SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
.
História. 8º ano.
Neste trabalho vou falar sobre a reinvenção das formas artísticas, a
imitação e superação dos modelos da Antiguidade, o Classicismo e as novas
formas de pintura, escultura e arquitetura que surgem, inspiradas nos
modelos greco-romanos, durante o Renascimento, na Europa e inclusive em
Portugal.
Com o tema: “A Arte Renascentista”, que irei desenvolver ao longo do
trabalho, quero que nenhum pormenor escape e vou fazer os possíveis para
que não ocorram erros no mesmo.
Com este trabalho, espero conhecer mais sobre as novas formas artísticas do
Renascimento e aprender muito sobre o tema, pois “o saber não ocupa
lugar”.
História. 8º ano.
Consulta Interativa
Pode consultar o que quiser sobre a Arte
Renascentista, clicando nas imagens á sua
escolha que vão aparecer no diapositivo
seguinte. Essas imagens levarão mais
rapidamente aos diapositivos que falam do
assunto que a imagem trata.
Quando aparecer este símbolo, ao clicar nele, leva
novamente à consulta interativa, para selecionar
outro tema à escolha.
História. 8º ano.
A Arte Renascentista - Consulta Interativa
A imitação e superação
dos modelos da
antiguidade
Arquitetura Pintura Escultura
BibliografiaA arte em Portugal: o gótico-
manuelino e a afirmação das
novas tendências
renascentistas
História. 8º ano.
A imitação e superação dos
modelos da antiguidade
Tal como nas letras e o pensamento renascentistas, também a arte dos
sécs. XV e XVI foi marcada por uma nova estética e uma nova sensibilidade,
que irradiaram da Itália e difundiram-se pela Península Itálica, tornando-se
Roma e Veneza os principais centros desta arte. O regresso aos clássicos e o
regresso à natureza inscreveram-se nos seus propósitos fundamentais.
 Classicismo
O ressurgimento da Antiguidade clássica influenciou profundamente o
mundo das formas. Os artistas do Renascimento, tal como os humanistas,
manifestaram um tal repúdio pela estética medieval, particularmente pela
gótica, que consideravam oposta à clássica. Só a arte dos antigos é que era
harmoniosa, proporcionada e bela, pois baseava-se em leis e regras
racionais.
Como manifestações de classicismo na arte do Renascimento, deve-se
referir:
A recuperação dos elementos arquitetónicos greco-romanos, tal como
a própria teoria clássica de ordem arquitetónica;
Adoção de temáticas e figuras da mitologia e da história clássica;
O gosto pela representação do corpo humano com uma plenitude
quase pagã. O nu ressurge glorificado, no Homem, a perfeição divina das
suas formas;
O sentido de harmonia, simetria e ordem que transparece das criações
artísticas, verdadeiramente celebrador da excelência humana. Ao fazer do
Homem uma medida na arte, o classicismo acabou por se tornar uma forma
de humanismo artístico.
História. 8º ano.
Artemísia Gentileschi, Judite.
Domenico Ghirlandaio, Retrato de um velho e de
uma criança, têmpera sobre madeira, 1488.
Repare-se no realismo do retrato do velho,
levado ao extremo de representar as
imperfeições do seu nariz.
 Naturalismo
Um vivo sentido de captação do real animou os artistas
do Renascimento, que exprimiam um verdadeiro prazer nas
representações do ser humano e nas reproduções da
Natureza. Foi o naturalismo (teoria e atitude filosófica e
estética que valoriza a observação e a imitação da
Natureza) na arte responsável pela descoberta de duas
importantes e revolucionárias técnicas:
A perspetiva, conjunto de regras geométricas que
permitem reproduzir, numa superfície plana, objetos e
pessoas com aspeto tridimensional.
A pintura a óleo, favorece a visualização do detalhe e
a obtenção de uma gama de cores rica em tonalidades.
A capacidade técnica dos artistas do renascimento
levou-os a produzir uma obra original, superando os modelos
da Antiguidade. Conscientes do seu valor, da sua cultura,
experiência e dos seus múltiplos talentos, os artistas não mais
quiseram ser considerados apenas bons artífices de uma
oficina de arte. Por isso, recusaram a integração nas
corporações e, orgulhosamente, colocaram a sua assinatura
nas obras de arte. O artista do renascimento sentiu-se um
criador.
História. 8º ano.
Giotto, São Francisco
recebendo os estigmas -
pormenor de um retábulo,
c. 1300.
História. 8º ano.
Foi na Itália, que a arquitetura renascentista se afirmou e definiu as
suas principais caraterísticas.
 Simplificação e racionalização da estrutura dos edifícios
De costas voltadas para o estilo gótico e influenciada pela
Antiguidade, a arquitetura procedeu à simplificação e racionalização da
estrutura dos edifícios.
Com efeito:
► Verificou-se uma matematização rigorosa do espaço arquitetónico a
partir de múltiplos de uma unidade-padrão. As relações proporcionais,
estabelecidas entre as várias partes do edifício estenderam-se às suas
medidas principais. Se estas coincidissem, o edifício inscrever-se-ia num
cubo;
► Procurou-se a simetria absoluta, partindo-se do princípio de que o
edifício ideal é aquele em que todos os eixos, na horizontal e na vertical,
são simétricos. As fachadas, por sua vez visível no rigoroso
enquadramento que preside às portas e janelas;
► Aplicou-se a perspetiva linear;
► Retomaram-se as linhas e os ângulos retos;
► Preferiram-se as abóbadas de berço e de arestas;
► Fez-se a cópula;
► Utilizou-se preferentemente o arco de volta perfeita.
 A gramática decorativa greco-romana
Para além dos aspetos estruturais, a influência da Antiguidade fez-se
também sentir na adaptação da gramática decorativa greco-romana.
Assim:
► Empregam-se as colunas e os entablamentos das ordens clássicas. No
séc. XVI, os arquitetos elaboraram uma nova teoria das regras de
proporção;
► Retomaram-se os frontões triangulares;
► Utilizaram-se os grotescos;
► Proporções urbanísticas. História. 8º ano.
As cinco ordens clássicas. As ordens dórica, jónica e
coríntia devem-se aos Gregos; as duas restantes
aos Romanos. O Renascimento utilizou, também, a
chamada ordem colossal, na qual as colunas e as
pilastras atingem a altura de dois ou mais andares.
F. Brunelleschi, Capela dos Pazzi, Igreja
de Santa Cruz, Florença, 1430 – 33.
 Arquitetura civil e urbanismo
Para além de igrejas, o Renascimento construiu
palácios e villae, habitações destinadas ao conforto terreno
de nobres e da rica classe de mercadores. As fachadas dos
palácios eram revestidas de almofadados, constituídos por
grossas pedras esquadriadas, ou, então, reproduzir o princípio
clássico das ordens e janelas sobrepostas, como acontece no
Palácio Rucellai, em Florença.
De um modo geral, os palácios integram a decoração
clássica, à base de pilastras com capitéis coríntios e de
frontões, numa estrutura arquitetónica tipo fortaleza gótica,
dotada de torreões e altos telhados com águas-furtadas e
chaminés.
História. 8º ano.
 A racionalidade no urbanismo
Os inteletuais e artistas do Renascimento,
adeptos da perfeição, harmonia e proporção (princípios absorvidos da
Antiguidade Clássica), conceberam projetos de mundos e cidades
ideais e racionalizados.
Um urbanismo regular e racionalizado brotou,
igualmente, do génio de artistas e arquitetos do Renascimento, a quem
repugnava o caos e a assimetria da cidade medieval. Projetaram, por
isso, planos urbanísticos rectilíneos, submetidos a regras de higiene,
funcionalidade e beleza. Leonardo da Vinci mostrou-se favorável ao
levantamento de várias praças públicas, todas dotadas de fontes,
concebeu esgotos e desviou carroças e coches da parte alta das
cidades.
Infelizmente, os projetos urbanísticos dos artistas
do Renascimento quase nunca saíram do papel. As poucas obras
realizadas ficaram-se pela abertura de ruas novas, mais largas e
rectilíneas, e de praças de traçado geométrico.
F. Brunelleschi, interior da Igreja de
S. Lourenço, Florença, c. 1425.
A fachada principal de São Pedro do Vaticano concilia a
gramática decorativa greco-romana dos frontões e das
colunas e pilastras coríntias com a balaustrada encimada por
esculturas.
História. 8º ano.
História. 8º ano.
A Pintura Renascentista
É durante o Renascimento que a pintura europeia, da
Itália aos Países Baixos, da Alemanha a França e à Península
Ibérica, se promove e emancipa, adquirindo uma dignidade e
elevação sem precedentes.
A revolução pictórica renascentista foi anunciada pelo
florentino Giotto, que se soube libertar da rigidez e das
convenções próprias do Gótico. As suas figuras, inseridas em
paisagens, têm uma autenticidade comovente e uma solidez
escultórica.
Em finais do século XIV, na Flandres, na corte dos duques
de Borgonha, produziu-se um importante foco de irradiação
cultural. Pintores como van der Weyden, van der Goes ou Jan
van Eyck ficaram célebres pela perícia e minúcia do desenho,
pela luminosidade da cor e pelo naturalismo das
composições. O pintor Leonardo da Vinci, destacou-se pela
expressão de acordo com o platonismo em vigor, elevava a
pintura ao cume das artes. Ela era a arte por excelência e o
pintor um criador.
Falando, agora, das caraterísticas gerais da pintura
renascentista, diremos que ela comungou da paixão pelos
clássicos. Tal como se fez sentir no gosto pela representação
da figura humana. Deste modo, a pintura refletia, também, a
redescoberta homem e do indivíduo, que foi uma imagem de
marca da cultura renascentista. O que mais vinca a pintura do
Renascimento é a sua originalidade e criatividade.
Hugo van der Goes, A Adoração dos
Pastores, óleo sobre madeira
Leonardo da Vinci.
O Homem, centro do mundo (desenho de
Leonardo da Vinci, 1485-1490)
"Mona Lisa" de Leonardo da Vinci.
( Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a
sugestão de volume dos corpos).
 A pintura a óleo
É uma invenção flamenga do século XV, atribuída a Jan van Eyck. É realizada sobre a
madeira ou tela. A pintura a óleo conheceu uma grande aceitação, não só pela durabilidade
e possibilidade de retoque que conferia às obras de arte, mas também pela variedade de
matizes e de gradações de cor, que garantiam representações pormenorizadas e efeitos de luz
e de sombra.
 A terceira dimensão
A descoberta da terceira dimensão ficou-se a dever aos estudos matemáticos sobre a
perspetiva dos arquitetos Brunelleschi e L.B.Alberti e do pintor Piero della Francesca. De acordo
com tais estudos, o campo de visão do observador é estruturado por linhas que tendem a
unificar-se no horizonte. Servindo-se do cruzamento de oblíquas, de efeitos de luz e cores e de
aberturas rasgadas nos fundos arquitetónicos, construindo assim um espaço tridimensional,
marcado pela profundidade, pelo relevo e pelo volume das formas.
No séc. XVI, Leonardo da Vinci tornou-se um grande teórico da perspetiva aérea. Para o
efeito utilizava o sfumato, gradação pequeníssima da luz, que nos permitiu ver os objectos locais
com maior nitidez, enquanto os mais afastados se transformam em sombras azuladas.
 A geometrização
Para a composição das cenas, os pintores renascentistas adotaram formas geométricas,
com preferência pela piramidal, para a composição das cenas. Considera-se que perspetiva e
geometria foram os grandes fundamentos da composição artística no Renascimento.
História. 8º ano.
“Madona no prado" de Rafael.
Rafael: A Escola de Atenas, 1509. Vaticano.
 As representações naturalistas
As representações naturalistas enquadram-se no movimento de
descoberta da Natureza e de valorização do real numa época de renovação
de hábitos e ideias, em que se despontava a conceção do homem.
A expressividade dos rostos, aos quais não se inibia de apontar
imperfeições. Não lhes bastou a veracidade dos traços fisiológicos. A
grandeza dos retratos renascentistas residiu na sua capacidade de exprimir
sentimentos e estados de alma e de refletir os traços da personalidade.
Ressalta também, a espontaneidade dos gestos e a verosimilhança das vestes
e dos cenários, que eram de casas e paisagens da época, em lugar dos
fundos dourados das pinturas góticas.
Por sua vez, o corpo, de humanos ou animais, foi pintado com
verdadeiro rigor anatómico.
Quanto à variedade de rochas, plantas, rios, lagos, montanhas e
cidades, foram consequência de um conhecimento experimental do mundo
envolvente, que permitiu fazer da paisagem um elemento essencial da
composição pictórica.
História. 8º ano.
Paolo Uccello, S. Jorge e o Dragão,
Têmpera sobre tela. C. 1456.
História. 8º ano.
A escultura recuperou a grandeza e a preeminência
alcançadas na Antiguidade Clássica. Nelas se inspiraram os
escultores do Renascimento para traçar os novos caminhos da sua
arte. Ao deixar de estar subordinada ao enquadramento
arquitetónico, para onde a Idade Media a relegara, a escultura
ganhou agilidade e naturalidade. O corpo nu readquiriu a
dignidade perdida e a estátua equestre voltou a triunfar na praça
pública.
Humanismo e naturalismo são, efetivamente, as grandes
características da escultura do Renascimento. Os escultores
interessaram-se pela figura humana pelo indivíduo dotado de
ossos, músculos e personalidade. Foram excelentes no rigor
anatómico e na expressão fisionómica que produziram nas suas
obras. As formas rígidas da escultura medieval deram lugar à
espontaneidade e à ondulação das linhas.
O equilíbrio e a racionalidade marcaram a escultura
renascentista que mostrou um especial interesse pela composição
geométrica. O elevado aperfeiçoamento técnico de que os
escultores do Renascimento mostraram ser capazes. Salientam-se
os estudos de perspetiva, baseados em rigorosos desenhos prévios,
que permitiram a proporção e o naturalismo da escultura.
Escultores célebres do Renascimento:
► Lorenzo Ghiberti
► Donatello
► Bernardo Rossellino
► Andrea del Verrocchio
► Miguel Ângelo
História. 8º ano.
Donatello, David, bronze, c. 1430 – 40.
Pietà do Vaticano de Miguel Ângelo
História. 8º ano.
"David" de Miguel Ângelo (1504)
Florença.
História. 8º ano.
A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a
afirmação das novas tendências
renascentistas
Portugal, no séc. XVI sob a influência das descobertas marítimas,
do afluxo das riquezas de além-mar, da consolidação do poder real e
do fausto da vida cortesã, a arquitetura gótica renova-se e multiplica-se
os motivos ornamentais, dando origem a um estilo híbrido, denominado
por manuelino.
 O gótico-manuelino
Desde o séc. XIX, o manuelino foi considerado um estilo artístico
vincadamente português, com fortes ligações às descobertas marítimas.
Forjado num contexto de nacionalismo romântico, este conceito de
manuelino surgia como a concretização artística da época da História
de Portugal.
Atualmente, os especialistas vêem com as maiores reservas tal
interpretação. Mais do que um estilo, dotado de originalidade e
uniformidade, o manuelino é uma arte heterogénea. Manifesta-se na
arquitetura e na decoração arquitetónica e nela se fundem:
► O naturalismo;
► O exotismo;
► A simbologia cristã.
Do ponto de vista estrutural, o estilo gótico foi mantido, embora se
introduzissem algumas alterações. No que se refere à decoração, o
manuelino carateriza-se pela exuberância das formas naturalistas, onde
os motivos marinhos se conjugam com a vegetação terrestre.
Embora o manuelino esteja maioritariamente representado na
arquitetura religiosa de Portugal, não devemos esquecer os progressos
verificados na arquitetura civil…os paços régios e os solares nobres
representam bem a decoração manuelina.
História. 8º ano.
Janela ocidental da Casa do Capítulo
do Convento de Cristo, Tomar (1510-
12).
Com as raízes de um carvalho (que
um velho sustenta no lado inferior),
caules, algas, conchas, nós e
emblemas régios, construiu Diogo
de Arruda um autêntico bordado de
pedraria.
Mosteiro dos Jerónimos
 A Arquitetura Renascentista
O classicismo renascentista foi introduzido na arquitetura sob a
forma decorativa plateresca. Foi no entanto no reinado de D. João III que
a estrutura arquitetónica acusaria a influência da estética clássica. O
austero espírito do monarca e a contracção de despesas régias levaram
ao abandono da exuberância manuelina, substituída pela depuração e
severidade das linhas clássicas.
Podem considerar-se manifestações de classicismo na arquitetura
portuguesa:
 a simplificação das nervuras das abóbadas de cruzaria;
 a utilização de abóbadas de berço redondo e das coberturas planas de
madeira;
 a substituição de contrafortes por pilastras laterais;
 a delimitação das naves por arcadas redondas, assentes em colunas
toscanas;
 a multiplicação dos frontões, das colunas e dos capitéis clássicos, assim
como dos respetivos entablamentos;
 a expansão do modelo de igreja-salão;
 o aparecimento da planta centrada.
De entre os arquitetos portugueses que mais se esforçaram por
aplicar o classicismo entre nós, destacam-se João de Castilho, seu irmão
Diogo de Castilho, Miguel de Arruda e Diogo de Torralva.
 A escultura
A persistência do gótico e a sua renovação decorativa explicam
que a escultura portuguesa do Renascimento continuasse fortemente
ligada ao enquadramento arquitetónico, impedindo-a de uma
emancipação e monumentalidade verificadas na Itália.
Entre os séculos XV e XVI, podemos falar num surto escultórico, seja
na decoração ou estatuária. Aos artistas nacionais e estrangeiros devemos
uma obra multifacetada de crescente capacidade técnica, onde o
gótico, o manuelino e o classicismo se funde harmoniosamente.
História. 8º ano.
Jardim do Mosteiro dos Jerónimos.
Mosteiro dos Jerónimos.
Destacam-se na escultura renascentista portuguesa:
 Diogo Pires, o Moço, que dirigiu uma florescente oficina em
Coimbra;
 João de Castilho e Diogo de Arruda;
 Nicolau Chanterenne, João de Ruão e Filipe Hodarte, os três de
nacionalidade francesa.
 A pintura
Entre o séc. XV e o séc. XVI, verifica-se uma renovação na
pintura portuguesa, que de um formulário gótico evoluiu para
cânones mais próximos do Renascimento europeu. Tais factos não
foram alheios os contactos culturais.
As mestrias cromáticas, onde avultam as cores vivas, os
retratos individualizados, o pormenor realista aproximam-nos da
pintura flamenga. Já a modelação escultórica das figuras
humanas e a monumentalidade geométrica da composição
acusam a influência italiana.
Os famosos Painéis de S. Vicente, que são atribuídos a Nuno
Gonçalves (pintor régio de D. Afonso V), testemunham a abertura
da nossa pintura à inovação pictórica do tempo. A mestria
cromática, onde avultam as cores vivas, os retratos
individualizados, o pormenor realista aproximam-nos da pintura
flamenga. Já a modelação escultórica das figuras humanas e a
monumentalidade geométrica da composição denotam a
influência italiana.
No panorama da pintura portuguesa do século XVI,
sobressaíram várias escolas ou oficinas, tal como a oficina do
Mestre do Sardoal, em Coimbra, cuja pintura, de forte sentido
decorativo, se mostra ainda demasiado vinculada aos cânones
góticos.
História. 8º ano.
Painel do Infante no Políptico de S. Vicente de
Fora, óleo e têmpera sobre madeira (c. 1471).
O Pentecostes, óleo sobre madeira de 1509 - 1511
No final deste trabalho, posso concluir que o Renascimento,
trouxe, não só novas inovações na pintura, arquitetura e
escultura, como também adaptou e reintroduziu os modelos
clássicos (como é o caso das colunas dóricas, jónicas e coríntias,
que passaram a fazer parte dos elementos arquitetónicos
renascentistas).
Portugal também não foi exceção, sendo que entre os
séculos XV e XVI, a arquitetura gótica renovou-se e multiplicou os
motivos ornamentais, dando origem ao estilo Manuelino, cujos
elementos são naturais, inspirados nos Descobrimentos Marítimos
e nos símbolos régios e cristãos.
No período do Renascimento, destacam-se, também,
grandes artistas, arquitetos, escultores, como: Leonardo da Vinci,
Giotto, Miguel Ângelo, o português Nuno Gonçalves, Donatello,
Filippo Brunelleschi, entre outros…
Em suma, aprendi muito sobre a pintura, escultura e
arquitetura Renascentista, não só em Itália como no resto da
Europa (incluindo Portugal).
História. 8º ano.
 MAIA, Cristina; BRANDÃO , Isabel - Viva a História! 8,
Porto: Porto Editora, 2007;
 MORAIS, Gabriela - Dicionário por imagens das Artes,
Lisboa: FLEURUS LIVROS e LIVROS, 2003;
 COUTO, Célia; ROSAS, Maria – O Tempo Da História, 10º
ano, 3.ª parte, Porto: Porto Editora, 2010;
 www.google.pt;
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento;
 http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?
codigo=215.
História. 8º ano.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Arquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaArquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaDeaaSouza
 
A cultura do palacio
A cultura do palacioA cultura do palacio
A cultura do palacioAna Barreiros
 
A Pintura Renascentista
A Pintura RenascentistaA Pintura Renascentista
A Pintura RenascentistaSusana Simões
 
Pintura do quattrocento
Pintura do quattrocentoPintura do quattrocento
Pintura do quattrocentoAna Barreiros
 
Pintura renascentista
Pintura renascentistaPintura renascentista
Pintura renascentistaKaryn XP
 
Módulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura GóticaMódulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura GóticaCarla Freitas
 
Arte Renascentista
Arte RenascentistaArte Renascentista
Arte Renascentistanandacruz
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura góticaAna Barreiros
 
Arte Romanica
Arte RomanicaArte Romanica
Arte Romanicatorga
 
27 a arte renascentista
27   a arte renascentista27   a arte renascentista
27 a arte renascentistaCarla Freitas
 
Arte Renascentista
Arte RenascentistaArte Renascentista
Arte RenascentistaMaria Gomes
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismocattonia
 

Mais procurados (20)

Arquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaArquitetura Renascentista
Arquitetura Renascentista
 
A cultura do palacio
A cultura do palacioA cultura do palacio
A cultura do palacio
 
ARTES: Renascimento
ARTES: RenascimentoARTES: Renascimento
ARTES: Renascimento
 
A Pintura Renascentista
A Pintura RenascentistaA Pintura Renascentista
A Pintura Renascentista
 
Pintura renascentista
Pintura renascentistaPintura renascentista
Pintura renascentista
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
Pintura do quattrocento
Pintura do quattrocentoPintura do quattrocento
Pintura do quattrocento
 
Pintura renascentista
Pintura renascentistaPintura renascentista
Pintura renascentista
 
O Barroco
O BarrocoO Barroco
O Barroco
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
Arte manuelina margarida freire
Arte manuelina   margarida freireArte manuelina   margarida freire
Arte manuelina margarida freire
 
Módulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura GóticaMódulo 4 - Escultura Gótica
Módulo 4 - Escultura Gótica
 
Arte Renascentista
Arte RenascentistaArte Renascentista
Arte Renascentista
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
Arte Romanica
Arte RomanicaArte Romanica
Arte Romanica
 
27 a arte renascentista
27   a arte renascentista27   a arte renascentista
27 a arte renascentista
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Arte Renascentista
Arte RenascentistaArte Renascentista
Arte Renascentista
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
 

Destaque

O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O RenascimentoJoão Lima
 
Arterenascentista2 110226062956-phpapp01
Arterenascentista2 110226062956-phpapp01Arterenascentista2 110226062956-phpapp01
Arterenascentista2 110226062956-phpapp01Camila Mirka
 
História da Arte - Barroco e Rococó
História da Arte - Barroco e RococóHistória da Arte - Barroco e Rococó
História da Arte - Barroco e RococóAndressa Silva
 
08 barroco e-rococo_2011.ppt
08 barroco e-rococo_2011.ppt08 barroco e-rococo_2011.ppt
08 barroco e-rococo_2011.pptpaulo_batista
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentistaAndré Manel
 
História da moda idade moderna cristina aguiar
História da moda   idade moderna cristina aguiarHistória da moda   idade moderna cristina aguiar
História da moda idade moderna cristina aguiarCristina Aguiar
 
Arte Maneirismo
Arte ManeirismoArte Maneirismo
Arte Maneirismolucfabbr
 
Monumentos Portugueses
Monumentos PortuguesesMonumentos Portugueses
Monumentos Portuguesesblocas
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentistaDaniel Lêda
 
9 e 10 renascimento - 2009
9 e 10   renascimento - 20099 e 10   renascimento - 2009
9 e 10 renascimento - 2009Leandro Zermiani
 
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em PortugalEstilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em PortugalRui Nobre
 
Arte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalArte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalMaria Gomes
 
Aula 03 renascimento-maneirismo
Aula 03 renascimento-maneirismoAula 03 renascimento-maneirismo
Aula 03 renascimento-maneirismoMarcio Duarte
 

Destaque (20)

Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
Arterenascentista2 110226062956-phpapp01
Arterenascentista2 110226062956-phpapp01Arterenascentista2 110226062956-phpapp01
Arterenascentista2 110226062956-phpapp01
 
História da Arte - Barroco e Rococó
História da Arte - Barroco e RococóHistória da Arte - Barroco e Rococó
História da Arte - Barroco e Rococó
 
08 barroco e-rococo_2011.ppt
08 barroco e-rococo_2011.ppt08 barroco e-rococo_2011.ppt
08 barroco e-rococo_2011.ppt
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
História da moda idade moderna cristina aguiar
História da moda   idade moderna cristina aguiarHistória da moda   idade moderna cristina aguiar
História da moda idade moderna cristina aguiar
 
Arte Maneirismo
Arte ManeirismoArte Maneirismo
Arte Maneirismo
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
Monumentos Portugueses
Monumentos PortuguesesMonumentos Portugueses
Monumentos Portugueses
 
Arte Pública
Arte PúblicaArte Pública
Arte Pública
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
9 e 10 renascimento - 2009
9 e 10   renascimento - 20099 e 10   renascimento - 2009
9 e 10 renascimento - 2009
 
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em PortugalEstilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
 
Arte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em PortugalArte do Renascimento em Portugal
Arte do Renascimento em Portugal
 
Aula 03 renascimento-maneirismo
Aula 03 renascimento-maneirismoAula 03 renascimento-maneirismo
Aula 03 renascimento-maneirismo
 

Semelhante a A Arte do Renascimento

Renascimento: A arte e a ciência
Renascimento: A arte e a ciênciaRenascimento: A arte e a ciência
Renascimento: A arte e a ciênciaJoão Lima
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxcattonia
 
Renascimento (2)
Renascimento (2)Renascimento (2)
Renascimento (2)cattonia
 
artistas do renascimento.ppt
artistas do renascimento.pptartistas do renascimento.ppt
artistas do renascimento.pptLuiz Fabio Alves
 
O renascimento cultural
O renascimento culturalO renascimento cultural
O renascimento culturalRafaela Souza
 
O renascimento cultural(1)
O renascimento cultural(1)O renascimento cultural(1)
O renascimento cultural(1)Rafaela Souza
 
Reinvenção das formas artísticas
Reinvenção das formas artísticasReinvenção das formas artísticas
Reinvenção das formas artísticascattonia
 
5. a cultura do palácio a arte
5. a cultura do palácio   a arte5. a cultura do palácio   a arte
5. a cultura do palácio a artecattonia
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesJanayna Lira
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesJanayna Lira
 

Semelhante a A Arte do Renascimento (20)

História a
História aHistória a
História a
 
Renascimento: A arte e a ciência
Renascimento: A arte e a ciênciaRenascimento: A arte e a ciência
Renascimento: A arte e a ciência
 
Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 02
Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 02Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 02
Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 02
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsx
 
Renascimento (2)
Renascimento (2)Renascimento (2)
Renascimento (2)
 
Resnascimento
ResnascimentoResnascimento
Resnascimento
 
artistas do renascimento.ppt
artistas do renascimento.pptartistas do renascimento.ppt
artistas do renascimento.ppt
 
Histarte resumos
Histarte resumosHistarte resumos
Histarte resumos
 
O renascimento cultural
O renascimento culturalO renascimento cultural
O renascimento cultural
 
O renascimento cultural(1)
O renascimento cultural(1)O renascimento cultural(1)
O renascimento cultural(1)
 
Neoclássico
NeoclássicoNeoclássico
Neoclássico
 
Reinvenção das formas artísticas
Reinvenção das formas artísticasReinvenção das formas artísticas
Reinvenção das formas artísticas
 
Filosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidadeFilosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidade
 
Filosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidadeFilosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidade
 
Historia da arte
Historia da arteHistoria da arte
Historia da arte
 
arte
artearte
arte
 
5. a cultura do palácio a arte
5. a cultura do palácio   a arte5. a cultura do palácio   a arte
5. a cultura do palácio a arte
 
Arte do renascimento
Arte do renascimentoArte do renascimento
Arte do renascimento
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 

Mais de Iva Leão

Grandes concentrações e grandes vazios humanos trabalho de geografia, iva l...
Grandes concentrações e grandes vazios humanos   trabalho de geografia, iva l...Grandes concentrações e grandes vazios humanos   trabalho de geografia, iva l...
Grandes concentrações e grandes vazios humanos trabalho de geografia, iva l...Iva Leão
 
Trabalho para geografia transportes tubulares. iva leão. 9º g.
Trabalho para geografia   transportes tubulares. iva leão. 9º g.Trabalho para geografia   transportes tubulares. iva leão. 9º g.
Trabalho para geografia transportes tubulares. iva leão. 9º g.Iva Leão
 
Principais componentes de um computador.
Principais componentes de um computador.Principais componentes de um computador.
Principais componentes de um computador.Iva Leão
 
Rio + 20 trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.
Rio + 20  trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.Rio + 20  trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.
Rio + 20 trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.Iva Leão
 
A emancipação feminina trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.
A emancipação feminina   trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.A emancipação feminina   trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.
A emancipação feminina trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.Iva Leão
 
As minas de salomão power-point para lp
As minas de salomão  power-point para lpAs minas de salomão  power-point para lp
As minas de salomão power-point para lpIva Leão
 
A vida é bela
A vida é belaA vida é bela
A vida é belaIva Leão
 
Biografia de guilhermina suggia (2)
Biografia de guilhermina suggia (2)Biografia de guilhermina suggia (2)
Biografia de guilhermina suggia (2)Iva Leão
 
O pianista para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.
O pianista   para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.O pianista   para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.
O pianista para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.Iva Leão
 
Being flight attendant school work for english
Being flight attendant   school work for englishBeing flight attendant   school work for english
Being flight attendant school work for englishIva Leão
 
Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.
Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.
Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.Iva Leão
 
Origem de diversos utensílios
Origem de diversos utensíliosOrigem de diversos utensílios
Origem de diversos utensíliosIva Leão
 
Liechtenstein, Schweiz, Österreich und Deutschland
Liechtenstein, Schweiz, Österreich und DeutschlandLiechtenstein, Schweiz, Österreich und Deutschland
Liechtenstein, Schweiz, Österreich und DeutschlandIva Leão
 
Indução da ovulação.
Indução da ovulação.Indução da ovulação.
Indução da ovulação.Iva Leão
 
Ferramentas do Office
Ferramentas do OfficeFerramentas do Office
Ferramentas do OfficeIva Leão
 

Mais de Iva Leão (15)

Grandes concentrações e grandes vazios humanos trabalho de geografia, iva l...
Grandes concentrações e grandes vazios humanos   trabalho de geografia, iva l...Grandes concentrações e grandes vazios humanos   trabalho de geografia, iva l...
Grandes concentrações e grandes vazios humanos trabalho de geografia, iva l...
 
Trabalho para geografia transportes tubulares. iva leão. 9º g.
Trabalho para geografia   transportes tubulares. iva leão. 9º g.Trabalho para geografia   transportes tubulares. iva leão. 9º g.
Trabalho para geografia transportes tubulares. iva leão. 9º g.
 
Principais componentes de um computador.
Principais componentes de um computador.Principais componentes de um computador.
Principais componentes de um computador.
 
Rio + 20 trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.
Rio + 20  trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.Rio + 20  trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.
Rio + 20 trabalho para c.n. - iva leão, 8ºg, nº9.
 
A emancipação feminina trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.
A emancipação feminina   trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.A emancipação feminina   trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.
A emancipação feminina trabalho para história- iva leão, 9ºg, nº9.
 
As minas de salomão power-point para lp
As minas de salomão  power-point para lpAs minas de salomão  power-point para lp
As minas de salomão power-point para lp
 
A vida é bela
A vida é belaA vida é bela
A vida é bela
 
Biografia de guilhermina suggia (2)
Biografia de guilhermina suggia (2)Biografia de guilhermina suggia (2)
Biografia de guilhermina suggia (2)
 
O pianista para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.
O pianista   para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.O pianista   para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.
O pianista para apresentação oral de português. iva leão. 9ºg. nº9.
 
Being flight attendant school work for english
Being flight attendant   school work for englishBeing flight attendant   school work for english
Being flight attendant school work for english
 
Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.
Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.
Plano de apresentação oral do livro 'os maias', de eça de queirós.
 
Origem de diversos utensílios
Origem de diversos utensíliosOrigem de diversos utensílios
Origem de diversos utensílios
 
Liechtenstein, Schweiz, Österreich und Deutschland
Liechtenstein, Schweiz, Österreich und DeutschlandLiechtenstein, Schweiz, Österreich und Deutschland
Liechtenstein, Schweiz, Österreich und Deutschland
 
Indução da ovulação.
Indução da ovulação.Indução da ovulação.
Indução da ovulação.
 
Ferramentas do Office
Ferramentas do OfficeFerramentas do Office
Ferramentas do Office
 

Último

Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 

Último (20)

Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 

A Arte do Renascimento

  • 2. Neste trabalho vou falar sobre a reinvenção das formas artísticas, a imitação e superação dos modelos da Antiguidade, o Classicismo e as novas formas de pintura, escultura e arquitetura que surgem, inspiradas nos modelos greco-romanos, durante o Renascimento, na Europa e inclusive em Portugal. Com o tema: “A Arte Renascentista”, que irei desenvolver ao longo do trabalho, quero que nenhum pormenor escape e vou fazer os possíveis para que não ocorram erros no mesmo. Com este trabalho, espero conhecer mais sobre as novas formas artísticas do Renascimento e aprender muito sobre o tema, pois “o saber não ocupa lugar”. História. 8º ano.
  • 3. Consulta Interativa Pode consultar o que quiser sobre a Arte Renascentista, clicando nas imagens á sua escolha que vão aparecer no diapositivo seguinte. Essas imagens levarão mais rapidamente aos diapositivos que falam do assunto que a imagem trata. Quando aparecer este símbolo, ao clicar nele, leva novamente à consulta interativa, para selecionar outro tema à escolha. História. 8º ano.
  • 4. A Arte Renascentista - Consulta Interativa A imitação e superação dos modelos da antiguidade Arquitetura Pintura Escultura BibliografiaA arte em Portugal: o gótico- manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas História. 8º ano.
  • 5. A imitação e superação dos modelos da antiguidade Tal como nas letras e o pensamento renascentistas, também a arte dos sécs. XV e XVI foi marcada por uma nova estética e uma nova sensibilidade, que irradiaram da Itália e difundiram-se pela Península Itálica, tornando-se Roma e Veneza os principais centros desta arte. O regresso aos clássicos e o regresso à natureza inscreveram-se nos seus propósitos fundamentais.  Classicismo O ressurgimento da Antiguidade clássica influenciou profundamente o mundo das formas. Os artistas do Renascimento, tal como os humanistas, manifestaram um tal repúdio pela estética medieval, particularmente pela gótica, que consideravam oposta à clássica. Só a arte dos antigos é que era harmoniosa, proporcionada e bela, pois baseava-se em leis e regras racionais. Como manifestações de classicismo na arte do Renascimento, deve-se referir: A recuperação dos elementos arquitetónicos greco-romanos, tal como a própria teoria clássica de ordem arquitetónica; Adoção de temáticas e figuras da mitologia e da história clássica; O gosto pela representação do corpo humano com uma plenitude quase pagã. O nu ressurge glorificado, no Homem, a perfeição divina das suas formas; O sentido de harmonia, simetria e ordem que transparece das criações artísticas, verdadeiramente celebrador da excelência humana. Ao fazer do Homem uma medida na arte, o classicismo acabou por se tornar uma forma de humanismo artístico. História. 8º ano. Artemísia Gentileschi, Judite. Domenico Ghirlandaio, Retrato de um velho e de uma criança, têmpera sobre madeira, 1488. Repare-se no realismo do retrato do velho, levado ao extremo de representar as imperfeições do seu nariz.
  • 6.  Naturalismo Um vivo sentido de captação do real animou os artistas do Renascimento, que exprimiam um verdadeiro prazer nas representações do ser humano e nas reproduções da Natureza. Foi o naturalismo (teoria e atitude filosófica e estética que valoriza a observação e a imitação da Natureza) na arte responsável pela descoberta de duas importantes e revolucionárias técnicas: A perspetiva, conjunto de regras geométricas que permitem reproduzir, numa superfície plana, objetos e pessoas com aspeto tridimensional. A pintura a óleo, favorece a visualização do detalhe e a obtenção de uma gama de cores rica em tonalidades. A capacidade técnica dos artistas do renascimento levou-os a produzir uma obra original, superando os modelos da Antiguidade. Conscientes do seu valor, da sua cultura, experiência e dos seus múltiplos talentos, os artistas não mais quiseram ser considerados apenas bons artífices de uma oficina de arte. Por isso, recusaram a integração nas corporações e, orgulhosamente, colocaram a sua assinatura nas obras de arte. O artista do renascimento sentiu-se um criador. História. 8º ano. Giotto, São Francisco recebendo os estigmas - pormenor de um retábulo, c. 1300.
  • 8. Foi na Itália, que a arquitetura renascentista se afirmou e definiu as suas principais caraterísticas.  Simplificação e racionalização da estrutura dos edifícios De costas voltadas para o estilo gótico e influenciada pela Antiguidade, a arquitetura procedeu à simplificação e racionalização da estrutura dos edifícios. Com efeito: ► Verificou-se uma matematização rigorosa do espaço arquitetónico a partir de múltiplos de uma unidade-padrão. As relações proporcionais, estabelecidas entre as várias partes do edifício estenderam-se às suas medidas principais. Se estas coincidissem, o edifício inscrever-se-ia num cubo; ► Procurou-se a simetria absoluta, partindo-se do princípio de que o edifício ideal é aquele em que todos os eixos, na horizontal e na vertical, são simétricos. As fachadas, por sua vez visível no rigoroso enquadramento que preside às portas e janelas; ► Aplicou-se a perspetiva linear; ► Retomaram-se as linhas e os ângulos retos; ► Preferiram-se as abóbadas de berço e de arestas; ► Fez-se a cópula; ► Utilizou-se preferentemente o arco de volta perfeita.  A gramática decorativa greco-romana Para além dos aspetos estruturais, a influência da Antiguidade fez-se também sentir na adaptação da gramática decorativa greco-romana. Assim: ► Empregam-se as colunas e os entablamentos das ordens clássicas. No séc. XVI, os arquitetos elaboraram uma nova teoria das regras de proporção; ► Retomaram-se os frontões triangulares; ► Utilizaram-se os grotescos; ► Proporções urbanísticas. História. 8º ano. As cinco ordens clássicas. As ordens dórica, jónica e coríntia devem-se aos Gregos; as duas restantes aos Romanos. O Renascimento utilizou, também, a chamada ordem colossal, na qual as colunas e as pilastras atingem a altura de dois ou mais andares. F. Brunelleschi, Capela dos Pazzi, Igreja de Santa Cruz, Florença, 1430 – 33.
  • 9.  Arquitetura civil e urbanismo Para além de igrejas, o Renascimento construiu palácios e villae, habitações destinadas ao conforto terreno de nobres e da rica classe de mercadores. As fachadas dos palácios eram revestidas de almofadados, constituídos por grossas pedras esquadriadas, ou, então, reproduzir o princípio clássico das ordens e janelas sobrepostas, como acontece no Palácio Rucellai, em Florença. De um modo geral, os palácios integram a decoração clássica, à base de pilastras com capitéis coríntios e de frontões, numa estrutura arquitetónica tipo fortaleza gótica, dotada de torreões e altos telhados com águas-furtadas e chaminés. História. 8º ano.  A racionalidade no urbanismo Os inteletuais e artistas do Renascimento, adeptos da perfeição, harmonia e proporção (princípios absorvidos da Antiguidade Clássica), conceberam projetos de mundos e cidades ideais e racionalizados. Um urbanismo regular e racionalizado brotou, igualmente, do génio de artistas e arquitetos do Renascimento, a quem repugnava o caos e a assimetria da cidade medieval. Projetaram, por isso, planos urbanísticos rectilíneos, submetidos a regras de higiene, funcionalidade e beleza. Leonardo da Vinci mostrou-se favorável ao levantamento de várias praças públicas, todas dotadas de fontes, concebeu esgotos e desviou carroças e coches da parte alta das cidades. Infelizmente, os projetos urbanísticos dos artistas do Renascimento quase nunca saíram do papel. As poucas obras realizadas ficaram-se pela abertura de ruas novas, mais largas e rectilíneas, e de praças de traçado geométrico. F. Brunelleschi, interior da Igreja de S. Lourenço, Florença, c. 1425. A fachada principal de São Pedro do Vaticano concilia a gramática decorativa greco-romana dos frontões e das colunas e pilastras coríntias com a balaustrada encimada por esculturas.
  • 11. História. 8º ano. A Pintura Renascentista É durante o Renascimento que a pintura europeia, da Itália aos Países Baixos, da Alemanha a França e à Península Ibérica, se promove e emancipa, adquirindo uma dignidade e elevação sem precedentes. A revolução pictórica renascentista foi anunciada pelo florentino Giotto, que se soube libertar da rigidez e das convenções próprias do Gótico. As suas figuras, inseridas em paisagens, têm uma autenticidade comovente e uma solidez escultórica. Em finais do século XIV, na Flandres, na corte dos duques de Borgonha, produziu-se um importante foco de irradiação cultural. Pintores como van der Weyden, van der Goes ou Jan van Eyck ficaram célebres pela perícia e minúcia do desenho, pela luminosidade da cor e pelo naturalismo das composições. O pintor Leonardo da Vinci, destacou-se pela expressão de acordo com o platonismo em vigor, elevava a pintura ao cume das artes. Ela era a arte por excelência e o pintor um criador. Falando, agora, das caraterísticas gerais da pintura renascentista, diremos que ela comungou da paixão pelos clássicos. Tal como se fez sentir no gosto pela representação da figura humana. Deste modo, a pintura refletia, também, a redescoberta homem e do indivíduo, que foi uma imagem de marca da cultura renascentista. O que mais vinca a pintura do Renascimento é a sua originalidade e criatividade. Hugo van der Goes, A Adoração dos Pastores, óleo sobre madeira Leonardo da Vinci. O Homem, centro do mundo (desenho de Leonardo da Vinci, 1485-1490) "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci. ( Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos).
  • 12.  A pintura a óleo É uma invenção flamenga do século XV, atribuída a Jan van Eyck. É realizada sobre a madeira ou tela. A pintura a óleo conheceu uma grande aceitação, não só pela durabilidade e possibilidade de retoque que conferia às obras de arte, mas também pela variedade de matizes e de gradações de cor, que garantiam representações pormenorizadas e efeitos de luz e de sombra.  A terceira dimensão A descoberta da terceira dimensão ficou-se a dever aos estudos matemáticos sobre a perspetiva dos arquitetos Brunelleschi e L.B.Alberti e do pintor Piero della Francesca. De acordo com tais estudos, o campo de visão do observador é estruturado por linhas que tendem a unificar-se no horizonte. Servindo-se do cruzamento de oblíquas, de efeitos de luz e cores e de aberturas rasgadas nos fundos arquitetónicos, construindo assim um espaço tridimensional, marcado pela profundidade, pelo relevo e pelo volume das formas. No séc. XVI, Leonardo da Vinci tornou-se um grande teórico da perspetiva aérea. Para o efeito utilizava o sfumato, gradação pequeníssima da luz, que nos permitiu ver os objectos locais com maior nitidez, enquanto os mais afastados se transformam em sombras azuladas.  A geometrização Para a composição das cenas, os pintores renascentistas adotaram formas geométricas, com preferência pela piramidal, para a composição das cenas. Considera-se que perspetiva e geometria foram os grandes fundamentos da composição artística no Renascimento. História. 8º ano. “Madona no prado" de Rafael. Rafael: A Escola de Atenas, 1509. Vaticano.
  • 13.  As representações naturalistas As representações naturalistas enquadram-se no movimento de descoberta da Natureza e de valorização do real numa época de renovação de hábitos e ideias, em que se despontava a conceção do homem. A expressividade dos rostos, aos quais não se inibia de apontar imperfeições. Não lhes bastou a veracidade dos traços fisiológicos. A grandeza dos retratos renascentistas residiu na sua capacidade de exprimir sentimentos e estados de alma e de refletir os traços da personalidade. Ressalta também, a espontaneidade dos gestos e a verosimilhança das vestes e dos cenários, que eram de casas e paisagens da época, em lugar dos fundos dourados das pinturas góticas. Por sua vez, o corpo, de humanos ou animais, foi pintado com verdadeiro rigor anatómico. Quanto à variedade de rochas, plantas, rios, lagos, montanhas e cidades, foram consequência de um conhecimento experimental do mundo envolvente, que permitiu fazer da paisagem um elemento essencial da composição pictórica. História. 8º ano. Paolo Uccello, S. Jorge e o Dragão, Têmpera sobre tela. C. 1456.
  • 15. A escultura recuperou a grandeza e a preeminência alcançadas na Antiguidade Clássica. Nelas se inspiraram os escultores do Renascimento para traçar os novos caminhos da sua arte. Ao deixar de estar subordinada ao enquadramento arquitetónico, para onde a Idade Media a relegara, a escultura ganhou agilidade e naturalidade. O corpo nu readquiriu a dignidade perdida e a estátua equestre voltou a triunfar na praça pública. Humanismo e naturalismo são, efetivamente, as grandes características da escultura do Renascimento. Os escultores interessaram-se pela figura humana pelo indivíduo dotado de ossos, músculos e personalidade. Foram excelentes no rigor anatómico e na expressão fisionómica que produziram nas suas obras. As formas rígidas da escultura medieval deram lugar à espontaneidade e à ondulação das linhas. O equilíbrio e a racionalidade marcaram a escultura renascentista que mostrou um especial interesse pela composição geométrica. O elevado aperfeiçoamento técnico de que os escultores do Renascimento mostraram ser capazes. Salientam-se os estudos de perspetiva, baseados em rigorosos desenhos prévios, que permitiram a proporção e o naturalismo da escultura. Escultores célebres do Renascimento: ► Lorenzo Ghiberti ► Donatello ► Bernardo Rossellino ► Andrea del Verrocchio ► Miguel Ângelo História. 8º ano. Donatello, David, bronze, c. 1430 – 40. Pietà do Vaticano de Miguel Ângelo
  • 16. História. 8º ano. "David" de Miguel Ângelo (1504) Florença.
  • 18. A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas Portugal, no séc. XVI sob a influência das descobertas marítimas, do afluxo das riquezas de além-mar, da consolidação do poder real e do fausto da vida cortesã, a arquitetura gótica renova-se e multiplica-se os motivos ornamentais, dando origem a um estilo híbrido, denominado por manuelino.  O gótico-manuelino Desde o séc. XIX, o manuelino foi considerado um estilo artístico vincadamente português, com fortes ligações às descobertas marítimas. Forjado num contexto de nacionalismo romântico, este conceito de manuelino surgia como a concretização artística da época da História de Portugal. Atualmente, os especialistas vêem com as maiores reservas tal interpretação. Mais do que um estilo, dotado de originalidade e uniformidade, o manuelino é uma arte heterogénea. Manifesta-se na arquitetura e na decoração arquitetónica e nela se fundem: ► O naturalismo; ► O exotismo; ► A simbologia cristã. Do ponto de vista estrutural, o estilo gótico foi mantido, embora se introduzissem algumas alterações. No que se refere à decoração, o manuelino carateriza-se pela exuberância das formas naturalistas, onde os motivos marinhos se conjugam com a vegetação terrestre. Embora o manuelino esteja maioritariamente representado na arquitetura religiosa de Portugal, não devemos esquecer os progressos verificados na arquitetura civil…os paços régios e os solares nobres representam bem a decoração manuelina. História. 8º ano. Janela ocidental da Casa do Capítulo do Convento de Cristo, Tomar (1510- 12). Com as raízes de um carvalho (que um velho sustenta no lado inferior), caules, algas, conchas, nós e emblemas régios, construiu Diogo de Arruda um autêntico bordado de pedraria. Mosteiro dos Jerónimos
  • 19.  A Arquitetura Renascentista O classicismo renascentista foi introduzido na arquitetura sob a forma decorativa plateresca. Foi no entanto no reinado de D. João III que a estrutura arquitetónica acusaria a influência da estética clássica. O austero espírito do monarca e a contracção de despesas régias levaram ao abandono da exuberância manuelina, substituída pela depuração e severidade das linhas clássicas. Podem considerar-se manifestações de classicismo na arquitetura portuguesa:  a simplificação das nervuras das abóbadas de cruzaria;  a utilização de abóbadas de berço redondo e das coberturas planas de madeira;  a substituição de contrafortes por pilastras laterais;  a delimitação das naves por arcadas redondas, assentes em colunas toscanas;  a multiplicação dos frontões, das colunas e dos capitéis clássicos, assim como dos respetivos entablamentos;  a expansão do modelo de igreja-salão;  o aparecimento da planta centrada. De entre os arquitetos portugueses que mais se esforçaram por aplicar o classicismo entre nós, destacam-se João de Castilho, seu irmão Diogo de Castilho, Miguel de Arruda e Diogo de Torralva.  A escultura A persistência do gótico e a sua renovação decorativa explicam que a escultura portuguesa do Renascimento continuasse fortemente ligada ao enquadramento arquitetónico, impedindo-a de uma emancipação e monumentalidade verificadas na Itália. Entre os séculos XV e XVI, podemos falar num surto escultórico, seja na decoração ou estatuária. Aos artistas nacionais e estrangeiros devemos uma obra multifacetada de crescente capacidade técnica, onde o gótico, o manuelino e o classicismo se funde harmoniosamente. História. 8º ano. Jardim do Mosteiro dos Jerónimos. Mosteiro dos Jerónimos.
  • 20. Destacam-se na escultura renascentista portuguesa:  Diogo Pires, o Moço, que dirigiu uma florescente oficina em Coimbra;  João de Castilho e Diogo de Arruda;  Nicolau Chanterenne, João de Ruão e Filipe Hodarte, os três de nacionalidade francesa.  A pintura Entre o séc. XV e o séc. XVI, verifica-se uma renovação na pintura portuguesa, que de um formulário gótico evoluiu para cânones mais próximos do Renascimento europeu. Tais factos não foram alheios os contactos culturais. As mestrias cromáticas, onde avultam as cores vivas, os retratos individualizados, o pormenor realista aproximam-nos da pintura flamenga. Já a modelação escultórica das figuras humanas e a monumentalidade geométrica da composição acusam a influência italiana. Os famosos Painéis de S. Vicente, que são atribuídos a Nuno Gonçalves (pintor régio de D. Afonso V), testemunham a abertura da nossa pintura à inovação pictórica do tempo. A mestria cromática, onde avultam as cores vivas, os retratos individualizados, o pormenor realista aproximam-nos da pintura flamenga. Já a modelação escultórica das figuras humanas e a monumentalidade geométrica da composição denotam a influência italiana. No panorama da pintura portuguesa do século XVI, sobressaíram várias escolas ou oficinas, tal como a oficina do Mestre do Sardoal, em Coimbra, cuja pintura, de forte sentido decorativo, se mostra ainda demasiado vinculada aos cânones góticos. História. 8º ano. Painel do Infante no Políptico de S. Vicente de Fora, óleo e têmpera sobre madeira (c. 1471). O Pentecostes, óleo sobre madeira de 1509 - 1511
  • 21. No final deste trabalho, posso concluir que o Renascimento, trouxe, não só novas inovações na pintura, arquitetura e escultura, como também adaptou e reintroduziu os modelos clássicos (como é o caso das colunas dóricas, jónicas e coríntias, que passaram a fazer parte dos elementos arquitetónicos renascentistas). Portugal também não foi exceção, sendo que entre os séculos XV e XVI, a arquitetura gótica renovou-se e multiplicou os motivos ornamentais, dando origem ao estilo Manuelino, cujos elementos são naturais, inspirados nos Descobrimentos Marítimos e nos símbolos régios e cristãos. No período do Renascimento, destacam-se, também, grandes artistas, arquitetos, escultores, como: Leonardo da Vinci, Giotto, Miguel Ângelo, o português Nuno Gonçalves, Donatello, Filippo Brunelleschi, entre outros… Em suma, aprendi muito sobre a pintura, escultura e arquitetura Renascentista, não só em Itália como no resto da Europa (incluindo Portugal). História. 8º ano.
  • 22.  MAIA, Cristina; BRANDÃO , Isabel - Viva a História! 8, Porto: Porto Editora, 2007;  MORAIS, Gabriela - Dicionário por imagens das Artes, Lisboa: FLEURUS LIVROS e LIVROS, 2003;  COUTO, Célia; ROSAS, Maria – O Tempo Da História, 10º ano, 3.ª parte, Porto: Porto Editora, 2010;  www.google.pt;  http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento;  http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx? codigo=215. História. 8º ano.