciente escolher o tratamento Basear a tomada de decisões em evidências científicas para o estabelecimento do prognóstico (conhecer a causa e o risco da doença) GDC, 2008
PROGNÓSTICO Se o tratamento for efetivo o prognóstico é bom! Se o agente causal não puder ser identificado, reduzido ou eliminado, resultados subotimizados serão alcançados e, nesse caso o prognóstico será menos favorável. GDC, 2008
APLICAÇÕES CLÍNICAS DO PROGNÓSTICO Níveis de prognóstico:  Dente, arcada ou toda dentição Indivíduo, comunidade ou população A curto ou longo prazo: Imediato (período de até 5 anos) Mediato (mais de 5 anos) (Thomas e Mealey, 2005) Exemplo: SS não é um bom indicador de risco para PI ao nível do sítio (28%), entretanto o escore médio de SS, pós tratamento, pode ser indicativo de que o indivíduo venha a perder inserção em algum lugar da dentição (Lang et al., 1990). Observação semelhante se encontra com a Profundidade de Sondagem. GDC, 2008
RISCO Todas as pessoas são igualmente suscetíveis às doenças cárie e periodontal? A resposta ao tratamento é semelhante em todos os indivíduos? Qual a melhor maneira de avaliar a resposta ao tratamento?  GDC, 2008
RISCO EM PERIODONTIA Estudo da história natural da doença periodontal: OBJETIVO: descrever a incidência e progressão da doença periodontal, em uma população nunca exposta a programas de prevenção e tratamento da doença. METODOLOGIA: 480 homens foram examinados em 1970 (14-30 anos) 	Reexames em 1971, 73, 77, 82 e 85. 	Índices avaliados: IG, PI, IPl e IC em 2 faces por dente. 	2 examinadores treinados realizaram todos os exames. Loe et al., 1986
Estudo da história natural da doença periodontal: RESULTADOS:  	baseado na PI proximal e na perda dental foram identificados 3 grupos:      			- rápida progressão (menos de 21 anos c/ 4mm de PI em dois molares ou incisivos, menos de 30 anos c/ 8 dentes perdidos) RP (8%) 			- progressão moderada (indivíduos em nenhuma das outras condições) PM (81%) 			- sem progressão (PI não maior que 2mm nas faces mesiais) SP (11%) Loe et al., 1986
Estudo da história natural da doença periodontal: Loe et al., 1986
RESPOSTA À TERAPIA PERIODONTAL LONGITUDINAL PERIODONTAL TISSUE ALTERATIONS DURING SUPPORTIVE THERAPY  (ROSLING et al., 2001)  DOIS GRUPOS: 1- suscetibilidade normal (n=225) 2- alta suscetibilidade (n=109)  Suscetibilidade como estabelecer???  Avaliação após 12 anos
NG  78% HSG 20% HSG 80% PERDA DENTÁRIA Percentual de pacientes com suscetibilidade normal (NG) e alta suscetibilidade (HSG) que perderam dentes durante os 12 anos de manutenção.                                                      % pacientes Número de dentes
PERDA DE INSERÇÃO Médias (DP) do aumento na perda de inserção ocorrida após 12 anos, em diferentes sítios, nos grupos de suscetibilidade normal (NG) e alta (HSG).
EFETIVIDADE DA TERAPIA PERIODONTAL LONGITUDINAL PERIODONTAL TISSUE ALTERATIONS DURING SUPPORTIVE THERAPY  (ROSLING et al., 2001)  CONCLUSÕES: pacientes com alta suscetibilidade a doença periodontal podem manter os níveis de inserção e altura óssea estáveis, desde que participem de um programa de manutenção;  pacientes com suscetibilidade normal a DP previnem quase inteiramente a perda de inserção ao longo da manutenção; Pacientes com diferentes suscetibilidades à DP apresentam diferentes condições periodontais durante a manutenção.
EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE On the prevention of caries and periodontal disease: results of 15-years in adults (Axelsson et al., 1991) Grupo 1 – 20 a 35 anos Grupo 2 – 36 a 50 anos Grupo 3 – 51 a 70 anos    ANO 1972                           1987 375                            317 Medidas preventivas: Nos dois primeiros anos fizeram reconsultas a cada 2 meses, depois passou para 3 meses  por mais quatro anos e nos outros nove anos variou entre 1 (65%) ,2 (30%), 3 a 6 (5%) vezes ao ano.
EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE On the prevention of caries and periodontal disease: results of 15-years in adults (Axelsson et al., 1991) RESULTADOS Dos 317 que retornaram para reavaliação, 165 (>50%) não desenvolveu nenhuma cárie; 88 tiveram uma cárie ao longo do tempo, 64 tiveram duas ou mais novas cáries e 2 indivíduos tiveram mais de 10 cáries. As cáries recorrentes foram muito mais prevalentes do que as novas lesões, nos três grupos.
EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE Onthepreventionof caries andperiodontaldisease: resultsof 15-years in adults(Axelssonet al., 1991) RESULTADOS Dos 317 sujeitos que retornaram, 258 não perderam nenhum dente, enquanto 51 perderam de 1 a 4 dentes. Perdeu-se mais molares de que outros dentes. As causas das perdas foram: fratura radicular (64%), reabsorção radicular, cárie, traumatismo, abscesso periodontal e lesão endodôntica.
EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE On the prevention of caries and periodontal disease: results of 15-years in adults (Axelsson et al., 1991) CONCLUSÕES A prevenção na recorrência das doenças cárie e periodontal dependem: da melhoria dos métodos de higiene bucal, do uso regular de dentifrícios fluoretados e das visitas repetidas ao consultório para efetiva limpeza dentária.
COMO AVALIAR A RESPOSTA AO TRATAMENTO?
RISCO A CÁRIE Quando se deve realizar a avaliação do risco de cárie? Como selecionar indivíduos de risco? Quais fatores devem ser considerados na estimativa de risco a cárie? ,[object Object],GDC, 2008
RISCO A CÁRIE Quando se deve realizar a avaliação do risco de cárie? SEMPRE GDC, 2008
RISCO A CÁRIE Quando se deve realizar a avaliação do risco de cárie? Como selecionar indivíduos de risco?  SEMPRE Aqueles que apresentam atividade de cárie ou tiveram lesões no último ano GDC, 2008
RISCO A CÁRIE Quais fatores devem ser considerados na estimativa de risco? ,[object Object]
 Tipo de bactéria
 Dieta
 Secreção salivar e capacidade tampão
 Fluoretos
Fatores socioeconômicos
Fatores de saúde geralGDC, 2008
RISCO A CÁRIE A avaliação do risco deve ser feita e discutida com o professor e depois com o paciente para que este entenda os fatores envolvidos na etiologia da doença cárie. GDC, 2008
RISCO EM PERIODONTIA Quais os fatores que podem estar associados à resposta geral dos pacientes ao tratamento periodontal? Como identificar pacientes ou sítios que irão apresentar progressão da perda de inserção? GDC, 2008
FATORES ASSOCIADOS A RESPOSTA GERAL DOS PACIENTES
FUMO Mais de 200 trabalhos foram publicados nos últimos 4 anos sobre esse tópico. A resposta inflamatória gengival é suprimida em fumantes, aprox. 50%. Estudos de caso-controle demonstram que fumantes tem maior risco de ter periodontite    (2 a 9x mais).  Tratamento periodontal apresenta menos sucesso nos fumantes. GDC, 2008
DIABETES Está associado com maior prevalência e severidade de gengivite. Estudos epidemiológicos mostraram maior extensão e severidade da periodontite. Diabéticos não-controlados apresentam 2 a 4x mais risco de ter periodontite. GDC, 2008
HIV Pesquisas epidemiológicas tem demonstrado maior perda óssea e de inserção em pacientes infectados pelo HIV. O efeito do HIV no prognóstico da periodontite crônica continua sem solução. Como o HIV afeta o prognóstico periodontal a longo prazo??? GDC, 2008
OSTEOPOROSE Existe uma associação entre a osteoporose e a periodontite. Ronderos et al. (2000) observaram relação entre altos níveis de cálculo dental e baixa densidade mineral óssea com a DP. Maior PI e recessão do que mulheres com mesmo cálculo e densidade óssea normal. Pacientes com diagnóstico de osteoporose podem ter maior risco a perda de implantes osteointegrados. GDC, 2008
FATORES GENÉTICOS E FAMILIARES Agregação familiar da periodontite tende a ocorrer tanto na forma crônica quanto na agressiva (papel do comportamento e do meio ambiente!!!!) 117 pares de gêmeos foram avaliados clinicamente (64 mono e 53 dizigóticos) e estimou-se que 50% da PC tem relação com a hereditariedade. GDC, 2008
FATORES GENÉTICOS E FAMILIARES É possível que paciente com forte histórico familiar de periodontite sejam mais suscetíveis a periodontite recorrente ou refratária. Estudos atuais de polimorfismo genético, buscam identificar um gene responsável pela progressão da Periodontite (IL-1; IL-6; FNT...) GDC, 2008
FATORES PSÍQUICOS Os fatores psicológicos podem estar associados com a periodontite pela alteração dos hábitos de higiene ou por modificações imunológicas. Castro et al. (2006) avaliaram 165 pacientes com e sem periodontite e não encontraram associação com estresse, ansiedade e depressão. A capacidade de enfrentamento pode ser mais importante que o estresse em si. GDC, 2008
COLABORAÇÃO A causa mais importante no sucesso da terapia periodontal é a qualidade da higiene, motivação e manutenção periódica dos pacientes. O IPV isoladamente é um pobre indicador da progressão da PI. Pacientes em manutenção perdem menos dentes e menos PI do que pacientes sem manutenção. GDC, 2008
COLABORAÇÃO Dentes com prognóstico questionável podem ser mantidos a longo prazo, quando houver manutenção adequada. Melhores preditores da atividade de doença são: SS, PS residual e perda de inserção inicial.  GDC, 2008
ENVELHECIMENTO A PI e PO são mais prevalentes em pacientes mais velhos. Será que a idade é um fator de risco a periodontite???  Diferenças na cicatrização, em pacientes mais velhos, se devem ao envelhecimento ou a condições concomitantes (diabetes, medicamentos, doenças vasculares…). GDC, 2008

Contenu connexe

Tendances

TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILATÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
Camilla Bringel
 
Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio SalomaoOdontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Flavio Salomao-Miranda
 
Preparo e restauracao classe v
Preparo e restauracao classe vPreparo e restauracao classe v
Preparo e restauracao classe v
Lucas Almeida Sá
 

Tendances (20)

Cárie Dentária
Cárie Dentária Cárie Dentária
Cárie Dentária
 
Cimento de ionômero de vidro civ
Cimento de ionômero de vidro  civCimento de ionômero de vidro  civ
Cimento de ionômero de vidro civ
 
Tecnica de escovação FONES
Tecnica de escovação FONESTecnica de escovação FONES
Tecnica de escovação FONES
 
Tratamento das Urgências Endodônticas
Tratamento das Urgências Endodônticas  Tratamento das Urgências Endodônticas
Tratamento das Urgências Endodônticas
 
Saude bucal1.ppt odonto soc
Saude bucal1.ppt odonto socSaude bucal1.ppt odonto soc
Saude bucal1.ppt odonto soc
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILATÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
 
INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO CLÍNICO
INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO CLÍNICO INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO CLÍNICO
INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO CLÍNICO
 
Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio SalomaoOdontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
 
Aula desenvolvimento da oclusa opdf
Aula desenvolvimento da oclusa opdfAula desenvolvimento da oclusa opdf
Aula desenvolvimento da oclusa opdf
 
Materiais Dentários
Materiais DentáriosMateriais Dentários
Materiais Dentários
 
Slide pti
Slide ptiSlide pti
Slide pti
 
Sorriso gengival
Sorriso gengivalSorriso gengival
Sorriso gengival
 
Cárie dentária 2012 1
Cárie dentária 2012 1Cárie dentária 2012 1
Cárie dentária 2012 1
 
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
 
Anatomia do Periodonto
Anatomia do PeriodontoAnatomia do Periodonto
Anatomia do Periodonto
 
Preparo biomecânico
Preparo biomecânico  Preparo biomecânico
Preparo biomecânico
 
Tecnica Bass
Tecnica BassTecnica Bass
Tecnica Bass
 
Preparo e restauracao classe v
Preparo e restauracao classe vPreparo e restauracao classe v
Preparo e restauracao classe v
 
Stillman Modificado
Stillman ModificadoStillman Modificado
Stillman Modificado
 
Anatomia Dental Interna - Endodontia - Arriba Dentista
Anatomia Dental Interna - Endodontia - Arriba DentistaAnatomia Dental Interna - Endodontia - Arriba Dentista
Anatomia Dental Interna - Endodontia - Arriba Dentista
 

En vedette

Saúde ocupacional odontológica
Saúde ocupacional odontológicaSaúde ocupacional odontológica
Saúde ocupacional odontológica
Denise Medeiros
 
Do Diagnóstico para o Prognóstico
Do Diagnóstico para o PrognósticoDo Diagnóstico para o Prognóstico
Do Diagnóstico para o Prognóstico
planosdecultura
 
Periodontia - Antibióticos - Sistêmicos X Locais
Periodontia - Antibióticos - Sistêmicos X LocaisPeriodontia - Antibióticos - Sistêmicos X Locais
Periodontia - Antibióticos - Sistêmicos X Locais
Marcos Gomes
 
Cirurgia periodontal rafael nobre
Cirurgia periodontal   rafael nobreCirurgia periodontal   rafael nobre
Cirurgia periodontal rafael nobre
Rafael Nobre
 

En vedette (20)

Prognóstico, diagnóstico e tratamento
Prognóstico, diagnóstico e tratamentoPrognóstico, diagnóstico e tratamento
Prognóstico, diagnóstico e tratamento
 
Saúde ocupacional odontológica
Saúde ocupacional odontológicaSaúde ocupacional odontológica
Saúde ocupacional odontológica
 
Doencas Ocupacionais
Doencas  OcupacionaisDoencas  Ocupacionais
Doencas Ocupacionais
 
Doenças ocupacionais em odontologia
Doenças ocupacionais em odontologiaDoenças ocupacionais em odontologia
Doenças ocupacionais em odontologia
 
Exame clínico, diagnóstico e plano de tratamento em odontopediatria.
Exame clínico, diagnóstico e plano de tratamento em odontopediatria.Exame clínico, diagnóstico e plano de tratamento em odontopediatria.
Exame clínico, diagnóstico e plano de tratamento em odontopediatria.
 
Comprometimentos sistêmicos agravantes da doença periodontal - liga da ciru...
Comprometimentos sistêmicos   agravantes da doença periodontal - liga da ciru...Comprometimentos sistêmicos   agravantes da doença periodontal - liga da ciru...
Comprometimentos sistêmicos agravantes da doença periodontal - liga da ciru...
 
Exame clínico em Dentística
Exame clínico em DentísticaExame clínico em Dentística
Exame clínico em Dentística
 
Anatomia e histofisiologia do periodonto
Anatomia e histofisiologia do periodontoAnatomia e histofisiologia do periodonto
Anatomia e histofisiologia do periodonto
 
Princípios gerais de preparos cavitários
Princípios gerais de preparos cavitáriosPrincípios gerais de preparos cavitários
Princípios gerais de preparos cavitários
 
papacárie
 papacárie papacárie
papacárie
 
Do Diagnóstico para o Prognóstico
Do Diagnóstico para o PrognósticoDo Diagnóstico para o Prognóstico
Do Diagnóstico para o Prognóstico
 
Periodontia - Antibióticos - Sistêmicos X Locais
Periodontia - Antibióticos - Sistêmicos X LocaisPeriodontia - Antibióticos - Sistêmicos X Locais
Periodontia - Antibióticos - Sistêmicos X Locais
 
Tratamento de suporte periodontal
Tratamento de suporte periodontalTratamento de suporte periodontal
Tratamento de suporte periodontal
 
Racionalização da terapia cirúrgica periodontal
Racionalização da terapia cirúrgica periodontalRacionalização da terapia cirúrgica periodontal
Racionalização da terapia cirúrgica periodontal
 
Anamnese eraldo2014.pptj
Anamnese eraldo2014.pptjAnamnese eraldo2014.pptj
Anamnese eraldo2014.pptj
 
Introdução às ciências odontológicas
Introdução às ciências odontológicasIntrodução às ciências odontológicas
Introdução às ciências odontológicas
 
Apresentação disciplina dentística operatória aplicada 2012 1
Apresentação disciplina dentística operatória aplicada 2012 1Apresentação disciplina dentística operatória aplicada 2012 1
Apresentação disciplina dentística operatória aplicada 2012 1
 
Cirurgia periodontal rafael nobre
Cirurgia periodontal   rafael nobreCirurgia periodontal   rafael nobre
Cirurgia periodontal rafael nobre
 
Oclusão dentária protec 2013
Oclusão dentária   protec 2013Oclusão dentária   protec 2013
Oclusão dentária protec 2013
 
Endodontia (Revisão e resumo)
Endodontia (Revisão e resumo)Endodontia (Revisão e resumo)
Endodontia (Revisão e resumo)
 

Similaire à Prognóstico e risco em odontologia 2011

Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unit
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unitAllan artigo 2013 rev ctbmf patologia unit
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unit
Allan Ulisses
 
Como preparar um Painel Científico (BANNER)
Como preparar um Painel Científico (BANNER)Como preparar um Painel Científico (BANNER)
Como preparar um Painel Científico (BANNER)
Valquiria1003
 
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Anny Dantas
 
Allan artigo 2013 clipeodonto
Allan artigo 2013 clipeodontoAllan artigo 2013 clipeodonto
Allan artigo 2013 clipeodonto
Allan Ulisses
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
Ingrid Travassos
 
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp0140 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
Eliziario Leitão
 
40 laserterapia bucal no tratamento oncológico
40   laserterapia bucal no tratamento oncológico40   laserterapia bucal no tratamento oncológico
40 laserterapia bucal no tratamento oncológico
ONCOcare
 

Similaire à Prognóstico e risco em odontologia 2011 (20)

Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unit
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unitAllan artigo 2013 rev ctbmf patologia unit
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unit
 
A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais necessidades...
A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais necessidades...A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais necessidades...
A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais necessidades...
 
Estrategias de Prevencao e Rastreamennto
Estrategias de Prevencao e RastreamenntoEstrategias de Prevencao e Rastreamennto
Estrategias de Prevencao e Rastreamennto
 
Como preparar um Painel Científico (BANNER)
Como preparar um Painel Científico (BANNER)Como preparar um Painel Científico (BANNER)
Como preparar um Painel Científico (BANNER)
 
Joana_Câncer_bucal_tabagismo
Joana_Câncer_bucal_tabagismoJoana_Câncer_bucal_tabagismo
Joana_Câncer_bucal_tabagismo
 
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
 
Tipos de estudo
Tipos de estudoTipos de estudo
Tipos de estudo
 
Allan artigo 2013 clipeodonto
Allan artigo 2013 clipeodontoAllan artigo 2013 clipeodonto
Allan artigo 2013 clipeodonto
 
CEO E A POSSÍVEL VACINA DE.pptx
CEO E A POSSÍVEL VACINA DE.pptxCEO E A POSSÍVEL VACINA DE.pptx
CEO E A POSSÍVEL VACINA DE.pptx
 
Alterações em boca em pacientes portadores de leucemia
Alterações em boca em pacientes portadores de leucemia Alterações em boca em pacientes portadores de leucemia
Alterações em boca em pacientes portadores de leucemia
 
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
 
Estudos Epidemiológicos na área de Bioestatística
Estudos Epidemiológicos na área de BioestatísticaEstudos Epidemiológicos na área de Bioestatística
Estudos Epidemiológicos na área de Bioestatística
 
Parte 2 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais - AAP 1999
Parte 2 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais - AAP 1999Parte 2 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais - AAP 1999
Parte 2 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais - AAP 1999
 
Analise de fatores associados a lesões de tecidos moles da boca em idosos de ...
Analise de fatores associados a lesões de tecidos moles da boca em idosos de ...Analise de fatores associados a lesões de tecidos moles da boca em idosos de ...
Analise de fatores associados a lesões de tecidos moles da boca em idosos de ...
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
 
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp0140 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
 
Introducao
IntroducaoIntroducao
Introducao
 
Apresentação disciplina BASES DA PROPEDÊUTICA.pptx
Apresentação disciplina BASES DA PROPEDÊUTICA.pptxApresentação disciplina BASES DA PROPEDÊUTICA.pptx
Apresentação disciplina BASES DA PROPEDÊUTICA.pptx
 
40 laserterapia bucal no tratamento oncológico
40   laserterapia bucal no tratamento oncológico40   laserterapia bucal no tratamento oncológico
40 laserterapia bucal no tratamento oncológico
 

Prognóstico e risco em odontologia 2011

  • 1. PROGNÓSTICO E RISCO EM ODONTOLOGIA ULBRA – Cachoeira do Sul Disciplina de Clínica Integral III Professores: João B. Zanirato; Fernando B.Ramirez; Juliano Cardoso; Luis Henrique M. Pinto
  • 3. DIAGNÓSTICO Está baseado na anamnese, exame clínico e/ou exames complementares; Visa a identificação (classificação) da doença do paciente; Diagnóstico presuntivo e final. GDC, 2008
  • 4. Anamnese Motivo da consulta Histórico de saúde – doenças e medicamentos Hábitos alimentares – consumo de açúcar Hábitos de higiene bucal Exposição a fluoretos – água potável, dentifrício, bochechos, tabletes, aplicação profissional, Medicação. Profissão Nível sócio-econômico-cultural Tempo ocorrido desde a última visita a dentista Preocupação do paciente em relação a sua saúde oral
  • 5. Exames necessários para obtenção do diagnóstico EXAME CLÍNICO EXTRA-BUCAL: Observação do paciente Propedêutica facial (cadeias ganglionares) Propedêutica da articulação têmporo-mandibular EXAME CLÍNICO INTRA-BUCAL: Exame das mucosas e glândulas salivares Exame periodontal Exame dentário EXAMES COMPLEMENTARES: Exame radiográfico Teste de sensibilidade pulpar Medição do fluxo salivar Exames de saúde geral
  • 6. EXAME CLÍNICO INTRA-BUCAL EXAME DENTÁRIO – identificação das alterações CODIFICAÇÃO DE ACORDO COM PRONTUÁRIO 0. Superfície hígida Lesão cariosa ativa, sem cavidade Lesão cariosa inativa, sem cavidade Lesão cariosa ativa, com cavidade Lesão cariosa inativa, com cavidade Superfície restaurada, sem alterações Superfície restaurada, com alterações
  • 7. Dente/prótese adaptada Dente/prótese desadaptada Indicação de exodontia Dente ausente por exodontia cárie Dente ausente por exodontia outro motivo Microdontia Macrodontia por fusão Macrodontia por geminação Abrasão Atrição Erosão
  • 8. Exame Clínico Intra-oral Mucosa oral Presença de placa e gengivite Experiência anterior de cárie Fluxo salivar Exame das lesões de cárie Tipo de lesão (ativa/inativa) Localização da lesão superfície lisa livre superfície proximal Superfície oclusal Sondagem? Radiografias interproximais e periapicais
  • 9. BASES PARA O CORRETO DIAGNÓSTICO Coleta de dados (anamnese + exame clínico + exames complementares) hoje em dia os médicos se baseiam muito nos exames complementares Conhecimento da etiopatogenia das doenças bucais se eu conhecer o processo da doença vou pedir ou não exame complementar e evitar custos desnecessários ao paciente Observação sistemática dos sinais e sintomas das doenças com a experiência podemos reduzir nossa coleta de dados, mas cuidar para não tornar-nos negligentes. Nem sempre você verá tudo. GDC, 2008
  • 10. PROGNÓSTICO É prever o curso provável e o resultado final da doença. É a base do clínico para explicar os riscos e benefícios ao paciente, para que este escolha um tipo de tratamento. As explicações devem estar baseadas no modelo atual de evidências científicas. GDC, 2008
  • 11. RISCO Fator de risco: “aspecto do comportamento pessoal ou do estilo de vida, uma característica adquirida ou congênita, que, com base na evidência epidemiológica, sabe-se estar associada às condições relacionadas a saúde”. Fator que aumenta a probabilidade da doença ocorrer e pode representar um alvo das intervenções terapêuticas (Thomaz e Mealey, 2005). GDC, 2008
  • 12. SE TODAS DOENÇAS TIVESSEM O MESMO PROGNÓSTICO E NECESSITASSEM O MESMO TRATAMENTO, NÃO SERIA NECESSÁRIO O DIAGNÓSTICO e RISCO. Apenas presença ou ausência seria suficiente. GDC, 2008
  • 13. Cárie “A doença cárie é, provavelmente, a mais prevalente de todas as doenças bacterianas infecciosas que acometem o homem” Centro de Controle de Doenças (CDC) – Atlanta - USA
  • 14. Retirado de: Newmann, Takei e Carranza, 2004
  • 15.
  • 16. CÁRIE FATOR ETIOLÓGICO HOSPEDEIRO MEIO LESÃO CARIOSA TEMPO MALTZ E CARVALHO, 1997
  • 17. PERIODONTITES Fatores Ambientais e Comportamentais PGE e MMP Anticorpo DESAFIO MICROBIANO RESPOSTA DO HOSPEDEIRO METABOLISMO DO TEC. CONJ. Citocinas Antígeno Fatores Genéticos PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA Page; Korman, 1997
  • 18.
  • 19. COROA: lesão branca com superfície opaca, rugosa
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. O que influi nas condições que podem aumentar ou diminuir sua expressão?Idade, raça, gênero, fatores sócio-econômicos, conhecimento, estresse, saliva, dieta, tipo de bactérias, última visita ao dentista, fatores emocionais, fumo, doenças sistêmicas, higiene bucal, quantidade de doença prévia… GDC, 2008
  • 24. BASES BIOLÓGICAS DO DIAGNÓSTICO CÁRIE Estudo de Vipeholm (1956) DOENÇA PERIODONTAL Estudo de gengivite experimental em humanos (Loe et al., 1965). Estudo de periodontite induzida em cães (Lindhe et al., 1975). Estudo dos plantadores de chá do Sri Lanka (Loe et al., 1986).
  • 25.
  • 26.
  • 27. A META DO DIAGNÓSTICO É CLASSIFICAR DE MANEIRA BIOLÓGICA A DOENÇA, PARA ESTABELECER UM PLANO DE TRATAMENTO ADEQUADO E PLANEJAR UM PROGNÓSTICO REAL. QUAL A UTILIDADE DO DIAGNÓSTICO? Planos de saúde, convênios, laudos e comunicação entre colegas GDC, 2008
  • 28. A resposta ao tratamento será adequada caso o diagnóstico tenha sido correto. O tratamento visa eliminar ou reduzir o agente etiológico Caso não responda ao tratamento devo questionar o diagnóstico inicial O problema está quando o prognóstico da enfermidade é grave para a saúde do paciente!!!!! CONSIDERAÇÕES GDC, 2008
  • 30. Retirado de: Newmann, Takei e Carranza, 2004
  • 31.
  • 32. PROGNÓSTICO Prever o curso provável e os resultados de uma doença/tratamento. Auxilia o paciente escolher o tratamento Basear a tomada de decisões em evidências científicas para o estabelecimento do prognóstico (conhecer a causa e o risco da doença) GDC, 2008
  • 33. PROGNÓSTICO Se o tratamento for efetivo o prognóstico é bom! Se o agente causal não puder ser identificado, reduzido ou eliminado, resultados subotimizados serão alcançados e, nesse caso o prognóstico será menos favorável. GDC, 2008
  • 34. APLICAÇÕES CLÍNICAS DO PROGNÓSTICO Níveis de prognóstico: Dente, arcada ou toda dentição Indivíduo, comunidade ou população A curto ou longo prazo: Imediato (período de até 5 anos) Mediato (mais de 5 anos) (Thomas e Mealey, 2005) Exemplo: SS não é um bom indicador de risco para PI ao nível do sítio (28%), entretanto o escore médio de SS, pós tratamento, pode ser indicativo de que o indivíduo venha a perder inserção em algum lugar da dentição (Lang et al., 1990). Observação semelhante se encontra com a Profundidade de Sondagem. GDC, 2008
  • 35. RISCO Todas as pessoas são igualmente suscetíveis às doenças cárie e periodontal? A resposta ao tratamento é semelhante em todos os indivíduos? Qual a melhor maneira de avaliar a resposta ao tratamento? GDC, 2008
  • 36. RISCO EM PERIODONTIA Estudo da história natural da doença periodontal: OBJETIVO: descrever a incidência e progressão da doença periodontal, em uma população nunca exposta a programas de prevenção e tratamento da doença. METODOLOGIA: 480 homens foram examinados em 1970 (14-30 anos) Reexames em 1971, 73, 77, 82 e 85. Índices avaliados: IG, PI, IPl e IC em 2 faces por dente. 2 examinadores treinados realizaram todos os exames. Loe et al., 1986
  • 37. Estudo da história natural da doença periodontal: RESULTADOS: baseado na PI proximal e na perda dental foram identificados 3 grupos: - rápida progressão (menos de 21 anos c/ 4mm de PI em dois molares ou incisivos, menos de 30 anos c/ 8 dentes perdidos) RP (8%) - progressão moderada (indivíduos em nenhuma das outras condições) PM (81%) - sem progressão (PI não maior que 2mm nas faces mesiais) SP (11%) Loe et al., 1986
  • 38. Estudo da história natural da doença periodontal: Loe et al., 1986
  • 39. RESPOSTA À TERAPIA PERIODONTAL LONGITUDINAL PERIODONTAL TISSUE ALTERATIONS DURING SUPPORTIVE THERAPY (ROSLING et al., 2001) DOIS GRUPOS: 1- suscetibilidade normal (n=225) 2- alta suscetibilidade (n=109) Suscetibilidade como estabelecer??? Avaliação após 12 anos
  • 40. NG 78% HSG 20% HSG 80% PERDA DENTÁRIA Percentual de pacientes com suscetibilidade normal (NG) e alta suscetibilidade (HSG) que perderam dentes durante os 12 anos de manutenção. % pacientes Número de dentes
  • 41. PERDA DE INSERÇÃO Médias (DP) do aumento na perda de inserção ocorrida após 12 anos, em diferentes sítios, nos grupos de suscetibilidade normal (NG) e alta (HSG).
  • 42. EFETIVIDADE DA TERAPIA PERIODONTAL LONGITUDINAL PERIODONTAL TISSUE ALTERATIONS DURING SUPPORTIVE THERAPY (ROSLING et al., 2001) CONCLUSÕES: pacientes com alta suscetibilidade a doença periodontal podem manter os níveis de inserção e altura óssea estáveis, desde que participem de um programa de manutenção; pacientes com suscetibilidade normal a DP previnem quase inteiramente a perda de inserção ao longo da manutenção; Pacientes com diferentes suscetibilidades à DP apresentam diferentes condições periodontais durante a manutenção.
  • 43. EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE On the prevention of caries and periodontal disease: results of 15-years in adults (Axelsson et al., 1991) Grupo 1 – 20 a 35 anos Grupo 2 – 36 a 50 anos Grupo 3 – 51 a 70 anos ANO 1972 1987 375 317 Medidas preventivas: Nos dois primeiros anos fizeram reconsultas a cada 2 meses, depois passou para 3 meses por mais quatro anos e nos outros nove anos variou entre 1 (65%) ,2 (30%), 3 a 6 (5%) vezes ao ano.
  • 44. EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE On the prevention of caries and periodontal disease: results of 15-years in adults (Axelsson et al., 1991) RESULTADOS Dos 317 que retornaram para reavaliação, 165 (>50%) não desenvolveu nenhuma cárie; 88 tiveram uma cárie ao longo do tempo, 64 tiveram duas ou mais novas cáries e 2 indivíduos tiveram mais de 10 cáries. As cáries recorrentes foram muito mais prevalentes do que as novas lesões, nos três grupos.
  • 45. EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE Onthepreventionof caries andperiodontaldisease: resultsof 15-years in adults(Axelssonet al., 1991) RESULTADOS Dos 317 sujeitos que retornaram, 258 não perderam nenhum dente, enquanto 51 perderam de 1 a 4 dentes. Perdeu-se mais molares de que outros dentes. As causas das perdas foram: fratura radicular (64%), reabsorção radicular, cárie, traumatismo, abscesso periodontal e lesão endodôntica.
  • 46. EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA DOENÇA CÁRIE On the prevention of caries and periodontal disease: results of 15-years in adults (Axelsson et al., 1991) CONCLUSÕES A prevenção na recorrência das doenças cárie e periodontal dependem: da melhoria dos métodos de higiene bucal, do uso regular de dentifrícios fluoretados e das visitas repetidas ao consultório para efetiva limpeza dentária.
  • 47. COMO AVALIAR A RESPOSTA AO TRATAMENTO?
  • 48.
  • 49. RISCO A CÁRIE Quando se deve realizar a avaliação do risco de cárie? SEMPRE GDC, 2008
  • 50. RISCO A CÁRIE Quando se deve realizar a avaliação do risco de cárie? Como selecionar indivíduos de risco? SEMPRE Aqueles que apresentam atividade de cárie ou tiveram lesões no último ano GDC, 2008
  • 51.
  • 52. Tipo de bactéria
  • 54. Secreção salivar e capacidade tampão
  • 57. Fatores de saúde geralGDC, 2008
  • 58. RISCO A CÁRIE A avaliação do risco deve ser feita e discutida com o professor e depois com o paciente para que este entenda os fatores envolvidos na etiologia da doença cárie. GDC, 2008
  • 59. RISCO EM PERIODONTIA Quais os fatores que podem estar associados à resposta geral dos pacientes ao tratamento periodontal? Como identificar pacientes ou sítios que irão apresentar progressão da perda de inserção? GDC, 2008
  • 60. FATORES ASSOCIADOS A RESPOSTA GERAL DOS PACIENTES
  • 61. FUMO Mais de 200 trabalhos foram publicados nos últimos 4 anos sobre esse tópico. A resposta inflamatória gengival é suprimida em fumantes, aprox. 50%. Estudos de caso-controle demonstram que fumantes tem maior risco de ter periodontite (2 a 9x mais). Tratamento periodontal apresenta menos sucesso nos fumantes. GDC, 2008
  • 62. DIABETES Está associado com maior prevalência e severidade de gengivite. Estudos epidemiológicos mostraram maior extensão e severidade da periodontite. Diabéticos não-controlados apresentam 2 a 4x mais risco de ter periodontite. GDC, 2008
  • 63. HIV Pesquisas epidemiológicas tem demonstrado maior perda óssea e de inserção em pacientes infectados pelo HIV. O efeito do HIV no prognóstico da periodontite crônica continua sem solução. Como o HIV afeta o prognóstico periodontal a longo prazo??? GDC, 2008
  • 64. OSTEOPOROSE Existe uma associação entre a osteoporose e a periodontite. Ronderos et al. (2000) observaram relação entre altos níveis de cálculo dental e baixa densidade mineral óssea com a DP. Maior PI e recessão do que mulheres com mesmo cálculo e densidade óssea normal. Pacientes com diagnóstico de osteoporose podem ter maior risco a perda de implantes osteointegrados. GDC, 2008
  • 65. FATORES GENÉTICOS E FAMILIARES Agregação familiar da periodontite tende a ocorrer tanto na forma crônica quanto na agressiva (papel do comportamento e do meio ambiente!!!!) 117 pares de gêmeos foram avaliados clinicamente (64 mono e 53 dizigóticos) e estimou-se que 50% da PC tem relação com a hereditariedade. GDC, 2008
  • 66. FATORES GENÉTICOS E FAMILIARES É possível que paciente com forte histórico familiar de periodontite sejam mais suscetíveis a periodontite recorrente ou refratária. Estudos atuais de polimorfismo genético, buscam identificar um gene responsável pela progressão da Periodontite (IL-1; IL-6; FNT...) GDC, 2008
  • 67. FATORES PSÍQUICOS Os fatores psicológicos podem estar associados com a periodontite pela alteração dos hábitos de higiene ou por modificações imunológicas. Castro et al. (2006) avaliaram 165 pacientes com e sem periodontite e não encontraram associação com estresse, ansiedade e depressão. A capacidade de enfrentamento pode ser mais importante que o estresse em si. GDC, 2008
  • 68. COLABORAÇÃO A causa mais importante no sucesso da terapia periodontal é a qualidade da higiene, motivação e manutenção periódica dos pacientes. O IPV isoladamente é um pobre indicador da progressão da PI. Pacientes em manutenção perdem menos dentes e menos PI do que pacientes sem manutenção. GDC, 2008
  • 69. COLABORAÇÃO Dentes com prognóstico questionável podem ser mantidos a longo prazo, quando houver manutenção adequada. Melhores preditores da atividade de doença são: SS, PS residual e perda de inserção inicial. GDC, 2008
  • 70. ENVELHECIMENTO A PI e PO são mais prevalentes em pacientes mais velhos. Será que a idade é um fator de risco a periodontite??? Diferenças na cicatrização, em pacientes mais velhos, se devem ao envelhecimento ou a condições concomitantes (diabetes, medicamentos, doenças vasculares…). GDC, 2008
  • 71. FATORES MICROBIOLÓGICOS A presença do Aa. está relacionada ao início e progressão da PAg localizada. Porém, poucos estudos longitudinais relacionaram sua presença com a progressão da doença. actinobacillusactinomycetemcomitans GDC, 2008
  • 72. FATORES MICROBIOLÓGICOS O Bf. e o Pg. têm sido apontados como patógenos periodontais na PC. Locais com doença exibem grande aumento nos níveis de Pg. e Bf. A presença de Bf. ePg. subgengival aumenta o risco de desenvolver PC e reduz a chance de sucesso da terapia. Porphyromonas gengivalis Bacterides forsythus GDC, 2008
  • 73. RISCO EM PRÓTESE Deve-se ter uma visão multidisciplinar para o diagnóstico, prognóstico e planejamento dos trabalhos restauradores e protéticos. Deve-se, antes do tratamento, tratar os focos de inflamação/infecção (periodontal e periapical). GDC, 2008
  • 74. RISCO EM PRÓTESE Dentes com mobilidade ou pouco inserção óssea: distribuir melhor às forças dentro dos segmentos dentários (posterior, canino e anterior), para estabilidade dental; Preservar o espaço biológico do periodonto; Manter a relação coroa raiz de 1:2; Locais sem gengiva inserida não devem receber preparos intra sulculares. Pacientes Bruxomaníacos. GDC, 2008
  • 75. RISCO EM PRÓTESE A preparação dos dentes deve seguir alguns princípios: Preservação da estrutura dentária Forma de retenção Durabilidade estrutural da restauração protética Integridade marginal Preservação do periodonto GDC, 2008
  • 76. RISCO EM PRÓTESE Em um paciente periodontal avaliar com muita atenção as condições periodontais e do dente pilar quanto a: NI e PS, envolvimento de furca, posição do dente no arco, forma da raiz, envolvimento endodôntico, condições de higiene, cooperação do paciente, exigências estéticas do paciente GDC, 2008
  • 77. Risco de Câncer Pacientes fumantes. Pacientes alcoolistas. Pacientes com história de câncer na família. Pacientes que se expões ao sol com frequência. Pacientes idosos. Pacientes que já tiveram história de tratamento de câncer.
  • 78. CONSIDERAÇÕES FINAIS Formular um diagnóstico e prognóstico precisos. Compor um diagnóstico presuntivo para todas as condições (atividade, extensão, severidade). Elaborar um plano de tratamento em cima do diagnóstico e perfil do paciente. Reavaliar o tratamento após 60 a 90 dias, quando se valida ou questiona o diagnóstico inicial. Estabelecer o risco do paciente e colocá-lo em reavaliação ou manutenção periódica. GDC, 2008