SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  60
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
JOÃO MAZZONCINI DE AZEVEDO MARQUES
26/09/2013
Objetivos da Aula
• Aspectos relevantes das urgências e
emergências na atenção primária à saúde
 as ações relativas às
urgências/emergências na APS como uma
parte das redes de atenção à saúde do
SUS
 o papel da APS na Rede de Atendimento
às Urgências
• Ao final da aula vocês devem ser capazes de
 conceituar o que são as Redes de Atenção à
Saúde (RAS) do SUS
 definir o que são emergências e urgências
 descrever o papel da Rede de Atendimento
às Urgências dentro do SUS
 conceituar o papel da APS dentro da Rede
de Atendimento às Urgências
• descrever os aspectos de estrutura física, de recursos humanos e
organizacionais necessários para os serviços de APS
desenvolverem ações de atendimento à demanda espontânea,
incluindo atendimento às urgências e emergências
• descrever os princípios da triagem por classificação de risco em
geral e do protocolo de Manchester – adaptado a APS – em
particular
• dar exemplos da aplicação do protocolo de Manchester para
classificação de risco de situações de urgência e emergência na
APS
• saber qual texto do Ministério da Saúde detalha esses aspectos
do atendimento à demanda espontânea e de
urgências/emergências na APS
Objetivos da Aula
• Aspectos relevantes das urgências e emergências
na atenção primária à saúde
 as urgências/emergências na APS como
parte de redes de atenção à saúde
 o papel da APS na Rede de Atendimento às
Urgências
 manejo de algumas urgências/emergências
médicas na APS
Rede de Atenção às Urgências
• Emergência é todo caso em que há ameaça iminente
à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão
permanente, havendo necessidade de tratamento
médico imediato. Alguns exemplos de emergências
são a parada cardiorrespiratória, hemorragias
volumosas e infartos que podem levar a danos
irreversíveis e até ao óbito.
• Urgência é uma situação que requer assistência
rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar
complicações e sofrimento. São exemplos de
urgência: dores abdominais agudas e cólicas renais.
CONCEITO DE REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - MS 2010
PORTARIA GM/MS Nº 4.279 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010
“A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é definida como
arranjos organizativos de ações e serviços de
saúde, de diferentes densidades tecnológicas, os
quais, integrados por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a
integralidade do cuidado. “
ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
• A POPULAÇÃO E A REGIÃO DE SAÚDE
• A ESTRUTURA OPERACIONAL
• O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010)
• DA GESTÃO DA OFERTA
• PARA GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
 Necessidades de saúde conforme estratificação de riscos
 crônicos
 agudos
 Cuidados de Saúde fornecidos em etapas (“stepped care models”)
 Colaboração entre os níveis/serviços de atenção
 cuidados para cada pessoa conforme diretrizes pactuadas
 aproximação entre serviços (presencial e virtual, apoio matricial)
 baseadas em evidências científicas
 negociando as preferências de cada pessoa
ADAPTADO DE MENDES (2011)
ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Complexo Regulador
Registro Eletrônico em
Saúde
Sistema de Transporte em
Saúde
Sistema de Apoio Diagnóstico e
Terapêutico
Sistema de Assistência
Farmacêutica
Teleassistência
Sistema de Informação em
Saúde
Vigilânciaemsaúde
SISTEMAS
DEAPOIO
SISTEMAS
LOGÍSTICOS
ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
RededeAtençãoPsicossocial
RededeAtençãoEspecializadaAmbulatoriale
Hospitalar
RededeAtençãoásUrgências
(Condiçõesagudas)
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
POPULAÇÃO DE UMA
REGIÃO DE SAÚDE
Marcos Legais das Redes de Atenção às Urgências
• Portaria nº 2.048/GM, de 05/11/2002 (Regulamenta o atendimento das urgências e
emergências)
• Portaria nº 1.863/GM, de 29/09/2003 (Institui a Política Nacional de Atenção às
Urgências, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as
competências das três esferas de gestão)
• Portaria nº 1.864/GM, de 29/09/2003 (Institui o componente pré-hospitalar móvel da
Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de Serviços
de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o território
brasileiro: SAMU- 192)
• Portaria nº 2.072/GM, de 30/10/2003 (Institui o Comitê Gestor Nacional de Atenção às
Urgências)
• Portaria nº 1.828/GM, de 02/09/2004 (Institui incentivo financeiro para adequação da
área física das Centrais de Regulação Médica de Urgência em estados, municípios e
regiões de todo o território nacional)
• Portaria nº 2.657/GM, de 16/12/2004 (Estabelece as atribuições das centrais de
regulação médica de urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e
operacionalização das Centrais SAMU-192)
• Decreto 7.508, de 28/06/2011 (Estabelece a obrigatoriedade de existência de Rede de
Atenção á Urgência para constituir-se uma região de saúde)
GOVERNANÇA
Colegiados de
Gestão Regional
FONTE: MENDES (2009)
ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Ações da Central de Regulação de Urgências
(Complexo Regulador)
• Registrar e dar respostas a todas as solicitações recebidas
• Identificar a alternativa assistencial mais adequada à necessidade do
usuário, fundamentada em protocolos clínicos e balizada pela
alocação de recursos e fluxos de referência pactuados
 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
• Exercer a autoridade sanitária no ordenamento da disponibilidade dos
recursos assistenciais existentes
• Referenciar a demanda quando os recursos pactuados no seu
território forem insuficientes para garantir o acesso assistencial
• Disponibilizar relatórios ou quaisquer informações necessárias às
atividades de gestão – Planejamento, Regulação (avaliação, controle e
auditoria), etc
CONTEXTO HISTÓRICO: Ribeirão e Região
1999 2012
Aglomeração
HC-UE**
2000
Comitê Regional de Urgência
Central de Regulação de Urgência
2003
PNAU
2005
Complexo Regulador
2011
Decreto 7.508: RRAS
Reformulação da PNAU
(SANTOS et al, 2003; BRASIL, 2003 e 2011)
Desencadeou o debate:
**Desempenho APS e atribuição da UPA – até hoje sem organização para receber a
demanda
SAMU Regional
Objetivos da Aula
• Aspectos relevantes das urgências e emergências
na atenção primária à saúde
 as urgências/emergências na APS como
parte de redes de atenção à saúde
 o papel da APS na Rede de Atendimento às
Urgências
 manejo de algumas urgências/emergências
médicas na APS
Rede de Atenção às Urgências
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Política Nacional de Atenção às Urgências
• Atenção Primária/Saúde da Família
 “acolhimento dos usuários com quadros agudos ou
crônicos agudizados de sua área de cobertura, cuja
complexidade seja compatível com esse nível de
assistência.”
“atenção às urgências de baixa gravidade em todos os
municípios brasileiros.”
“UBS como um dos componentes da rede de
atendimento pré-hospitalar fixo.” (Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Características Fundamentais da APS
 Acessibilidade
 Longitudinalidade Demanda Espontânea
 Integralidade Urgências/Emergências
 Coordenação
• Aspectos Derivativos
 Centrado na família
 Competência cultural
 Orientado para a comunidade
(Starfield 2001)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Ambiente físico da UAPS
 Entrada para ambulância
 Salas de atendimento (privacidade para entrevista e exame
físico)
 médico
 de enfermagem
 de dentistas
 mobiliários
 equipamentos
 instrumentos
 macas
 cadeiras de rodas
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Recursos Humanos
“As UBS e USF deverão contar com profissionais da
equipe de saúde presentes durante todo o período
de funcionamento da unidade. Dessa maneira, é
preciso garantir o cumprimento da carga horária
estabelecida tanto para os profissionais como para a
abertura e fechamento da UBS, de forma que os
usuários não deixem de ser acolhidos ou ter acesso
aos serviços por esse motivo.”
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Materiais para atendimento às urgências/emergências
 1 torpedo de oxigênio de 1 m3, com válvula, fluxômetro, umidificador de 250
ml e 2 m de tubo de intermediário de silicone;
 1 maleta tipo de “ferramentas” de 16” com alça para carregar;
 1 caixa organizadora com pelo menos oito divisórias;
 10 pacotes de gazes estéreis;
 10 ampolas de água destilada de 10 ml;
 5 seringas de 5 ml sem agulha;
 5 seringas de 10 ml sem agulha;
 10 agulhas 40 x 12;
 2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 14 g;
 2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 16 g;
 2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 18 g;
 2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 20 g;
 2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 22 g;
 2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 24 g;
 1 rolo de esparadrapo comum; (Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Materiais para atendimento às urgências/emergências
 1 garrote;
 3 equipos para soro simples;
 3 conexões de duas vias;
 3 frascos de soro fisiológico 0,9% de 500 ml;
 1 sistema bolsa-máscara autoinflável adulto com máscara transparente (AMBU);
 1 sistema bolsa-máscara autoinflável pediátrico com máscara transparente
(AMBU);
 1 sistema bolsa-máscara autoinflável neonatal com máscara transparente
(AMBU);
 2 máscaras de nebulização adulto;
 2 máscaras de nebulização pediátrico;
 3 cateteres para oxigênio tipo óculos;
 1 aparelho para nebulização
 2 medidores de pico de fluxo (Peak Flow) reutilizáveis;
 1 colar cervical adulto e 1 colar infantil
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Medicamentos que devem estar à disposição nas Unidades Básicas de
Saúde/Saúde da Família/postos de saúde utilizados para o atendimento às
urgências/ emergências clínicas
10 ampolas de adrenalina;
10 ampolas de atropina;
1 frasco de hidrocortisona de 100 mg;
1 frasco de hidrocortisona de 500 mg;
5 ampolas de glicose 50%;
5 ampolas de soro fisiológico 0,9%;
Frascos de soro fisiológico 0,9% e soro glicosado 5%;
3 ampolas de terbutalina;
3 frascos de prometazina;
2 ampolas de diazepam;
1 ampola de haloperidol;
1 frasco de ipratrópio;
1 frasco de fenoterol;
1 cartela de dinitrato de isossorbida 5mg, via sublingual
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Medicamentos que devem estar à disposição nas Unidades Básicas de
Saúde/Saúde da Família/postos de saúde utilizados para o atendimento às
urgências/ emergências clínicas
 1 cartela de Ácido Acetil Salicílico
 5 ampolas de Tiamina;
 Medicamentos antihipertensivos,
 antibióticos (para administrar primeira dose na própria UBS nos casos de
pneumonia em crianças),
 analgésicos (enteral e parenteral),
 antitérmicos (enteral e parenteral).
• Equipamento de proteção individual:
 Máscaras descartáveis;
 Luvas de procedimentos e estéreis descartáveis;
 Óculos;
 Avental.
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Organização do atendimento à Demanda Espontânea
 Todos em situação de urgência/emergência
 atendidos de imediato pela equipe
Situações que não forem urgência/emergência
 atender de imediato
 agendar consulta
• Prever tempo na agenda para a demanda espontânea
 cerca de 40%
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Acolhimento com classificação de risco (médico e enfermeiro)
 facilita a gestão da demanda espontânea
 avalia os pacientes desde a sua chegada ao serviço
 método de triagem
 não fornece diagnóstico
 fornece uma prioridade clínica
 priorizar o atendimento dos casos mais graves
 reduz a morbimortalidade das doenças mais graves
 reduz a iatrogenia da gestão dos serviços
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Acolhimento com classificação de risco eficiente
 Capacitação das equipes de APS
 Capacitação das equipes das UPAS e Hospitais
 Capacitação da equipe da central de regulação
• Todas as equipes de todos os serviços da rede de saúde com
os mesmos critérios
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Sistemas de Triagem por Classificação de Risco
• Todos validados para serviços de urgência/emergência
• Melhor utilização de recursos, mortalidade e
hospitalização:
 Austrália – NTS (AUSTRÁLIA, 2007)
 Canadá – CTAS (BULLARD et al, 2008)
 Estados Unidos – ESI (GILBOY et al, 2011)
 Espanha – MAT (JIMÉNEZ, 2003)
 Inglaterra – Manchester Triage System
(MACKWAY-JONES, 2005)
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Destaca o protocolo de Manchester
• Já adotado em algumas regiões do Brasil
primeiro contato com o paciente já permite a
atribuição de uma prioridade clínica para ele
 seleciona os pacientes com maior
prioridade, sem fazer quaisquer presunções
sobre o diagnóstico
decisões tomadas no primeiro contato seguem
cinco passos
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Fluxogramas de atendimento com classificação de risco adaptados para a APS
brasileira
 sugestão do manejo global pelo clínico geral
 encaminhar,
 tratar,
 observar,
 orientar,
 marcar consulta,
 orientar grupo,
 realizar visita domicliar
 etc
 sugestão de manejo específico (medicação a ser utilizada) de acordo com
cada diagnóstico sindrômico
 sugestões serão descritas nos boxes das prioridades clínicas
(vermelho, laranja, amarelo, verde e azul)
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• O enfermeiro no processo de classificação de risco
atribuir a priorização exata aos doentes
primeiro contato clínico
 avaliação rápida
 tomada de decisões rápida
 delegação de tarefas
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• O papel da equipe de enfermagem (enfermeiro e auxiliares de enfermagem)
 Prestar ou facilitar os primeiros socorros
 Prestar informações sobre o atendimento à demanda espontânea
 Gerir a sala de espera
 primeiro contato e primeira avaliação
 informar a respeito do tempo de espera
 Informar a respeito da necessidade de reavaliação
 Organizar a disposição dos pacientes no serviço
 acomodar pacientes que necessitam permanecer no serviço
 para observação
 para administração de medicação
 que estejam esperando remoção para outro serviço
 que sejam suspeitos de doenças infectocontagiosas de
transmissão aérea (meningite, por exemplo)
(Brasil MS 2010)
O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
• Mesclando a classificação de risco com a vulnerabilidade social
• Classificação de risco
 é importante para a sua finalidade básica (manejo das urgências/emergências
clínicas)
 é importante para facilitar o diagnóstico das vulnerabilidades
 da comunidade
 de uma família
 de uma pessoa
Uma criança sofre maus-tratos domiciliares e procura o serviço devido a uma queimadura
de cigarro intencional, o que não caracteriza uma urgência clínica, mas uma situação de
vulnerabilidade que deverá ser acompanhada por toda a equipe, e até por outras
instituições, como, conselho tutelar, escola etc. Esse caso, apesar de ser classificado
inicialmente como “Verde/Pouco Urgente”(por se tratar de uma queimadura superficial e
de pequena extensão), apresenta um grande risco na questão de vulnerabilidade social e
demandará diversas ações multiprofissionais, sendo que essas ações devem ser
desencadeadas durante o acolhimento para que tal oportunidade de intervenção não
venha a ser perdida.
(Brasil MS 2010)
Objetivos da Aula
• Aspectos relevantes das urgências e emergências
na atenção primária à saúde
 as urgências/emergências na APS como
parte de redes de atenção à saúde
 o papel da APS na Rede de Atendimento às
Urgências
 manejo de algumas urgências/emergências
médicas na APS
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
• Anafilaxia e reações anafilactoides
 Cinco tipos de reação alérgica
 tipo I – hipersensibilidade imediata
 tipo II – citotóxica
 tipo III – complexo imune
 tipo IV – hipersensibilidade tardia
(Scwalm et al 2013, Brasil MS 2010)
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
 Anafilaxia – reação tipo I
 reação sistêmica
 rápida evolução
 ativação de imunoglobulina E (IgE)
 liberação maciça de histamina
 taxa de mortalidade de 1%
 Reação anafilactoide
 sem mediação de IgE
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
 Anafilaxia – reação tipo I
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
 Anafilaxia – manifestações clínicas
 insuficiência respiratória
 edema laríngeo
 laringospasmo
 broncospasmo
 sintomas cardiovasculares
 hipotensão
 colapso cardiovascular
 arritmias cardíacas
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
 Anafilaxia – manifestações clínicas
 reações dermatológicas
 prurido
 urticária
 angioedema
 reações gastrointestinais
 vômitos
 cólicas
 diarréia
 conjuntivite
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
• Intoxicações agudas por plantas tóxicas e medicamentos
• Intoxicação é a manifestação clínica do efeito nocivo, resultante da interação
de uma substância química com um organismo vivo
• O termo envenenamento é mais empregado nas exposições às toxinas de
origem natural, como animais peçonhentos e plantas.
• Efeito nocivo
 Diminui perceptivamente a capacidade do organismo em manter sua
homeostasia, quer sejam efeitos reversíveis ou irreversíveis;
 Produz, numa exposição prolongada, um transtorno da capacidade
funcional e/ou da capacidade do organismo em compensar nova
sobrecarga;
 Aumenta a suscetibilidade aos efeitos indesejáveis de outros
fatores, tais como os químicos, físicos, biológicos ou socioambientais.
(Brasil MS 2010)
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
• em torno de 100 mil substâncias químicas estão em contato
com o homem
• 1.000 novos produtos entram anualmente no mercado
medicamentos,
agrotóxicos,
produtos químicos de uso doméstico
 solventes
 gases e metais
plantas tóxicas
Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
• em qualquer caso suspeito ou confirmado de evento
toxicológico, deve-se entrar em contato com o Centro de
Informação e Assistência Toxicológica (CIAT)
OBRIGADO!

Contenu connexe

Tendances

Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005Rodrigo Abreu
 
Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'
Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'
Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'joselene beatriz
 
Historia Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemHistoria Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemFernando Dias
 
Fundamentos de enfermagem aula 3
Fundamentos de enfermagem aula 3Fundamentos de enfermagem aula 3
Fundamentos de enfermagem aula 39999894014
 
Administração de medicamentos
Administração de medicamentosAdministração de medicamentos
Administração de medicamentosJanaína Lassala
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)resenfe2013
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoErivaldo Rosendo
 
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaPrograma nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaNadja Salgueiro
 
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edisonAula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edisonEdison Santos
 
Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)Will Nunes
 
Classificação de risco
Classificação de riscoClassificação de risco
Classificação de riscoCristiane Dias
 
Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem Rafaela Amanso
 
Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1Aline Bandeira
 
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergênciaHumanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergênciaAroldo Gavioli
 

Tendances (20)

Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
 
Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'
Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'
Relatório de enfermagem 'Enfermeira Joselene Beatriz'
 
Infecção hospitalar
Infecção hospitalarInfecção hospitalar
Infecção hospitalar
 
Historia Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemHistoria Da Enfermagem
Historia Da Enfermagem
 
Fundamentos de enfermagem aula 3
Fundamentos de enfermagem aula 3Fundamentos de enfermagem aula 3
Fundamentos de enfermagem aula 3
 
Administração de medicamentos
Administração de medicamentosAdministração de medicamentos
Administração de medicamentos
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de Imunizacao
 
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaPrograma nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
 
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edisonAula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
Aula atendimento ao_paciente_critico.ppt-iraja edison
 
Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)
 
Classificação de risco
Classificação de riscoClassificação de risco
Classificação de risco
 
Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem
 
Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1
 
Balanco hidrico
Balanco hidricoBalanco hidrico
Balanco hidrico
 
Sae aula .. (1)
Sae aula .. (1)Sae aula .. (1)
Sae aula .. (1)
 
Wanda de Aguiar Horta
Wanda de Aguiar HortaWanda de Aguiar Horta
Wanda de Aguiar Horta
 
Enfermagem em Urgência Emergência
Enfermagem em Urgência EmergênciaEnfermagem em Urgência Emergência
Enfermagem em Urgência Emergência
 
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergênciaHumanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
 
Paciente internado
Paciente internadoPaciente internado
Paciente internado
 

Similaire à O papel da APS na rede de atendimento às urgências

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptxASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptxRaymariAlmeida1
 
Regulação - Elaine Gianotti
Regulação - Elaine GianottiRegulação - Elaine Gianotti
Regulação - Elaine GianottiOncoguia
 
Regulação médica cias
Regulação médica ciasRegulação médica cias
Regulação médica ciasphudendo
 
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.pptAula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.pptCristianodaRosa5
 
apresentacao_situacao_das_rue.ppt
apresentacao_situacao_das_rue.pptapresentacao_situacao_das_rue.ppt
apresentacao_situacao_das_rue.pptNEPMacroNorte
 
1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf
1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf
1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdfsmftec
 
2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)
2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)
2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)Monica Mamedes
 
Apresentação RUE.pptx
Apresentação RUE.pptxApresentação RUE.pptx
Apresentação RUE.pptxssuser51d27c1
 
12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...
12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...
12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...Proqualis
 
saude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptx
saude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptxsaude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptx
saude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Portaria n 1.601 msaude
Portaria n 1.601 msaudePortaria n 1.601 msaude
Portaria n 1.601 msaudeCarlos França
 
Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268
Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268
Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268Bruna Almeida
 
NOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdf
NOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdfNOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdf
NOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdfSamara165561
 
Níveis de atenção a saúde.pdf
Níveis de atenção a saúde.pdfNíveis de atenção a saúde.pdf
Níveis de atenção a saúde.pdfArianeAlmeida34
 

Similaire à O papel da APS na rede de atendimento às urgências (20)

A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZA
A ORGANIZAÇÃO  DA  ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE:  A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZAA ORGANIZAÇÃO  DA  ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE:  A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZA
A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZA
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptxASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
 
Regulação - Elaine Gianotti
Regulação - Elaine GianottiRegulação - Elaine Gianotti
Regulação - Elaine Gianotti
 
Exposição 03 O modelo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências
Exposição 03 O modelo da Rede de Atenção às Urgências e EmergênciasExposição 03 O modelo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências
Exposição 03 O modelo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências
 
Regulação médica cias
Regulação médica ciasRegulação médica cias
Regulação médica cias
 
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.pptAula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
 
apresentacao_situacao_das_rue.ppt
apresentacao_situacao_das_rue.pptapresentacao_situacao_das_rue.ppt
apresentacao_situacao_das_rue.ppt
 
1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf
1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf
1. ATUAÇÃO CC E PREOP.pdf
 
As Múltiplas Lógicas de Construção de Redes de Cuidado no SUS
As Múltiplas Lógicas de Construção de Redes de Cuidado no SUS As Múltiplas Lógicas de Construção de Redes de Cuidado no SUS
As Múltiplas Lógicas de Construção de Redes de Cuidado no SUS
 
2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)
2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)
2 apresentacao situacional_das_urgencias (1)
 
Apresentação RUE.pptx
Apresentação RUE.pptxApresentação RUE.pptx
Apresentação RUE.pptx
 
Palestra PNAB
Palestra PNABPalestra PNAB
Palestra PNAB
 
12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...
12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...
12 implantação e disseminação do programa nacional de segurança do paciente: ...
 
Redesatencao
RedesatencaoRedesatencao
Redesatencao
 
saude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptx
saude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptxsaude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptx
saude coletiva - unidade 2 [Salvo automaticamente].pptx
 
Portaria n 1.601 msaude
Portaria n 1.601 msaudePortaria n 1.601 msaude
Portaria n 1.601 msaude
 
Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268
Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268
Dialnet o protocolo-demanchesternosistemaunicodesaudeeaatuac-4901268
 
NOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdf
NOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdfNOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdf
NOTA TÉCNICA-saude-mulher-gestacao-parto-puerperio.pdf
 
Níveis de atenção a saúde.pdf
Níveis de atenção a saúde.pdfNíveis de atenção a saúde.pdf
Níveis de atenção a saúde.pdf
 
Monografia paulo de_souza_montenegro_eng_seg_trabalho
Monografia paulo de_souza_montenegro_eng_seg_trabalhoMonografia paulo de_souza_montenegro_eng_seg_trabalho
Monografia paulo de_souza_montenegro_eng_seg_trabalho
 

O papel da APS na rede de atendimento às urgências

  • 1. URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE JOÃO MAZZONCINI DE AZEVEDO MARQUES 26/09/2013
  • 2. Objetivos da Aula • Aspectos relevantes das urgências e emergências na atenção primária à saúde  as ações relativas às urgências/emergências na APS como uma parte das redes de atenção à saúde do SUS  o papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
  • 3. • Ao final da aula vocês devem ser capazes de  conceituar o que são as Redes de Atenção à Saúde (RAS) do SUS  definir o que são emergências e urgências  descrever o papel da Rede de Atendimento às Urgências dentro do SUS  conceituar o papel da APS dentro da Rede de Atendimento às Urgências
  • 4. • descrever os aspectos de estrutura física, de recursos humanos e organizacionais necessários para os serviços de APS desenvolverem ações de atendimento à demanda espontânea, incluindo atendimento às urgências e emergências • descrever os princípios da triagem por classificação de risco em geral e do protocolo de Manchester – adaptado a APS – em particular • dar exemplos da aplicação do protocolo de Manchester para classificação de risco de situações de urgência e emergência na APS • saber qual texto do Ministério da Saúde detalha esses aspectos do atendimento à demanda espontânea e de urgências/emergências na APS
  • 5. Objetivos da Aula • Aspectos relevantes das urgências e emergências na atenção primária à saúde  as urgências/emergências na APS como parte de redes de atenção à saúde  o papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências  manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
  • 6. Rede de Atenção às Urgências
  • 7. • Emergência é todo caso em que há ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, havendo necessidade de tratamento médico imediato. Alguns exemplos de emergências são a parada cardiorrespiratória, hemorragias volumosas e infartos que podem levar a danos irreversíveis e até ao óbito. • Urgência é uma situação que requer assistência rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar complicações e sofrimento. São exemplos de urgência: dores abdominais agudas e cólicas renais.
  • 8. CONCEITO DE REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - MS 2010 PORTARIA GM/MS Nº 4.279 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 “A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é definida como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, os quais, integrados por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. “
  • 9. ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE • A POPULAÇÃO E A REGIÃO DE SAÚDE • A ESTRUTURA OPERACIONAL • O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010)
  • 10. • DA GESTÃO DA OFERTA • PARA GESTÃO DE BASE POPULACIONAL  Necessidades de saúde conforme estratificação de riscos  crônicos  agudos  Cuidados de Saúde fornecidos em etapas (“stepped care models”)  Colaboração entre os níveis/serviços de atenção  cuidados para cada pessoa conforme diretrizes pactuadas  aproximação entre serviços (presencial e virtual, apoio matricial)  baseadas em evidências científicas  negociando as preferências de cada pessoa ADAPTADO DE MENDES (2011) ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
  • 11. Complexo Regulador Registro Eletrônico em Saúde Sistema de Transporte em Saúde Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico Sistema de Assistência Farmacêutica Teleassistência Sistema de Informação em Saúde Vigilânciaemsaúde SISTEMAS DEAPOIO SISTEMAS LOGÍSTICOS ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE RededeAtençãoPsicossocial RededeAtençãoEspecializadaAmbulatoriale Hospitalar RededeAtençãoásUrgências (Condiçõesagudas) ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE POPULAÇÃO DE UMA REGIÃO DE SAÚDE
  • 12. Marcos Legais das Redes de Atenção às Urgências • Portaria nº 2.048/GM, de 05/11/2002 (Regulamenta o atendimento das urgências e emergências) • Portaria nº 1.863/GM, de 29/09/2003 (Institui a Política Nacional de Atenção às Urgências, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão) • Portaria nº 1.864/GM, de 29/09/2003 (Institui o componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o território brasileiro: SAMU- 192) • Portaria nº 2.072/GM, de 30/10/2003 (Institui o Comitê Gestor Nacional de Atenção às Urgências) • Portaria nº 1.828/GM, de 02/09/2004 (Institui incentivo financeiro para adequação da área física das Centrais de Regulação Médica de Urgência em estados, municípios e regiões de todo o território nacional) • Portaria nº 2.657/GM, de 16/12/2004 (Estabelece as atribuições das centrais de regulação médica de urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais SAMU-192) • Decreto 7.508, de 28/06/2011 (Estabelece a obrigatoriedade de existência de Rede de Atenção á Urgência para constituir-se uma região de saúde)
  • 13. GOVERNANÇA Colegiados de Gestão Regional FONTE: MENDES (2009) ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
  • 14. Ações da Central de Regulação de Urgências (Complexo Regulador) • Registrar e dar respostas a todas as solicitações recebidas • Identificar a alternativa assistencial mais adequada à necessidade do usuário, fundamentada em protocolos clínicos e balizada pela alocação de recursos e fluxos de referência pactuados  CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • Exercer a autoridade sanitária no ordenamento da disponibilidade dos recursos assistenciais existentes • Referenciar a demanda quando os recursos pactuados no seu território forem insuficientes para garantir o acesso assistencial • Disponibilizar relatórios ou quaisquer informações necessárias às atividades de gestão – Planejamento, Regulação (avaliação, controle e auditoria), etc
  • 15. CONTEXTO HISTÓRICO: Ribeirão e Região 1999 2012 Aglomeração HC-UE** 2000 Comitê Regional de Urgência Central de Regulação de Urgência 2003 PNAU 2005 Complexo Regulador 2011 Decreto 7.508: RRAS Reformulação da PNAU (SANTOS et al, 2003; BRASIL, 2003 e 2011) Desencadeou o debate: **Desempenho APS e atribuição da UPA – até hoje sem organização para receber a demanda SAMU Regional
  • 16. Objetivos da Aula • Aspectos relevantes das urgências e emergências na atenção primária à saúde  as urgências/emergências na APS como parte de redes de atenção à saúde  o papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências  manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
  • 17. Rede de Atenção às Urgências
  • 18. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Política Nacional de Atenção às Urgências • Atenção Primária/Saúde da Família  “acolhimento dos usuários com quadros agudos ou crônicos agudizados de sua área de cobertura, cuja complexidade seja compatível com esse nível de assistência.” “atenção às urgências de baixa gravidade em todos os municípios brasileiros.” “UBS como um dos componentes da rede de atendimento pré-hospitalar fixo.” (Brasil MS 2010)
  • 19. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Características Fundamentais da APS  Acessibilidade  Longitudinalidade Demanda Espontânea  Integralidade Urgências/Emergências  Coordenação • Aspectos Derivativos  Centrado na família  Competência cultural  Orientado para a comunidade (Starfield 2001)
  • 20. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Ambiente físico da UAPS  Entrada para ambulância  Salas de atendimento (privacidade para entrevista e exame físico)  médico  de enfermagem  de dentistas  mobiliários  equipamentos  instrumentos  macas  cadeiras de rodas (Brasil MS 2010)
  • 21. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Recursos Humanos “As UBS e USF deverão contar com profissionais da equipe de saúde presentes durante todo o período de funcionamento da unidade. Dessa maneira, é preciso garantir o cumprimento da carga horária estabelecida tanto para os profissionais como para a abertura e fechamento da UBS, de forma que os usuários não deixem de ser acolhidos ou ter acesso aos serviços por esse motivo.” (Brasil MS 2010)
  • 22. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Materiais para atendimento às urgências/emergências  1 torpedo de oxigênio de 1 m3, com válvula, fluxômetro, umidificador de 250 ml e 2 m de tubo de intermediário de silicone;  1 maleta tipo de “ferramentas” de 16” com alça para carregar;  1 caixa organizadora com pelo menos oito divisórias;  10 pacotes de gazes estéreis;  10 ampolas de água destilada de 10 ml;  5 seringas de 5 ml sem agulha;  5 seringas de 10 ml sem agulha;  10 agulhas 40 x 12;  2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 14 g;  2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 16 g;  2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 18 g;  2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 20 g;  2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 22 g;  2 cateter para punção periférica tipo Abocath tamanho 24 g;  1 rolo de esparadrapo comum; (Brasil MS 2010)
  • 23. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Materiais para atendimento às urgências/emergências  1 garrote;  3 equipos para soro simples;  3 conexões de duas vias;  3 frascos de soro fisiológico 0,9% de 500 ml;  1 sistema bolsa-máscara autoinflável adulto com máscara transparente (AMBU);  1 sistema bolsa-máscara autoinflável pediátrico com máscara transparente (AMBU);  1 sistema bolsa-máscara autoinflável neonatal com máscara transparente (AMBU);  2 máscaras de nebulização adulto;  2 máscaras de nebulização pediátrico;  3 cateteres para oxigênio tipo óculos;  1 aparelho para nebulização  2 medidores de pico de fluxo (Peak Flow) reutilizáveis;  1 colar cervical adulto e 1 colar infantil (Brasil MS 2010)
  • 24. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Medicamentos que devem estar à disposição nas Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família/postos de saúde utilizados para o atendimento às urgências/ emergências clínicas 10 ampolas de adrenalina; 10 ampolas de atropina; 1 frasco de hidrocortisona de 100 mg; 1 frasco de hidrocortisona de 500 mg; 5 ampolas de glicose 50%; 5 ampolas de soro fisiológico 0,9%; Frascos de soro fisiológico 0,9% e soro glicosado 5%; 3 ampolas de terbutalina; 3 frascos de prometazina; 2 ampolas de diazepam; 1 ampola de haloperidol; 1 frasco de ipratrópio; 1 frasco de fenoterol; 1 cartela de dinitrato de isossorbida 5mg, via sublingual
  • 25. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Medicamentos que devem estar à disposição nas Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família/postos de saúde utilizados para o atendimento às urgências/ emergências clínicas  1 cartela de Ácido Acetil Salicílico  5 ampolas de Tiamina;  Medicamentos antihipertensivos,  antibióticos (para administrar primeira dose na própria UBS nos casos de pneumonia em crianças),  analgésicos (enteral e parenteral),  antitérmicos (enteral e parenteral). • Equipamento de proteção individual:  Máscaras descartáveis;  Luvas de procedimentos e estéreis descartáveis;  Óculos;  Avental. (Brasil MS 2010)
  • 26. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Organização do atendimento à Demanda Espontânea  Todos em situação de urgência/emergência  atendidos de imediato pela equipe Situações que não forem urgência/emergência  atender de imediato  agendar consulta • Prever tempo na agenda para a demanda espontânea  cerca de 40% (Brasil MS 2010)
  • 27. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Acolhimento com classificação de risco (médico e enfermeiro)  facilita a gestão da demanda espontânea  avalia os pacientes desde a sua chegada ao serviço  método de triagem  não fornece diagnóstico  fornece uma prioridade clínica  priorizar o atendimento dos casos mais graves  reduz a morbimortalidade das doenças mais graves  reduz a iatrogenia da gestão dos serviços (Brasil MS 2010)
  • 28. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Acolhimento com classificação de risco eficiente  Capacitação das equipes de APS  Capacitação das equipes das UPAS e Hospitais  Capacitação da equipe da central de regulação • Todas as equipes de todos os serviços da rede de saúde com os mesmos critérios (Brasil MS 2010)
  • 29. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Sistemas de Triagem por Classificação de Risco • Todos validados para serviços de urgência/emergência • Melhor utilização de recursos, mortalidade e hospitalização:  Austrália – NTS (AUSTRÁLIA, 2007)  Canadá – CTAS (BULLARD et al, 2008)  Estados Unidos – ESI (GILBOY et al, 2011)  Espanha – MAT (JIMÉNEZ, 2003)  Inglaterra – Manchester Triage System (MACKWAY-JONES, 2005) (Brasil MS 2010)
  • 30. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
  • 31. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências
  • 32.
  • 33.
  • 34. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Destaca o protocolo de Manchester • Já adotado em algumas regiões do Brasil primeiro contato com o paciente já permite a atribuição de uma prioridade clínica para ele  seleciona os pacientes com maior prioridade, sem fazer quaisquer presunções sobre o diagnóstico decisões tomadas no primeiro contato seguem cinco passos (Brasil MS 2010)
  • 35.
  • 36.
  • 37. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Fluxogramas de atendimento com classificação de risco adaptados para a APS brasileira  sugestão do manejo global pelo clínico geral  encaminhar,  tratar,  observar,  orientar,  marcar consulta,  orientar grupo,  realizar visita domicliar  etc  sugestão de manejo específico (medicação a ser utilizada) de acordo com cada diagnóstico sindrômico  sugestões serão descritas nos boxes das prioridades clínicas (vermelho, laranja, amarelo, verde e azul) (Brasil MS 2010)
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • O enfermeiro no processo de classificação de risco atribuir a priorização exata aos doentes primeiro contato clínico  avaliação rápida  tomada de decisões rápida  delegação de tarefas (Brasil MS 2010)
  • 46. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • O papel da equipe de enfermagem (enfermeiro e auxiliares de enfermagem)  Prestar ou facilitar os primeiros socorros  Prestar informações sobre o atendimento à demanda espontânea  Gerir a sala de espera  primeiro contato e primeira avaliação  informar a respeito do tempo de espera  Informar a respeito da necessidade de reavaliação  Organizar a disposição dos pacientes no serviço  acomodar pacientes que necessitam permanecer no serviço  para observação  para administração de medicação  que estejam esperando remoção para outro serviço  que sejam suspeitos de doenças infectocontagiosas de transmissão aérea (meningite, por exemplo) (Brasil MS 2010)
  • 47. O Papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências • Mesclando a classificação de risco com a vulnerabilidade social • Classificação de risco  é importante para a sua finalidade básica (manejo das urgências/emergências clínicas)  é importante para facilitar o diagnóstico das vulnerabilidades  da comunidade  de uma família  de uma pessoa Uma criança sofre maus-tratos domiciliares e procura o serviço devido a uma queimadura de cigarro intencional, o que não caracteriza uma urgência clínica, mas uma situação de vulnerabilidade que deverá ser acompanhada por toda a equipe, e até por outras instituições, como, conselho tutelar, escola etc. Esse caso, apesar de ser classificado inicialmente como “Verde/Pouco Urgente”(por se tratar de uma queimadura superficial e de pequena extensão), apresenta um grande risco na questão de vulnerabilidade social e demandará diversas ações multiprofissionais, sendo que essas ações devem ser desencadeadas durante o acolhimento para que tal oportunidade de intervenção não venha a ser perdida. (Brasil MS 2010)
  • 48. Objetivos da Aula • Aspectos relevantes das urgências e emergências na atenção primária à saúde  as urgências/emergências na APS como parte de redes de atenção à saúde  o papel da APS na Rede de Atendimento às Urgências  manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS
  • 49. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS • Anafilaxia e reações anafilactoides  Cinco tipos de reação alérgica  tipo I – hipersensibilidade imediata  tipo II – citotóxica  tipo III – complexo imune  tipo IV – hipersensibilidade tardia (Scwalm et al 2013, Brasil MS 2010)
  • 50. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS  Anafilaxia – reação tipo I  reação sistêmica  rápida evolução  ativação de imunoglobulina E (IgE)  liberação maciça de histamina  taxa de mortalidade de 1%  Reação anafilactoide  sem mediação de IgE
  • 51. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS  Anafilaxia – reação tipo I
  • 52. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS  Anafilaxia – manifestações clínicas  insuficiência respiratória  edema laríngeo  laringospasmo  broncospasmo  sintomas cardiovasculares  hipotensão  colapso cardiovascular  arritmias cardíacas
  • 53. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS  Anafilaxia – manifestações clínicas  reações dermatológicas  prurido  urticária  angioedema  reações gastrointestinais  vômitos  cólicas  diarréia  conjuntivite
  • 54.
  • 55. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS • Intoxicações agudas por plantas tóxicas e medicamentos • Intoxicação é a manifestação clínica do efeito nocivo, resultante da interação de uma substância química com um organismo vivo • O termo envenenamento é mais empregado nas exposições às toxinas de origem natural, como animais peçonhentos e plantas. • Efeito nocivo  Diminui perceptivamente a capacidade do organismo em manter sua homeostasia, quer sejam efeitos reversíveis ou irreversíveis;  Produz, numa exposição prolongada, um transtorno da capacidade funcional e/ou da capacidade do organismo em compensar nova sobrecarga;  Aumenta a suscetibilidade aos efeitos indesejáveis de outros fatores, tais como os químicos, físicos, biológicos ou socioambientais. (Brasil MS 2010)
  • 56. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS • em torno de 100 mil substâncias químicas estão em contato com o homem • 1.000 novos produtos entram anualmente no mercado medicamentos, agrotóxicos, produtos químicos de uso doméstico  solventes  gases e metais plantas tóxicas
  • 57. Manejo de algumas urgências/emergências médicas na APS • em qualquer caso suspeito ou confirmado de evento toxicológico, deve-se entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT)
  • 58.
  • 59.