SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
Linha do Tempo na
História da Educação de
Surdos.
Professora Marisol Gosse Bergamo
Antiguidade período da Exclusão
Em Esparta na Grécia a tradição militarista, privilegiava-se o
treinamento do corpo.
• Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que
ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou
mental ou não fossem suficientemente robustos.
FILME 300
• E quem tivesse deficiência mental ou física era tratado
como um ser subumano e banido do convívio social.
Idade Média
• Com a ascensão da Igreja Católica e o cristianismo pregando valores de
amor ao próximo, o tratamento aos doentes e deficientes, esse período é
marcado por uma postura assistencial de caridade e tolerância.
Em Roma, os surdos que não falavam NÃO tinham direitos legais, NÃO
podiam fazer parte dos testamentos e somente se casavam com a permissão
do papa , pois eram considerados incapazes de gerenciar seus atos,
perdiam sua condição de ser humano e eram confundidos com
retardados.
IDADE MODERNA
O abandono de crianças
• Inicialmente, eram usados para
receber doações e mantimentos,
mas com o tempo passou a ser o
destino de recém-nascidos
rejeitados. Bem como crianças
com deficiências físicas e
mentais. “Neste período, os pais
que tinham filhos deficientes
eram vistos como pecadores, por
isso era uma vergonha apresentar
os pequenos à sociedade”.
• Normalmente a criança era
abandonada na calada da noite e
a mãe, assim, tinha a identidade
preservada.
• http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.
phtml?id=1147743
O primeiro registro de que se
tem notícia de uma Casa de
Enjeitados no país é na capital
baiana, Salvador (1726).
IDADE MODERNA PERÍODO DA SEGREGAÇÃO
• Naquela época surgiram os asilos e os hospitais psiquiátricos,
com o objetivo não de tratar, mas de segregar as pessoas com
qualquer tipo de deficiência. “ Tais instituições eram pouco
mais do que prisões”, segundo Aranha (2001, p.165).
Pessotti (1984) afirma que, nessa conjuntura, o deficiente passou a
ser tutelado pela medicina, que tinha a autonomia de julgá-lo,
condená-lo ou salvá-lo.
Século XVII e XIII
A história nos leva até um marco muito importante:
Surgiram os primeiros pesquisadores.
1712-1789 - Charles Michel de L´Épée, que em sua
pesquisa chega a uma conclusão que apenas os
gestos naturais e o alfabeto manual não eram
insuficientes. L´Épée criou os sinais metódicos para
integrar à gramática de LIBRAS e juntos outros surdos
fundou a primeira escola pública para surdos em Paris-
FRANÇA.
Abée de L' epée, enfrentou muitos desafios em
defender a Língua de Sinais como sendo a
língua/materna dos Surdos.
Controvérsias entre os métodos Oral
x
Método gestual
1723-1790 – ALEMANHA, professor alemão Samuel
Heinicke, seus métodos de ensino eram
estritamente orais.
1847 – 1922 – ESCÓCIA - Ao decorrer da história o
inventor de telefone o Escocês Alexander Graham
Bell abre uma escola oralista para surdos.
Para estes pesquisadores a língua de sinais era
prejudicial, pois comprometia a aquisição da língua
falada.
Fases da educação de surdos
http://youtu.be/0VJNlaqOdtY - Congresso de Milão .
A primeira fase da educação oralista teve
seu ápice no Congresso Internacional de
Milão na Itália em 1880, neste congresso
estavam os Professores de Surdos para
discutir e avaliar os métodos os três métodos
rivais: língua de sinais, língua oral e misto.
O método oral foi considerado como o mais
adequado na educação dos surdos, e a
utilização da língua de sinais foi abolida
radicalmente e proibida.
Método Oral - A prática da educação oralista utiliza como
recurso o desenvolvimento da fala , a ampliação da audição e a
compreensão da língua oral.
1857- BRASIL - a convite de D. Pedro II, o diretor e professor
surdo francês Hernest Huet discípulo de L`Epée, vem para o
Brasil e funda o instituto dos Surdos-mudos, atual Instituto
Nacional de Educação de Surdos - INES, que usava o método
combinado.
• Naquele tempo no Brasil, não se tinha ideia da educação dos
surdos e inclusive as famílias relutavam em educá-los.
A filosofia educacional oralista teve grande força no Brasil entre
as décadas de 1960 e 1970, mas com o passar do tempo,
passou a ser amplamente criticada, pois reduzia as
possibilidades de trocas sociais e de desenvolvimento linguístico
e cognitivo entre os surdos e os ouvintes.
Com o fracasso do Oralismo , surge a segunda fase , a filosofia
educacional da “Comunicação Total”, que consiste, num
método que inclui todos os modelos linguísticos; gestos, língua
de sinais, , fala , leitura oro-facial, alfabeto manual e leitura
escrita.
A prática da Comunicação Total, alcançou muitos
simpatizantes nas décadas de 1970 e 1980. Logo depois
passou a ser criticada por não fazer uso adequado da
língua de sinais na sua estrutura própria.
O grande problema deste método é de misturar duas línguas a
língua de sinais e a língua portuguesa, e que resultou na prática
do português sinalizado.
Atualmente o Bilinguismo
• O bilinguismo surgiu na década de 80, como
proposta para a educação de surdos e preconiza a
língua de sinais como primeira língua dos surdos e a
língua escrita português que é falada pelos ouvintes
como segunda língua.
• Muitos pesquisadores se mostram favoráveis e
concordam que o sujeito surdo é bicultural e
necessita aprender duas línguas, ambas distintas em
sua modalidade.
• Leia mais: : http://www.webartigos.com/artigos/bilinguismo-e-a-educacao-de-
surdos/67821/#ixzz2S5G2ll2z
2002
Reconhecimento oficial da LIBRAS pelo Governo Federal(Lei no 10.436,
mais conhecida como a Lei da LIBRAS.
2005
O Decreto 5626/05 , que determina entre outras obrigações, um prazo
máximo de 10 anos estar inserida a LIBRAS nos currículos dos cursos de
licenciaturas, Pedagogia, Letras e Fonoaudiologia, além de professores
bilíngues em todas as escolas com classes regulares.
2006
O 1º exame de proficiência da LIBRAS – Prolibras.
2010
Reconhecimento da profissão de Intérprete. Lei 12.319/2010 -
REGULAMENTA A PROFISSÃO DE TRADUTOR E INTÉRPRETE DA LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
(Children of Deaf Adults –CODAs) denominação utilizada para os
filhos de pais surdos)
Referências
ARANHA, Maria S. F. Integração social do deficiente: análise conceitual e metodológica.
Temas em Psic ologia, 1995.
PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da Superstição à Ciência. São Paulo: Queiroz/EDUSP.
1984.
REVISTA NOVA ESCOLA – Reportagem que contam a Evolução da Educação Inclusiva –
Pessoas Especiais – Autora: Roberta Bencini – Ed. Jan./Fev. de 2001.
http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt , acessado em 20/07/2010
http://www.bengalalegal.com/concepcoes , acessado em 12/dez de 2011
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1147743, acessado
em 12/05/2011.
http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt , acessado em 20/07/2010

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

LIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os Surdos
LIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os SurdosLIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os Surdos
LIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os Surdosprofamiriamnavarro
 
Libras em Contexto
Libras em ContextoLibras em Contexto
Libras em ContextoJorge Santos
 
LIBRAS AULA 4: Legislação sobre Libras
LIBRAS AULA 4: Legislação sobre LibrasLIBRAS AULA 4: Legislação sobre Libras
LIBRAS AULA 4: Legislação sobre Librasprofamiriamnavarro
 
Apostila libras reformulada completa
Apostila libras reformulada  completaApostila libras reformulada  completa
Apostila libras reformulada completaLiseteLima
 
Aspectos Gramaticas da Libras
Aspectos Gramaticas da LibrasAspectos Gramaticas da Libras
Aspectos Gramaticas da LibrasNelinha Soares
 
introdução a língua de sinais LIBRAS
introdução a língua de sinais LIBRASintrodução a língua de sinais LIBRAS
introdução a língua de sinais LIBRASSuenia Souza
 
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
LIBRAS - Língua Brasileira de SinaisLIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
LIBRAS - Língua Brasileira de SinaisLene Reis
 
HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)
HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)
HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)CarolSanses
 
Resenha FILME MEU NOME É JONAS
Resenha FILME MEU NOME É JONASResenha FILME MEU NOME É JONAS
Resenha FILME MEU NOME É JONASRaedja Guimarães
 
Gabarito instrutor de libras
Gabarito   instrutor de librasGabarito   instrutor de libras
Gabarito instrutor de librassecseduc
 

Mais procurados (20)

História dos Surdos
História dos Surdos História dos Surdos
História dos Surdos
 
LIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os Surdos
LIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os SurdosLIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os Surdos
LIBRAS AULA 2: As línguas de sinais: sua importância para os Surdos
 
Projeto Libras
Projeto LibrasProjeto Libras
Projeto Libras
 
Brincando com-a-libras (1)
Brincando com-a-libras (1)Brincando com-a-libras (1)
Brincando com-a-libras (1)
 
Plano de Aula - Libras
Plano de Aula - LibrasPlano de Aula - Libras
Plano de Aula - Libras
 
Bilinguismo - LIBRAS
Bilinguismo - LIBRASBilinguismo - LIBRAS
Bilinguismo - LIBRAS
 
Libras em Contexto
Libras em ContextoLibras em Contexto
Libras em Contexto
 
LIBRAS AULA 4: Legislação sobre Libras
LIBRAS AULA 4: Legislação sobre LibrasLIBRAS AULA 4: Legislação sobre Libras
LIBRAS AULA 4: Legislação sobre Libras
 
Sintaxe da libras
Sintaxe da librasSintaxe da libras
Sintaxe da libras
 
Apostila libras reformulada completa
Apostila libras reformulada  completaApostila libras reformulada  completa
Apostila libras reformulada completa
 
Aspectos Gramaticas da Libras
Aspectos Gramaticas da LibrasAspectos Gramaticas da Libras
Aspectos Gramaticas da Libras
 
introdução a língua de sinais LIBRAS
introdução a língua de sinais LIBRASintrodução a língua de sinais LIBRAS
introdução a língua de sinais LIBRAS
 
Classificadores em Libras
Classificadores em LibrasClassificadores em Libras
Classificadores em Libras
 
LIBRAS AULA 7: Cultura Surda
LIBRAS AULA 7: Cultura SurdaLIBRAS AULA 7: Cultura Surda
LIBRAS AULA 7: Cultura Surda
 
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
LIBRAS - Língua Brasileira de SinaisLIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
 
HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)
HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)
HISTORIA DA LIBRAS( LINHA DO TEMPO)
 
Resenha FILME MEU NOME É JONAS
Resenha FILME MEU NOME É JONASResenha FILME MEU NOME É JONAS
Resenha FILME MEU NOME É JONAS
 
Libras
LibrasLibras
Libras
 
Gabarito instrutor de libras
Gabarito   instrutor de librasGabarito   instrutor de libras
Gabarito instrutor de libras
 
Identidade surda
Identidade surdaIdentidade surda
Identidade surda
 

Semelhante a 3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos

Educação dos surdos
Educação dos surdosEducação dos surdos
Educação dos surdosLílian Reis
 
Historia educação surdos 2
Historia educação surdos 2Historia educação surdos 2
Historia educação surdos 2ROBSON GOMES
 
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEMEFaculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEMEUFMA e UEMA
 
História da educação de surdos e educação de
História da educação de surdos e educação deHistória da educação de surdos e educação de
História da educação de surdos e educação deMaísa Allana
 
aspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.ppt
aspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.pptaspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.ppt
aspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.pptprofzacviana
 
História dos surdos no Brasil.PDF
História dos surdos no Brasil.PDFHistória dos surdos no Brasil.PDF
História dos surdos no Brasil.PDFFernandaDoMateus
 
Lacerda historia abordagens_educacionais
Lacerda historia abordagens_educacionaisLacerda historia abordagens_educacionais
Lacerda historia abordagens_educacionaisLana Mara
 
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOSFENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOSEDITORA ARARA AZUL
 
História dos Surdos
História dos SurdosHistória dos Surdos
História dos Surdosjoaoribau
 
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Ivan Machado
 
Apostila Victor libras 2023 curso básico
Apostila Victor libras 2023 curso básicoApostila Victor libras 2023 curso básico
Apostila Victor libras 2023 curso básicoRobernelyReis
 

Semelhante a 3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos (20)

Educação dos surdos
Educação dos surdosEducação dos surdos
Educação dos surdos
 
Historia educação surdos 2
Historia educação surdos 2Historia educação surdos 2
Historia educação surdos 2
 
LIBRAS
LIBRAS LIBRAS
LIBRAS
 
A linha do tempo aula 01
A linha do tempo aula 01A linha do tempo aula 01
A linha do tempo aula 01
 
Libras 01
Libras 01Libras 01
Libras 01
 
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEMEFaculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
 
Apresentação 1 Linguistica .pdf
Apresentação 1 Linguistica .pdfApresentação 1 Linguistica .pdf
Apresentação 1 Linguistica .pdf
 
Libras .pptx
Libras .pptxLibras .pptx
Libras .pptx
 
História da educação de surdos e educação de
História da educação de surdos e educação deHistória da educação de surdos e educação de
História da educação de surdos e educação de
 
Aula 1 - Libras.pptx
Aula 1 - Libras.pptxAula 1 - Libras.pptx
Aula 1 - Libras.pptx
 
LIBRAS.pptx
LIBRAS.pptxLIBRAS.pptx
LIBRAS.pptx
 
aspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.ppt
aspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.pptaspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.ppt
aspectos_teoricos__linguisticos_da_libras.ppt
 
História dos surdos no Brasil.PDF
História dos surdos no Brasil.PDFHistória dos surdos no Brasil.PDF
História dos surdos no Brasil.PDF
 
Lacerda historia abordagens_educacionais
Lacerda historia abordagens_educacionaisLacerda historia abordagens_educacionais
Lacerda historia abordagens_educacionais
 
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOSFENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS
 
História dos Surdos
História dos SurdosHistória dos Surdos
História dos Surdos
 
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
 
Educação de surdos histórico
Educação de surdos históricoEducação de surdos histórico
Educação de surdos histórico
 
Apostila Victor libras 2023 curso básico
Apostila Victor libras 2023 curso básicoApostila Victor libras 2023 curso básico
Apostila Victor libras 2023 curso básico
 
aula 2 ufsb 2022.2.pptx
aula 2 ufsb 2022.2.pptxaula 2 ufsb 2022.2.pptx
aula 2 ufsb 2022.2.pptx
 

3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos

  • 1. Linha do Tempo na História da Educação de Surdos. Professora Marisol Gosse Bergamo
  • 2. Antiguidade período da Exclusão Em Esparta na Grécia a tradição militarista, privilegiava-se o treinamento do corpo. • Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos. FILME 300 • E quem tivesse deficiência mental ou física era tratado como um ser subumano e banido do convívio social.
  • 3. Idade Média • Com a ascensão da Igreja Católica e o cristianismo pregando valores de amor ao próximo, o tratamento aos doentes e deficientes, esse período é marcado por uma postura assistencial de caridade e tolerância. Em Roma, os surdos que não falavam NÃO tinham direitos legais, NÃO podiam fazer parte dos testamentos e somente se casavam com a permissão do papa , pois eram considerados incapazes de gerenciar seus atos, perdiam sua condição de ser humano e eram confundidos com retardados.
  • 4. IDADE MODERNA O abandono de crianças • Inicialmente, eram usados para receber doações e mantimentos, mas com o tempo passou a ser o destino de recém-nascidos rejeitados. Bem como crianças com deficiências físicas e mentais. “Neste período, os pais que tinham filhos deficientes eram vistos como pecadores, por isso era uma vergonha apresentar os pequenos à sociedade”. • Normalmente a criança era abandonada na calada da noite e a mãe, assim, tinha a identidade preservada. • http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo. phtml?id=1147743 O primeiro registro de que se tem notícia de uma Casa de Enjeitados no país é na capital baiana, Salvador (1726).
  • 5. IDADE MODERNA PERÍODO DA SEGREGAÇÃO • Naquela época surgiram os asilos e os hospitais psiquiátricos, com o objetivo não de tratar, mas de segregar as pessoas com qualquer tipo de deficiência. “ Tais instituições eram pouco mais do que prisões”, segundo Aranha (2001, p.165). Pessotti (1984) afirma que, nessa conjuntura, o deficiente passou a ser tutelado pela medicina, que tinha a autonomia de julgá-lo, condená-lo ou salvá-lo.
  • 6. Século XVII e XIII A história nos leva até um marco muito importante: Surgiram os primeiros pesquisadores. 1712-1789 - Charles Michel de L´Épée, que em sua pesquisa chega a uma conclusão que apenas os gestos naturais e o alfabeto manual não eram insuficientes. L´Épée criou os sinais metódicos para integrar à gramática de LIBRAS e juntos outros surdos fundou a primeira escola pública para surdos em Paris- FRANÇA. Abée de L' epée, enfrentou muitos desafios em defender a Língua de Sinais como sendo a língua/materna dos Surdos.
  • 7. Controvérsias entre os métodos Oral x Método gestual 1723-1790 – ALEMANHA, professor alemão Samuel Heinicke, seus métodos de ensino eram estritamente orais. 1847 – 1922 – ESCÓCIA - Ao decorrer da história o inventor de telefone o Escocês Alexander Graham Bell abre uma escola oralista para surdos. Para estes pesquisadores a língua de sinais era prejudicial, pois comprometia a aquisição da língua falada.
  • 8. Fases da educação de surdos http://youtu.be/0VJNlaqOdtY - Congresso de Milão . A primeira fase da educação oralista teve seu ápice no Congresso Internacional de Milão na Itália em 1880, neste congresso estavam os Professores de Surdos para discutir e avaliar os métodos os três métodos rivais: língua de sinais, língua oral e misto. O método oral foi considerado como o mais adequado na educação dos surdos, e a utilização da língua de sinais foi abolida radicalmente e proibida.
  • 9. Método Oral - A prática da educação oralista utiliza como recurso o desenvolvimento da fala , a ampliação da audição e a compreensão da língua oral.
  • 10. 1857- BRASIL - a convite de D. Pedro II, o diretor e professor surdo francês Hernest Huet discípulo de L`Epée, vem para o Brasil e funda o instituto dos Surdos-mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, que usava o método combinado. • Naquele tempo no Brasil, não se tinha ideia da educação dos surdos e inclusive as famílias relutavam em educá-los. A filosofia educacional oralista teve grande força no Brasil entre as décadas de 1960 e 1970, mas com o passar do tempo, passou a ser amplamente criticada, pois reduzia as possibilidades de trocas sociais e de desenvolvimento linguístico e cognitivo entre os surdos e os ouvintes.
  • 11. Com o fracasso do Oralismo , surge a segunda fase , a filosofia educacional da “Comunicação Total”, que consiste, num método que inclui todos os modelos linguísticos; gestos, língua de sinais, , fala , leitura oro-facial, alfabeto manual e leitura escrita. A prática da Comunicação Total, alcançou muitos simpatizantes nas décadas de 1970 e 1980. Logo depois passou a ser criticada por não fazer uso adequado da língua de sinais na sua estrutura própria. O grande problema deste método é de misturar duas línguas a língua de sinais e a língua portuguesa, e que resultou na prática do português sinalizado.
  • 12. Atualmente o Bilinguismo • O bilinguismo surgiu na década de 80, como proposta para a educação de surdos e preconiza a língua de sinais como primeira língua dos surdos e a língua escrita português que é falada pelos ouvintes como segunda língua. • Muitos pesquisadores se mostram favoráveis e concordam que o sujeito surdo é bicultural e necessita aprender duas línguas, ambas distintas em sua modalidade. • Leia mais: : http://www.webartigos.com/artigos/bilinguismo-e-a-educacao-de- surdos/67821/#ixzz2S5G2ll2z
  • 13. 2002 Reconhecimento oficial da LIBRAS pelo Governo Federal(Lei no 10.436, mais conhecida como a Lei da LIBRAS. 2005 O Decreto 5626/05 , que determina entre outras obrigações, um prazo máximo de 10 anos estar inserida a LIBRAS nos currículos dos cursos de licenciaturas, Pedagogia, Letras e Fonoaudiologia, além de professores bilíngues em todas as escolas com classes regulares. 2006 O 1º exame de proficiência da LIBRAS – Prolibras. 2010 Reconhecimento da profissão de Intérprete. Lei 12.319/2010 - REGULAMENTA A PROFISSÃO DE TRADUTOR E INTÉRPRETE DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS (Children of Deaf Adults –CODAs) denominação utilizada para os filhos de pais surdos)
  • 14. Referências ARANHA, Maria S. F. Integração social do deficiente: análise conceitual e metodológica. Temas em Psic ologia, 1995. PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da Superstição à Ciência. São Paulo: Queiroz/EDUSP. 1984. REVISTA NOVA ESCOLA – Reportagem que contam a Evolução da Educação Inclusiva – Pessoas Especiais – Autora: Roberta Bencini – Ed. Jan./Fev. de 2001. http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt , acessado em 20/07/2010 http://www.bengalalegal.com/concepcoes , acessado em 12/dez de 2011 http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1147743, acessado em 12/05/2011. http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt , acessado em 20/07/2010