O documento descreve a linha do tempo da história da educação de surdos, desde a Antiguidade até os dias atuais. Começa com a exclusão de surdos na Grécia Antiga e continua com períodos de segregação e abandono na Idade Média e Moderna. No século XVIII, surge o primeiro pesquisador a desenvolver um método de ensino para surdos. Ao longo dos séculos, houve controvérsias entre métodos orais e de língua de sinais, culminando no Congresso de Milão que proibiu a língua de sina
3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos
1. Linha do Tempo na
História da Educação de
Surdos.
Professora Marisol Gosse Bergamo
2. Antiguidade período da Exclusão
Em Esparta na Grécia a tradição militarista, privilegiava-se o
treinamento do corpo.
• Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que
ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou
mental ou não fossem suficientemente robustos.
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• E quem tivesse deficiência mental ou física era tratado
como um ser subumano e banido do convívio social.
3. Idade Média
• Com a ascensão da Igreja Católica e o cristianismo pregando valores de
amor ao próximo, o tratamento aos doentes e deficientes, esse período é
marcado por uma postura assistencial de caridade e tolerância.
Em Roma, os surdos que não falavam NÃO tinham direitos legais, NÃO
podiam fazer parte dos testamentos e somente se casavam com a permissão
do papa , pois eram considerados incapazes de gerenciar seus atos,
perdiam sua condição de ser humano e eram confundidos com
retardados.
4. IDADE MODERNA
O abandono de crianças
• Inicialmente, eram usados para
receber doações e mantimentos,
mas com o tempo passou a ser o
destino de recém-nascidos
rejeitados. Bem como crianças
com deficiências físicas e
mentais. “Neste período, os pais
que tinham filhos deficientes
eram vistos como pecadores, por
isso era uma vergonha apresentar
os pequenos à sociedade”.
• Normalmente a criança era
abandonada na calada da noite e
a mãe, assim, tinha a identidade
preservada.
• http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.
phtml?id=1147743
O primeiro registro de que se
tem notícia de uma Casa de
Enjeitados no país é na capital
baiana, Salvador (1726).
5. IDADE MODERNA PERÍODO DA SEGREGAÇÃO
• Naquela época surgiram os asilos e os hospitais psiquiátricos,
com o objetivo não de tratar, mas de segregar as pessoas com
qualquer tipo de deficiência. “ Tais instituições eram pouco
mais do que prisões”, segundo Aranha (2001, p.165).
Pessotti (1984) afirma que, nessa conjuntura, o deficiente passou a
ser tutelado pela medicina, que tinha a autonomia de julgá-lo,
condená-lo ou salvá-lo.
6. Século XVII e XIII
A história nos leva até um marco muito importante:
Surgiram os primeiros pesquisadores.
1712-1789 - Charles Michel de L´Épée, que em sua
pesquisa chega a uma conclusão que apenas os
gestos naturais e o alfabeto manual não eram
insuficientes. L´Épée criou os sinais metódicos para
integrar à gramática de LIBRAS e juntos outros surdos
fundou a primeira escola pública para surdos em Paris-
FRANÇA.
Abée de L' epée, enfrentou muitos desafios em
defender a Língua de Sinais como sendo a
língua/materna dos Surdos.
7. Controvérsias entre os métodos Oral
x
Método gestual
1723-1790 – ALEMANHA, professor alemão Samuel
Heinicke, seus métodos de ensino eram
estritamente orais.
1847 – 1922 – ESCÓCIA - Ao decorrer da história o
inventor de telefone o Escocês Alexander Graham
Bell abre uma escola oralista para surdos.
Para estes pesquisadores a língua de sinais era
prejudicial, pois comprometia a aquisição da língua
falada.
8. Fases da educação de surdos
http://youtu.be/0VJNlaqOdtY - Congresso de Milão .
A primeira fase da educação oralista teve
seu ápice no Congresso Internacional de
Milão na Itália em 1880, neste congresso
estavam os Professores de Surdos para
discutir e avaliar os métodos os três métodos
rivais: língua de sinais, língua oral e misto.
O método oral foi considerado como o mais
adequado na educação dos surdos, e a
utilização da língua de sinais foi abolida
radicalmente e proibida.
9. Método Oral - A prática da educação oralista utiliza como
recurso o desenvolvimento da fala , a ampliação da audição e a
compreensão da língua oral.
10. 1857- BRASIL - a convite de D. Pedro II, o diretor e professor
surdo francês Hernest Huet discípulo de L`Epée, vem para o
Brasil e funda o instituto dos Surdos-mudos, atual Instituto
Nacional de Educação de Surdos - INES, que usava o método
combinado.
• Naquele tempo no Brasil, não se tinha ideia da educação dos
surdos e inclusive as famílias relutavam em educá-los.
A filosofia educacional oralista teve grande força no Brasil entre
as décadas de 1960 e 1970, mas com o passar do tempo,
passou a ser amplamente criticada, pois reduzia as
possibilidades de trocas sociais e de desenvolvimento linguístico
e cognitivo entre os surdos e os ouvintes.
11. Com o fracasso do Oralismo , surge a segunda fase , a filosofia
educacional da “Comunicação Total”, que consiste, num
método que inclui todos os modelos linguísticos; gestos, língua
de sinais, , fala , leitura oro-facial, alfabeto manual e leitura
escrita.
A prática da Comunicação Total, alcançou muitos
simpatizantes nas décadas de 1970 e 1980. Logo depois
passou a ser criticada por não fazer uso adequado da
língua de sinais na sua estrutura própria.
O grande problema deste método é de misturar duas línguas a
língua de sinais e a língua portuguesa, e que resultou na prática
do português sinalizado.
12. Atualmente o Bilinguismo
• O bilinguismo surgiu na década de 80, como
proposta para a educação de surdos e preconiza a
língua de sinais como primeira língua dos surdos e a
língua escrita português que é falada pelos ouvintes
como segunda língua.
• Muitos pesquisadores se mostram favoráveis e
concordam que o sujeito surdo é bicultural e
necessita aprender duas línguas, ambas distintas em
sua modalidade.
• Leia mais: : http://www.webartigos.com/artigos/bilinguismo-e-a-educacao-de-
surdos/67821/#ixzz2S5G2ll2z
13. 2002
Reconhecimento oficial da LIBRAS pelo Governo Federal(Lei no 10.436,
mais conhecida como a Lei da LIBRAS.
2005
O Decreto 5626/05 , que determina entre outras obrigações, um prazo
máximo de 10 anos estar inserida a LIBRAS nos currículos dos cursos de
licenciaturas, Pedagogia, Letras e Fonoaudiologia, além de professores
bilíngues em todas as escolas com classes regulares.
2006
O 1º exame de proficiência da LIBRAS – Prolibras.
2010
Reconhecimento da profissão de Intérprete. Lei 12.319/2010 -
REGULAMENTA A PROFISSÃO DE TRADUTOR E INTÉRPRETE DA LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
(Children of Deaf Adults –CODAs) denominação utilizada para os
filhos de pais surdos)
14. Referências
ARANHA, Maria S. F. Integração social do deficiente: análise conceitual e metodológica.
Temas em Psic ologia, 1995.
PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da Superstição à Ciência. São Paulo: Queiroz/EDUSP.
1984.
REVISTA NOVA ESCOLA – Reportagem que contam a Evolução da Educação Inclusiva –
Pessoas Especiais – Autora: Roberta Bencini – Ed. Jan./Fev. de 2001.
http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt , acessado em 20/07/2010
http://www.bengalalegal.com/concepcoes , acessado em 12/dez de 2011
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1147743, acessado
em 12/05/2011.
http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt , acessado em 20/07/2010