O documento descreve a vida e obra do pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail. Ele estudou com o educador Pestalozzi na Suíça e se tornou um de seus principais discípulos. Rivail fundou escolas em Paris e escreveu diversos livros didáticos aplicando o método intuitivo de ensino de Pestalozzi. Ele se dedicou à democratização do ensino público na França.
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Fundamental i modulo ii roteiro 2
1. O professor Rivail As obras didáticas, o ensino intuitivo, o exercício das funções diretivas e educativas. 1
2. Formação acadêmica O professor Rivail fez em Lion os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, na Escola de Pestalozzi em Yverdun – Suíça. Pestalozzi foi um dos pioneiros da pedagogia moderna, influenciando profundamente todas as correntes educacionais. Rivail era um aluno dedicado e se tornou um dos mais eminentes discípulos do mestre. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados. Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de substituí-lo na direção da sua escola. 2
4. Exercício das funções diretivas e educativas. No início de 1825 dirige a Escola de Primeiro Grau, primeiro estabelecimento de ensino fundado por ele em Paris. Em 1826 funda um instituto técnico que funcionou até 1834, o Instituto Rivail. Empregou-se como contabilista em três casas comerciais. Passou a dedicar-se, juntamente com o Prof. Levy-Alvarès, à preparação de cursos noturnos para alunos de ambos os sexos. 4
5. O professor Rivail Rivail era um linguista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente, o alemão, o inglês, o italiano, o espanhol e o holandês. Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia Real de Arras. 5
6. Como pedagogo, Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre 1835 e 1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia e outros. Rivail utilizou-se do ensino intuitivo, processo didático preconizado por Pestalozzi. 6
7. Ensino intuitivo O ensino intuitivo se funda na substituição do verbalismo e do ensino livresco pela observação, pelas experiências, pelas representações gráficas, etc., operando sobre todas as faculdades da criança. Esse método faz a criança pensar a seu modo, a caminhar com seus próprios pés, e não com os pés do seu mestre; enfim, a criança é estimulada em sua iniciativa pessoal. 7
8. Princípios pedagógicos do ensino intuitivo Cultivar o espírito natural de observação das crianças, dirigindo-lhes a atenção para os objetos que as cercam. Cultivar a inteligência, observando um comportamento que habilite o aluno a descobrir por si mesmo as regras. Proceder sempre do conhecido para o desconhecido, do simples para o composto. Evitar toda atitude mecânica, levando o aluno a conhecer o fim e a razão de tudo o que faz. Conduzi-lo a apalpar com os dedos e com os olhos todas as verdades. Só confiar à memória aquilo que já tenha sido apreendido pela inteligência. 8
9. As obras didáticas. Foi autor de numerosas obras de educação, entre as quais podemos citar: Curso Prático e Teórico de Aritmética; Curso Completo Teórico e Prático de Aritmética; Escola de Primeiro Grau; Plano Proposto para a Melhoria da Educação Pública;); (obra mereceu destaque e prêmio nacional.). Os Três Primeiros Livros de Telêmaco; Gramática Francesa Clássica; Memória sobre a Instrução Pública; Qual o Sistema de Estudos mais em Harmonia com as Necessidades da Época?; Discurso Pronunciado por Ocasião da Distribuição dos Prêmios de 14 de agosto de 1834; Programa dos Estudos segundo o Plano de Instrução de H.L.D. Rivail; Manual dos Exames para os Certificados de Capacidade; 9
10. Soluções dos Exercícios e Problemas do Tratado Completo de Aritmética; Projeto de Reforma referente aos Exames e aos Educandários para Mocinhas; Catecismo Gramatical da Língua Francesa; Gramática Normal dos Exames; Ditados Normais dos Exames; Ditados da Primeira e da Segunda Idade; Ditados da Primeira e da Segunda Idade, volume dois; Curso de Cálculo Mental; Programa dos Cursos Usuais de Física, Química, Astronomia e Fisiologia; Programa dos Estudos de Instrução Primária; Tratado de Aritmética 10
11. Rivail era conhecido pela sua inteligência, discernimento e ponderação, tornando-se amigo de Victor Hugo, TheóphileGautier, Camille Flammarion e outros conhecidos e ilustres pensadores franceses. Seu nome era conhecido e respeitado e muitas de suas obras foram adotadas pelas universidades da França. 11
12. Bibliografia. INCONTRI, Dora. Para Entender Allan Kardec. São Paulo: Lachâtre, 2004. Entendendo o Espiritismo – Editora Aliança Revista O Mensageiro 01/07/2000. 12
13. O MENINO HIPPOLYTE Nome: Hippolyte Léon Denizard Rivail Data de Nascimento: 03 de outubro de 1804 Cidade onde nasceu: Lião (França) Pai: Jean-Baptiste Antoine Rivail Jeanne Louise Duhamel Mãe: Aluno de Pestalozzi, de 1808-1817 Educação: Advocacia, Magistratura, Educação Atuação da família: Seu interesse: Estudo das ciências e filosofia 13
14.
15. Em 1826, ele cria a “Instituição Rivail” - um instituto técnico - que funcionou até 1834.
17. Rivail era poliglota, conhecia a fundo e falava corretamente, o alemão, o inglês, o italiano, o espanhol e o holandês.
18. Era membro de várias sociedades, notadamente da Academia Real de Arras14
19. PRINCIPAIS OBRAS DO PROFESSOR RIVAIL Curso Prático e Teórico de Aritmética (1823); Curso Completo Teórico e Prático de Aritmética (1845); Ditados da Primeira e Segunda Idade (1850); Plano Proposto para a Melhoria da Educação Pública (1828); Gramática Francesa Clássica (1831); Memória sobre a Instrução Pública (1831); Qual o Sistema de Estudos mais em Harmonia com as Necessidades da Época? (1831); Catecismo Gramatical da Língua Francesa (1848); Manual dos Exames para os Certificados de Capacidade (1846). 15
20. KARDEC E A MISSÃO Os primeiros contatos com os fenômenos mediúnicos das mesas girantes (1854); Os primeiros estudos sérios de Espiritismo (1855); Notícias e desempenho da missão (12.06.1856); O nome Allan Kardec (1857); A atuação de Kardec na codificação da Doutrina Espírita (divulgação); A desencarnação (31 de março de 1869) 16
29. A Missão - Os primeiros contatos com os fenômenos mediúnicos. - Os primeiros estudos sérios de Espiritismo. - Notícias e desempenho da missão. 18
30. FORTIER Já sabe da singular propriedade que se acaba de descobrir no magnetismo? Parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar, mas também as mesas, conseguindo-se que elas girem e caminhem a vontade. 19
31. KARDEC Mas a rigor, isso não me parece radicalmente impossível, o fluido magnético, que é uma espécie de eletricidade, pode perfeitamente atuar sobre os corpos inertes e fazer com que eles se movam. 20
32. FORTIER Temos uma coisa muito mais extraordinária; não só se consegue que uma mesa se mova, magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde. 21
33. KARDEC Isto agora é outra questão. Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto para fazer-nos dormir em pé. 22
34. Kardec “Eu entrevia, naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo”. 23
35. Primeiras observações: a) Os espíritos eram nada mais do que as almas dos Homens. b) Prova de um mundo invisível, “espiritual”, através da comunicação. c) Individualidade dos Espíritos; 24
36. Kardec Que causas poderiam determinar o meu malogro? Seria a insuficiência das minhas capacidades? 25
37. Kardec “- Não; mas, a missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro. Não suponhas que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, para em seguida ficares tranqüilamente em casa. Tens que expor a tuapessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da tua tranqüilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois, sem isso, viverias muito mais tempo. Ora bem! Não poucos recuam quando, em vez de uma estrada florida, só vêem sob os passos urzes, pedras agudas e serpentes. Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse, visto que ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança e inabalável firmeza. Também são de necessidade prudência e tato, a fim de conduzir as coisas de modo conveniente e não lhes comprometer o êxito com palavras ou medidas intempestivas. Exigem-se, por fim, devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios. Vês, assim, que a tua missão está subordinada a condições que dependem de ti.” 26
38. Kardec - Senhor! Pois que se dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! (...) 27