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Prática da Qualidade

A produção do conhecimento com qualidade leva o sujeito a ação de decisão, assim como
produz cidadania e eleva a competitividade. O maior desafio humano é gerar competência e,
esta competitiva. Por isso a educação é o veículo capaz de dar suporte ao homem neste
embate. É a arma mais eficaz e eficiente para compreender, formar e desenvolver uma
sociedade de cidadãos críticos e criativos. Contudo só com conhecimento o homem é capaz de
transformar. Deve-se aliar para isso a teoria à prática. Desta forma é possível humanizar a vida
e transformar a realidade vivida por cada um, ou seja, chega-se a qualidade política.

A qualidade política compreende a competência construtiva e participativa, envolvendo o
saber e o mudar.

Neste sentido não se pode esquecer da pesquisa como principio científico e educativo.
Quando se fala em pesquisa vale lembrar que não se trata de apenas dos meios universitários,
mas também dos docentes de maneira geral. A pesquisa cientifica tem como objetivo inovar a
realidade. Todos devem participar. A pesquisa não é puramente do pesquisador que vive
comendo livros. Este pensamento vem da própria universidade que produz, em certos casos,
apenas conhecimento teórico, banalizando a força do conhecimento prático. Esta separação
prejudica a própria pesquisa. A prática é vista como aplicação da teoria, porém é fonte de
conhecimento tanto quanto a teoria.

Determina-se então a pesquisa como sendo o principio cientifico, na face formal e o principio
educativo na face política.

A pesquisa na face política, ou seja, como principio formal se traduz na correlação entre
educação e cidadania, com formação crítica. A cidadania aparece no momento que o sujeito
nutre a consciência critica e a capacidade de tomar uma iniciativa. A cidadania inicia-se quando
se pode contestar , dizer não a injustiça e criar uma alternativa através do conhecimento,
inovar.

Pesquisar e educar são coincidentes, uma vez que a educação qualitativa é aquela que constrói
a capacidade de questionar e agir. Daí percebe-se que o processo educativo é realizado
também com pesquisa, isto é, o conhecimento científico é base de construção e o
questionamento político é a base da participação.

A pesquisa se mostra como questionamento sistemático e intervenção inovadora. A
emancipação surge da consciência critica e da contestação gerando uma contraproposta e
organização de uma sociedade.

A pesquisa deve ser em primeiro lugar uma atitude cotidiana do aprender a aprender,
envolvendo o saber pensar para melhor agir. A pesquisa é uma atitude cotidiana.

Em qualquer um dos níveis de ensino, a pesquisa decorre da atitude. Existe a colaboração dos
professores, como no caso de Ensino Fundamental e Médio, que são dotados de virtudes que
motivam o aluno a elaborar sua própria pesquisa.

A pesquisa é uma atitude de vida critica e criativa.
O aluno deve ser parte da construção do conhecimento, assim como o professor. O processo
educativo é um processo de conquista, pois nutre-se na competência construtiva e isso não é
mera transmissão.

Educação é diferente de ensino. Transmissão de conhecimento não é educação. A transmissão
pode, inclusive, ser realizada através de mios eletrônicos, como a internet que é mais atraente
para as novas gerações. Educação se realiza com construção e participação. Isto leva a crer
que deve existir o contato entre aluno e professor. Esta relação não pode ser “falsa”. Pois se
assim for a escola produzirá ignorância e imbecilidade. A aula não pode se uma contagem de
anedotas.

Durante a prática docente deve existir o confronto entre o velho e novo, entre o que é aula e
o que é orientação, entre a transmissão e a construção do conhecimento, entre o copiar e o
participar.

Em suma, pode-se afirmar que o docente é aquele que tem capacidade de pesquisa que leve o
desafio e a compreensão; que tenha elaboração própria; que realiza a teorização das práticas,
que faça formação permanente e que realize o manejo da instrumentação eletrônica a fim de
aprimorar o conhecimento sociável.

Quando o professor orienta de maneira construtiva e participativa ultrapassa a condição de
instrutor, comunicador. Transmite conhecimento construtivo. O professor não pode apenas
dar aula, mas sim construir a cidadania.

A eficiência e a qualidade do professor dependem de sua valorização e motivação. Entre os
educadores do nosso país é fato corriqueiro dizer que o professor é profissão desvalorizada. A
desvalorização profissional, os baixos salários, a formação inadequada são responsáveis pela
baixa produção do professor e pelo fraco desempenho dos alunos. Mas esses não são os
únicos fatores que determinam o baixo rendimento dos alunos, soma-se entre esses a pobreza
material, a cultura familiar, entre outros.

A eficiência do professor pode ser transferida para os alunos. Se o professor se constitui em
apenas auleiro, os alunos será um mero transmissor, uma cópia. Contudo se o professor tiver
capacidade de pesquisa, codificador do conhecimento, inovador, entre outros, os alunos terão
uma grande chance de o serem também.

Na ótica do capitalismo, a sociedade econômica vigente investe pouco em educação e ainda
por cima desvaloriza o professor, em todos os aspectos, principalmente na baixa remuneração.

 O currículo pode se dividido em duas concepções. Primeiro cita-se o intensivo onde o
essencial é a transmissão e construção de conhecimento como insumo. O segundo é o
extensivo onde a dimensão de aprendizagem é definida pelo repasse do professor. É uma
acumulação de conhecimento, de saberes. O currículo intensivo busca o aprender a aprender,
movido pela construção do conhecimento. O professor faz o aluno trabalhar.

Neste sentido o professor deixa de ser auleiro e se torna orientador e aluno se torna um
parceiro na construção do conhecimento. Esse processo nunca termina. É permanente pois o
aluno habitua-se a pesquisar, ler, experimentar elaborar, questionar sistematicamente e criar
alternativas próprias.

A partir do exposto, também há uma mudança na maneira de avaliar o desempenho do aluno.
Neste caso a avaliação será realizada a partir do aprender a aprender, do saber pensar, do
inovar, do fazer com suas próprias mãos. Ao professor espera-se averiguar sua competência
construtiva do conhecimento.

Para o professor resta uma formação adequada e permanente, construção do conhecimento.
Desta forma o mesmo assume a orientação do aluno com qualidade e política. O aluno não
passa só de ano, mas aprende a aprender, constrói. Mas não é fácil, pois diversos fatores
inibem a passagem de um aluno copiador para um aluno que constrói conhecimento. O
professor não pode fazer que ensina, e o aluno que aprende.

Isso é qualidade. E essa prática está na pesquisa, principio educativo, e na intervenção
educadora, instrumentada pela qualidade formal. O aluno torna-se emancipado. Agora, vale
lembrar que este conhecimento pode ser usado para o bem ou para o mal. A pratica precisa
ser reconhecida como fonte de conhecimento, elaborando projetos próprios e trabalhando em
equipe.

Neste contexto, professores e alunos deve realizar, juntos, extensão e participação, ou seja,
conceito e pratica da pesquisa.

Enfim, a manifestação primordial da prática esta em tornar a escola e a universidade em
lugares privilegiados da construção permanente e renovada da oportunidade de futuro.

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PráTica Da Qualidade Na Escola

  • 1. Prática da Qualidade A produção do conhecimento com qualidade leva o sujeito a ação de decisão, assim como produz cidadania e eleva a competitividade. O maior desafio humano é gerar competência e, esta competitiva. Por isso a educação é o veículo capaz de dar suporte ao homem neste embate. É a arma mais eficaz e eficiente para compreender, formar e desenvolver uma sociedade de cidadãos críticos e criativos. Contudo só com conhecimento o homem é capaz de transformar. Deve-se aliar para isso a teoria à prática. Desta forma é possível humanizar a vida e transformar a realidade vivida por cada um, ou seja, chega-se a qualidade política. A qualidade política compreende a competência construtiva e participativa, envolvendo o saber e o mudar. Neste sentido não se pode esquecer da pesquisa como principio científico e educativo. Quando se fala em pesquisa vale lembrar que não se trata de apenas dos meios universitários, mas também dos docentes de maneira geral. A pesquisa cientifica tem como objetivo inovar a realidade. Todos devem participar. A pesquisa não é puramente do pesquisador que vive comendo livros. Este pensamento vem da própria universidade que produz, em certos casos, apenas conhecimento teórico, banalizando a força do conhecimento prático. Esta separação prejudica a própria pesquisa. A prática é vista como aplicação da teoria, porém é fonte de conhecimento tanto quanto a teoria. Determina-se então a pesquisa como sendo o principio cientifico, na face formal e o principio educativo na face política. A pesquisa na face política, ou seja, como principio formal se traduz na correlação entre educação e cidadania, com formação crítica. A cidadania aparece no momento que o sujeito nutre a consciência critica e a capacidade de tomar uma iniciativa. A cidadania inicia-se quando se pode contestar , dizer não a injustiça e criar uma alternativa através do conhecimento, inovar. Pesquisar e educar são coincidentes, uma vez que a educação qualitativa é aquela que constrói a capacidade de questionar e agir. Daí percebe-se que o processo educativo é realizado também com pesquisa, isto é, o conhecimento científico é base de construção e o questionamento político é a base da participação. A pesquisa se mostra como questionamento sistemático e intervenção inovadora. A emancipação surge da consciência critica e da contestação gerando uma contraproposta e organização de uma sociedade. A pesquisa deve ser em primeiro lugar uma atitude cotidiana do aprender a aprender, envolvendo o saber pensar para melhor agir. A pesquisa é uma atitude cotidiana. Em qualquer um dos níveis de ensino, a pesquisa decorre da atitude. Existe a colaboração dos professores, como no caso de Ensino Fundamental e Médio, que são dotados de virtudes que motivam o aluno a elaborar sua própria pesquisa. A pesquisa é uma atitude de vida critica e criativa.
  • 2. O aluno deve ser parte da construção do conhecimento, assim como o professor. O processo educativo é um processo de conquista, pois nutre-se na competência construtiva e isso não é mera transmissão. Educação é diferente de ensino. Transmissão de conhecimento não é educação. A transmissão pode, inclusive, ser realizada através de mios eletrônicos, como a internet que é mais atraente para as novas gerações. Educação se realiza com construção e participação. Isto leva a crer que deve existir o contato entre aluno e professor. Esta relação não pode ser “falsa”. Pois se assim for a escola produzirá ignorância e imbecilidade. A aula não pode se uma contagem de anedotas. Durante a prática docente deve existir o confronto entre o velho e novo, entre o que é aula e o que é orientação, entre a transmissão e a construção do conhecimento, entre o copiar e o participar. Em suma, pode-se afirmar que o docente é aquele que tem capacidade de pesquisa que leve o desafio e a compreensão; que tenha elaboração própria; que realiza a teorização das práticas, que faça formação permanente e que realize o manejo da instrumentação eletrônica a fim de aprimorar o conhecimento sociável. Quando o professor orienta de maneira construtiva e participativa ultrapassa a condição de instrutor, comunicador. Transmite conhecimento construtivo. O professor não pode apenas dar aula, mas sim construir a cidadania. A eficiência e a qualidade do professor dependem de sua valorização e motivação. Entre os educadores do nosso país é fato corriqueiro dizer que o professor é profissão desvalorizada. A desvalorização profissional, os baixos salários, a formação inadequada são responsáveis pela baixa produção do professor e pelo fraco desempenho dos alunos. Mas esses não são os únicos fatores que determinam o baixo rendimento dos alunos, soma-se entre esses a pobreza material, a cultura familiar, entre outros. A eficiência do professor pode ser transferida para os alunos. Se o professor se constitui em apenas auleiro, os alunos será um mero transmissor, uma cópia. Contudo se o professor tiver capacidade de pesquisa, codificador do conhecimento, inovador, entre outros, os alunos terão uma grande chance de o serem também. Na ótica do capitalismo, a sociedade econômica vigente investe pouco em educação e ainda por cima desvaloriza o professor, em todos os aspectos, principalmente na baixa remuneração. O currículo pode se dividido em duas concepções. Primeiro cita-se o intensivo onde o essencial é a transmissão e construção de conhecimento como insumo. O segundo é o extensivo onde a dimensão de aprendizagem é definida pelo repasse do professor. É uma acumulação de conhecimento, de saberes. O currículo intensivo busca o aprender a aprender, movido pela construção do conhecimento. O professor faz o aluno trabalhar. Neste sentido o professor deixa de ser auleiro e se torna orientador e aluno se torna um parceiro na construção do conhecimento. Esse processo nunca termina. É permanente pois o
  • 3. aluno habitua-se a pesquisar, ler, experimentar elaborar, questionar sistematicamente e criar alternativas próprias. A partir do exposto, também há uma mudança na maneira de avaliar o desempenho do aluno. Neste caso a avaliação será realizada a partir do aprender a aprender, do saber pensar, do inovar, do fazer com suas próprias mãos. Ao professor espera-se averiguar sua competência construtiva do conhecimento. Para o professor resta uma formação adequada e permanente, construção do conhecimento. Desta forma o mesmo assume a orientação do aluno com qualidade e política. O aluno não passa só de ano, mas aprende a aprender, constrói. Mas não é fácil, pois diversos fatores inibem a passagem de um aluno copiador para um aluno que constrói conhecimento. O professor não pode fazer que ensina, e o aluno que aprende. Isso é qualidade. E essa prática está na pesquisa, principio educativo, e na intervenção educadora, instrumentada pela qualidade formal. O aluno torna-se emancipado. Agora, vale lembrar que este conhecimento pode ser usado para o bem ou para o mal. A pratica precisa ser reconhecida como fonte de conhecimento, elaborando projetos próprios e trabalhando em equipe. Neste contexto, professores e alunos deve realizar, juntos, extensão e participação, ou seja, conceito e pratica da pesquisa. Enfim, a manifestação primordial da prática esta em tornar a escola e a universidade em lugares privilegiados da construção permanente e renovada da oportunidade de futuro.