Este documento discute a inclusão educativa e a mudança do paradigma centrado na pessoa para um paradigma centrado nos contextos. A inclusão educativa requer a criação de culturas inclusivas, políticas e práticas que promovam a participação de todos os alunos.
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
Razões para a Inclusão
1. Oficina de formação II / Em rede, somos melhores educadores
Divisão de Intervenção Educativa – Câmara Municipal de Cascais
Razões
para
Inclusã
o
Dinamizador - Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com
17 de Abril de 2013
5. Prepara a criança,
em particular as
designadas como
sendo especiais
para se poderem
integrar numa
turma / escola.
Prepara e
desenvolve a
escola para
alcançar todos os
alunos e
ultrapassar as
barreiras à
participação.
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
6. A escola
mantém-se
isolada da
comunidade e
tende a manter
dinâmicas.
Tem em conta a
escola enquanto
microssistema
em permanente
interacção com
outros
microssistemas.
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
7. A integração é
vista
parcelarmente (a
integração escolar,
a integração social,
a integração
profissional).
A inclusão tem
presente todos os
contextos onde
pessoa interage
enquanto cidadão.
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
8. Foco no aluno Foco nos contextos
Avaliação por especialistas Avaliação interdisciplinar
Perfil baseado no diagnóstico Necessidades identificadas
pela relação com o contexto
Programa para o aluno Estratégias para o professor /
pares /…
Classificação potencial no
programa
Ambientes de sala de aula
colaborativos e flexíveis
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
10. Alguns alunos não
estão na sala de aula
Todos os alunos estão
na sala de aula
Os alunos são
agrupados por níveis
de competência
Os grupos são
heterogéneos
O processo de ensino
dirige-se ao aluno
médio
O processo de ensino
considera as
diferenças
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
12. A colocação do
aluno no ano de
escolaridade
corresponde ao
conteúdo
curricular desse
ano
A colocação do
aluno num ano de
escolaridade e a
estrutura
curricular
utilizada são
independentes
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
14. A avaliação do
sucesso considera
fundamentalmente
os objetivos
curriculares
normalizados
A avaliação do
sucesso
considera
também os
objetivos do
grupo e de cada
aluno
INTEGRAÇÃO INCLUSÃO
15. Princípios gerais
INCLUSÃO
Considerar a totalidade
dos alunos
Considerar os
ritmos e
estilos de
aprendizagem
dos alunos
Acolher e gerir a diversidade de interesses,
motivações, expetativas, capacidades e ritmos
de desenvolvimento de todos os alunos
Promover a
cooperação
entre
professores
e destes
com outros
agentes
16. Mudança de Paradigmas
Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
O problema está
centrado no indivíduo,
por isso criam-se
estruturas que consigam
responder ``a sua
diferença.
O problema centra-se na dinâmica dos
contextos. Estes (re)organizam-se
permanentemente de modo a
(re)equacionarem-se as situações
problemáticas que vão surgindo. Tem
por base a criação de redes sociais e o
seu permanente reajuste.
17. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
O indivíduo adapta-se ao
contexto.
O contexto procede a adaptações
sucessivas a vários níveis tendo em
conta as necessidades pontuais e
permanentes do indivíduo.
Mudança de Paradigmas
18. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
Os vários serviços
tentam encontrar
respostas específicas,
para um mesmo
problema, que defendem
ser da sua exclusiva
competência.
Existe uma coordenação de serviços de
modo a redimensionar respostas
diferentes, para um problema comum,
que são encontradas
colaborativamente.
Mudança de Paradigmas
19. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
Ignora-se a diferença ou
aplica-se a esta o
princípio da
normalização, tendo em
vista a adequação
comportamental do
indivíduo às respostas
oferecidas pelos
contextos.
Existe respeito por um projeto de vida,
uma preocupação que implica a
diversificação de respostas com vista à
maximização das competências do
indivíduo. Implica “um sistema de
ensino flexível, capaz de responder às
diferentes necessidades educativas
específicas na sua complexidade
variável e evolutiva” C. Luxemburgo,
1996).
Mudança de Paradigmas
20. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
Pretende-se a
convergência para uma
ideia, muitas teórica e
meramente académica
de sucesso.
Pautando-se pela flexibilidade, exige-se
uma coordenação de atividades de
experimentação e inovação,
devidamente avaliadas, pelas quais se
treina o pensamento divergente,
permitindo-se usar o insucesso como
oportunidade educativa.
Mudança de Paradigmas
21. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
Parte-se do principio de
que a capacidade do
indivíduo em funcionar
num determinado
contexto lhe permite o
funcionamento em todos
os contextos.
Coloca-se em causa o princípio da
generalização, daí o funcionamento em
rede e o seu permanente reajuste. Os
treinos levados a cabo na escola ou
noutro contexto mais específico não se
generalizam de forma automática nos
outros meios onde o indivíduo interage.
Mudança de Paradigmas
22. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
As intervenções são
planeadas tendo em
conta aspectos
meramente clínicos ou
decorrentes da
psicometria.
As intervenções são planeadas
equacionando-se uma multiplicidade de
aspetos (clínicos, sociais,
psicopedagógicos, et.) e tendo-se como
base os apoios necessários -
intermitente, limitado, extensivo ou
permanente- (Morato & al, 1996).
Mudança de Paradigmas
23. Paradigma centrado na
pessoa
Paradigma centrado nos contextos
O objetivo primordial é
eliminar deficits.
O objetivo primordial das intervenções
é aumentar e implementar capacidades.
Mudança de Paradigmas
24. Relação entre a pessoa e o meio
Exigências
do meio
Aptidões
pessoais
BAIXAS ALTAS
BAIXAS cronificação desadaptação
ALTAS perda ou
deterioração
adaptação
25. Relação entre a pessoa e o meio
facilitadores
interacções
Condições
sociais
económicas e
culturais
Condições /
limitações do
sujeito
28. Três vertentes da Educação Inclusiva
Inclusão
Criar CULTURAS inclusivas
29. Dimensão Cultura
Booth e Ainscow (2002)
Fornece feedback sobre o estado da arte
relativamente à disseminação de uma filosofia
inclusiva no seio de determinada comunidade escolar
e até que ponto a mesma foi adotada de forma mais
ou menos consciente pelos diversos agentes
educativos. Reporta-se também ao facto de se essa
filosofia é evidente para toda a comunidade educativa
seja ao nível da realidade bem como ao nível da
imagem que essa comunidade escolar projeta no
exterior.
30. Dimensão Política
Booth e Ainscow (2002)
Contempla a necessidade de serem introduzidos os
princípios inclusivos no próprio âmago dos projetos
que apontam para o aperfeiçoamento da organização
escolar. No entanto, estes não são vistos como algo
paralelo e adicional à estratégia da comunidade
escolar mas fazem parte integrante e orientam todas
as atividades e decisões dessa mesma comunidade
estando presentes em todos os aspetos do
planeamento da sua vida.
31. Dimensão Práticas
Booth e Ainscow (2002)
Pretende assegurar que todas as práticas
desenvolvidas no seio das salas de aula reflitam tanto
os aspetos de cultura como de politicas inclusivas
adotadas pelo agrupamento de escolas e
inerentemente por cada uma das escolas. Estas
baseiam-se no principio de promover a participação
dos alunos no decorrer de todas as atividades tanto
curriculares como extracurriculares, assim como no
que se refere às metodologias e estratégias que são
adotadas em sala de aula.
32. Modelo Etnocentrico
O outro é percecionado como
diferente por referência ao seu
desenvolvimento (cognitivo e
cultural), uma idéia que induz à
dominação do outro.
Stoer e Magalhães (2005)
33. Modelo da Tolerância
Stoer e Magalhães (2005)
O outro é percecionado como
diferente mas as suas diferenças são
observadas com base num padrão
que as reconhece como legítimas e as
tolera.
34. Modelo da Generosidade
Stoer e Magalhães (2005)
As diferenças do outro são
percebidas e assumidas enquanto
construção do ocidente.
35. Modelo Relacional
Stoer e Magalhães (2005)
Os outros são percecionados como
diferentes porque nós também somos
diferentes e a diferença está na
relação entre diferentes.
36. Modelo Relacional
Stoer e Magalhães (2005)
Ao assumirmos que a diferença também
somos nós (o «nós» transforma-se em
«eles»), é a nossa própria alteridade que
se expõe na relação. Recusa da ação
unilateral, por mais generosa que seja,
sobre a alteridade, como se esta tivesse
como natureza por nós cuidada e agida.
37. Outro modo de olhar o conceito de NEE
Em vez de se considerarem
unicamente os problemas dos
alunos...
Consideram-se as
diferentes barreiras á sua
aprendizagem.
38. Educação Inclusiva
Smith (2006)
O conceito de educação inclusiva não se
aplica unicamente aos alunos com
deficiência, mas deve entender-se como
referindo-se a todos os “potenciais
aprendentes” que, por qualquer razão, se
encontram excluídos da escola por
consequência de uma significativa
participação tanto no que respeita à vida
económica, como social, politica e cultural.
39. Educação Inclusiva
a) um ambiente educativo, social e político;
b) recursos para todos os alunos, nomeadamente os alunos
com necessidades específicas;
c) uma intervenção centrada nos contextos e posteriormente
no individuo;
d) uma transformação de respostas individuais e particulares
em resposta a todos os alunos;
e) um quadro teórico assente num modelo social de
deficiência e
f) um principio de empowerment
D’Alessio (2006),
40. Não é, como muitas vezes se faz crer,
um simples movimento do aluno de
fora para dentro da escola de ensino
regular. Não é por estarem dentro da
escola que estão “incluídos”;
Educação Inclusiva
48. As principais tarefas da inclusão
implicam desenvolver a
aprendizagem e a participação dos
alunos e minimizar as barreiras à sua
aprendizagem e participação.
Educação Inclusiva
49. Exige que as escolas se empenhem
numa análise crítica sobre o que pode
ser feito para aumentar a
aprendizagem e a participação da
diversidade dos alunos.
Educação Inclusiva