O documento discute a importância da intervenção precoce para o sucesso ao longo da vida. Aborda tópicos como o diagnóstico, necessidade de apoio para pais, desenvolvimento atípico de crianças e sinalização precoce de situações de risco.
2. Intervir precocemente para o
sucesso ao longo da vida
”Aqui é o mapa,
ali é a rua.
Veja esta curva aqui,
veja ali a ladeira...
Dê-me o mapa.
Eu vou lá.
Pelo mapa, ir é fácil.”
Bertold Brecht
7. Intervir precocemente para o
sucesso ao longo da vida
Como ganhar
batalhas e ter
sucesso? Com a
ajuda de quem?
8. O diagnóstico – algumas coisas
que os pais sentem
Sentimos...
Alguma
perca
Alguma
mágoa
Alguma
culpa
Alguma confusão
Alguma
revolta
Muitas interrogações...
9. A perspectivas mudam...
Mas nem todos os membros da
família e mesmo amigos mais
próximos reagem da mesma
maneira. A nossa forma de reagir
toma formas consoante os sonhos e
as experiências de cada um...
10. Nem todos somos iguais...
Nada pior para acentuar
as diferenças do que
tratar todos por igual.
11. Necessitamos de suporte logo
no primeiro momento
Os técnicos
O que é?
Com o que
poderei
contar?
Outros pais
As suas histórias?
Os seus sucessos?
O que vou necessitar?
Onde me posso
dirigir?
Palavras de
encorajamento
Muitas das famílias que já passaram por situações
idênticas indentificaram respostas que desenvolvem
determinadas forças que podem ajudar outros pais.
12. Necessidade de suporte ao longo
de muitos momentos
•Aspectos financeiros;
•Sistemas formais de ajuda
(educativos, sociais, saúde,...);
13. Necessidade de suporte ao longo
de muitos momentos
•Sistemas informais (outros
membros da famílias, amigos,
grupos de pais,...)
14. Necessidade de suporte ao longo
de muitos momentos
•Que livros, artigos e vídeos (ajudar as
famílias a aceder a informação que lhes
permita delinear estratégias, suporte
emocional para si mesmas;
15. Necessidade de suporte ao longo
de muitos momentos
•Que
brinquedos?
Que
tecnologias de
apoio? Que
actividades?
Que
estratégias?
16. O cérebro uma vez amadurecido, são
fixadas as funções nas suas respectivas
posições.
Desenvolvimento atípico
21. Desenvolvimento atípico
À medida que as áreas se tornam
mielinizadas elas atingem a maturação
e perdem alguma da sua plasticidade e
capacidade para modificar o seu
funcionamento.
22. Desenvolvimento atípico
QUANDO DEVE SURGIR A
INTERVENÇÃO?
Períodos críticos para o
desenvolvimento das sensações – antes
da área do cérebro estar mielinizada.
Estes períodos estão relacionados com a
libertação de neurotransmissores
24. Na foto ao lado vemos um
bebé portador de
Tetraparesia Espástica e
Síndrome de Lenox-
Gasteaut, onde é feito um
trabalho de alimentação
com colher.
Alguns exemplos
25. É importante ressaltar o
posicionamento em concha
com o apoio do braço
esquerdo sob a região
occipital, evitando a
interferência do Reflexo
Tónico Labiríntico e do
controle motor oral dado com
a mão esquerda sob os lábios
e queixo.
Alguns exemplos
26. Nesta foto, uma
criança
portadora de
Tetraparesia
Espástica,
sentada a um
banco e sendo
realizado um
trabalho com
bolacha.
Alguns exemplos
27. Chama-se a atenção para o
controle motor oral realizado
pelo braço direito do
terapeuta, mantendo a
criança numa postura
simétrica e adequada,
evitando a interferência de
padrões posturais adversos.
Alguns exemplos
28. Antes da criança chegar a
posição sentada deve ser
feito todo um trabalho de
relaxamento e posturas e
a criança foi sendo levada
à posição de sentada por
seu próprio esforço.
Alguns exemplos
29. Esta criança também
portadora de
Tetraparesia Espástica,
sendo carregada desta
maneira, consegue ter
um contacto maior com
o meio, proporcionado
pelo posicionamento
simétrico
Alguns exemplos
30. REFLEXOS ORAIS
Reflexo de Procura: também conhecido por reflexo dos
quatro pontos cardeais, quando a mãe vai amamentar o
bebé e o bico do seio toca a região próxima a boca do
bebé, o bebé vira a cabeça em direcção ao seio para
poder introduzí-lo na sua boca e iniciar a sucção.
32. Modelo de cronicidade
•Incapacidades (relações sociais, concentração, atenção, etc.)
•Rotulação (culpabilidade e atitude negativa do meio e do sujeito, medos, etc.)
•Mudança nas exigências do meio.
Deterioração
mantida por muito
tempo
•Perda de aptidões e ocasiões para aprender condutas normais;
•Desaparecimento de comportamentos autónomos para a vida em
comunidade.
Incremento
da
cronicidade
34. Situação de risco
Elegibilidade baseada em quatro ou mais
factores de risco biológico, estabelecido
e/ou ambiental que possam interferir com a
prestação de cuidados à criança e com os
aspectos de saúde ou de desenvolvimento da
mesma.
35. Os referidos factores incluem:
i) preocupações severas dos pais ou
profissionais relacionadas com o
desenvolvimento da criança, estilo parental,
interacções pais-criança,
ii) o período pré-natal (complicações pré-natais,
abuso de substâncias tóxicas, etc.),
iii) o período peri-natal (complicações peri-
natais, asfixia, baixo peso à nascença, etc.),
iv) o período pós-natal (comportamento atípico,
otite média crónica, etc.),
Situação de risco ambiental
36. Situação de risco ambiental
Os referidos factores incluem:
v) aspectos demográficos (pobreza, mães
adolescentes, etc.),
vi) aspectos ecológicos (ausência de residência
estável, ausência de cuidados médicos, etc.),
vii) aspectos de saúde da família, cuidados
prestados e interacção (doença crónica severa
dos pais, atraso mental dos pais, pais alcoólicos
ou toxicodependentes, pais com história de
abandono ou de abuso, crise familiar aguda,
distúrbios crónicos da interacção familiar, etc.).
37. Risco estabelecido
Elegibilidade baseada num diagnóstico
relacionado com uma das seguintes condições:
i) anomalias genéticas ou cromossómicas (ex:
trissomia 21, X frágil, etc.),
ii) problemas de metabolismo (síndroma de
Hunter, etc.),
iii) alterações neurológicas (paralisia cerebral,
neurofibromatose, etc.)
iv) malformações congénitas (síndroma de Lange,
etc.),
38. Risco estabelecido
v) alterações sensoriais (ambliopia, surdez, etc),
vi) alterações de desenvolvimento atípico e
problemas de vinculação (autismo, alterações
reactivas da vinculação, incluíndo situações de
abuso, etc.),
vii) doenças crónicas, (dependência de ajudas
técnicas, cancro, etc.),
viii) exposição prolongada a tóxicos (síndroma
fetal alcoólico, etc.)
ix) doenças infecciosas graves (citomegalovírus,
HIV-positivo, etc.).
39. Detecção Precoce
Refere-se a levantamentos nominais e/ou
quantitativos das populações de risco que devem
servir como fundamento a planificações regionais
e nacionais no sentido da aplicação de medidas
diferenciadas. Estes levantamentos têm uma
importância capital para uma planificação eficaz
a nível da organização das políticas no âmbito da
Intervenção Precoce;
40. Diagnóstico precoce
Refere-se à recolha de dados que possam
servir de base à aplicação de um conjunto
de respostas diferenciadas e
individualizadas;
41. Terapia precoce
Diz respeito, muitas vezes, aos aspectos
somáticos e implica, sobretudo, a melhoria
do estado físico e psicológico geral. Refere-
se a um conjunto de medidas essencialmente
terapêuticas;
42. Educação Precoce
Diz respeito à intervenção ao nível
psicopedagógico no sentido de estabelecer
um conjunto de medidas que ajudem a
criança a adquirir o maior número de
competências tendo em vista o seu
desenvolvimento;
43. Estimulação precoce
Refere-se a um conjunto de acções que
podem ser terapêuticas e educativas,
incidindo directamente na criança, no
sentido de estimular os processos de
aprendizagem no âmbito sensorial, motor,
da linguagem, emocional e social.